Cecilia Meireles Despedida Amigo

Te tanto ler o Facebook perguntar o que estou pensando, me tornei um pensador. Penso na vida e morte, mas também penso no amor.

Vida que esvaece, qual águas de uma nascente, tão carente das fontes celestiais, para perpetuar em suas carreiras rumo ao mar.

Pensar e escrever, em monólogos momentâneos do ser, conversa íntima, lancinante letras que afloram em grafias ocasionais.

Homens se matam para conquistar vastidão de terras, quando apenas sete palmos bastam para cada um.

São as ilusões da vida que nos motivam a viver.
Bem como nas desilusões da vida o desejo de morrer.

Procuro sempre me embriagar dos risos, porque a realidade desta vida é uma constante tristeza.

A vida é um baile e cada indivíduo ostenta sua fantasia. Uns com temas alegres, outros com temas sem alegria.

O mundo está tão infestado de falsidades, que é ofensivo ostentar sinceridade.

O maior terror da vida é a sua extinção. Quem não teme o terror da morte é porque já está mortificado para este mundo.

Caráter é ter cara, ser autêntico, honesto, honrar sua palavra, poder andar de cabeça erguida em meio a multidão de canalhas.

O sentido da vida, há quem leva no desdém, despreza e ignora, sem saber amar também.

Quais seres limitados, estamos nós aprisionados, em cadeias carnais aguardando a liberdade quais seres espirituais.

Já não me importo mais como me importei, a vida pede pressa para viver o hoje, porque o amanhã eu não sei.

Amigos, quem tem? Valem mais que ouro, incalculável é o valor, amigos verdadeiros valem o preço do amor.

A vida e a flor, há vida na flor, a vida em flor.
O amor e a poesia, há amor na poesia, o amor em poesia.
A vida, a flor, a poesia e o amor.

Nos improvisos e trocadilhos, as palavras me faz bem, citar e recitar, aquilo que me convém.

O amor não é uma flor roxa, muito menos nasce no coração de um trouxa.
O amor é pureza que se manifesta no ser, dá sem receber.

Manuseie as palavras e despertes o ódio e o amor, sobre tantos quantos tais palavras alcançou.

Sejas tu, tão somente tu, para experimentar, inúmeros desafetos gratuitos a lhe odiar.

O caos da vida, um destino cruel, uma lágrima caída, sem estrelas no céu.
É assim a nossa vida, sem paz e alegria, ironia do acaso, sem enxergar uma saída.
Mas o tempo é parceiro, quando não traiçoeiro, desvanece os entreveiros, qual passos ligeiros.
O amanhã pode ser em raios acalorados, qual a paixão de eternos namorados.
Sempre há uma esperança, como a inocência de uma criança, a selar um novo dia, a enfeitar nossa lembrança.