Coleção pessoal de aleaguiar

Encontrados 4 pensamentos na coleção de aleaguiar

AS MENINAS DE COSTAS

Distantes, femininas, meninas
A procura de um espelho
Tentando se edificar
Querendo encontrar-se

Permanecendo na margem
Observam apenas o reflexo
A procura de um lugar
Arriscando comunicar-se

Oprimidas, voz tremula
Tímidas, sonhadoras
Anunciam uns ruídos
De ecos pouco ouvidos

O FRESCOR DAS PALAVRAS

As palavras são como o vento...
Elas vêm como uma brisa
Acariciando o corpo
E oxigenando a alma
Depois se despedem e vão embora!

GENTE DENTRO DA GENTE

Expectativa presente e Positivo.
Do restaurante mediterrâneo.
Da capela, sensibilidade.
Poesia Helena Kolody!

E gente dentro da gente!

Fuxicos, gravuras e retratos.
Arte transformada em sonho,
sonho de um mundo Positivo.

E gente dentro da gente!

Da escola, pinturas, encantos e projetos.
Comprometimento, educação em transformação!
Da simplicidade tridimensional de sorrisos.
Curitiba, encontro em família!

E como dizia a guria: “gostinho da comida da vó”!

Fábrica, construção, ampliação.
Entre corredores, máquinas.
Lágrimas de alegria, cidades.
Entre papel esperança.

E gente de trabalho Positivo!

Corredores sonhos e transformação.
Sistematização, foco, sutileza e gostosuras.
Criança, esperança e sustentabilidade!

E gente dentro da gente,
com pensamentos parecidos!

Almoço polenta!
Presentes poesias e alegrias.
Vibração, sutileza, infância.
Educação infantil, responsabilidade!
Vontade de querer mais, infinita sintonia.

E gente dentro da gente!

Flor, jardim botânico!
Araucárias, ipês roxos e amarelos.
Canteiros geométricos, amor materno!
Reinventando as miudezas da vida.

Tendo gente sempre dentro da gente!

Estações tubos, de povo educado.
Com o caminhar do quero-quero
se exibe feito pavão!
Encantos. Vibração. Encontros. Despedidas!

De gente dentro da gente, positivamente!

MARIA SEM VERGONHA!

Acredito que estou aprendendo a olhar nos olhos o mundo.
Não que antes não o via, mas, agora vejo realçado.
Enxergando o que foi visto e não olhado, pois, olhar demanda tempo, paciência e vontade de apreciar suas singularidades.

Sem aprisionar, apenas enxergando o profundo a margem e contemplando a paisagem.
Se há uma flor que tenho admirado é a Maria sem vergonha, uma planta que produz flores da mais variadas cores.
É encontrada de forma espontânea em trechos de estrada, canteiros ou mesmo em vasos e jardineiras.
Porém, precisa de solo fértil e úmido, multiplicando em profusão.

Só quem vê, consegue enxergar sua profundidade.
Tenho deparado com essas belezas. Acho que antes nunca tinha utilizado tanto do olhar, estou aprendendo a comunicar-me.
Redescobrindo esse sentido, reparando as minudências, estou mais sensível enxergando detalhes que nunca tinha visto.
E como é bom tudo isso!

Nunca pensei que poderia comunicar tanto, horas e horas com os olhos. Tenho sentido uma energia muito forte aproximando-se da presença da lua, não sei explicar só sentir e olhar!
Lágrimas, brilhos, intensidades, penetrantes, reconhecendo-se, reparando e olhando!
Há momento na vida em que precisamos saltar, entrando em contato com o vento e há momentos que apenas precisamos olhar.

O olhar é mediato, mediado, lento é reparando no que nos rodeia é ver amor no seu olhar é desabituar a ver o que é essencial.
Estabelecendo uma relação de conhecimento com o real!
E como já dizia José Saramago: "Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara". Apreciando a Maria sem vergonha e reparando na beleza de suas cores!