Coleção pessoal de angellareis

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'O que tem de ser tem muita força'. É tipo não poder afirmar, categoricamente, dessa água jamais beberei porque por mais que nossos atos sejam determinantes há sempre algo que nos escapa, foge do nosso controle. Você pode fazer planos de viajar por outros ares e no percurso, ou antes, de concretizar a idéia, haver uma mudança brusca que te leve a outro lugar e lhe apresente ‘o chamado: inesperado'

Não sei se já estou pronta, quero uma entrega maior, como dias de primavera que as flores se abrem e se dão ao mundo, se deixam acariciar pelo sol, e ao escurecer mais resguardadas recebem o orvalho da noite, mas estando pronta ou não, é assim que me encontro, desabrochando, amanhecendo, se dando para a vida, talvez ainda num caminhar incerto, mas o tempo é feito de incertezas, de vacilações, e é desta forma que sou, inconstante, feita de metades e incompletudes que se complementam e se inteiram entre si. Mulher de fases! E neste momento minha face está iluminada pelo dia, sendo que a outra face está voltada para o escuro da noite que também permanece em mim.

Milagre é ver o impossível se realizar a cada instante.

Basta que eu queira, e eu quero meu Deus! Eu quero experimentar novamente a doçura da graça que passa. O calor ardente do sol, o perfume que paira na atmosfera e embriaga. Ouvir o riso das estrelas, o sorriso misterioso da lua e se deixar contagiar. Permitir o vento levar as asperezas que atravancam o caminho. Florescer! Entregar-se e entregando-se não sentir-se metade, não ficar partida, mas inteira e plena, como plenos devem ser os dias.

É como uma árvore criou raízes fundas dentro de mim. Os galhos atravessam, crescem para fora, me abrigam e eu me deito à sua sombra.

Quero uma entrega maior, como dias de primavera que as flores se abrem e se dão ao mundo, se deixam acariciar pelo sol, e ao escurecer mais resguardadas recebem o orvalho da noite, mas estando pronta ou não, é assim que me encontro, desabrochando, amanhecendo, se dando para a vida.

Não quero criar expectativas quanto ao que me espera, cansei de ilusões. Quero a plenitude daquilo que ainda não sei. Quero o inesperado batendo à minha porta. Algo bom, na fé! Não importa o que, só que seja bom.

Sempre tive a mania de sorrir quando viajava em pensamentos. Minha mãe certa vez, após várias observações sobre episódios como esse, perguntou-me se eu conversava com alguém quando sorria assim. Ela pensava que eu falava com anjos, coisas de mãe. Bom, mais isso é outra história. E como viajava! Acho que esse não é o tempo certo, a verdade é que viajo. Pego as asas da imaginação e voo. Também adoro mergulhar, de cabeça mesmo. Então voo, mergulho e pouso. E o que tudo isso provoca em mim, me fez recordar uma citação de Martha Medeiros “Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia”. E a isso eu chamo de mergulho profundo. E voar é sair por aí, viver, procurando a cena feliz ou tentando construir a cena feliz, e quando você se depara com alguém que vislumbrou há muito tempo, antes mesmo de conhecer, naquela sua cena feliz, aí que tudo acontece, teu imaginário materializado em corpo e alma.

Como poderia imaginar que depois de anos o que fora partida tornar-se-ia encontro, não marcado, mas predestinado, previsto na janela do tempo. Parafraseando Caio Fernando Abreu: ”O que tem de ser tem muita força”. É tipo não poder afirmar categoricamente, dessa água jamais beberei porque por mais que nossos atos sejam determinantes há sempre algo que nos escapa, foge do nosso controle. Você pode fazer planos de viajar por outros ares e no percurso, ou antes, de concretizar a idéia, haver uma mudança brusca que te leve a outro lugar e lhe apresente ‘o chamado: inesperado’, exteriormente, porque no recôndito, no fundo, fundo mesmo, há infinita espera, ainda que inconsciente, perdido, esquecido, guardado ou adormecido em algum lugar, talvez em gavetas de desistências. Há coisas que não valem à pena persistir e há coisas que não são permitidas, porque vieram desencontradas, ou nem tanto assim, visto que tudo tem o momento certo. Porventura, todos os caminhos por quais trilhamos, estão traçados na palma das nossas mãos, e, quiçá, marcados nas calçadas invisíveis do espaço que se cruzam e por vezes se entrelaçam em tantas outras. Num emaranhado algumas dão nós, outras se tornam laços, feitos e desfeitos.

(...) Sentiu um calor trêmulo a lhe percorrer o corpo. Havia algo mais forte que os prendia naquele instante, tentavam desviar o olhar mais não conseguiam como se fosse norte e sul de um dipolo.

A verdade é que observando todas as coisas belas e dada a sua perfeição, a forma e harmonia como se inteiram, toda pessoa deve ter um par (de asas) perdido ou achado por aí nesse mundão de Meu Deus! Daí a gente espera, não espera, pega estrada, segue o curso, corta caminho ou roda como numa ciranda, muda o rumo, erra/acerta o passo e cruza com alguém que nos faz experimentar sensações até então desconhecidas porque vindas de um jeito novo. Que nos faz delirar, provocar uma sinergia, um descompasso em meio ao calor trêmulo dos passos, o desejo ardente de perde-se naquele abraço, embriagar-se de beijos, fundirem-se entreolhares e entregar-se com paixão. O novo, vestido de flores, sol e sorrisos, tecido de algodão bordado de carícias e coração. Doce como algodão-doce e leve, com a leveza que só as plumas tem. E mesmo banhado de chuva é como um beijo cítrico molhado que te aquece ao tempo que provoca arrepios. Deseja vesti-lo, sentir colado à pele o teu avesso, o vestido mais perfeito, e reza para que te caia bem, que te vista como uma luva, que se encaixe perfeitamente em você, na medida certa do/para o amor, sem mais.

