Cecilia Meireles Poemas Sonhei com Voce
A Lua, Sereno Encanto
No silêncio da noite, a lua a brilhar,
Com seu véu prateado a nos encantar,
Suspensa no céu, tão serena a flutuar,
Guardiã das estrelas, a nos vigiar.
Seu brilho é suave, como doce luar,
Que acaricia a terra, a nos sussurrar,
Segredos antigos, que o vento vai levar,
Na dança dos astros, ela a brilhar.
Quando o mundo dorme, ela se faz poesia,
Reflexo do tempo, da magia que irradia,
Com seu rosto oculto, mas cheia de harmonia,
A lua é a musa, da noite, a sinfonia.
Uma joia no céu, eterna a brilhar,
E no silêncio profundo, a nos acompanhar,
A beleza da lua é um sonho no ar,
Que nunca se apaga, só sabe encantar.
São Luís, Ilha do Amor
São Luís, cidade de encantos mil,
Onde o sol beija o mar com um brilho sutil,
Cores e sons se misturam no ar,
Na Ilha do Amor, onde o coração quer estar.
Ruas de história, casarões a contar,
Segredos antigos que o tempo não vai apagar,
O vento do Atlântico traz a canção,
Da terra que pulsa com emoção.
Nos becos, nas praças, a alegria a dançar,
O reggae ecoa, convidando a sonhar,
E a brisa suave, que vem de longe,
Abraça a cidade, como um poema de monge.
São Luís, tu és um canto de paz,
Onde o amor floresce e o futuro se faz,
No teu chão, raízes de luta e fé,
Na Ilha do Amor, eu sempre vou te ter.
Cada amanhecer, um novo despertar,
Na tua beleza, impossível não amar,
São Luís, minha ilha, meu lugar,
Onde a alma repousa e o coração quer cantar.
Meu Caderno de Poesia
Em folhas gastas pelo tempo que passa,
Meu caderno guarda o que o peito abraça,
Palavras soltas, versos sem fim,
Histórias guardadas bem dentro de mim.
Cada página é um mundo secreto,
Onde o coração se faz mais discreto,
São linhas que contam sonhos e dores,
Guardando da vida seus dissabores.
Ali repousam meus dias vividos,
Em prosas, rimas, em sons contidos.
É um livro de memórias em segredo,
Que guarda o riso e também o medo.
No meu caderno, a vida é poesia,
É melodia, é calmaria,
E ao folhear suas páginas enfim,
Revivo o que há de mais doce em mim.
"Jardim Sem Flores"
Em meu jardim, onde o eco se perde,
Não há cores a brilhar, nem vida a cantar.
As flores se foram, e o vento se lembra
De um tempo que, em silêncio, insiste em voltar.
As raízes que um dia se entrelaçavam,
Agora buscam no vazio um caminho a seguir.
O sol se esconde, as sombras se amparam,
E a terra, solitária, chora sem fim.
Onde risos dançavam sob o luar,
Agora só se ouvem suspiros de dor.
O perfume das manhãs se foi, a restar,
Apenas a lembrança de um mundo sem cor.
O jardim sem flores é um reflexo de mim,
Que perdeu a sua essência no compasso do tempo.
Mas talvez, um dia, o vento traga a fim
De renovar as saudades que guardo em pensamento.
Deus Fez o Arco-Íris
Após o dilúvio, quando a terra silenciou,
Deus fez surgir um sinal, doce e firme,
O arco-íris, promessa que o céu anunciou,
Aliança eterna, onde a esperança se imprime.
Com cores vibrantes, Ele nos revelou,
Que mesmo nas trevas, a luz há de brilhar.
O vermelho, como o sangue que Ele derramou,
A força do pacto que jamais vai quebrar.
O laranja, quente como o fogo da fé,
O amarelo, como o ouro que reflete o amor.
O verde é a promessa da terra que se refaz,
E o azul é o céu, que nunca nos deixa, com fervor.
O anil, como a paz que repousa em nosso ser,
E o violeta, profundo, como o mistério da graça.
Cada cor é um lembrete de que, ao amanhecer,
Deus faz aliança, e Sua misericórdia nos abraça.
O arco-íris é a promessa do Seu perdão,
De que nunca mais a chuva destruirá.
É a lembrança do pacto, em Sua mão,
Onde a humanidade em fé sempre confiará.
Pegadas na Areia
Na imensidão da praia a me acolher,
Vejo pegadas solitárias a caminhar,
Marcas suaves, que vêm e vão,
Como um sussurro do tempo a passar.
