Coleção pessoal de alcZo

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Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Porque há o direito ao grito.
Então eu grito.

É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer.

Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi o apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.

... estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda.

E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano.

Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja.

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas.

Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.

⁠Tudo é um tipo de arte para cada um, e é isso que diferencia nossas culturas e histórias umas das outras.

Alguns pensam que para se ser amigo basta querê-lo, como se para se estar são bastasse desejar a saúde...

Um bom começo é a metade.

Que vantagem têm os mentirosos? A de não serem acreditados quando dizem a verdade.

Devemos nos comportar com os nossos amigos do mesmo modo que gostaríamos que eles se comportassem conosco.

O homem solitário é uma besta ou um deus.

A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.

A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais.

É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.