Carta a um amigo

Meu coração não está tranquilo, não sei, é como se você estivesse passando por uma fase complicada, meio conflitante, sob pressão, com alguns momentos de angústia, e o que a gente pode fazer por um amigo, por alguém que a gente tanta ama nessas horas? Rezar é uma boa, não é? Mas não basta que a gente espere que as coisas caiam do céu e tudo se resolva como num milagre, ou num passe de mágica. Deus disse: "faz que te ajudarei!".

É preciso fazer algo, e esse algo que queria fazer por você, segurar a mão, abraçar, dizer e mostrar o quanto é importante é também uma boa, não é? Deixam-nos leves quando acariciados por esse aconchego amigo. Mas depois de um momento o poder anestesiante de um abraço amigo passa e aí retorna aquela mesma situação que ainda não fora resolvida.

Então é isso, luz da minha vida, eu queria não só rezar por você, segurar sua mão, mas poder ajudá-lo em todas as suas conquistas, aliviar e alegrar o seu coração. Vê-lo feliz, eternamente feliz, pois, quando a gente gosta muito de alguém, não é isso que se deseja? O bem, somente o bem. Diga-me o que posso fazer? Afinal a união faz a força, ou em outras palavras uma andorinha só não faz verão. Bom, mas espero sinceramente que esteja tudo bem, que essa intranquilidade do meu coração, seja apenas saudades de quem se ama e quer bem.

É Natal. O badalar dos sinos ressoa misturados aos sons dos corações que tocam em uníssono. É chegada a mais bela data de todos os anos. A mais pura e singela beleza emoldurada pelo brilho do amor que paira sobre nós. Época que todos se dão as mãos e elevam o olhar numa única direção, à estrela guia esperança. E, neste dia tão especial que o Verbo Amor se fez Carne entre nós que possamos antes de qualquer coisa agradecer a Deus, ao nosso Papai Noel Maior pelo presente chamado Vida. Afinal que data melhor pra se fazer isso senão no dia que se celebra a vinda, o nascimento do menino Jesus? É com o olhar de quem ama e de quem espera o melhor que vida pode oferecer (porque a Vida é assim além de ser Flor da existência que nos foi concedida com muito amor, como maior e mais belo Presente, ela própria nos presenteia a cada passo, a cada descoberta. A vida é presente constante) que meus desejos tremulam ao vento pedindo a Deus que o Espírito Natalino, essa íntima relação entre todas as almas humanas iluminadas pela Luz Divina, perdure não só nas noites de Natal, mas durante os 365 dias do Ano. Que a Vida se refaça e se renove em cada um levando embora todas as dores (mágoas, rancores, tristezas e angústias). Que as energias positivas somadas e irradiadas neste dia deem um colorido maior aos dias que virão. Que o fogo do Amor aqueça e envolva a todos com ternura e afeto. Que sejamos mais entrega e doação. Que a semente da Flor de Amor plantada hoje floresça e que a alegria, a bondade, a harmonia, a fraternidade e a paz se façam sempre presente. Amém!

(...) A vida não foi feita para se economizar, por isso gaste-a, Viva, sem medo, ou terá ficado, para sempre, às margens de si mesma ... Para sempre é muito forte.

Gosto da brisa que acaricia ou a lufada forte que joga para trás e impulsiona para a frente. De sentir o sangue ferver e a adrenalina subir a mil. Do sopro que realimenta e faz encher e transbordar de existência.

Todas as coisas são feitas de pequenas partículas, nossa vida também é assim. Pequenas, grandes coisas.

Porventura, todos os caminhos por quais trilhamos estão traçados na palma das nossas mãos, e, quiçá, marcados nas calçadas invisíveis do espaço que se cruzam e por vezes se entrelaçam em tantas outras. Num emaranhado algumas dão nós, outras se tornam laços, feitos e desfeitos.

Basta que eu me permita. Que eu queira, e eu quero sim Deus, tudo de novo, ainda correndo todos os riscos de não saber administrar as doses, nem compreender a posologia de forma, ignorar todas as contra-indicações como hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula, mesmo assim arriscar a se perder, e ir perdendo, e ao encontrar ir se encontrando, outra e mais outra vez. Não quero criar expectativas quanto ao que me espera, cansei de ilusões. Quero a plenitude daquilo que ainda não sei. Quero o inesperado batendo à minha porta. Algo bom, na fé! Não importa o que, só que seja bom.

Porque a vida é deste modo, é feita de encontros e desencontros, e a gente segue à deriva, num barco à vela, içada pelo vento, ora tempestade, ora calmaria, entre erros e acertos, vivendo e aprendendo a viver.

A vida é como uma onda. Tudo vem no momento certo. Chronos e Cosmos unidos... O tempo dirá! O universo devolve tudo na mesma medida, e o sol? O sol brilha todas as manhãs, sorri todos os dias não importa o que aconteça. O sorriso é colorido sabe? É colorido.