Coleção pessoal de apc5

1 - 20 do total de 63 pensamentos na coleção de apc5

O amor pode morrer na verdade; a amizade, na mentira.

A alegria torna o homem sociável, a dor individualiza-o.

Há uma alegria selvagem em estar vivo. Há uma embriaguez da existência. Cada hora é uma amante para o meu desejo infinito.

A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem.

O estudo em geral, a busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido ficar crianças toda a vida.

Só se pode vencer a natureza obedecendo-lhe.

O primeiro raciocínio do homem é de natureza sensitiva...: os nossos primeiros mestres de filosofia são os nossos pés, as nossas mãos, os nossos olhos.

O prazer é a prova da natureza, o seu sinal da aprovação. Quando somos felizes, somos sempre bons, mas quando somos bons nem sempre somos felizes.

Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério. Sou uma só. (...) Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo.

A vida é como a música. Deve ser composta de ouvido, com sensibilidade e intuição, nunca por normas rígidas.

Não seria a música uma língua perdida, da qual esquecemos o sentido e conservamos apenas a harmonia?

A vida de um homem culto deveria simplesmente alternar-se entre música e não música, como entre o sono e o despertar.

A música oferece às paixões o meio de obter prazer delas.

A música é o barulho que pensa.

A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre.

Aprendi que tem que matar um leão por dia, que a rima é boa quando é feita com alegria, por isso parei de ficar lamentando lá no lençol, agora quando eu levanto dou bom dia até pro sol, e agradeço a Deus por ser meu melhor professor, aprendi que o verdadeiro MC rima com amor.

Adoro as coisas simples. Elas são o último refúgio de um espírito complexo.

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

Devem-se escolher os amigos pela beleza, os conhecidos pelo caráter e os inimigos pela inteligência.

As qualidades do espírito produzem invejosos; as do coração, amigos.