Coleção pessoal de Atsoceditions

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⁠A erudição, sozinha, distante da vivência, não permite ao ser desenvolver a consciência de si, mas a cristalizar e internalizar em si a cultura erudita como a única forma de interagir com o mundo, distanciando-o da humanização, distanciando-o da necessidade de dar um sentido para a própria existência.

⁠O homem precisa entender que, ao nascer, começa também a morrer. Ou seja, entender que a sua existência se constitui numa espécie de marcha para a morte...

⁠Humanizar-se, muito além dos processos de socialização primária e secundária, é também um ato de emancipação intelectual, que se dá a partir e durante a tomada de consciência crítica.

⁠Criar é ultrapassar-se e, sendo assim, a criatura deve buscar prevalecer sobre o criador”. O homem deve amar o ato de conhecer e, nesse sentido, ele, esse mesmo homem, ao buscar conhecer deve desprezar o próprio eu que constrói, ou seja, o homem deve, buscando sempre a sua superação, ser capaz de criar um caos dentro de si por meio do exercício ou da prática da arte.

⁠Buscar dialogar é uma das formas de investimentos dentro dos investimentos em educação. Frise-se: “Onde há ou abunda violência é porque não há a capacidade de diálogo”. (in: Zoroaster: o sábio milionário benfeitor)

⁠Investir, embora erroneamente muitos acreditem ou assim queiram “pensar”, não é, sob os preceitos do capitalismo selvagem, agir por interesses, isto é, dar, doar, empregar capitais, tempo ou fazer coisas somente almejando-se, no final, sempre levar alguma vantagem sobre algo ou alguém – e de preferência sozinho. O verbo Investir, ao contrário, traz em si o sentido etimológico de um espírito fraterno, agregador, "potencializador" da vida (não somente humana) no planeta; e por isso também benfeitor. (in: Zoroaster: o sábio milionário benfeitor)

⁠“As pessoas que pensam ou que procuram pensar, cedo ou tarde, descobrem que o amor ao dinheiro é que é a raiz de todo mal; e não a riqueza...” (in: Zoroaster: o sábio milionário benfeitor)

⁠A condição potencial para transgredir é, nessas sociedades, o que qualifica hierarquicamente o grau de poder do indivíduo no aspecto macro e nas pequenas relações sociais cotidianas. Quem não tem condição potencial para transgredir sem ser punido, nesse sentido, não é visto como “cidadão”, como detentor de direitos, mas somente como escravo dos deveres.

⁠O ser homem, diferentemente de todos os outros seres, pode alcançar o seu alvo, realizar-se de fato enquanto homem (ser racional), tanto quanto pode ser qualquer outra coisa; tanto quanto pode ter em si qualquer outra condição inautêntica, desumanizada, animalizada, alienada etc.

⁠Um ser educado de fato (autônomo intelectualmente) é aquele que tem desenvolvidas em si as consciências críticas de si e de mundo, sendo capaz de construir a sua própria personalidade ou identidade, já que ELE está por construir-se; já que não se nasce ético ou moral, mas aprende-se a sê-los, seja de maneira heterônoma (autômata) ou autônoma (emancipada).

⁠Considerado “Normal”, enquanto disparate, nessas sociedades, é todo aquele que, a fim de levar vantagem em tudo, a fim de manter-se no poder, a fim de dominar o outro, a fim de se sair vencedor a qualquer preço, utiliza-se da emoção racionalmente, ou seja, da “hipocrisia e/ou da arte racional da dissimulação” para alcançar seus objetivos, sejam eles quais forem”.

⁠A FENOMENOLOGIA DO AMOR 4
Toda consciência é consciência “de”.
Só amamos, odiamos, ouvimos, vemos,
Aprendemos, tocamos, percebemos...
O que tem sentido para nós de ser...

O significativo é o que cativa e abduz...
A nossa alma, corpo e consciência...
E todo o resto para nós não existe...
É desprezo, inclusive, a tudo o que insiste:
É ausência, displicência, indiferença...

⁠A FENOMENOLOGIA DO AMOR 2
O que persiste, de tudo o que dito existe,
É somente o que revela a nossa vontade...
Seja ela a da alma, da paixão, do encanto,
Do beijo, do coração ou da necessidade...

⁠A FENOMENOLOGIA DO AMOR 1
O que existe, de tudo o que dito existe,
É somente o que revela a nossa intenção...
Seja ela a do corpo, do espírito, do espanto,
Da intuição, da curiosidade ou da razão...

⁠Dar dinheiro e/ou poder aos medíocres não é libertá-los da mediocridade, mas sim potencializá-los: é torná-los mediocrizantes, mediocrizáveis e/ou mediocrizadores, isto é, capacitá-los para poderem mediocrizar tudo em derredor.

⁠PARADOXOS DO MUNDO PÓS-MODERNO 1
Os miseráveis querem parecer ricos;
Os insignificantes – inesquecíveis, mitos;
Os derrotados querem parecer vencedores;
Os maléficos – benfeitores;
As ilusões – verdadeiros amores...

Não confunda humildade com espírito de subserviência e/ou complexo de inferioridade; da mesma forma, não confunda amor próprio ou consciência do próprio potencial com arrogância ou complexo de superioridade.

O amor, ainda que tardio,
Livra-nos de quem não tem,
Nunca teve, e nem nunca terá
A fiel intenção ou capacidade de amar-nos...

O amor, ainda que tardio,
Rouba-nos da tristeza...
E devolve-nos para a felicidade...