Cerveja
Ah, não. Não gosto de te olhar
e não é por não me agradar.
É por causa das sensações esquisitas.
O meu olho se arregala,
as mãos trêmulas
que não sabem onde param,
o corpo inteiro se atrapalha
numa engraçada sucessão de falhas.
Você desencadeia em mim
coisas nunca faladas,
que até então,
eu pensava que não existiam.
Da última vez esqueci o jeito de abrir a boca,
mas se abrisse, nenhuma palavra adiantaria.
Como se para explicar o desconforto que você me causa
eu devesse inventar uma outra língua.
Poema do Chopp Espumado
No bar, pedimos um Chopp dourado,
Nós buscávamos a refrescância,
Mas veio a espuma em abundância,
Metade chopp, metade ilusão,
Queremos o líquido, a pura essência.
A espuma o gerente diz ser tradição,
É a política da instituição,
Mas soa como uma traição.
Queremos o líquido, a pura essência,
Não a espuma, que é só aparência.
Eu não sabia que existia um momento bom e ruim ao
mesmo tempo.
É quando vc abre a geladeira
pega uma cerveja e vê que
aquela é a última"
A semana inteira pecuária leiteira
A lida com o gado não é brincadeira
Final de semana no modo agrofarra
Paredão com os amigos e cerveja gelada ....
Terceira pessoa
A noite escura recai
As estrelas iluminam as praças
E a boemia perfuma as ruas
Todos largados e abandonados
Mas não destoante da história
Escondida no declínio da saudade
vejo uma luz
Entre as garrafas de vinho que comigo compadecem
Vejo pessoas indo e vindo
Entradas e saídas
De grandes amores que nunca conhecerei
Conjuro versos feridos por ausência de amor
Com razão, prazer e saber
Procrastino
Reflito
Deixo o tempo passar
Vasculho lembranças do passado
Por tênue
Por iluminada
Por filosofia que sou
Entre amores e ressacas
Reergui-me
Nada sei
Nada perdi
Onde vou
Ou como sou
A noite é relativa nesses confins
Lá fora
Choram corações
Sofrem e mendigam amor
Eu não estou mais lá
Longínqua eu os observo
Apenas os observo.
Diz que quer voar...
Mas, ao invés de ficar com as águias planejando, estudando e se especializando em grandes voos, fica em rolês com as galinhas se lamentando por não voar e se fazendo de vítima e colhendo migalhas.
Assim, só irá botar "ovo e cacarejar", e não ir ao topo da montanha...
E veja com quem andas, onde andas e saberás quem és.
Valdir Venturi
“Não quero que a minha vida seja uma eterna espera pela sexta-feira.”
(Do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser")
Alguém como ele...
Ela viveu intensamente...
Como se fosse livre. Como se fosse ontem. Bebeu aquela cerveja que ele deixou no congelador.
Lembrando...dos bons momentos que estiveram juntos.
De corpos entrelaçados e amantes da noite.
Seu sorisso sobre a luz da tv, mesmo que em pouco tempo tornou-se eterno.
Tem dias que só queremos o silêncio, ficar parado em algum lugar com pensamentos e planos a traçar. Dar um gole na cerveja e suspirar, ver que os problemas que existem dá pra sanar. Tudo irá melhorar, temos fé e com ela nada nos abalará.
A inutilidade de algumas pessoas é demonstrada pela atitude através a qual enfrentam os problemas da vida.
Porém podem ter a certeza que quando as mesmas se reúnem num buteco bebendo cerveja até o dia seguinte é justamente quando alcançam o máximo nível de inutilidade e de imoralidade.
Hoje eu acordei e eu vi
O sol azul, céu amarelo
Vou apagar a porta e fechar a luz
Entrar pra fora, sair pra dentro
Subir pra baixo, descer pra cima
Vinho no copo, pinga na taça
Vou comer a carne, mastigar cerveja
Luva no pé, meia na mão
Vou comer a casca ea fruta não.
Trabalhar em botequim é para quem tem paciência. Tem freguês que chega, pede, bebe e paga, outros ficam de canto esperando alguém para beber na aba, tem aquele que chega fica no pé do balcão jogando conversa fora rindo e cuspindo no chão, fica o dia todo sem beber nada e quando pede um copo d'água reclama se não tá gelada. Tem o que chega, pede uma cachaça caprichada, quando o garçom vai servir ainda pede uma chorada, mas quando vai pagar é uma enrola danada, quando vai embora ainda fala assim: "Vou beber no bar do lado porque lá é caprichada e ainda bebo fiado". Tem o que chega pegando na mão, entra no meio da conversa sem você dar atenção, paga sempre adiantado para ganhar confiança, conta que tem duas fazendas que o pai deixou de herança, quando você assusta já está de mudança e você não recebe nem com carta de cobrança. Conversa bonita não engana quem tem muita experiência no ramo, anos e anos atrás de um balcão trabalhando, trabalhar em botequim tem que trabalhar ligado, a gente escuta demais e tem que ficar calado para se envolver somente com o necessário, antes que alguém pergunte porque estou falando assim, é porque eu sou um deles, que trabalha com botequim, quando chega no final do mês a conversa é sempre a mesma paguei aluguel, luz, água e fiz a despesa, só me sobrou isso aqui, soma e desconta aí. Uma coisa eu aprendi: fiado de cachaceiro o botequim só recebe se sobrar dinheiro, por isso tá dado o recado, eu não vendo fiado.
Vamos agradecer muito zelosamente,
aos homens e mulheres que nos fazem
felizes imensamente.
Eles são garçons e garçonetes que
nos servem com a cerveja da alegria,
aos fins de semana e também todos os dias.
A rapinha da garrafa.
Dois dedos translúcidos
mergulhados em energéticas bolhas
douradas.
E já, já seguirei
o habitual caminho do prazer.
Os balcões dos bares costumeiros
aguardam pelo cuidadoso atracar
do meu cotovelo esquerdo.
Lá vou eu, já vou eu
colorir meus olhos marrons
com o brilho ensurdecedor da multidão
vazia.
Procurarei princesas pálidas,
ou cervejas gélidas,
ou a saciedade gordurosa
de um x bacon.
Segundo dia de cabeça vazia, sem compromisso, sem trabalho, sem família, sem amigos e totalmente sozinho. Não estou preocupado com o amanhã ou o passado, apenas quero curtir o meu momento. Esse momento é quando consigo colocar a cabeça no lugar e projetar o que há de bom nessa vida.
Acredito que todos devem passar por essa experiência, mas nem todos tem essa sorte. Neste momento estou na companhia de uma pessoa problemática, com a cabeça totalmente poluída de pensamento inúteis e preocupações excessivas e ridículas.
Minha companhia está preocupada com o futuro que ainda não aconteceu e não se sabe se vai acontecer.
Falamos sobre contos eróticos, que é a única coisa que ela escreve direito e escutei o desabafo sobre sua vida pessoal. Nos contos eróticos, fui tomado por uma sessão de êxtase e de bem estar, tanto que avancei o sinal em 100 por cento e nos beijamos.
Porém, nos momentos agradáveis fui surpreendido por Oxalá. Um espírito denominado Jesus Cristo. Não sou religioso nem ateu, tenho meu Deus e isso já é o suficiente.
Minha companhia sentiu que desrespeitou o Orixá, por portar uma guia branca em seu pescoço. Não tenho palavra para descrever o que eu senti, talvez medo ou frustação. Mas como todo homem deveria ser, respeitei e continuamos na companhia da cerveja, pão e salame.
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