Clarice Lispector quando se Ama não

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"Só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender estrelas”.

( in: "Via Láctea", XIII)

se você se importa, demonstre.
se você ama, diga.
se você quer,corra atrás.
se você perdeu mas se arrependeu, mostre seu arrependimento.
eu ainda não sei ler pensamentos!

Se queres uma rosa sem espinhos, se satisfaça com uma margarida, nada de bom, nem menos profundo, as margaridas não são qualquer coisa! Além disso, se queres uma rosa sem espinhos, veremos se sem espinhos a ama igual.

você prometeu q nunca iria me esquecer,mesmo que conheça outra garota,mesmo que a ame,mesmo que em um domingo eu machuque seu coração.

Ela dança, ele tenta.
Ela sorri, ele não aguenta.
Ela escandalosa, ele calado.
Ela festeira, ele sossegado.
Ela quer ir, ele tá de boa
Ela desiste, ele perdoa.
Ela respira, ele fraqueja.
Ela entende, ele a beija.
Ela do momento, ele do além.
Ela ama, ele também

Não se apegue ao que ficará.
Ame o seu corpo.
Embeleze a sua casa.
Cuide dos seus bens.
Lembre-se, porém, que os emprétimos
precisam ser devolvidos.
Enquanto que as experiências emocionais e os conhecimentos são conquistas.
Estude. Conheça-se. Lapide-se.

Lígia Guerra

Todo homem tem uma mulher no coração. Se ele não ama, já amou, e os estragos que ela causou destroem o coração de todas as outras.

QUANDO SE AMA

Troco o som do piano pela viola sertaneja,
A taça do vinho é trocada pela cerveja.
Assim é tal da adaptação do relacionamento
São furacões que surgem a todo o momento.

Conhecer as duas faces de uma moeda,
Tentar ser maleável para evitar a queda
E assim vai crescendo todo o sentimento
São furacões que surgem a todo o momento.

Entender que toda vida é uma pequena vida,
Que sem alguém ficamos perdido na avenida;
O sol deixa de ter o seu lindo colorido amarelo
E aquela delicia da infância não passa de caramelo.

Para se achar por completo ente mundo
Temos que entrar na vida do outro a fundo.
Conhecer o que não gostamos por que sim,
Apenas para aquela questão por um fim.

E assim vai crescendo todo o sentimento
São furacões que surgem a todo o momento.
E sorrir a toa sem querer do outro ser juiz,
Finalmente desejando que o outro seja feliz.

Desejo a você que encontre alguém que lhe faça feliz
Que saiba lhe acordar beijando a ponta de seu nariz

André Zanarella 05-08-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4298220

Quem ama tem pressa
amores são inimigos do tempo
não aguardam o dia raiar,
mas o que vale a pena de se ter...
vale a pena esperar.

Por mais que as pessoas que você ama te machuquem, siga em frente e, Continue Amando elas.

Grandes milagres só vêm depois de grandes problemas. O que vai definir se Deus vai fazer ou não um milagre na sua vida? É a sua fé. Depende de você para que esse milagre aconteça...

⁠Coloquemos nossa esperança, naquele que realmente tem poder e nos ama, incondicionalmente!

⁠Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.
Hebreus 10:23

Deus nunca mudou nem mudará, a promessa na tua vida Ele cumprira, mantenha nEle firme a sua fé, ele vai te colocar de Pé, confesse que Ele é o Deus da sua vida e Creia que em Cristo você é mais que vencedor, não perca a esperança de um amanhã melhor, teu futuro está nas mãos do Criador.

⁠Quando se ama, um perdoa o passado do outro, deixa o futuro nas mãos de DEUS e vive no presente, como se fosse uma primeira vez!

⁠Eu queria amar como nos livros de histórias, como nas canções e baladas. Queria esse amor que nos atinge como um raio.

Holly Black
O canto mais escuro da floresta. Rio de Janeiro: Record, 2017.

