Chuva
A chuva limita meu olhar ao horizonte, porém disciplina a minha mente a olhar o que está na minha frente.
E por falar em chuva, em frio, vem-me a lembrança histórias de tempos atrás, quanta coisa passou,quanta gente passou,quantos foram os acontecimentos de nossa vida que julgávamos tão difíceis de superar,e os superamos;quantas foram as pessoas que chegamos a amar e hoje nos parecem ridículas;quantas foram as mágoas que nos feriram a alma,e olhando agora ,de longe,quão insignificantes se tornaram.
Bendito tempo,que cicatriza a alma, aquieta o coração e abre os nossos olhos para vermos quão linda e maravilhosa é a vida.Obrigado tempo,senhor da consciência, do esquecimento e principalmente da esperança de que algo melhor nos espera lá na frente
Ah, a chuva! Quando cai limpa tudo ao seu redor, limpa almas perdidas, trás um pouco do céu. Quando ela vem e demora tanto será que tem algo de errado com ela ou com agente? Fenômeno meteorológico ou algo divino?
Meu sono sonhando seu sonho encantado
Ouve?
A chuva vem chegando para acalentar com o seu canto...
Cada gota vai caindo...
caindo...
caindo...
E dando o compasso
As batidas vão roubando minha atenção
E meu passa-tempo é ouvi-la ritmar seu sono...
Saiu da própria vida e deixou a porta aberta. Entrei para me esconder da chuva. E fui ficando na vida que não é minha. Mas, quando a ternura invade as manhãs ensolaradas, me sinto em casa. Dura pouco. Precisamente, até alguém me dizer: “fala baixo para não acordar o passado.”
Não a noite que não encontre o dia.
Não a chuva que nunca pare.
Assim como não a tristeza que nunca acabe.
Chuva de Rosas
Um dia desses
Estava tão triste...
Olhava o céu
E nada encontrava
Olhava as rosas
E nada sentia.
Olhava pra mim
E não sorria.
O solo estava tão árido
A água que bebia
Parecia amarga..
.
Então... Triste!
Fechei os olhos
E por um instante
adormeci...
Havia um céu colorido
Mas, com nuvens
Tão alvas
Que cegavam os olhos
De uma mansidão
Sem igual...
Lá, havia rosas.
Encantavam-me
De uma graça rara
Como que dançassem
Sob as asas dos anjos
Que me levaram do solo.
Naquele momento
Percebi, não dormira
Eu repousava
No colo de Jesus...
Feito sonho doce de criança
Ele me mostrava
Como a vida é maravilhosa!
Não há dor que não passe
Se olhar em Sua Face
E confiar...
Toda tempestade se dissipará
Em pétalas perfumadas
Por uma linda chuva
De rosas
E o nosso amor é tão simples como uma gota de chuva no verão, mas é tão imenso quanto o número de gotas que caem em uma tempestade.
A Chuva parece não querer passar
quando tempo irá reclamar o que é seu por direito?
a saudade,a malicia e a arte
borram o céu em tons de vermelho
Anoitece,porquê não fica escuro?
o veneno,a doença e a arte
palavras saem das entranhas em um vento gelado
que derretem nos olhos
o frio passará e o calor não voltará?
o rancor,o amor sem odor,sem cor e a arte
A chuva não passará pois o tempo
borra o céu em tons de vermelho ao anoitecer
dos olhos frios
sem rancor,amor,odor,cor e a arte.
Essa impertinente chuva que insiste em molhar a face do amor, só faz regar os desejos, que uma paixão ausente semeou!
Molhado
Casaco molhado
de suco de uva.
All star ensopado
pela água da chuva.
E eu cabisbaixo
caminho na rua.
CHUVA QUE ME INSPIRA
"Doce e amarga chuva.
Que cobre o suor deste corpo,
Fatigado de tanto lutar.
Que lava a aura dest'alma,
Desbotada de tanto sofrer.
E desdenhada e incompreendida,
Deixa-a misturar-se
Com as águas de seu pranto.
Doce e amarga chuva.
Que deságua nesta terra,
Desprovida de cuidados
E há tempos sofrida.
Que arrasta com fúria,
Seus torrões secos e áridos,
Sedentos por alguns borbotões.
E castigada e impotente,
Deixa-a talhar-se
Com sulcos de erosões
Doce e amarga chuva.
A natureza se curva diante
De sua uníssona presença.
Com silêncio profundo,
Faz-te adorada reverencia.
Seu reinado, sempre absoluto;
Ainda que te falte cadência
Ah, doce e amarga chuva.
Sua existência paradoxal,
Torna-te augúrio ou
Faz-temensageira
Do bem e do mal"
Pingos e gotas
Você alguma vez já se sentiu um pingo?
Sim. Desses de chuva?
Uma gota d´agua?
Nunca?
Pois hoje me sinto assim.
Algo quase insignificante a primeira vista.
Porém a cada instante que passa, reuno pingo a pingo, gota a gota.
E já não sou mais tão pequeno, sou um mero filete, lento, sim ainda frágil, mas começo a achar um rumo, mesmo ignorado, mas um destino.
E as gotas e pingos continuam a inundar minha alma.
Deixei agora de ser áquele mero filete de água, e começa uma transformação.
Quando menos espero me sinto mais forte, e ja não mais tão lento.
Sinto o correr de minhas águas por entre quedas e pedras, e vou seguindo em frente.
Desviando cada obstáculo como se fosse o último.
Ledo engano, muitos ainda virão.
E me farão tentar desistir.
Mas agora estou maior, mais forte, mais rápido.
Mais ainda não o suficiente.
E os pingos não param de cair, e as gotas não param de rolar.
Mas me alimento de cada pingo e cada gota e cresço e me agiganto.
Quando de repente, em um choque final tudo parece estranho.
Calmo, forte e tranquilo.
Nem me dou conta que ultrapassei os piores momentos e virei mar.
Hoje tomei conta do mundo, sim do meu mundo.
Mas nunca deixarei de acolher cada pingo ou cada gota, pois foi assim que me fiz grande.
E é assim que vou permanecer.
Esse sou eu.
Um imenso mar pronto pra ser navegado.
Mas nunca me esquecerei que sou formado por pequenos pingos e gotas.
