Cem Sonetos de Amor

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SONETO DE PERDÃO

Meu amor, peço-te: não fiques triste
Se algum mal, porventura, te fizer
Pois nosso sentimento me persiste
E perdurará haja o que houver

Meu amor, vem cá: dê-me tua mão
Pensa: se o mal que foi-te cometido
Foi, por mim, feito a ti despercebido
Não sou, por fim, digno do teu perdão?

Quem ama sabe, sim, que sofre e morre
Sabe também que vive à redenção
Assim que vive, e morre, quem se entrega

Se nada vale a vida que decorre
Sem teu perdão, (oh!, dor que me carrega)
Diz-me, então: de que vale amar em vão?

⁠ETERNO AMAR

O amor, em seu eterno amar
Deixou-me o afago pela dor
O ato de se doar com a flor
E o enamorado suave olhar
Quando não pude dele gozar
Fiz do sentimento um sofredor
E se deste pecado fui pecador
Perdão... pois, cá o meu tarar!

Feliz e na sofrência, quem não?
Parte da poética do coração
Que nos leva a rir e a chorar
Mas, também, tem o agrado
Ah! ser amado, apaixonado
Ah! como é singular estar!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 janeiro, 2022, 15’57” – Araguari, MG

⁠AMOR ARDENTE

Ah! nada é maior do que a surpresa
Do afeto dado, sabendo-me amado
Num coração. Permita-me a riqueza
Deste sentimento, assim, apaixonado

De alma feliz, farta e nada de tristeza
Saudade sem sombra de um passado
A poética cheia de sensação e beleza
Tendo aquele intenso desejo ao lado

Emoção no peito, que traz significado
De gentis suspiros cortando os ares
E permitindo cada olhar enamorado

Assim, ao prazer e sem os pesares
Que Deus nos tenha e nos guarde
No querer sã, dum amor que arde!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/06/2021, 5’45” - Araguari, MG

⁠CONDIÇÃO

Dissolveu o amor e a dor saliva
No vazio. Pondo a alma no cais
Este afeto que já foi muito mais
Está sensação que andais cativa

Solitária a emoção, e pensativa
Sente e chora este mal, e jamais
Pensou ter e que doesse demais
E eu sem ti e cá com a falta viva

Mas amei de todo o bem, amei
Sei que após continuei amando
Assim, lhe vi pelo cerrado indo

Sofrer, porque sei que sofrerei
Pois o ter insiste estar sonhando
Haver-te, o adeus vai possuindo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/06/2021, 12’17” - Araguari, MG

⁠ARDOR DE AMOR

Me dizes que dá sorte eu tenho
Uma dita para assim ocupar-te.
Quero ter-te, saibas por amar-te
Nesta poesia claramente venho

Tempos, no agrado me empenho
Sempre desejando poética dar-te
Em gestos, num todo não parte
Pois, é amor na razão que tenho

Tentei no soneto ser um bardo
Encher-te de poesia e contento
E no teu aplauso ser o felizardo

Na prosa, busquei ter um talento
Catando o verso, mais puro e alto
E, aqui te dou e com ele te exalto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/07/2021, 19’24” - Araguari, MG

⁠Versos de um amoroso

O Amor, que é, poeta a amável hora
Sonoro olhar que, n’alma, reverbera
A própria Glória que, no sonho mora
Significado encantado da primavera
O Amor, que é, ao coração incorpora
Os versos cheios de singular quimera
Entristece, alegra, também, ri e chora
Que na emoção tem verdade sincera

O Amor, que é, tem eterna inspiração
A canção que canta o canto da paixão
Que espera, esmera e tem tom maior
O toque que seduz, e que tem nome
E sobrenome, tem o beijo com fome
E todo dia, abrigo, Amor que é Amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 setembro, 2023, 14’10” – Araguari, MG
*paráfrase Vasco de Castro Lima

⁠SONETO DE AMOR

A prosa traz meu encanto, meu amor
Assim que ela versa o versar enamora
Sussurra, delira, e se esquece da hora
E a quem lê a sensação sente o sabor

Quando sai da imaginação, a compor
A ilusão é enlevada, poética, embora
A rima ao poeta seja caixa de pandora
Ah emoção... ajudai-me a dar-lhe flor

Ternura, uma ávida trova de um amar
Que nasce da sede e brota a embalar
Cada sentimento que o afeto conhece

O que ao arrebatado assim lhe parece
Aquece, e puxa a emoção pra poetizar
Pois, é a paixão no soneto a se revelar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 outubro, 2021, 18’32” – Araguari, MG

Onde foi parar?

