Cecilia Meireles Poemas Sonhei com Voce
TANTAS COISAS
Tantas coisas pra ver
Antes de morrer...
Mas o que mais se ver
É o que não ser quer ...
Gente da gente
Vivendo como bichos
Dormindo ao relento,
Sobrevivendo do lixo
Morrendo aos poucos.
Saudades do tempo
Que bicho era bicho
Gente era gente
Tantas coisas pra ver
Antes de partir...
Queria ver tudo
No lugar da devido.
Pensando que são livres os tolos vão atrás de coisas insanas e as torna algemas. Nas suas tolices não sabem o que é liberdade!
Régis L. Meireles
A música toca mas não embala;
As palavras são gritadas, mas não ouvidas;
As declarações de amor são ditas, mas desconsideradas ... Tudo que é bom se perde num momento
Daí a oportunidade da felicidade passa.
Restam as lágrimas
O remorso!
A saudade dói
Mas quem parte
Amando ou sendo amado
Nunca será esquecido
E vale a pena ser lembrado.
A guerra é o pior dos eventos humanos, sem a qual, impossível estabelecer a paz. Porque esta se consolida mediante eterna vigilância e pronta deflagração de guerra contra os que a subjugam.
Se queres paz, esteja preparado para a guerra.
Nem sempre se consolida a paz gastando saliva, mas mantendo repleto de pólvora seu paiol.
O tempo e o amor
Há quem diz não precisar, vive uma vida miserável sem ninguém para amar.
O amor e o tempo juntos seguem as vidas
Alivia almas, traz afagos e cura feridas.
Efêmera vida que me seduz
Fraquejante sigo contemplando a cruz.
Que seria de minha vida, sem o Senhor Jesus?
Sozinho nada podemos, mas basta um amigo ou irmão, ajudando no estender da mão.
A mão amiga de todas as horas, que sempre ajuda e nunca explora.
A mão amiga que a muitos conduz
Quão poderosa esta mão amiga de nosso Senhor Jesus.
Há muitos amigos por aí
Mas poucos a estender a mão
Principalmente quando cair
Num fosso fundo de solidão.
DEBAIXO DO SOL
De sol a sol
Tem-se os dias contados.
Aprende-se viver sob raios solares...
Gente escaldadas...
Descansa sob a luz do luar.
De sol a sol
Busca-se prazer
Evita-se sofrer
Quer-se que o dia termine...
Quer -se o amanhecer.
De sol a sol
Quer-se esquecer o dia que findou
Quer-se esquecer aonde errou
Quer-se aprender viver.
Aproveitar o tempo que resta.
GENTE DA GENTE
Todo santo tem seu canto,
O canto preferido
Do seu dono...
Oratório!
Toda gente tem seus costumes,
Sua fonte, sua história,
Seu jeito e sua treta...
Cultura!
Todo menino tem seu sonho,
Seu encanto, seu charme;
Seu truque, suas cartas;
Seu sonho molhado...
Pesadelo!
Toda menina tem sua paixão.
Seu diário secreto,
Sua boneca abandonada,
Seu segredo, seu medo e desespero;
Amores!
Todo mundo tem seu tesouro.
Seu príncipe, seu sapo;
Seu herói, seu bandido;
Seu campeão, seu caso perdido;
História!
Todo povo tem seu sábio;
Seu rei, seu doutor da lei;
Seu líder, inspirador;
Seu feiticeiro, curador;
Seu bobo da corte, trovador;
Gente...
Gente da Gente!
CONTANDO OS DIAS
Conto os meus dias, todos eles, Pelos serviços que faço; Não pelo tempo
E os anos que passam.
Tampouco pelas pessoas que encontro,
Ou pelas palavras que digo
E jamais pelas histórias que conto.
Conto os meus dias, cada um deles,
Pelos significados dos atos.
Evito o meu próprio aval
E dos bajuladores insanos;
Pois, estes só projetam enganos.
Nem me esmero em conversas de comadres;
Vou simplesmente espelhar-me
nas marcas deixadas nas almas;
Pelos efeitos dos fatos,
E pelos feitos das gentes!
