Casemiro de Abreu Poemas
Sobrevivendo a tempestades.
Aprendendo que do outro lado de coagida e desistente, existe o meu lado forte e resiliente.
Não subestima a minha passividade como fraqueza.
A fera que habita em mim, está dormindo e não morta.
Que toda a especiosidade da diversidade dos meus sentimentos, sejam sempre mantidas em segurança e livre de danos desnecessários.
Após dar um tempo é preciso recomeçar, e cá estou eu, seguindo num fluxo confortável e notável na vida.
Reiniciando num ritmo leve, Indo brincar com a vida.
Quando cometo um erro, sou consciente que tenho que me interiorizar para um processo de reflexão, aprendizagem e evolução.
O julgamento alheio não me serve para nada.
Sinto-me mais leve ao perceber que muitas coisas que eu pensava serem imutáveis já não fazem mais parte do meu eu interior.
Todas as hipóteses que afasto e por cada sonho que deixo para trás, recebo aplausos do fracasso dentro de mim.
Se eu tivesse a vitalidade para os acertos, como tenho para os erros, a minha relação com a vida, seria mais leve.
Queria desvendar o mistério, mas o mistério o envolvia, quanto mais investigava, mais o mistério o sorvia.
Sem conseguir desvelar o mistério, e sem se dar conta, acabou tornando-se parte do mistério, que não existia.
Ela comunica-se mais pela energia do que com a verbalização.
Por isso, poucos a entendem, e é por isso que são poucos com quem ela se comunica.
Isso não é um ponto discutível: o mundo não foi feito para segurar vidas e tão pouco sentimentos passageiros.
Cansada de brigar com a minha sombra, decidi convidá-la para dançar.
Hoje, dançamos no mesmo ritmo, sem precisar duelar.
Há uma chama dentro dela, uma nova transformação crescendo, e ela não tem intenção nenhuma em contê-las…
