Chico Xavier - sobre Disciplina
Considerações Sobre a Mulher "Virtuosa" de Provérbios 31.
O adjetivo virtuosa usado em algumas traduções não é ruim, mas ele não consegue expressar toda riqueza do original. As outras versões como: esposa exemplar (NVI), mulher de caráter nobre (NLT), mulher de valor (Semeur), eficiente (Lutero revisada), também não conseguem extrair com profundidade tudo da palavra no original. No original hebraico diz (v.10) 'eshet hayil', literalmente "mulher guerreira".
Portanto, a mulher de Pv 31 (eshet hayil), rompe e vai muito além de todas as dogmatizações e padrões superficiais. A mulher de Provérbios 31 é apresentada como geradora de filhos, administradora do lar, que ama o esposo, executiva, sábia, comerciante, etc... Uma mulher completa, capaz de exercer qualquer atividade na sociedade.
A Bíblia apresenta várias mulheres que são dedicadas como Marta e Maria, corajosas como Ester, líderes e guerreiras como Débora, profetizas como Hulda, inteligentes e estrategistas como as filhas de Zelofeade, sábias como Abigail e mães extraordinárias como Maria.
Portanto, ninguém deve delimitar a mulher; pois cada mulher tem um propósito, um delineamento, um sonho... O mal de muitos é tentar "domesticar", "enquadrar", "limitar" a mulher dentro de uma configuração que acaba diminuindo seu valor. Isso é um erro que a sociedade deve superar.
Dito isto, aprendemos com a Bíblia que, a mulher é capaz e plena, que não deve se tornar refém de nenhum estereótipo imposto por qualquer que seja o grupo.
Que Deus abençoe as mulheres, pois vocês são mais que virtuosas, vocês são plenas!!!
Pense nisso e ótima semana da mulher.
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
Considerações Sobre a Imago Dei na Perspectiva Wesleyana:
Todos os seres humanos carregam a imagem de Deus. Este é um conceito pacificado dentro da teologia ortodoxa. A este conceito denominamos Imago Dei.
A imagem de Deus na humanidade é observada em três aspectos:
1. Imagem natural;
2. Imagem moral;
3. Imagem política.
- Imagem Natural. Tem a ver com compreensão, vontade, livre-arbítrio e liberdade.
- Imagem Moral. Diz respeito à capacidade da humanidade de conhecer, amar e obedecer a Deus.
- Imagem Política. Trata-se de relacionamentos, sendo estes os relacionamentos do homem com Deus, com a natureza, consigo mesmo e com o próximo.
Em Adão, a humanidade cai de seu estado original, entretanto, essa imagem de Deus não é destruída como ensina o calvinismo, mas sim manchada e distorcida por essa corrupção.
Na salvação promovida por Deus em Jesus Cristo, a Imago Dei é restaurada. Porém, não se trata de uma restauração total, mas de um processo que é constante numa vida de santidade, que só é plenamente completa na glorificação.
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
Considerações Sobre o Quadrilátero Wesleyano:
A teologia Wesleyana é consistente, equilibrada, sem dualismo ou extremismos. É uma teologia do caminho, forjada na vida e fundamentada nas Escrituras Sagradas. Portanto, a teologia Wesleyana é prática e não especulativa; não obscura; compreensível para pessoas simples; porém, não superficial, mas com profundidade.
E um dos fatores que contribuem para esse equilíbrio é o Quadrilátero Wesleyano que é norteado por Quatro fontes: A Escritura, a razão, a experiência e a tradição. Observando que na teologia Wesleyana, a razão, a experiência e a tradição são instrumentos auxiliares e dependentes das Escrituras Sagradas.
Os Quatros pontos do Quadrilátero Wesleyano:
- A Escritura no Wesleyanismo. Na tradição Wesleyana, somente a Bíblia é autoridade final. Wesley foi um profundo leitor em diversas áreas da vida, mas ele era conhecido como o “homem de um livro só”, por causa da prioridade que ele dava para Bíblia.
Wesley dizia: "Não me baseio em nenhuma autoridade, antiga ou moderna, se não na Escritura".
- A Experiência no Wesleyanismo: A experiência é fundamental para vida cristã, pois nossas experiências na caminhada de fé nos tornam cristãos maduros e nos auxiliam a verificar se uma doutrina é bíblica ou não.
