Coleção pessoal de alfredo_bochi_brum

101 - 120 do total de 378 pensamentos na coleção de alfredo_bochi_brum

⁠NOTÍVAGO
Não nasci pra ser notívago
Nas penumbras armadilhas
Por mais clareza de Sol
Que é verdadeiro Mago
Com sua firmeza de quilha
Cortina da noite apago.

⁠POR UM FIO
Mais um ano findou
Algo de bom ficou
No rastro aprendizado
Norte a ser enfrentado
Com novo desafio
E a vida por um fio!

⁠ENTÃO É NATAL
Me faça um obséquio
Antes de pegar as taças
Em reluzentes presépios
Invoque a Ele mil graças!

⁠ESCOTILHAS
Quando você parece uma ilha
Isolado de todo contexto
Tentando fugir das armadilhas
Discutir em vão eu não me presto
Submarino sem escotilha
Qualquer norte será um regresso.

⁠CATACUMBA
Há uma dor tão profunda
Que a escuridão inunda
Mais baixo mais afunda
Vai dobrando a corcunda
A má fase retumba
Na esperança fecunda
Saia da catacumba!

⁠COLHEITA
Qual o tamanho do espanto?
Esperavas um homem santo?
E o que tem por trás do seu manto?
Muito pecado e pouco pranto!
E assim acaba o seu encanto!
Pois todos colhem o que plantam!

⁠DESPERTAR
Essa angústia anda medonha
Carregando muitos medos
Rouba o descanso a insônia
Urge um despertar bem cedo
Alma anda meio acrimônia
Precisando de mais credo.

⁠MARCAS DO QUE SE FOI
Enfim, vim até onde pude
Mas chega um ponto em que a saúde
Te faz lembrar da finitude
Combate diário da inquietude
Sem esperar que o tempo mude
Legado em marcas de atitude.

⁠QUEBRA-CABEÇAS
Vêm horas que o tempo não passa
E noutras tantas ele voa
Feliz ou triste ele arrasta
Quebra-cabeças vida à toa
Em cada etapa peça engasta
Que te molde melhor pessoa!

⁠COM"PASSOS"
Maior parte dos meus passos
Já ficaram no passado
Manter o melhor compasso
Para um Ser mais sossegado
Não se entregar ao cansaço
Nem viver desesperado
Porque o tempo resta escasso.

⁠NOVA DIREÇÃO
Desacomodar a atitude
Enfrentar o que está errado
E sair dessa contramão
Homeopatia pra inquietude
Amparar o desam"parado"
Pulsando em nova direção.

⁠LUZ DO ESPONTÂNEO
Encantadora magia
Já foi pandeiro de prata
Nos versos de um conterrâneo
Faz cessar esta afagia
Lua que a ideia recata
Traz tua luz ao espontâneo.

⁠ALMA VIVA
E depois de tanto fervor
Vem uma estranha tendência
De crítica destrutiva
O que se vestiu de amor
Foi despido em transparência
Não sobrou uma alma viva.

⁠ENGENHARIA
Nunca foi perda de tempo
Melhor conselheiro o exemplo
Engenheiro do teu templo
Só palavras não aguento.

⁠Rumores

Realmente nem tudo são flores
Cuidar os problemas recorrentes
Toda doença tem suas dores
Não se basta o jogo do contente
Em labirintos e corredores
Um bom propósito ter em mente
Com a firmeza dos estentores
Como música e marcha em frente
Sem dar ouvidos a outros rumores.

⁠TEMPOS RELEGADOS
De onde vem essa mania
Que depois de uma ruptura
A vida fica vazia
Relegar toda a ternura
Que esculpiu a alegria
Não precisa ser tão dura
No passado e na porfia!

⁠EXCESSO
Perdoe algum excesso
Por vezes eu não meço
Nem sei o que mereço
Por vezes eu tropeço
E comigo eu converso
Descarrego em meus versos.

⁠JABUTICABA
Mas é preciso entender
Quando a busca vira em nada
O tempo amadurecer
Tal qual a jabuticaba.

⁠MUSICISTA
Tantos estampidos
Harmonia envido
Assim não revido
É assim que vivo
Problema solvido
Com amor provido
Música ao ouvido.

⁠INTERDITO
Mas que tamanha confusão
Negando a própria natureza
Vida atentada no conflito
Será um novo armagedom?
Faz-se preciso mais leveza
Maniqueísmo interdito.