Coleção pessoal de andrepesilva

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Solto a vida pela janela.
Fiel como trilho e o trem.
Corro descalço
a caminho de ferro.
Os pés suados,
empanados de terra,
e as unhas de fora.

Perdas e despedidas.
Dividido em uma nova decisão.
A distância traz saudades
a dúvida deixa insatisfação.

De escusar inimigos,
os arrependidos
pedem sempre proteção.

Num futuro próximo,
lembro os bons momentos
que hoje vivo.

Cai a gota da noite,
ninguém viu aquela
que tanto amei.

Ah! Que saudades!
O meu bem!
Ah! Que saudades!
Da “Rua Das Ilusões Perdidas”,
que terminou, numa bela
e “Doce Quinta-feira!”

Tal como segredo,
confesso que, a princípio,
o simples é proposital.

De vez em quando, passa,
mãos dadas com um verso.

O que me resta é paixão,
da vida que fugiu sem rédeas.

Não tomei muito (só umas e outras)
na decisão de ser sozinho.
Redescobri nos dias
feitos para nós.
Já não os tenho
como outrora,
eu estive
apaixonado
por você e pela vida!

Perguntam quem sou.
Penso e não mais estou.

Mãos à obra,
pé na estrada...
O resto é prosa fiada!

Perguntam o que penso.
Ébrio, o meu silêncio é sincero.

Vou por águas tranquilas,
mas às vezes faço cara feia.

Doravante, já não durmo
nem provoco os sonhos.

Até que eu pisque um olho, acordado
quem é já nasce pronto!

A infância vai à criança, senil fica.
Ao menos farto de anos
comemoro os melhores dias nesta vida.

A infância não sobrevive no tempo,
somente assombra na lembrança.

O tempo não padece, os sonhos não dormem.

Para que vou dormir, se tenho que acordar,
antes do meu sonho começar?