Wesley dizia: “A experiência é suficiente para confirmar uma doutrina alicerçada na Escritura”.
- A razão no Wesleyanismo. A razão tem uma profunda relação com a vida cristã e a Escritura; pois a fé não descarta a razão.
Wesley dizia: “Raramente sou guiado por impressões, mas geralmente pela razão e pela Escritura”. E outra vez disse: “É um princípio fundamental para nós, que renunciar a razão é renunciar a religião, que religião é razão andam de mãos dadas e que toda religião irracional é falsa religião”.
- A tradição no Wesleyanismo. A tradição é muito importante, pois existe um longo caminho que foi pavimentando por cristãos que pensaram e experimentaram a fé em Jesus Cristo antes de nós. Temos que ter a consciência que a estrutura que nos movimentamos hoje foi construída por cristãos que Deus usou antes de nós, por isso devemos ouvi-los. A Escritura não está sujeita à tradição, mas sim a tradição está sujeita a Escritura. Por isso o Metodismo é chamado de a religião da Bíblia, a religião da igreja primitiva, a religião da Igreja da Inglaterra.
Uma observação: No Brasil alguns teólogos Wesleyanos sugerem mais uma fonte, a criação. A inclusão dessa fonte diz respeito ao aprendizado sobre a Soberania Divina a partir das coisas criadas e a nossa responsabilidade de guardar e cuidar do mundo criado por Deus.
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
A única Graça que não pode ser resistida é a Graça Preveniente que veio sobre todas as criaturas, dessa forma, nenhuma criatura pode se esquivar de recebê-la. Quanto à salvação depender do homem, sim, ela depende do homem, mas não no sentido de trazer a salvação, mas no sentido de resistir a essa oferta graciosa de Deus, pois ela está disponível a todas as pessoas. Nesse sentido, o salvador é Deus, e o homem não passa de um ser agraciado.
Ainda Sobre o Camelo e o Fundo da Agulha
E a tal porta chamada “fundo ou olho da agulha” que os “teólogos” moderninhos especulam?
Primeira objeção: A hipótese moderninha de que, em Jerusalém, havia uma tal PORTA chamada “fundo ou olho da Agulha”, ao lado do portão principal, muito estreita, em que um camelo só poderia passar despojado de toda sua carga se encontra onde? Onde estão os vestígios dessa tal PORTA? Qual historiador da época falou sobre ela?
Segunda objeção: Se existiu mesmo a tal porta, como os camelos entravam nela, sendo que nos dias do shabat os portões da cidade ficavam fechados para consagração do dia e evitar a entrada de pessoas e comerciantes nela?
Terceira objeção: Caso esse “fundo ou olho da agulha” fosse uma porta como muitos teólogos moderninhos defendem, seria DIFÍCIL a passagem de um camelo, porém não o IMPOSSÍVEL dito por Jesus. Assim, um rico se salvar seria DIFÍCIL, mas não IMPOSSÍVEL.
Quarta objeção: Porque Pedro ficou surpreso e concordou com a metáfora de Jesus se existia a tal porta? Porque Pedro chegou à conclusão que tal feito seria impossível? Porque Pedro disse que haviam largado TUDO por Jesus se existia tal porta ou olho?
Quinta objeção: A teoria moderninha de que a tal porta ou olho de agulha existe no muro de Jerusalém, através do qual pudesse passar finalmente um camelo, depois de muitos puxões, esforços e empurrões, só levaria a conclusão de uma salvação por obras, o que é contrario ao ensino das Escrituras, pois a salvação não é uma realização humana, do princípio ao fim, ela é obra de Deus.
Sexta objeção: Quanto à possibilidade que a expressão camelo, que no grego representa uma pequena modificação de “Kamelos” para “Kamilos”, tratando de uma corda grossa ou um cabo, cai por terra, pois o texto grego de Mateus 19.24 e de Marcos 10.25 fala de uma agulha usada com linha, enquanto que o de Lucas 18.25 usa o termo médico que indicava uma agulha usada nas operações cirúrgicas. É evidente que ali não é considerada nenhuma portinhola, porta ou olho, mas sim, o pequenino buraco de uma agulha de costura.
Porque Jesus fez essa metáfora? Porque na sociedade judaica daquele período, as riquezas eram identificadas como um sinal da aprovação divina e que pobreza era maldição, ou seja, para eles, as chances de um rico ser salvo eram muito maiores.
