Certeza
Ter a certeza de que nossas ações, são puras e necessárias trás paz a alma, a qual o silêncio é um alívio para a dor do coração.
— Agora, não sei em que acreditar. Tudo o que eu conhecia está desmoronando, e eu estou começando a questionar o que eu sempre julguei ser verdade — disse o Ser, com o tom vazio de quem já se perdeu nas próprias certezas.
‘Essa é a liberdade, homem. Questionar tudo’, diz o Crítico. ‘Enfim, você está enxergando a verdade.’
Não serão os destruidores pessimistas a roubar de mim aquilo que ganhei por experiência e prática e concretei com a fé.
A certeza engessa o movimento natural da evolução humana, a espiral do crescimento e o seu constante aprendizado e isso transforma SER em TER, criando uma estrada com buracos da arrogância, retardando a travessia.
O estado de sentir-se certo, absoluto, obstrui e em seguida assassina qualquer tentativa de autoavaliação e aprendizado.
A única coisa de que tenho certeza é de não ser absoluto em nada.
Minha fé não tem expectativa, nem situação que eu estabeleça para ela existir ou permanecer. Ela tem espera, nitidez, é raciocinada e sabe que se não aconteceu o melhor é pq não chegou o final.
Falta de certeza relativa à origem de coisas que temos conhecimento pode apontar para a existência de um Criador intencional, diferentemente do que algumas pessoas dizem. Existindo tal Criador, a origem de todas as coisas (se é que tal expressão se encaixa) pode lhe ser bem fácil de explicar.
TÊTE-À-TÊTE
Toda a moral humana, espezinhada no chão de uma loja, numa "Black Friday", muitos se "digladiam" nas inaugurações dos grandes shopping centers pelo mundo, compram de tudo, objetos que, talvez acabem em um lixão, ou aterro sanitário. Nunca vi nenhuma pessoa adquirir sua própria urna funerária, item, que, se tudo ocorrer “bem”, certamente todos necessitarão.
Como é difícil encarar as certezas da vida.
Às vezes, no ímpeto de acertar, a alma é um rio que se desvia do seu leito natural, cortando a terra com fúria silenciosa, mas sem perceber que ao querer tanto fazer bem, faz mal. Tentamos, com a pureza de uma estrela solitária, iluminar o caminho dos outros, mas a nossa luz cega, atravessa os olhares e não encontra compreensão.
É no fervor de agradar que nos perdemos, tal como uma flor que se abre demais e se desfaz ao vento. Nossas intenções, como barcos à deriva, colidem com rochedos invisíveis, fazendo-se em pedaços antes de alcançarem a margem desejada. Queremos dar o melhor de nós, mas, em nosso excesso, desajustamos a harmonia do mundo ao nosso redor.
Não lemos os sinais, não escutamos o sussurro das folhas, o chamado dos silêncios. Apressamo-nos, os olhos fixos no horizonte, sem ver o presente que se dissolve como um sonho matinal. Somos egoístas, não por escolha, mas por descuido, pela cegueira do coração que deseja ser amado.
Na ânsia de sermos compreendidos, esquecemo-nos de compreender, de ouvir os murmúrios que nos são destinados. E assim, com as mãos cheias de boas intenções, derrubamos as pontes que queríamos atravessar, ficando, ao final, ilhados na nossa própria solidão.
É preciso viver os sonhos e a certeza de que tudo vai mudar, não importa o que eles possam
ser, você cresce por tentar, você aprende por tentar, você vence por fazer. Entenda a mão para alcançar seus sonhos, eles são seus!
Coragem é pra quem não pensa apenas em si, mas no futuro melhor para seus descendentes; luta com a força, sabedoria e o amor que Deus lhe deu, na certeza de dias melhores, mesmo que não possa desfrutá-los!