Coleção pessoal de alone

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A amizade perfeita apenas pode existir entre os bons.

Um amigo se faz rapidamente; já a amizade é um fruto que amadurece lentamente.

A amizade é uma alma com dois corpos.

A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa nem medir o que se diz.

Não há amizade, por mais profunda que seja, que resista a uma série de canalhices.

A amizade é o amor sem asas.

A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor.

Nunca foi um bom amigo quem por pouco quebrou a amizade.

Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz...

Quando defendemos os nossos amigos, justificamos a nossa amizade.

A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas.

A melhor maneira de começar uma amizade é com uma boa gargalhada. De terminar com ela, também.

O adultério é a aplicação dos princípios democráticos ao amor.

Atrás de todo homem bem-sucedido, existe uma mulher. E, atrás desta, existe a mulher dele.

Casamento. Uma comunidade que consiste de um homem, uma mulher e uma amante, num total de duas pessoas.

No adultério há pelo menos três pessoas que se enganam.

Há homens e mulheres que fazem do casamento uma oportunidade de adultério.

O MEU DESTINO

O amor que meu coração invade
Faz-me pensar em ti sem cessar,
Traz aos meus dias felicidade
E me dá mais razões de sonhar.

É muito grande a minha vontade
De bem perto de ti me encontrar,
E embora seja enorme a saudade,
A minha ansiedade vou dominar.

Se o meu amor é pra eternidade,
Certamente poderei te aguardar,
A tua vida pode ter longevidade,
A minha tem por destino te amar.

Saudades é saber seu fim, mas continuar andando em sua direção.

A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.