Cecilia Meireles Criancas
FORMAS DE VIOLÊNCIA
O que se pode esperar de milhares de crianças que estão abandonadas nas ruas, carecendo de educação, de amor e de respeito?
É ilusão se pensar o Brasil menos violento quando as nossas crianças não estão sendo educadas para uma vida digna e humana.
A violência contra as crianças, os adolescentes e os idosos é uma triste realidade no nosso país.
Entretanto, a violência se dá de diversas maneiras e tem sua origem nas classes mais favorecidas da sociedade brasileira.
Uma das instituições mais violentas do país é o atual Congresso Nacional com suas falcatruas, trapaças, manobras e corrupção sem limites.
A violência também se dá na inversão das prioridades quando se usa recursos públicos, pois deveriam ser alocados em obras sociais, tais como: educação pública de qualidade para todos, saúde de qualidade para todos, transporte público de qualidade para todos, e não em obras pontuais para atender interesses pessoais de uns poucos.
A violência se dá também no baixo nível da mídia brasileira que é uma das maiores incentivadoras da violência e de baixos valores. A mídia brasileira não tem ética e não contribui em nada para o progresso social, espiritual e mental dos nossos jovens.
Existem diversas formas de violência no Brasil, mas seria longo demais descrevê-las.
Mesmo no Dia das Crianças desejo a todos os meus amigos muita saúde e um feliz Dia da Criança, afinal, existe uma criança linda em cada um de nós! Vamos manter essa criança sempre ativa, assim, a inocência cuidará de nossas almas tornando nossas vidas mais belas!
Se há uma coisa que eu aprendi em todo esse tempo trabalhando com crianças, se eu pudesse reduzir esses anos a uma única revelação, seria esta: elas são extraordinariamente resilientes. Conseguem resistir à negligência; conseguem sobreviver ao abuso; conseguem suportar, e até prosperar, no que faria os adultos colapsarem como guarda-chuvas.
As crianças têm a especialidade de serem felizes sem motivos. Seria bom se os adultos também a tivessem.
Quando somos crianças, achamos que o melhor lugar do mundo é na casa dos nossos avós. E quando nos tornamos adultos, continuamos achando a mesma coisa!
Eles são tipo crianças e anjinhos, só que enrugadinhos...
Minha convicção é que todas as crianças têm um talento tremendo. E o desperdiçamos, implacavelmente.
Querem exterminar as crianças e os jovens, porque para eles é muito mais fácil dar o fim do que conscientizar, a sociedade nem sempre é culpada ao que se passa em seu próprio país, não é de agora que nos enganam!
Deite-se na grama de vez em quando. Brinque com as crianças. Brinque como uma. Não leve a vida tão a sério. Ela já é difícil então facilite. Agradeça mais e você terá sempre mais a agradecer.
Olhe flores, borboletas, árvores e crianças com olhos de compaixão. A compaixão vai mudar sua vida e torná-la maravilhosa.
Crianças sem ética serão adultos corruptos. E a única de fazê-los ter ética é com exemplo. Crianças não fazem o que dizemos, mas sim seguem nossos exemplos. Portanto a ética começa por nós mesmos.
Grande é a poesia, a bondade e as danças. Mas o melhor que há no mundo são as crianças.
(in "Liberdade")
APRENDER A SER CRIANÇA
São muitos os estudos da psicologia das crianças. Estudamos as crianças para ensiná-las a maneira adulta de ser. Não conheço estudos que tenham por objetivo o contrário: ensinar aos adultos a maneira de voltar a ser criança.
(do livro em PDF: do universo à jabuticaba)
Já fomos crianças
Já fomos crianças
Não tínhamos ideias nem ideais
Chorávamos se tínhamos fome
Qualquer coisa nos divertia
Brigávamos quando podíamos
E de nosso rival ficávamos de mal
Mas daqui a pouco estávamos ali de mãos dadas
Prontos para brigar de novo.
Hoje somos adultos
Mas
Já fomos crianças
E tudo se passou
Apareceram ideias de paz
Repartíamos nosso pão
Se alguém tinha fome ao nosso lado
Então, crescemos mais
Agora pense duas vezes
Somos políticos podres e ilógicos
Que pelo papel moeda
Transformamos o coração de carne em pedra
Deixamos milhares morre a nossa volta
Por falta de chão
Enquanto ouro nos sobra nas mãos
E ainda assim somos racionais
Às vezes é tão difícil
Crer que somos as criaturas consideradas
Mais inteligentes da terra
Tenho vontade de chorar quando lembro
Já fomos crianças
Nossas guerras eram de brincadeira
Nossos inimigos eram amigos.
Já fomos crianças
E hoje crescido me vejo como todos
Fazendo guerras de verdade
Contra tudo e todos
Contra mim mesmo a esmo
Já fomos crianças
E hoje isto não são nem lembranças.
Já fomos crianças
Lembremos...
Já fomos crianças!
Crianças-soldado
Os meninos-soldado na maioria, africanos
Não têm tempo para os folguedos. Seus brinquedos?
Pistolas, fuzis e metralhadas.
Matam, decapitam friamente e prosseguem indiferentes.
Chutando os membros mutilados
Dos inimigos. Cirandas?
Nunca seus ouvidos ouviram
As suaves melodias infantis
Carregadas de magias.
Seus sonhos foram visitados
Pelo terror que as guerras civis criam.
E arrancam de suas entranhas.
A suavidade da infância.
Tornando-os tão malvados
E ousados quanto ou mais que um adulto.
Recebem ordens de arrancarem mãos
Cabeças, e as cumprem fielmente.
Como se estivessem apenas
Pulando a amarelinha.
Soltando o pião. Não têm culpas
Desses desvios de condutas
São crianças que não tiveram a sorte
De nascerem em paz.
Foram plantadas
No meio de intrigas.
Brigas.
Muitos perderam pais.
E como vingança.
Aprendem a matar.
Deixam o amor de lado
Dura fatalidade.
E se transformam
Triste realidade
Em crianças-soldado.
Eleni Mariana de Menezes
Nunca discuta com bêbados, tolos ou crianças, pois a vitória não tem gloria e a derrota é vergonhosa.