Cada passo guarda um pensamento,
Um sonho perdido, uma prece ao luar,
Histórias deixadas no chão efêmero,
Rastros que a onda insiste em apagar.
Mas há pegadas que o vento não leva,
Gravadas na alma, em eterno lugar,
São passos dados com quem se ama,
Que nem mesmo o mar pode apagar.
E ao seguir por esta trilha serena,
Na companhia do céu a me guiar,
Entendo que a vida é breve e tão bela,
Como pegadas na areia a se desenhar.
O LIVRO DIVINO
Em páginas santas, guardadas na luz,
Reside a história que o tempo conduz.
Palavra eterna, sopro do Criador,
A Bíblia é fonte de fé e amor.
No Gênesis nasce a criação,
O verbo moldando a vastidão.
Nos Salmos, o cântico é oração,
E em cada versículo, a redenção.
Profetas clamam com voz de coragem,
Anunciando promessas, traçando a viagem.
No Novo Testamento, o amor se revela,
Em Cristo, o Filho, a promessa é bela.
Sofrimentos, vitórias, lições sem fim,
Um mapa divino que aponta pra mim.
O Livro sagrado é guia na estrada,
Deus falando à alma, jornada sagrada.
Que cada palavra nos possa ensinar,
Que a vida é breve, mas o amor vai durar.
A Bíblia é a prova que Deus nos quer bem,
O Livro Divino nos leva além.
ESCRITURA ETERNA
Em letras vivas, do alto inspiradas,
Ecos celestes em folhas traçadas.
A Bíblia Sagrada, palavra de Deus,
Espelho da alma, caminho dos céus.
No princípio, o mundo a formar,
No Êxodo, a fé a guiar.
Profecias que o tempo não apaga,
Verdades que o coração afaga.
Jesus, o verbo, em amor encarnado,
Nos Evangelhos, o pão partilhado.
Apóstolos falam de graça infinita,
No Apocalipse, a glória bendita.
Livro divino, tesouro imortal,
Sabedoria além do que é mortal.
Guia dos homens na noite ou na aurora,
Esperança viva que nunca demora.
Que a Escritura nos ensine a viver,
A buscar em Deus o nosso saber.
Na palavra santa, promessa e destino,
Brilha a verdade do amor divino.
O Casarão
Havia um encanto naquele lugar,
Um casarão que o tempo ousou guardar.
Entre paredes de histórias antigas,
Ecos de risos, memórias amigas.
O portão rangia ao ser empurrado,
Como se cantasse um tempo passado.
No quintal, árvores a sussurrar,
Segredos do vento, prontos a contar.
A sala guardava o cheiro do café,
Onde sonhos bailavam em pura fé.
Os quartos, refúgios de uma criança,
Eram palcos vivos de toda esperança.
O assoalho falava a cada pisada,
Trazendo à vida a madeira marcada.
Janelas amplas, molduras do dia,
Abrindo-se ao mundo em plena harmonia.
Lá, entre os 8 e os 13 anos meus,
Eu descobri meu mundo e os sonhos seus.
Meus pais, pilares, firmes na lida,
Ensinaram o valor da vida vivida.
Hoje, ao lembrar, meu peito aquece,
O casarão em mim nunca esmorece.
Mora na alma, é lar no coração,
Um templo eterno de recordação.
Saudades da Terra Natal
No lombo cansado do vento errante,
Segue o violeiro, eterno viajante.
Nos dedos a mágoa, na alma o trovão,
O violão chora em triste canção.
As cordas sussurram memórias antigas,
Das tardes douradas e vozes amigas.
Da praça pequena, do rio ao luar,
E do cheiro da terra ao sol descansar.
Estradas compridas em poeira e nada,
Levando distante a saudade calada.
Mas o som do violão insiste em dizer:
“Volta, violeiro, ao teu renascer.”
A lua que brilha no céu do sertão
Não é como aquela da sua canção.
O frio da noite, o calor do sonhar,
Tudo conspira pra o peito apertar.
E assim ele segue, sozinho a tocar,
Com a alma perdida, tentando encontrar
No eco da música, na brisa que vem,
Um pouco da terra que o faz refém.
Ó doce morada, que o tempo guardou,
Espera teu filho, que nunca te olvidou.
Pois na melodia que o vento conduz,
A saudade é a chama que ao lar o reluz.
Como é bom ouvir uma bela canção
No silêncio que dança na luz da manhã,
Ecoa o encanto de uma doce manhã.
É um som que abraça, que traz emoção,
Ah, como é bom ouvir uma bela canção.
