Coleção pessoal de brendacesar

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Basta que eu me permita. Que eu queira, e eu quero sim Deus, tudo de novo, ainda correndo todos os riscos de não saber administrar as doses, nem compreender a posologia de forma, ignorar todas as contra-indicações como hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula, mesmo assim arriscar a se perder, e ir perdendo, e ao encontrar ir se encontrando, outra e mais outra vez. Não quero criar expectativas quanto ao que me espera, cansei de ilusões. Quero a plenitude daquilo que ainda não sei. Quero o inesperado batendo à minha porta. Algo bom, na fé! Não importa o que, só que seja bom.

Às vezes precisamos viajar. Não digo conhecer outros lugares, isso também é bom, refiro-me ao nosso território interno. É preciso mergulhar, descobrir cada lugar, o recôndito mais profundo. É que não devemos nos perder de vista, nossos olhos têm sempre que nos acompanhar, ver onde estamos e o que fazemos.

Ele me preenche de tudo. Preenche-me de existência. De Ser. Eu sou, eu nada sei, porque nada entendo. Às vezes busco entender, mas não compreendo, tento aceitar, às vezes aceito. Mas vivo, porque minha ânsia é viver. Tenho fome e os dias me alimentam.

Gosto da brisa que acaricia ou a lufada forte que joga para trás e impulsiona para a frente. De sentir o sangue ferver e a adrenalina subir a mil. Do sopro que realimenta e faz encher e transbordar de existência.

O risco é algo inconstante, uma droga que alucina, misturando à adrenalina com o simples fato de pensar.

Não tenha limites, viva uma aventura. A adrenalina é melhor quando sentida ao extremo.

Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma.

Eu sei de que maneira pródiga a alma empresta / Juramentos à língua quando o sangue arde.

Não devemos mostrar a nossa cólera ou o nosso ódio senão por meio de atos. Os animais de sangue frio são os únicos que têm veneno.

Existe um prazer garantido em ser louco e que apenas os loucos conhecem.

Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os que são peças redondas nos buracos quadrados. Os que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana para frente. Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são as que, de fato, mudam.

Os loucos às vezes se curam, os imbecis nunca.

Assim que nascemos, choramos por nos vermos neste imenso palco de loucos.

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle.

Porque te dá um medo filho da puta: ser feliz, medo de amar, medo de ser bom. Tudo que faz bem pra gente, a gente tem medo.

Não nasci para ser adequada, coerente, adorável. Nasci para ser gente. Para sentir de verdade. Tenho vocação para transparências e não preciso ser interessante o tempo todo. Por isso, não espere que eu supere as suas expectativas: às vezes, nem eu supero as minhas.

A palavra me olha nos olhos e me diz calma,
fugidia e imensa:
há muita poesia guardada na paciência.
Espero.

A gente complica demais as coisas porque ser simples é muito difícil. Ser simples custa tudo o que você tem.

...E mesmo que nada possa ser eterno, mesmo que o "pra sempre" não exista,
eu sei que vou seguir te amando, pelo menos, pelos próximos 99 invernos.