O ato gratuito

Muitas vezes o que me salvou foi improvisar um ato gratuito. Ato gratuito, se tem causas, são desconhecidas. E se tem consequências, são imprevisíveis.
O ato gratuito é o oposto da luta pela vida e na vida. Ele é o oposto da nossa corrida pelo dinheiro, pelo trabalho, pelo amor, pelos prazeres, pelos táxis e ônibus, pela nossa vida diária enfim – que esta é toda paga, isto é, tem o seu preço.
Uma tarde dessas, de céu puramente azul e pequenas nuvens branquíssimas, estava eu escrevendo à máquina – quando alguma coisa em mim aconteceu.
Era o profundo cansaço da luta.
E percebi que estava sedenta. Uma sede de liberdade me acordaria. Eu estava simplesmente exausta de morar num apartamento. Estava exausta de tirar ideias de mim mesma. Estava exausta do barulho da máquina de escrever. Então a sede estranha e profunda me apareceu. Eu precisava – precisava com urgência – de um ato de liberdade: do ato que é por si só. Um ato que manifestasse fora de mim o que eu secretamente era. E necessitava de um ato pelo qual eu não precisava pagar. Não digo pagar com dinheiro mas sim, de um modo mais amplo, pagar o alto preço que custa viver.
Então minha própria sede guiou-me. Eram 2 horas da tarde de verão. Interrompi meu trabalho, mudei rapidamente de roupa, desci, tomei um táxi que passava e disse ao chofer: vamos ao Jardim Botânico. "Que rua?", perguntou ele. "O senhor não está entendendo", expliquei-lhe, "não quero ir ao bairro e sim ao Jardim do bairro." Não sei por que olhou-me um instante com atenção.
Deixei abertas as vidraças do carro, que corria muito, e eu já começara minha liberdade deixando que um vento fortíssimo me desalinhasse os cabelos e me batesse no rosto grato de olhos entrefechados de felicidade.
Eu ia ao Jardim Botânico para quê? Só para olhar. Só para ver. Só para sentir. Só para viver. Saltei do táxi e atravessei os largos portões. A sombra logo me acolheu. Fiquei parada. Lá a vida verde era larga. Eu não via ali nenhuma avareza: tudo se dava por inteiro ao vento, no ar, à vida, tudo se erguia em direção ao céu. E mais: dava também o seu mistério.
O mistério me rodeava. Olhei arbustos frágeis recém-plantados. Olhei uma árvores de tronco nodoso e escuro, tão largo que me seria impossível abraçá-lo. Por dentro dessa madeira de rocha, através de raízes pesadas e duras como garras - como é que corria a seiva, essa coisa quase intangível e que é vida? Havia seiva em tudo como há sangue em nosso corpo.
De propósito não vou descrever o que vi: cada pessoa tem que descobrir sozinha. Apenas lembrarei que havia sombras oscilantes, secretas. De passagem falarei de leve na liberdade dos pássaros. E na minha liberdade. Mas é só. O resto era o verde úmido subindo em mim pelas minhas raízes incógnitas. Eu andava, andava. Às vezes parava. Já me afastara muito do portão de entrada, não o via mais, pois entrara em tantas alamedas. Eu sentia um medo bom – como um estremecimento apenas perceptível de alma - um medo bom de talvez estar perdida e nunca mais, porém nunca mais! achar a porta de saída.
Havia naquela alameda um chafariz de onde a água corria sem parar. Era uma cara de pedra e de sua boca jorrava a água. Bebi. Molhei-me toda. Sem me incomodar: esse exagero estava de acordo com a abundância do Jardim.
O chão estava às vezes coberto de bolinhas de aroeira, daquelas que caem em abundância nas calçadas da nossa infância e que pisávamos, não sei por quê, com enorme prazer. Repeti então o esmagamento das bolinhas e de novo senti o misterioso gosto bom.
Estava com um cansaço benfazejo, era hora de voltar, o sol já estava mais fraco.
Voltarei num dia de muita chuva – só para ver o gotejante jardim submerso.

Nota: peço licença para pedir à pessoa que tão bondosamente traduz meus textos em braile para os cegos que não traduza este. Não quero ferir os olhos que não veem.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
Inserida por Wellingtonstone

Qualquer que tivesse sido o crime dele [Mineirinho], uma bala bastava. O resto era vontade de matar, era prepotência.

Clarice Lispector

Nota: Trecho de entrevista concedida para a TV Cultura, em 1977.

Inserida por DySoares

É em mim que tenho de criar esse alguém que entenderá.

Clarice Lispector
A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por julianemaciel

– Se você não pudesse mais escrever você morreria?

– Eu acho que, quando não escrevo, estou morta. (...) É muito duro, esse período entre um trabalho e outro, e ao mesmo tempo é necessário para haver uma espécie de esvaziamento para poder nascer alguma outra coisa, se nascer. É tudo tão incerto…

Clarice Lispector

Nota: Trecho de entrevista com Júlio Lerner para a TV Cultura, em 1977.

Inserida por Vinischuartz

– No seu entender, qual o papel do escritor brasileiro hoje?

– De falar o menos possível.

Clarice Lispector

Nota: Trecho de entrevista com Júlio Lerner para a TV Cultura, em 1977.

Inserida por Vinischuartz