Os acordes deslizam como brisa no mar,
As notas percorrem o ar a bailar.
Cada verso contado, um pedaço do céu,
Cada acorde que vibra, um sonho ao léu.
Há músicas que choram, há músicas que riem,
Elas falam de amores, dos sonhos que vivem.
Pintam memórias, constroem ilusão,
Ah, como é bom ouvir uma bela canção.
Ela cura feridas, renova o viver,
Faz o tempo parar, faz o mundo tremer.
No pulsar do compasso, no tom da emoção,
É ali que a vida encontra razão.
Seja o som de um piano, o lamento de um violão,
Ou a força que explode de uma percussão.
A música é alma, é pura expressão,
Ah, como é bom ouvir uma bela canção!
Ulisses Amava Penélope
No mar bravio, onde o vento uiva,
Ulisses navegava em ânsia viva.
De ilha em ilha, a jornada seguia,
Mas no peito, Penélope o conduzia.
A guerra findou, mas o herói perdido,
Cercado por deuses, jamais esquecido.
Sirenas cantavam, clamando paixão,
Mas era dela o eco no coração.
Penélope, fiel, em Ítaca esperava,
Tecer e destecer, enquanto chorava.
Cada fio do manto era um lamento,
Cada ponto uma prece ao firmamento.
Ulisses, cansado, porém persistente,
Desafiava o mar, astuto e valente.
Nem Calipso, nem Circe puderam deter,
O amor que ao lar fazia-o renascer.
E quando chegou, o tempo se rendeu,
O abraço dela, enfim, o acolheu.
A prova do arco, a justiça aclamada,
Ulisses e Penélope, almas entrelaçadas.
Que o amor resista, como o deles, eterno,
Ao fogo, ao tempo, ao inverno.
Pois na lenda dos dois, é clara a verdade:
O amor supera toda tempestade.
As Três Estrelas
No céu da vida brilham com fervor,
Três estrelas de puro esplendor,
Uma mãe, farol de eterna luz,
Duas filhas, bênçãos que ela conduz.
A mãe, estrela da sabedoria,
Guia os passos com amor e harmonia,
Seu brilho aquece, protege e cuida,
É a força maior que sempre ajuda.
As filhas, duas estrelas gêmeas,
Radiantes, suas almas serenas,
Refletem o amor que a mãe plantou,
Com graça e força, o mundo encantou.
Juntas, formam um céu encantado,
Com laços de afeto, amor sagrado,
Três estrelas que, unidas, reluzem,
E toda escuridão ao redor reduzem.
Que o céu as guarde, firmes no trilho,
Sempre unidas, mãe e filhas no brilho,
As Três Estrelas, sinfonia divina,
A beleza do amor em forma feminina.
Raramente iremos amar aquilo que nos é diferente;
Amamos aquilo que nos faz parecer ser igual a nós mesmos;
Nos tornando assim amantes de NÓS, como Narciso.
Sob a árvore de folhas amarelas,
Reflete o pensador da infinita tragédia.
Enquanto o forte e agradável
Cheiro petricor - depois da garoa matinal -
Exala um martelar de memórias.
A sagaz máquina do tempo deixa sequelas;
Veem de forma colossal e me prendem.
As amarras do pensamento são cruéis,
Me conduzem a cavar uma cova;
Um abismo indizível que sem hesitar,
Caminhamos com os próprios pés.
Nos resta rir, enquanto chorando,
Assistimos ao nascer do sol.
Estou sempre mudando,
Uma constante evolução
Um tanto frio e homicida
Matando resquícios do tempo
Memórias padecendo intensa e diariamente
A vida cobra, elas morrem.
Canção do Botânico
A árvore nasce!
A flor brota.
Produz o fruto,
Surge a semente.
O fruto caí,
A semente sai.
As folhas caem,
A árvore morre.
A árvore nasce...
"Poema de Sarutobi"
Onde a chama queima
É quando as árvores dançam.
Folhas secas queimarão
no calor da fogueira,
iluminando árvores novas.
A luz continuará a brilhar
em nossos corações.
E uma vez mais...
folhas novas brotarão!
"Escrevo-te
Estas mal traçadas linhas
Meu amor!
Porque veio a saudade
Visitar meu coração
Espero que desculpes
Os meus erros por favor
Nas frases desta carta
Que é uma prova de afeição...
Talvez tu não a leias
Mas quem sabe até darás
Resposta imediata
Me chamando de:
Meu Bem"
A carta - Renato Russo
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