Coleção pessoal de brunoescritor01
Depois de viver num mundo de extremos, em ciclos intermináveis de violência e abusos, descobrimos uma profunda gratidão pelo silêncio e pela solidão.
Quem reza o Rosário de Nossa Senhora constrói uma arca de oração e protege a si e aos seus durante a tribulação. Ainda que as águas sejam revoltas, não submergirão.
Aquele que julga, na maioria das vezes, se ergue sobre as pernas de pau do preconceito, não tendo a estatura nem a dignidade daquele ao qual condena.
Quando alcançamos um nível maior de silêncio interior e vemos as manifestações do espírito realizarem mudanças na realidade objetiva, entendemos que silêncio é poder.
A cada instante sorvemos da vida as suas dádivas. Quem não tem raízes profundas não pode alcançar maior altura nas experiências que a vida concede.
Enquanto o ingrato leva a vida de punhos erguidos e fechados a reclamar, o grato mantém as mãos abertas sempre pronto a receber as dádivas que o primeiro rejeitou em sua ingratidão.
Para o maledicente como para o homem grato a vida pode apresentar os mesmos problemas. A diferença é que o segundo descobriu que viver é ver adiante, investir e acreditar.
Quando a democracia se curva aos apelos de uma minoria contra o interesse da maioria, vulnerabiliza-se o sistema por inteiro.
O Brasil, antes reconhecido pelo acolhimento e pela generosidade, deixou que semeassem o joio da discórdia, do ódio, da incivilidade e do ressentimento no seu seio.
Há uma nova forma inquisidora de alguns da fé agirem. Uma forma tóxica de espiritualidade e doutrinação, uma ditadura do comportamento, das escolhas e dos desígnios individuais. Esse encarceramento em ilhas digitais contra princípios inalienáveis à fé como o livre arbítrio é a nova heresia. Uma nova onda punitivista e sádica cujo prazer é frustrar o outro e impor a ele uma nova ordem de socialização contra a liberdade individual. Ninguém pode se contrapôr ao sistema do fraternalismo a todo custo e radical.
Onde não há liberdade, o Espírito não flui e não age. O que temos, então, é uma nova forma de mundanismo religioso.
Ninguém pode impedir o sol de brilhar. Mesmo as nuvens mais escuras e densas o vento leva. Por isso acredite na imensa luz que habita em você! Ninguém pode apagá-la.
Amor - me disse a consciência- vai virar coisa do passado. Por quê? Perguntei. Ao que respondeu: Porque, tal como é em essência, exige permanência.