Portanto, Jesus, em suas parábolas metafóricas, se utilizava das coisas e circunstâncias com as quais o povo convivia, para facilitar o entendimento. Assim, fez a parábola do camelo e o fundo da agulha para representar a dificuldade que seria de um rico se salvar. Essa foi uma metáfora para ilustrar coisas impossíveis para os homens, mas possíveis para Deus!
Agradeço a oportunidade, Marcelo Rissma!
Nenhuma escritura pode significar que Deus não seja amor, ou que sua misericórdia não seja sobre todas as suas obras; isto é, o que quer que ela prove, nenhuma escritura pode provar a predestinação.
Um Evangelho que só prega sobre o inferno, e que não prega sobre o Amor Redentor de Deus, é um Evangelho que não salva do inferno.
Alguns pregadores até hoje não entenderam que João 3.16 é o texto áureo das Escrituras!
Sobre os dons Espirituais John Wesley afirmou:
“Talvez o perigo seja, considerá-las muito pouco, condená-los completamente; imaginar que não havia nada de Deus neles, e eram um obstáculo à sua obra… isso não deveria nos fazer negar ou subestimar a verdadeira obra do Espírito. A sombra não é a depreciação da substância nem a falsificação do diamante real”.
Rm 5.18: "Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida."
É hilariante ver um calvinista tentando fazer malabarismos e cambalhotas nessa passagem, quando questiono com ele porque o pecado de Adão alcançou a todos (depravação total), mas a morte de Cristo (expiação) não alcançou a todos? Se o calvinismo estivesse correto (e não está é nunca estará se não abandonar a incondicionalidade) Deus é o grande vilão cósmico do universo!
A Cruz de Cristo
“A cruz foi apenas um instrumento de morte; porém, Aquele que morreu sobre ela é a Vida! A cruz não tem poder de salvação; porém, o Crucificado sim. A Cruz é apenas um cenário histórico do que aconteceu na eternidade passada; porém, O Cordeiro é o sacrifício eterno da salvação. Quando Paulo diz que só se gloriava na cruz, ele não nos aponta o madeiro, mas O Crucificado; pois O Cordeiro é ‘o mistério outrora oculto e agora revelado’, com todas as implicações da Graça em favor daqueles que creem. A cruz revela a maldade humana; porém, O Cordeiro revela o Amor de Deus pela humanidade caída.”
Marcelo Rissma
D. A. Carson disse com muita propriedade:
“O que você pensaria se uma mulher chegasse ao trabalho usando brincos que estampavam uma imagem da nuvem, em forma de cogumelo, da bomba atômica lançada sobre Hiroshima? O que você pensaria de uma igreja adornada com um afresco das inúmeras sepulturas em Auschwitz? Ambas as visões são grotescas. Não são intrinsecamente detestáveis, mas são chocantes por causa de suas poderosas associações culturais. O mesmo tipo de horror chocante estava associado com a cruz e a crucificação no século I. Sem a sanção explícita do próprio imperador, nenhum cidadão romano seria morto por crucificação. Ela estava reservada para os escravos, estrangeiros, bárbaros. Muitos achavam que esse não era um assunto que devia ser conversado entre pessoas educadas. À parte da tortura perversa infligida àqueles que eram executados por crucificação, as associações culturais traziam à mente imagens de maldade, corrupção e rejeição profunda. No entanto, hoje, cruzes adornam nossos prédios e timbres de cartas, embelezam bispos, resplandecem em lapelas, oscilam em brincos — e ninguém se escandaliza. Essa distância cultural do século I nos impede de sentir apropriadamente a ironia de 1º Coríntios 1.18: ‘A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus’. Essa distância cultural precisa ser encurtada. Precisamos retornar sempre à cruz de Jesus Cristo, se temos de determinar a medida de nosso viver, serviço e ministério cristão.”
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
Um cessacionista tentando ensinar sobre Avivamento seria tão patético como um ateu ensinando sobre o lugar secreto de comunhão com Deus.
Sobre o Dízimo
- Primeiro, é importante você saber que foi com o imperador Constantino que o dízimo voltou a ser exigido novamente; isso a partir do 3° Século. Antes de Constantino, o dízimo não era praticado por Jesus, os Apóstolos e nem a igreja primitiva. Os motivos da volta da cobrança do dízimo foram por causa da institucionalização do Cristianismo por Constantino, que gerou uma máquina monstruosa de templos, sacerdotes e funcionários, assim, o estado precisava arrecadar fundos para manter essa máquina gigantesca.
