Ceu Estrela Saudade
O humano e o dragão: um amor impossível
I.
Em terras distantes, onde a aurora boreal colore o céu,
Vivia um humano, de alma pura e sem fel.
Ele amava a natureza, com seus segredos e mistérios,
E no silêncio da floresta encontrava paz e sossego.
Um dia, em meio às árvores frondosas e antigas,
Ele encontrou um dragão, ferido e com as escamas estilhaçadas.
O humano, com o coração transbordando de compaixão,
Cuidou das feridas do dragão, com carinho e atenção.
II.
Dia após dia, o humano visitava o dragão,
Levando-lhe comida e palavras de conforto e afago.
O dragão, com seus olhos de fogo e sabedoria ancestral,
Agradecia a gentileza do humano, com um sorriso angelical.
Uma amizade improvável nasceu entre os dois,
Unindo duas almas diferentes, mas com um amor em comum:
A paixão pela natureza, pela beleza e pela vida.
O humano e o dragão, juntos, exploravam a floresta florida.
III.
Mas o amor florescia no coração do humano,
Um sentimento proibido, impossível e insano.
Como amar uma criatura tão diferente,
Um ser mitológico, de beleza incandescente?
O humano sofria em silêncio, com o coração dilacerado,
Sabendo que seu amor jamais seria correspondido.
O dragão, alheio aos sentimentos do humano,
Tratava-o com amizade e afeto, como um irmão.
IV.
Um dia, o humano, tomado pela paixão avassaladora,
Confessou seu amor ao dragão, com a voz embargada de chora.
O dragão, com pesar e tristeza no olhar,
Explicou que o amor entre eles era impossível de se realizar.
O humano, desolado e com o coração partido,
Chorou amargamente, sob o céu infinito.
O dragão, com lágrimas nos olhos de fogo,
Aconchegou-o em suas asas, num gesto de conforto e afago.
V.
A partir daquele dia, a relação entre os dois mudou,
Uma sombra de tristeza pairava sobre o amor que floresceu.
O humano, resignado ao seu destino cruel,
Continuou a visitar o dragão, mas o amor se transformou em fel.
O dragão, sofrendo por ver o humano amargurado,
Prometeu sua amizade eterna, num juramento sagrado.
E assim viveram, lado a lado, mas separados,
Unidos por um amor impossível, jamais consumado.
VI.
Até que um dia, o dragão, ancião e cansado,
Fechou seus olhos e partiu para o outro lado.
O humano, inconsolável e devastado,
Chorou a perda de seu amigo, com o coração dilacerado.
No túmulo do dragão, ele plantou uma roseira,
Símbolo do amor que jamais seria esquecido.
E a cada primavera, quando as rosas florescem,
O humano recorda o dragão e o amor que os prendeu.
VII.
Um amor triste e impossível, mas que jamais se apagará,
Uma história de amizade e compaixão que jamais se findará.
O humano e o dragão, unidos para sempre na memória,
Em um mundo de fantasia, onde a esperança nunca se perde na glória.
Final da Tarde
§
Teceduras
de tardes tranquilas
em quadros azuis
formando um céu
§
A tarde é prefácio
aos dedos do sol
escreve em trilhas alegres
um ar de descanso
em busca do pão
§
Em seus olhos
a imagem do céu
sorrindo
transbordando paz
Confiei no tempo
nas palavras houve pausas
formas, reconciliação
Luz interior
em certas manhãs
o silêncio em sombras
nos faz brilhar.
§
Quem tem muito do céu em si demonstra pureza e amor, pois o clima do céu é, em tudo, santidade e amor.
Papoulas são como estrelas cadentes
Que iluminam o céu da terra
Com suas cores e formas
Que encantam quem as observa
Papoulas são como canções de amor
Que tocam o coração da gente
Com suas fragrâncias e sabores
Que alegram quem as sente
Papoulas são como presentes divinos
Que enchem o mundo de graça
Com suas mensagens e significados
Que inspiram quem as abraça
Sempre que a lua surge no céu, ela reflete fielmente a luz do sol, da mesma forma que uma mente aberta está constantemente gerando novas oportunidades.
