Chuva e Amor
Há momentos que a chuva cai e vejo na varanda que as lagrimas que eu derramei por amor fez minha cidade se encher de chuvas!
Essa impertinente chuva que insiste em molhar a face do amor, só faz regar os desejos, que uma paixão ausente semeou!
O amor precisa da sorte, compreensão, uma praça, um banco. Precisa de chuva, sol, rua, casa, cama. O amor precisa de janela, porta e cômodos, precisa também de abraços, cafunés, carinhos e sorrisos. O amor precisa ser quente, e poucas, pouquissimas vezes, quase nunca, frio. O amor precisa de maquiagem, um almoço ou jantar à luz de velas. O amor precisa de você e dele, o amor apenas precisa de amor, e nada mais.
Não vacila não que o amor é pássaro migrante, tem a idade do dia, parece água de chuva. Voa, corre, e evapora e vai e vira pó.
Por si o amor tem seus métodos
de nos fortalecer,
nos fazer sol em meio a chuva,
e nos fazer brisa diante do vendaval.
Não há chuva que não toque o chão, e não há sol que não traga luz. Assim como não há amor que não machuque.
CHUVA DE AMOR SEM FIM
Gosto de sentir as gotas deste amor que chove em mim
Amor que é tempestade e, às vezes, calmaria
Esta chuva que lava as minhas tristezas
E faz brotar em mim a alegria
Que molha o meu jardim
Que parece não ter fim...
Pedido
Apanha-me
Segura-me firme
Que eu caio de amor
Esta noite
Os pingos desta chuva
Não me livram do quanto ardo por dentro
E se queimo assim
É que preciso de ti
Enlaçando-me em teus braços
Por muito amor
E não mais dormir.
Ela caíu-me do céu como tú, ó chuva! Mas ó chuva, ela é como tú pá! Sinto o seu amor. Sim, o dia hoje acarinha-me, ama-me sem limites.
Amor: ainda estruturalismo.
Terra molhada, barulho de chuva, tarde que calha,
Há um corpo invisível na incidência de cada.
Linguagem que calha, signo-chuva, sintaxe molhada.
Me sopra aos ouvidos o tal: foge da teia, foge da teia, foge da teia!
Injusta territorialidade, me furta a fuga a priori,
Nasço à tarde muito bem estruturado.
Esse monoteísmo, esse monofonismo, a unidade-mulher,
Espiritualidade semântica, desesperança quântica, labirinto lógico.
Quintal grande, balanço na arvore, avó, mãe, tio tocando violão,
Amor, grande amor, etc, etc, etc.
"O amor nos faz meninos.
Queremos correr na chuva, gritar bem alto e brincar sem ter pressa.
Se Deus é amor, Ele é muito brincalhão.
Penso que o amor acontece quando Deus chama o homem para brincar de eternidade"
Seria a chuva gotas de lágrimas dos seres que sofrem por amor?
Seria a chuva gotas de diamantes criadas por amores não correspondidos?
Chuva que cai...que molha meu corpo...minha alma...e meu coração.
E o amor agora dança colado comigo, a chuva dança com a gente,
alguns olham, outros nem notam. Mesmo assim continuamos dançando,
de rostinho colado, de amor dado, se sonho vivido. Coladinho, como se a alma fosse uma só. Eu e Ele...