Casemiro de Abreu Poemas
Quando sonho contigo grito seu nome e acordo chorando,
pra não morrer de amor, vivo este sonho pra sempre te amando!
Não fique pensando em mim, não fique esperando nada de mim, não invente estórias. Eu preciso ficar sozinho algum tempo e deixar que naturalmente tudo se tranquilize dentro de mim. Para então ver o que eu posso realmente dar a você ou a qualquer outra pessoa. No momento não tenho mesmo nada. Só coisas escuras. Prefiro guardar comigo.
Pensando melhor, continuavam sem saber, fazia muitos anos, se a realidade seria mesmo meio mágica ou apenas levemente paranóica, dependendo da disposição de cada um para escarafunchar a ferida.
Seu amor não me toca nem comove, sua precisão de mim não passa de fome e você me devoraria como eu devoraria você. Ah, se ousássemos.
Eu acho que a gente não deve perder a curiosidade pelas coisas: há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas.
Descobririas que as coisas e as pessoas só o são em totalidade quando não existem perguntas, ou quando as perguntas não são feitas. Que a maneira mais absoluta de aceitar alguém ou alguma coisa seria justamente não falar, não perguntar - mas ver. Em silêncio. (...) O que faz nascer as perguntas não é uma necessidade de conhecimento, mas de ser conhecido.
"Ela está sempre tão dentro dela mesma que qualquer coisa que faça não é nem certa nem errada, é simplesmente o que ela podia fazer."
Nossa quarentena segue assim, com a presença de Deus nos fazendo sentir paz em meio aos caos e observando as obras dEle. Porque a minha experiência em passar coisas difíceis é que de uma situação que foge do nosso controle, Deus nos ensina algo além da dor.... Enfrentamos o mal quando quem deveria ter bondade só destila ódio e maldade, enfrentamos o mau todos os dias porque pessoas não tem união, empatia, enfrentamos o mal em uma doença como essa,a diferença é que essa atingiu a todos, não é individual, que possamos aprender a ser companheiro quando o mal não é nosso, que possamos ir para Além do egoísmo e que não fique apenas nesse momento de Pânico.
Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos. Que seja (mais do que) doce a voz ao falar no telefone.
"Odeio amar, não é engraçado? Amanhã tento de novo. Amar só é bom se doer. Parou de chover. Não sei qual o Deus padroeiro das cartas - mas de qualquer maneira a noite de hoje foi dedicada a ele. Hoje eu queria que alguém me dissesse que eu não precisava me preocupar - como no Last Picture Show - um ombro, uma mão. Desculpe tanta sede, tanta insatisfação. Amanhã, amanhã recomeço. Te espero, te gosto, te beijo."
Que as perdas sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica nem contado em reais. Que minha bolsa esteja cheia de papéis coloridos e desenhados à giz de cera pelo anjo que mora comigo. Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos. E que seja doce tudo que tiver que ser.
Isso é escrever. Tira sangue com as unhas. E não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. Mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. Você não está com medo dessa entrega? Porque dói, dói, dói. É de uma solidão assustadora. A única recompensa é aquilo que Laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior. Essa expressão é fundamental na minha vida.
"Por que, na segunda-feira, eles (nós) não revelam a carência do fim de semana e se dizem coisas duras?"
Eu quero me chamar Mar você dizia e ria e ríamos porque era absurdo alguém querer se chamar Mar ah mar amar e você dizia coisas tolas como quando o vento bater no trigo te lembrarás da cor dos meus cabelos você não vai muito além desses príncipes pequenos.