Cecilia Meireles Poemas Sonhei com Voce

A existência humana é um lapso temporal de cada indivíduo em sua manifestação corpórea.

Existir, resiliente enquanto ser vivente, de vida singular em meio a tanta gente.
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Antagonismo de um suposto amor, declara o ser amar, se há desavença, vem o ódio em seu lugar.
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Amar é dom, quem não tem dissimula. E quem tem, muita das vezes negligência o devido amor ao próximo.

Preciosa vida que me escapa, sem poder reter em mim
Na constante do tempo passa, segue certo ao fim.

Viver a vida com disposição, saber ser brisa em dado momento, e outrora ser furação.

Quanto menos conhecimento, mais escravidão. Quanto maior a instrução, menor o grau de servidão.

"Fé demais" não cheira bem. Faz todo sentido. Falsa fé que não ajuda ninguém.

As muitas palavras são incapazes​ a descrever, todos os anseios e devaneios do ser.

A verdade é uma só, se sim é sim. Se não é não. A única meia verdade que conheço é a que calço nos pés.

Humanos anseia a longevidade, mas não passa de lapsos temporais insignificante diante das eras existenciais do universo.

Certa vez disse o pensador, digas o que pensa e descubra o ódio opressor, ou o apoio de quem por ti tem puro amor.

A vida pede socorro, grita e implora sem emitir som, muitos ouvem, mas não discernem qual seja o tom.

A alma grita, quem pode ouvir? Mesmo em silêncio atroz, qual será o capaz de ouvir sua voz?

O Poeta e a poesia se encontram entre a trusteza e a alegria. É um dom superior, ateado em fogo, pelo ódio ou amor.

Inebriado pelas palavras, enlevo tal que o lapso temporal do existir é mero artefato presumido da essência do ser.

Eu tentei, confesso que busquei
Mas o acaso me surpreendeu, arrebatou meus sonhos, ou me fez entender o pesadelo ora imerso em meus lençóis.

Tem momentos que a alma chora, sem lagrimas no olhar.
Tem momentos que a vida vai embora, mesmo ainda a respirar.

Fogo em palha remedo a paixão, consumação avassaladora. Diferente é o amor, intenso como o sol em fulgor.

Gritar para todo mundo ouvir.
Bradar sem som emitir. Como ser ouvido, se nem som ter produzido?