Cinquenta anos

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Eu envolvo meus braços ao redor do corpo, me abraçando com força, me segurando. Sinto falta dele. Eu realmente sinto falta dele... Eu o amo. É simples assim.

As mulheres sabem do que se proteger, porque leem romances que lhes contam sobre esses truques.

Sei, no fundo, que sempre serei sua, e ele sempre será meu. Percorremos um longo caminho juntos, e ainda temos muito que caminhar, mas somos feitos um para o outro. Somos almas gêmeas.

Ele pega a minha mão e me puxa para um abraço, que eu aceito de bom grado, meu lugar favorito no mundo inteiro.

Existem, hoje, cinquenta mil patifes que dizem o que lhes apetece a dezoito milhões de imbecis.

Dupla Face!

Aniversário depois dos cinquenta!
Motivo de alegria para homens!
Preocupação para mulheres!

Ismael Santana Bastos
30/05/2014

Há criaturas que chegam aos cinquenta anos sem nunca passar dos quinze, tão símplices, tão cegas, tão verdes as compõe a natureza; para essas o crepúsculo é o prolongamento da aurora. Outras não; amadurecem na sazão das flores; vêm ao mundo com a ruga da reflexão no espírito, - embora, sem prejuízo do sentimento, que nelas vive e influi, mas não domina. Nestas o coração nasce enfreado; trota largo, vai a passo ou galopa, como coração que é, mas não dispara nunca, não se perde nem perde o cavaleiro.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

Uma máquina pode fazer o trabalho de cinquenta pessoas comuns. Nenhuma máquina pode fazer o trabalho de uma pessoa extraordinária.

Os quarenta são a terceira idade da juventude. Os cinquenta são a juventude da terceira idade.

Ainda imaginei ter você por cinquenta, sessenta anos. Eu pensei que poderia estar preparado nessa altura para deixar você ir. Mas é você e percebi que não estarei mais pronto para perder você do que estou agora.

Minha gravata não tem cinqüenta tons de cinza, porém meu céu tem mil e uma noites.

LISBON REVISITED (1926)

Nada me prende a nada.
Quero cinqüenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.

Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.

Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...

Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.

Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.

Outra vez te revejo,
Cidade da minha infância pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...

Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?

Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.

Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...

Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...

Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!

Nada me prende a nada. Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.

Uma coisa é sentar aqui pondo as palavras num papel e passando, pelo menos, cinquenta pensamentos para cada palavra - portanto de que vale mandá-la se não posso mandar os pensamentos - um em cinquenta - tão diluídos...
(Roteiro para um passeio ao inferno)

Doris Lessing
Roteiro para um passeio ao inferno

Cinquenta aspirinas são um bocado de aspirinas, mas ir para a rua e desmaiar é a mesma coisa que guardar o revólver de volta na gaveta.

Cinquenta por cento de alguma coisa é melhor do que cem por cento de nada

Meus avós já estavam casados há mais de cinqüenta anos
e continuavam jogando um jogo
que haviam iniciado quando começaram a namorar.

A regra do jogo era que um tinha que escrever a palavra
'NEOQEAV' num lugar inesperado para o outro encontrar
e assim quem a encontrasse deveria escrevê-la
em outro lugar e assim sucessivamente.

Eles se revezavam deixando 'NEOQEAV'
escrita por toda a casa,
e assim que um a encontrava era sua vez de escondê-la
em outro local para o outro achar.

Eles escreviam 'NEOQEAV' com os dedos no açúcar
dentro do açucareiro ou no pote de farinha
para que o próximo que fosse cozinhar a achasse.

Escreviam na janela embaçada pelo sereno
que dava para o pátio
onde minha avó nos dava pudim que ela fazia com tanto carinho.

'NEOQEAV' era escrita no vapor deixado no espelho
depois de um banho quente,
onde a palavra a iria reaparecer depois do próximo banho.
Uma vez, minha avó até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico
para deixar 'NEOQEAV' na última folha e enrolou tudo de novo.

Não havia limites para onde 'NEOQEAV' pudesse surgir.

