Chamas
Postura sedutora, paixão incessante, coração constantemente em chamas, forte desejo da noite, provocado pelo desenho belo das suas curvas, pela confiança que há nos seus olhos, intensidade profunda, elegância de um mundo majestoso, que ilumina tudo a sua volta, arte expressiva, veemente, charmosa, às vezes, atrevida, dádiva grandiosa, taça prazerosa de vida, beldade avassaladora, presença valorosa que sem dificuldade, cativa, dessarte, conquistá-la torna-se uma honra.
Alma em Chamas
No labirinto do meu ser, onde o horizonte se perde,
Um caminho que desafia o alcance da mente.
Arde em mim um amor de força ímpar,
Como magma fervente, fazendo o coração disparar.
Em um mundo implacável, onde o afeto é desprezado,
Sou golpeado, ferido, pelo peso desolado.
Mas a chama do amor dentro de mim persiste,
Uma força imortal que jamais desiste.
Seu amor, como um farol de felicidade,
Nunca me permite parar de amar, com intensidade.
Perdido entre sombras, mas guiado pela esperança,
Busco a luz do amor que em mim se alcança.
Com bravura e fé, avanço sem vacilar,
Em busca da felicidade que me fará amar.
Soneto de Oitenta e Um
Em Tóquio, ergueu-se o sonho em chamas vivas,
Zico guiando o manto à imensidão,
Com passes, gols, jogadas tão altivas,
Fez do Brasil o dono da emoção.
Leandro, Júnior, Adílio — obra-prima,
Andrade, Nunes, raça sem pudor,
Na terra do sol, brilhou nossa rima,
Calou o Liverpool com seu fervor.
Foi mais que um jogo: foi libertação,
A taça do mundo em nossa mão,
A glória eterna em rubro-negro tom.
E desde então, a história eternizou,
O mundo viu o quanto o Mengo é bom,
Oitenta e um: o ano que não passou.
Edson Luiz ELO
Rio de Janeiro, Dezembro de 1981
Irene , Chamas Gêmeas.
Irene, escrava boa, obediente...
Lá vai Irene, cuja bondade não existe...
Ela tem, sim, um coração partido...
Essa alma calada que um dia gritou,
não só por liberdade, mas por um amor...
Não um amor qualquer, mas o único daquela mulher...
Aquele a quem deu a vida e todos os seus instintos...
E, em troca, abandonada, com o coração vazio...
Lá vai Irene, que de bondade não tem nada, só uma vida amargurada...
Essa é Irene, que um dia sonhou...
Não sabe Irene que escravos não têm direito ao amor?!?!
Um dia, Irene se foi... Do mesmo jeito que viveu... Em total desespero...
E nessa hora a imagem do seu amor se revelou...
Um misto de dor e alegria... Enquanto uma lágrima caía...
Lá vai Irene, cuja bondade não tem nada...
Quem sabe reencontre-o pela eternidade.
Lá vai Irene... Irene não vai para o céu...
Ela volta em outra época... Para conquistar o que por direito é seu...
Irene não é mais Irene... Ela agora tem outra vida...
A sua voz ninguém vai calar...
Ela luta e grita... E de novo o seu amor vai reencontrar...
Outra realidade encarar...
Ela não é mais uma escrava...
Mas ainda uma linda mulher...
Porém, por ironia do destino,
o seu eterno amor também é...
Eita, Irene, como vai brigar e vencer...
Se de novo um amor proibido vai ter?!?
Você tem a sua própria vontade
e o seu próprio querer.
Se lutassem juntas, poderiam prevalecer...
Mas, de novo sozinha...
A vida toda vai viver...
A morte não é o fim...
E outra jornada vai chegar...
Essa é resignada e espera, até se cansar...
Aí, vai à luta... Para vencer ou se arrepender...
Essa não se importa...
Só não consegue ficar esperando
por algo que ela mesma pode fazer...
O seu amor pode fugir e até se esconder...
Mas dessa vez... Seu medo ele vai esquecer...
Um medo muito antigo...
Mas que tudo se explica...
Ele, branco, europeu...
Ela, índia, guerreira...
Lutaram, enfrentaram a todos...
Ele a defendeu...
E, em troca, a vida perdeu...
Alma sentida por tantas eras...
Mas hoje é diferente...
Não devem obediência a tanta gente...
As convenções não podem assustar...
E, finalmente, juntos vão apenas amar!?!?
Deus, a igreja e o mundo estão à procura de homens com corações em chamas – corações cheios do amor de Deus; cheios de compaixão pelos males, tanto da igreja quanto do mundo; cheios de paixão pela glória de Deus, o Evangelho de Jesus Cristo e a salvação dos perdidos. Para um mundo cheio de indiferença, materialismo, frieza e escárnio são corações ardentes nos púlpitos, nos bancos das igrejas, nas escolas bíblicas e nos colégios e seminários cristãos.
Seus olhos são como chamas de fogo (Ap 19.12)... então lance o Teu olhar sobre a minha vida e me incendeia.
Aquilo que chamas benevolência nada mais é que o desejo de sentir o perfume das rosas; maledicência é querer perfurar o outro com seus espinhos
Só quem está em meio às chamas, consegue compreender a importância de cada gota d'água para se combater o incêndio
Hino à Tarde (soneto)
Do sol do cerrado, o esplendor em chamas
Na primavera florada, entardecendo o dia
Fecha-se em luz, abre-se em noite bravia
Inclinando no chão o fogo que derramas
Tal a um poema que no horizonte preludia
Compõe o enrubescer em que te recamas
Rematando o céu em douradas auriflamas
Tremulando, num despedir-se em idolatria
Ó tarde de silêncio, ó tarde no entardecer
De segreda, as estrelas primeiras a nascer
Anunciam o mistério da noite aveludada
Trazes ao olhar, a quimera do seu entono
Cedendo à vastidão e à lua o seu trono
Sob o véu de volúpia da escuridão celada
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
🔥 Já são mais de 4.000 pessoas transformando seus dias com reflexões que provocam mudança.
Junte-se ao canal do Pensador no WhatsApp e dê o primeiro passo rumo a hábitos mais conscientes.
Entrar no canal