Tenho medo do amanhã, quando o tempo passar;
E, junto com ele, o amor levar.
No lugar do calafrio, a dor tomando conta do seu lugar…
Medo do fim da afinidade, de perder as vontades;
Do frio da barriga passar, do sabor do seu beijo cessar;
Procurar-te nos meus desejos e, não te encontrar.
Porquê, às vezes, tudo se parece distante;
O nosso amor relatado, apenas, por fotos, ocupando a nossa estante.
A magia que se perdeu com o passar do tempo;
No meu peito um descontento, nos meus pensamentos, só há nós dois, a todo o momento.
Se amanhã, tudo isso vier a acontecer, fico a perguntar-me:
O que será de mim, sem esse amor para preencher o vazio que irá se instalar?
Na utopia do dos meus sonhos, o fanatismo falando o seu nome:
Onde você estar?

Inserida por wesleygiovanny

Incertezas


Por muito tempo,

Já não sei, sobre o amor de nós dois.

Sentimentos perdidos ou deixados para depois?

Do ápice à decadência.

Amor ou ilusão?

Não sei mais a dimensão!

Você não dá a devida atenção;

Já não sei mais qual é o vocativo usado para mim, pelo seu coração:

Se é; Amante, amigo ou conhecido. Certeza tenho que não é marido,

Pois, o tempo extinguiu essa função.

O seu pensamento irreversível;

O seu sentimento imutável;

Coloca a nossa união, em situação instável.

Nem um passo à frente, nem um passo atrás.

Já não sei se vivo ou só existo.

Já não sei para que lado fica esse caminho chamado (paz)…

Inserida por wesleygiovanny

Ao meu grande amor.

Na penumbra da noite és o luar,
Que ilumina as trevas da minha vida,
Onde teu doce e ternurento olhar
Renova minha esperança perdida.

Sinto a pureza do teu grande amor,
Sem laivos de interesse ou ingratidão.
Pois em ti há um intenso calor
Nos deliciosos beijos de paixão.

Temos longo percurso para viver,
Cheio de diferenças e incertezas
Que podem causar algumas tristezas

Relevadas na grandeza do ser
Onde palavras de sabedoria
Por ti serão ditas, minha Sofia.

Inserida por joao_raul_cotrim

ÚLTIMO VERSO

Por versos, eu te compus, amor!
Por amores verdadeiros, puros...
E te acabei na solidão, eu juro
Que ingênua não será mais essa dor.

Será qual o teu céu de esplendor,
Como a cor dos mamais maduros,
Será como os fantasmas, conjuro,
E da paixão ríspida por uma flor.

Jardins de florais altaneiros, leve,
Branco como um inverno em neve
Será este meu vazio na escuridão...

E nas noites plenas dos teus prazeres
Não ouvirás por melodias, dizeres
Os meus versos de amor e de ilusão!

Inserida por acessorialpoeta

VERSO OCULTO

Que humana, então, fosses de amor?
Adverso à tua paz e à tua glória
Vem-me teus sorrisos a memória,
Vem-me tua saudade à minha dor!

Que de imenso fosse seu esplendor
Aos meus versos plenos de história,
Que de paixão imensa e notória
Fosse-me a mais imensa de ardor!

Então, contudo, compulsiva e triste
Fosse a mim o que de hoje existe
Nesse meu honrado coração perdido!

Que desejo, então, fosses de arder?
Que de palavras se põe a perder,
Amor, dentre um verso nunca lido!...

Inserida por acessorialpoeta

SONETO DO AMOR PERFEITO

O amor perfeito, só há a quem amar
Nele sentir a paixão de ser amado
Amando sempre e, o tendo do lado
Onde cada segundo não pode parar

Não há nada na vida melhor que jurar
Lealdades, deixando o coração atado
No olhar, assim apaixonados, fundado
Então, sem qualquer ilusão a perturbar

O amor é presente no destino fadado
É sentir prazer e por ele querer esperar
Sem a incerteza do certo ou do errado

E nesta tal magia a quimera de sonhar
Que agrega, há entrega, e é imaculado
Amor não tem fórmula, se faz anunciar!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ALUCINAÇÃO (soneto)

Perdoa-me, ó amor, por sonhar-te
Meu coração anda nu por te querer
Minh'alma te tens na razão pra valer
Pois, tu és no meu soneto dor e arte

