Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)
Lamentável.
O amor do lamento,
sempre sem argumento,
vive só do sofrimento,
nunca do bem-estar.
Reclama e só pede mais,
mas nunca é capaz,
de nem mesmo
se gostar.
Do Amor Distante II
O vento corta a parede
silencia as janelas
abala o telhado
derrete a vidraça
Amor de Roma
Roma de Amor
no balaio alguns segredos
em teu seio um abraço
Mais que uma heresia
ao tal absurdo amor
declamador miserável
de canções macias
Os outros andam aí
em tua pele
em tua boca
em teu suor
E já em teu castelo
um descabido pedido:
repare a noite cheia!
se preciso for...
Característica profunda
milha em terra, milha em mar
só o sangue à vista
repetindo a escravidão
Mas não estamos tão sozinhos
como Deus sem as estrelas
prevenimos a desgraça
com a sorte que houver.
Do Amor Distante I
Promessa feita
o restante das horas
É um amor bem construído,
sob medida...
sala, quarto e cozinha
esquina, bairro e cidade
Velas prontas incendeiam
a vida
o alimento
a saudade
Essas cartas vêm e vão
dão e tiram estrelas.
O léxico comenta:
eles estão felizes;
mesmo perto com a distância.
Talvez um dia deem risada de tudo,
e encerrarão a noite dizendo:
custou, mas conseguimos!
E é o que cura e é o que sara e é o que acalma.
Entretanto, de momento, é apenas
a paciente espera do rascunho vivo.
O AMOR verdadeiro perpassa o silêncio:
por isso é sublime.
Na solidão não conhece limites:
por isso é infinito.
Na inteireza habita a alma:
por isso é divino.
Incólume supera o tempo:
por isso é eterno.
Que o amor seja a força que me contagia
a paz que me orienta,
e o desatino que me faz sentir viva....
Nas noites de primavera chorei e esperei pelo amor mais puro e doce, mas a chuva não parava de cair em meus dedos.
Não chorarei mais, não regarei as rosas de meu coração.
Serei apenas eu mesmo, frio como o inverno...
Morrer de Amor
O teu silencio surra a porta do meu quarto, pedindo alguma atitude, o travesseiro sufoca e aperta os cortes, logo sangro, deitado em meu leito de morte.
o orgulho ao meu lado nada faz, pareço ser incapaz de me levantar, ao chão resta as rosas que nunca entreguei, hoje confortam minha agonia deste minha partida.
Seja o amor irmão da esperança,
Um sábio ancião dos sentimentos,
E que não viva só numa aliança,
Tampouco morra, preso aos casamentos.
Dizem que para o amor chegar não há dia...
Não há hora...
E nem momento marcado para acontecer.
Ele vem de repente e se instala...
No mais sensível dos nossos órgãos... o coração.
Começo a acreditar que sim...
Mas percebo também que pelo fato deste momento...
Não ser determinado pelas pessoas...
Quando chega, quase sempre os sintomas são arrebatadores... Vira tudo às avessas e a bagunça feliz se faz instalada.
Quando duas almas se encontram o que realça primeiro...
Não é a aparência física, mas a semelhança das almas.
Elas se compreendem e sentem falta uma da outra....
Se entristecem por não terem se encontrado antes...
Afinal tudo poderia ser tão diferente.
No entanto sabem que o caminho é este...
E que não haverá retorno para as suas pretensões.
É como se elas falassem além das palavras...
Entendessem a tristeza do outro, a alegria e o desejo.
AH, o amor,
O amor não é nada,
sem ação,
A confiança,
a confiança não é nada sem as provas...
O arrependimento não é nada,
não é nada sem uma mudança!!
..