Conto os meus dias...
MEU MUNDO
Meu mundo é maravilhoso.
Meu universo, minha terra e minha pátria.
Meu chão e meu céu.
Meu mundo olhando daqui da terra é lá no céu;
Olhando daqui do céu é lá na terra.
É onde decido olhar.
É onde as vistas conseguem alcançar.
Pois, sou pó, poeira.
Sou sopro e sou energia!
Meu mundo é onde meu Criador está.
Onde Ele quer que eu deva ficar.
É no paraíso das regiões celestiais...
É outras dimensões para onde me transladar.
Meu mundo é deste lado,
É do lado de lá...
É debaixo de uma árvore,
Ou num palácio que edificar!
Meu mundo é pé na estrada
Em passos curtos,
Em passos largos;
É cá, é para lá, em todo lugar!
Meu mundo é nosso,
É só nosso, é só teu e é só meu;
Meu mundo amarelo, verde,
Prateado é bronzeado;
É de todas as cores.
Meu mundo é a história,
É a cruz do amor;
É a morte por causa nobre,
É um gesto Salvador.
Meu mundo é para ser sem guerras,
Sem fome e sem dores;
Sem perdas nas despedidas,
Sem choro, só saudades nas partidas
Sem ego e sem medidas.
Meu mundo, vasto mundo!
O TEMPERO DA VIDA
Chorando, celebra-se os nascimentos,
Despede-se dos entes queridos;
Chorando recebe-se o novo e despede-se do velho!
Chorando celebra-se as conquistas
E suporta –se os impactos das perdas!
Chorando reconhecem-se os algozes
E os falsos amores;
Aqueles que viram as costas em tempos de dores!
São as lágrimas que levam a revelar os segredos,
Pensar-se os próprios medos;
Chorando deixa-se transparecer as escondidas paixões,
E levar-se as saudades para o travesseiro!
São as lágrimas que trazem para perto
os raros amigos e os verdadeiros amores;
Que por vê-las caírem te oferecem os ombros
como o melhor dos abrigos.
As lágrimas parecem lavar a alma
E são temperos em certas horas na vida!
VIDA NO INTERIOR
Criança que não brinca
Perdeu a infância,
Adolescente que do mundo,
O dono não se sente, tá doente!
O jovem que não se divertiu;
Partiu!
Na praça não aprontou...
Mudou de cidade.
Se na praça não esteve,
No cair da tarde,
No banco rústico, não se sentou?
Idoso não também ficou.
Se não conheceu personalidades:
Joaquim da padaria;
Manuel do armazém;
Zequinha da Farmácia...?
Não nasceu e nem se criou
Na cidadezinha do interior!
HUMANIDADE PERFEITA
Sem defeito?
Ou todo perfeito?
Explique, se és humano!
O melhor do mundo?
Como se saber?
Se há muitos recantos ocultos!
Todo poderoso?
É um deus?
Têm-se habilidades incomuns!
Têm-se diferenças
Têm-se deficiências
Têm-se carências...
Mas, em alguma coisa se é doutor!
ALGEMAS DA VERDADE
Se és livre...
Diga sim, sim!
Ou diga não, não!
Erga as mãos sem elos...
Sem as amarras das promessas!
Falas tudo o que pensa?
Se pensas que é livre...
Só não deixe de repensar
Tudo o que falar.
Não queira que tuas palavras,
Tornem-se as tuas algemas.
Suas promessas, são elos!
Suas juras, argolas!
Tuas palavras te aprisionam!
Aprisionam-te na corrente da verdade!
CORAGEM
Quero ter a coragem de cantar
A música da vez...
Talvez, o tema de nossa vida,
No Karaokê!
Quero ter a coragem de dizer
Juras românticas,
De eternizar declarações de amor,
De pagar mil micos...
De paixão!
Quero ter a coragem de viver
Viver intensamente,
Milhões de aventuras...
Sem fingir e esconder-me
Por um grande amor!
Quero ter a coragem de encarar
As coisas que são certas, a se fazer;
De contar com a sorte,
De esperar a morte...
Nada considerar azar.
De viver e ter que tudo faz parte da vida!
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