Os meus olhos alucinam sem te ver
Nada vejo e, estás em qualquer parte
Nos meus desejos tornas-te encarte
De uma repetida narrativa, sem ser

A saudade faz loucuras que reparte
A alucinação de um mesmo sofrer
Pois tudo passa, e nada é descarte

E nestes rastros, sois o meu render
Frágil e também tão forte, dessarte!
Que me tem vivo neste túrbido viver...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO AMOR AFETO

O afeto amor, nos faz revestido
Da jura mais atraente do fervor
Enche os dias de colorida cor
E o coração de olhar conhecido

Se dele se é um querer fingido
Aos seus apelos nenhum dispor
Culposos encantos no propor
E dor nos sonhos então parido

Pra não ter ilusão e ter sabor
Tenha poesia no doce sentido
E nas mãos uma ofertada flor

Mas, se não quiser ser querido
Jamais será dele um coautor
E de ti então, o amor, terá partido

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Por ser amor


Por ser amor foi que eu sofri
Esperando por sua decisão
E a pior coisa foi te ver partir
Não apenas de minha vida, mas meu coração

Por isso ainda te amo muito
O fogo não se apagou
Do mesmo jeito que te amei bendito
Minha alma, se alegrou

Seu amor corre por meus átrios
Meu combustível para a vida eterna
Que sedento venho a ti com ébrios
Pois fizestes da minha vida tão terna

Que nem mesmo uma amnésia profunda
Causaria esquecimento de ti, oh minha amada
Posso esquecer meu nome, mas não o seu que aprofunda
Por ser amor, o meu bem afortunada

Inserida por henrique_henrique

AMOR INTENSO

Sei lá, amor, sei lá o que pode acontecer!
Quero-te assim, bela, quente, e sem dor...
Quero-te sobre as chamas do teu esplendor
Tão viva, intensa, inebriando o meu ser...

Não sei, amor, e nem quero entender...
Dos prantos o luar, que brilhe o nosso amor!
Que vivemos tão quentes, que core a flor...
Que penetre em mim o teu bem querer!

Quero a tua paixão! Viva! Completamente...
Se vivermos da vontade, fazemos de contente,
Dos males as pragas que se põem a falar...

Quero de a tua alma, ver em mim lealdade
Que falem que seja d’uma grande amizade...
Mas que viva entre a gente o que está a amar!

Inserida por acessorialpoeta

INCÓGNITA

Porque te disse: amor! Contudo, demente
Por teus beijos de fogo, alucinado...
E nem ainda a senti a boca; simplesmente
Por teu corpo de ouro – fonte de pecado!

Porque te disse ainda: ventura tanta!
E nem o teu calor senti tão perto...
Por tua voz que aos meus ouvidos canta,
E que’u nem sei donde vem ao certo!

Eu só quero o teu amor, desconhecido...
Eu só quero a tua paixão, seu amor perdido
Que canta aos meus ouvidos teus desejos...

Eu só quero m’enroscar na tu’alma louca...
Ao meu vigor intenso, dar-te a boca
O que de amor fosse a ti, primeiros beijos...

Inserida por acessorialpoeta

O ENCANTO D’ELA

Depois, que ao amor, amo você,
Minha tristeza se vai de mim...
Mas quando o amor nos chega ao fim
Na solidão volto a sofrer...

Em melancolia, tristeza tanta...
Não me há beleza, não me há estrelas;
O amor em mim só se levanta
Quando ao seu amor estou de vê-las...

Não há por quem esse sentimento
Qual de você eu sinto tanto,
Nem paixão, nem movimento

Com tão amor, com tão espanto
Qual de você num só momento
Hão de fazer em mim, sofrer-de-encanto.

Inserida por acessorialpoeta

ELA FOI UM SONHO!

Ela me mentiu, em passos leves de amor;
A verdade era uma lógica sem saída.
Era tanta paixão! — um desejo sem vida!
Que tanto atormentava o meu fulgor...

Tinha tanto brilho, mas uma luz sem cor;
Ofuscada em sentimentos, e comovida
Ela tinha tantos planos... sem que partida
Viesse sentir ao coração o meu primor!

“Prisioneira dos sonhos... não realizados!”
Tornando-nos espectros condenados,
De amores fúnebres a perecer na solidão...

— Ela se foi, como um conto de saudades!
E os teus anseios loucos de vaidades
Perderam-se nas falsas luzes da ilusão...

Inserida por acessorialpoeta