Cerne Lírico
Surgiram esses versos
De um coração perverso
Em mar de amor imerso
Isso é tudo que me descreve
Um “tudo” que na verdade é pouco
Só um a mais que escreve
Mas para quem dedico
Ela que me dedica amor do qual não abdico
Essas palavras vindas de meu cerne lírico
Compõe uma poesia que para ela serve
Escreveria livros que não iriam me expressar
Como Machado “tinha orgias de latim”
Mas não sabia o que falar
Não saberei como começar, muito menos como terminar
Esses que serão os momentos mais felizes de minha vida... Mas só se você me abraçar
Abraça-me forte e beija-me devagar
Não sei de rima mais manjada, pois tudo que sei é te amar
Longe de tudo os
Urros do vento
Canta esse amor
Inesquecível como se fosse
O começo de um novo tempo...
Lá, no cume da montanha,
Um pássaro solitário
Canta sua
Ilusão enquanto aqui, bem perto,
O meu coração canta teu amor.
Louca saudade
Saudade, saudade...
o que isto quer dizer?
vontade, amor ou bem querer?
É um querer forte, agora...
É um gostar constante,
um amar, amante
um lembrar de outrora...
um desejo louco,
uma palavra não sentida
uma voz incontida
um muito, pouco
insatisfação, loucura,
vontade de chorar...
sentida a doçura do começo de amar.
Sou RICA.
de maré, maré...
Valeu,
porque o dinheiro não compra
AMOR,
o dinheiro não compra
AMIGOS verdadeiros,
o dinheiro não é tudo,
não compra
SAÚDE,
O dinheiro não compra a
VIDA...
O dinheiro não compra
nem um DINOSSAURO..
O dinheiro, foi feito para ser
USADO,
e,
APROVEITADO.
...
Sepultei? Não! Pra sempre enterrei
bem enterrado
no buraco mais fundo
um amor maior que o mundo.
Cobri-me com um preto véu,
desci a ladeira
num passo lento,
joguei suas lembranças ao vento...
Um corpo na cova,
como se fosse desova
de quem não serve pra nada mais...
com o corpo foram-se as provas
de um amor que não se fez jamais.
Enterrei... enterrado,
coberto de terra
um cadáver...
um mau cheiro exalado.
Os tempos do amor e os tempos da desinvenção do amor
A má
A mar
Amarela
Amassemos
A malo
A mala
A mala ia
A mar mos
A Mara
A Maria
A marte
A mando
A Marão
Amado José
Armei-vos uns aos outros
O amor está no ar...Mário.
Amém!
"Um dia"
Quando o tempo passar
E a saudade aumentar.
Ainda haverá amor.
Existirá entre nós a vontade.
Iremos sorrir, por vezes chorar.
Sem ver o tempo passar...
Iremos dormir por vezes acordar
E nesse sonho...
Sentir-se forte, embora fraco...
Diante de tanto amor.
Ninguem vai perceber,
Que o sonho ainda não acabou.
Somente você entenderá.
E sob a luz da lua,comigo dormirá.
Até o dia amanhecer.
Ou quando o sol nos despertar.
(Vieira)
Pra te Chamar de amor
Hoje me sinto carente ...
Quero colo...
Quero beijos, quero abraços...
E tudo que tiver em mente.
Quero você do meu lado,
Sentir seu respirar, e seu coração bater...
Quando em seus cabelos mexer.
Quero seu perfume de mulher.
Correndo atrás de mim pela casa...
E sem medo quando me chama,
Por mais que dificil faça.
Te encontrar na cama.
Poder me sentir seguro ao seu lado,
Sem medo da vida, sem medo do escuro.
E além das nuvens poder te levar.
Em um simples amor puro.
Nunca mais ter que esperar.
Daria a vida se preciso for.
Para apenas te chamar de amor.
(Vieira Lima)
Analiso quando se trata de amor, que a infeliz e cruel diferença entre uma criança e um adulto infantilizado, sejam duas inocentes palavrinhas mágicas:
"Desculpe-me" - reconheço meus erros;
"Perdoe-me" - porque amar não depende de razões...
Os erros são inerentes à humanidade.
A criança é perdoada facilmente porque está aprendendo; o adulto infelizmente recolhe-se no seu orgulho travestido de arrogância...ambos continuarão errando...ambos continuarão carentes...ambos conservarão a criança...mas só um deles será feliz!
