Casemiro de Abreu Poemas
O fato é que todo brasileiro, com 18 anos, ele já tem opinião formada sobre tudo. Eu, aos 18 anos também tinha. Porém, nessa idade, eu percebi que eu era um palhaço. De todas as convicções que eu tinha, comecei a me perguntar: - De onde eu tiro tanta porcaria? Eu não sei nada a respeito disso, eu estou chutando... Então, o que eu fiz? Eu fui para casa e fiquei quieto durante 20 anos, estudando, tentado aprender alguma coisa. O dia que eu for um homem maduro, experiente, daí eu irei ensinar algo. Foi o que eu comecei a fazer com 45, 47 anos. E acho que até comecei cedo, pois eu deveria estar começando agora (depois dos 60 anos).
A vida é como um jogo de xadrez, as vezes é necessário sacrificar algumas peças para vencer o jogo, na vida também temos que fazer escolhas difíceis para ser feliz depois!
Bom dia! Que Deus, na sua infinita sabedoria, nos conceda um dia repleto de paz, alegria e felicidade. Confie, tenha fé! Às vezes parece impossível, mas pra Deus tudo é possível.
É como se todos nós, no fundo sentíssemos que nascemos apenas para obedecer a um chamado, e obedecer docilmente, a obedecer a qualquer um que nos convoque para vitória, mesmo que na verdade, nos convide para morte.
A conclusão humilhante é que, todos, homens e carneiros, sentimos que nascemos para fazer parte de um rebanho.
Se você fez um ou mais favores a algum brasileiro, nunca mais lhe negue nenhum, caso o contrário ele passará a odiá-lo na proporção direta do que lhe deve.
A mocidade é uma sublime impaciência. Diante dela, a vida se dilata e parece-lhe que não tem para vivê-la mais do que um instante.
Dentro de mim, existe um Espaço Sagrado onde guardo minhas preciosidades.
Às vezes faço uma faxina lá e mudo tudo de lugar.Não é por maldade, é só vontade de ver um outro ângulo das coisas. Eu não gosto do olhar acostumado.Não gosto de ver um objeto num objeto, porque tudo pra mim tem entidade humana.E gente me tira o fôlego, vejo belezas demais quando amo, e amo sempre e tanto.
Sabemos que tivemos uma boa tarde quando, mesmo depois de ter anoitecido, o sol parece ainda não ter se posto.
“Idem velle, idem nolle”: amigo é o sujeito que quer a mesma coisa que você e rejeita a mesma coisa que você.
O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê... É preciso transver o mundo.
Um homem com IDEAL tem um barco no coração e uma bússola na cabeça. Por isso, não há tempestade que o afunde ou lhe tire do rumo certo.
O homem é feito de tal modo que quando alguma coisa incendeia a sua alma, as impossibilidades desaparecem.
[No Brasil,] O ambiente visual urbano é caótico e disforme, a divulgação cultural parece calculada para tornar o essencial indiscernível do irrelevante, o que surgiu ontem para desaparecer amanhã assume o peso das realidades milenares, os programas educacionais oferecem como verdade definitiva opiniões que vieram com a moda e desaparecerão com ela. Tudo é uma agitação superficial infinitamente confusa onde o efêmero parece eterno e o irrelevante ocupa o centro do mundo. Nenhum ser humano, mesmo genial, pode atravessar essa selva selvaggia e sair intelectualmente ileso do outro lado. Largado no meio de um caos de valores e contravalores indiscerníveis, ele se perde numa densa malha de dúvidas ociosas e equívocos elementares, forçado a reinventar a roda e a redescobrir a pólvora mil vezes antes de poder passar ao item seguinte, que não chega nunca.
É um erro frequente em que caem os pais; ao nascer o menino, junto com as fraldas, eles lhe preparam um futuro. Não pensam que aquele filho é uma pessoa. Que terá seus sonhos próprios e suas ambições próprias. Parece que o mais prudente para o pai é não se antecipar. É comovente a revolta dos pais ante essa "desobediência", quando não seguem o que foi mandado, dos meninos, como se eles fossem obrigados a alimentar sonhos por conta dos sonhos paternos.
Não guardo rancores, nem lembranças, das coisas que não pude fazer,
Guardo sim a alegria, de ter partilhado, meus melhores momentos com você...
[É preciso] desinventar os objetos. O pente, por exemplo. É preciso dar ao pente funções de não pentear. Até que ele fique à disposição de ser uma begônia. Ou uma gravanha. Usar algumas palavras que ainda não tenham idioma.
Estamos tão acostumados a nos disfarçar para os outros, que, no fim, ficamos disfarçados para nós mesmos.