Pedacinhos de papel com 'NEOQEAV' rabiscado
apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam.

Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos
e deixados debaixo dos travesseiros.

'NEOQEAV' era escrita com os dedos na poeira
sobre as prateleiras e nas cinzas da lareira.

Esta misteriosa palavra tanto fazia
parte da casa de meus avós quanto da mobília.

Levou bastante tempo para eu passar a entender
e gostar completamente deste jogo que eles jogavam.

Meu ceticismo nunca me deixou acreditar em um único
e verdadeiro amor,
que possa ser realmente puro e duradouro.

Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós.

Este amor era profundo.

Era mais do que um jogo de diversão, era um modo de vida.

Seu relacionamento era baseado em devoção
e uma afeição apaixonada,
igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar.

O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam.

Roubavam beijos um do outro
sempre que se batiam um contra outro naquela cozinha tão pequena.

Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro
e todo dia resolviam juntos as palavras cruzadas do jornal.

Minha avó cochichava para mim dizendo o quanto meu avô era bonito,
como ele havia se tornado um velho bonito e charmoso.

Ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos.

Antes de cada refeição eles davam graças a Deus
e bênçãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa,
para continuarmos sempre unidos e com boa sorte.

Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós:
minha avó tinha câncer de mama.

A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes.

Como sempre, vovô estava com ela a cada momento.

Ele a confortava no quarto amarelo deles,
que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse
sempre rodeada da luz do sol,
mesmo quando ela não tivesse forças para sair.

O câncer agora estava de novo atacando seu corpo.

Com a ajuda de uma bengala e a mão firme do meu avô,
eles iam à igreja toda manhã.

E minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que,
finalmente, ela não mais podia sair de casa.

Por algum tempo, meu avô resolveu ir à igreja sozinho,
orando a Deus para zelar por sua esposa.

Então, o que todos nós temíamos aconteceu.

Vovó partiu.

'NEOQEAV' foi gravada em amarelo
nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores do funeral da vovó.

Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios,
primos e outras pessoas da família se juntaram
e ficaram ao redor da vovó pela última vez.

Vovô ficou bem junto do caixão da vovó e,
num suspiro bem profundo, começou a cantar para ela.

Através de suas lágrimas e pesar,
a música surgiu como uma canção de ninar
que vinha bem de dentro de seu ser.

Me sentindo muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento.

Porque eu sabia que mesmo sem ainda
poder entender completamente a profundeza daquele amor,
eu tinha tido o privilégio de testemunhar
a beleza sem igual que aquilo representava.

Aposto que a esta altura você deve estar se perguntando:

'Mas o que NEOQEAV significa ?'

'NEOQEAV' = Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você

O quarto em desordem.

Na curva perigosa dos cinquenta
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor

que não se sabe como é feita: amor,
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar

a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objeto mais vago do que nuvem
e mais defeso, corpo! corpo, corpo,

verdade tão final, sede tão vária,
e esse cavalo solto pela cama,
a passear o peito de quem ama.

"Eu prometo ser seu porto seguro e guardar no fundo do meu coração nossa união e você - sussurra ele, a voz rouca. - Prometo amá-la fielmente, renunciando a todas as outras, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, não importa o rumo que nossa vida tomar. Eu a protegerei e a respeitarei, e confiarei em você. Partilharei das suas alegrias e tristezas,e a confortarei quando preciso. Prometo cuidar de você, apoiar suas esperanças e seus sonhos e mantê-la segura a meu lado. Tudo que é meu agora passa também a ser seu. Dou-lhe minha mão, meu coração e meu amor a partir deste momento, até que a morte nos separe."

Inserida por almabordada

Orlando

Sou homem
Sou mulher
Sou o que eu quiser

Seu ódio não me cala
Seu ódio não me barra
Seu ódio não me atinge
Seu ódio não me amarra

Morro junto com eles
Todos os dias
Morri junto com aqueles cinquenta
Se for pra tacar pedra
Não começa, nem tenta

Se não gosta, cai fora
Nada mais é como foi outrora
Teu discurso tá fora de hora
Siga seu rumo e vá embora

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