"Imagine sua cidade sem luz, mô tédio né? Você olha pro alto, e ver um céu sem estrelas, se aproximando uma tempestade, uma imensa escuridão. Mas aí quando você olha fixamente pra fora da sua janela, consegue contemplar uma beleza natural antes desapercebida, um incrível jogo de cores como o pisca-pisca dos verdes dos vaga-lumes, e os rabiscos no céu de branco, de raios e trovões, e percebe-se que nem tudo que é lindo vai te fazer bem ao te tocar."
Como onda no mar vamos deixar até o amanhecer
Desdobrar do céu as nuvens de papel machê
Os cachos do teu cabelo me fizeram perceber
Cada mola cada curvar mais vontade de correr!
Quando o sol esmaece no poente
Faz do céu aquarela avermelhada,
Dá lugar para a lua prateada
Que ilumina o caminho pro nascente,
Quando o sol aparece novamente
Se parece com o dia terminando,
O crepúsculo vai vermelhando,
E o nascer também tem sua beleza,
Tudo isso é Deus e a natureza,
Que nos faz o milagre e vai mostrando.
(Léo Poeta)
Indiferente aos movimentos
de pequenos seres terrestres
cruza o céu em passo lento
a majestosa dos poetas
enquanto a luz iridescente
do astro-rei se despede
e uma menina-mulher
em seu quarto reflete
sobre uma cama bagunçada
deitada no cobertor
lendo letras intrigantes
dum famoso escritor
a capa cor de arrebol
a história seca e tenaz
os carros voltando às casas
e os sons dos animais
vozes distantes e dentro
sonhos e sonos sem fim
a moça reflete a beleza
e a estranheza do existir
palavra que mostra tudo
discerne e desfere e ri
no arco de uma personagem
tão longe da sua imagem
tão perto do seu porvir
minutos viram segundos
segundos dissolvem horas
e outra vez a aurora
desperta sua lucidez
começa a vida às 5
trabalha e faz seu risco
entre o não e o talvez
à noite, de sua janela
memoriza os olhos dela
a lua que se desfez…
CAMINHO SOZINHO
Caminho sozinho sob o céu infinito,
Meus passos ecoam no silêncio absoluto.
A solidão me envolve como um manto sereno,
E encontro paz no compasso do meu caminhar ameno.
Nas estradas vazias, encontro a minha essência,
E descubro força na minha própria presença.
Caminho sem medo, rumo ao desconhecido,
Pois na solidão encontro o meu refúgio preferido.
O vento sussurra segredos ao meu ouvido,
E as estrelas iluminam o caminho perdido.
Neste caminhar solitário, encontro a liberdade,
E na solidão descubro a minha verdadeira identidade.
Gosto das manhãs de sol
e vento fresco
Olhar o azul do céu
me traz um turbilhão de sentimentos.
O som dos passarinhos,
das árvores grunhindo,
ao som de mpb, com um gato do lado dormindo.
Sentimento de paz que essa cena me trás.
Porém, gosto das tardes frescas
como em um pôr do sol no domingo.
O mundo parece ficar em silêncio
e sempre me perco em meus pensamentos.
Me amarro nas noites.
Noites chuvosas, frescas ou calorosas.
Tudo isso tem cheiro de boas memórias, as noites são mais vividas
e é aí que as pessoas se perdem em adrenalinas.
Mas amo mesmo as madrugadas.
Nas madrugadas que vivem os poetas
que vivem procurando saber se as palavras e frases estão corretas
quando as coisas na vida parecem estar incertas.
É nas madrugadas que o silêncio fica
É nas madrugadas que muitos se amam, se odeiam,
se conhecem, se apaixonam.
É na madrugada que têm mais vida.
É na madrugada
que se ouve um choro de uma criança mais alto
Ou que você consegue dar mais carinho pro seu gato
depois de um dia cansado.
Na madrugada
vivem os artistas.
Os compositores acham maneiras de sua canção se encaixar em um som
e os poetas rimam todo o embaralho de sua "gratidão" ou "solidão".
Na madrugada não tem fingimento,
somos quem somos por dentro.
Madrugadas são vividas
para aqueles que ainda procuram algo na vida.
Uma coisa é certa: podes sonhar alto até tocar as estrelas do céu. Mas se o seu voo não obedecer a lei natural da força de gravidade, fatal será o tamanho de sua queda.