- Segundo, antes da Lei, o dízimo era uma ação voluntária e expressão de agradecimento, reconhecimento e honra a Deus. Abraão deu o dízimo de forma voluntária, ninguém lhe obrigou (Gênesis 14:20). Melquisedeque não pediu e nem cobrou, muito menos inventou que se Abraão não desse, um espírito devorador iria devorar as finanças dele.
- Terceiro, na lei, o dízimo foi institucionalizado e passou a ser de carácter obrigatório, não pelo dinheiro ou bem em si, mas pelo propósito do mesmo.
Ele servia para os mantimentos do templo (MALAQUIAS 3:10) e para as necessidades e mantimentos dos levitas, que não haviam recebido terras e serviam exclusivamente no templo.(Números 18:21 e 24). Assim, quando o povo parava de devolver o dízimo (o que gerava falta de mantimento no templo e de recursos para a subsistência dos levitas e suas famílias), Deus os punia com pestes. As pestes de insetos, principalmente gafanhotos (Joel 1:4), devoravam as plantações e as outras formas de pestes matavam os animais. Isso levava o povo a um estado de fome, necessidades e aflições (pois as duas maiores fontes económicas eram afetadas), que fazia o povo lembrar o mal que causavam aos levitas (ao não ajudar com o dízimo) e consequentemente, se arrepender e voltar a ser fiel a Lei e Deus. Por isso é que em Malaquias 3:10 Deus promete repreender o devorador (gafanhotos, pestes, pragas) caso o povo voltasse a ser fiel. Ou seja, ele impediria as pestes de gafanhotos de destruírem as plantações e assim, arruinarem uma das bases da economia. Aqui, não tem espírito algum envolvido. Em suma, o sacerdócio Levítico é a causa, ou uma das causas primárias da institucionalização e obrigatoriedade do dízimo. E não estando mais ele em vigor e tendo desaparecido, suas exigências não ratificadas no novo pacto ou aliança deixam de vigorar.
- Quarto, com o advento da Graça, não estando mais nós debaixo do sacerdócio levítico (que era temporário e sombra do vindouro), mas debaixo do sacerdócio de Cristo, que é eterno, superior e da ordem de Melquisedeque (Hebreus 7, Hebreus 5:10, etc.), o dízimo voltou no seu lugar de antes, como uma contribuição voluntária (oferta na nova aliança) e espontânea, livre de coerção ou imposição. Assim, é uma tremenda mentira afirmar que se alguém não devolver o dízimo um "espírito devorador" vai acabar com a vida financeira de tal. O devorador na Bíblia é literalmente um gafanhoto, não um espírito (Joel 1:4).
Dito tudo isto, entenda que, o dízimo é bíblico, mas não é evangélico; ou seja, não faz parte da Nova Aliança. E essas ameaças de maldição para quem não dizima mensalmente são invenções dos mercenários e malandros da fé para roubarem seu dinheiro suado.
Pense nisso e cuidado com os empresários da fé!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
Verdades Bíblicas Sobre a Volta de Cristo:
- Será REPENTINAMENTE! Mt 24.44; 1º Co 15.52.
- Será AUDIVELMENTE! 1º Ts 4.16.
- Será VISIVELMENTE! Mt 24.30; Mc 13.26; Ap 1.7.
- Será GLORIOSAMENTE! Mt 16.27; Mt 24.30; Lc 21.27.
- Será nas NUVENS e ninguém sabe o dia e a hora! Atos 1.11; Mt 24.36.
A rejeição não fala sobre o caráter do rejeitado. Jesus e os discípulos foram rejeitados sem haver neles culpa alguma.
Muitas vezes nossa conquista será sobre vencer um dia de cada vez, suportar os processos e ver no meio de tudo isso o imenso cuidado de Deus.
Tome o santo mais inferior que já respirou sobre a terra, e o mais bem preparado e estudado erudito...; a mais inferior alma ignorante, que é quase um tolo natural; esta alma sabe e entende mais sobre a graça e a misericórdia em Cristo do que todos os mais sábios e entendidos no mundo, do que todos os grandes eruditos.
Arminianismo Brasil
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