Cartas sobre a Felicidade Epicuro

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Era uma tarde de inverno, aparentemente calma em relação aos dias tumultuosos que se tem vivido nos últimos tempos. Uma época desgastante para todos nós, mas de uma forma mais acentuada em certos indivíduos.
De repente começara uma nova tempestade, algo como já mais alguém imaginara. Tinha o telemóvel praticamente em silêncio quando o sentira a vibrar e ao longe ouvia uma musica suave proveniente do mesmo. Era a minha grande amiga de infância com quem ainda vou mantendo contacto. Precisava de apoio, estava completamente só ninguém queria mergulhar no seu mar de problemas.
Lá fora, a tempestade aumentava de uma forma monstruosa, tinha sido lançado um alerta para a população se manter em casa e com tudo trancado.
Ai começara o tumultuo, de um lado a minha amiga a necessitar dos meus préstimos, do outro a monstruosa tempestade que me poderia impedir de sair de casa. Mas reflecti durante breves segundos e pensei se seria justo deixar alguém que amo que necessita dos meus préstimos em apuros e ficar em casa numa cómoda poltrona enquanto a tempestade passava.
Parei tudo e disse. Não! Não posso ficar de braços cruzados. Vou te ajudar, pois para que servem os amigos se não for para nos apoiar e para nos levar à razão se estivermos a cometer um erro?? Para a diversão qualquer um serve, mas para nos apoiar e criticar, tem de ser alguém importante para nós que nos conheça melhor que nós próprios e que de certa forma seja uma parte de nós. Pois bem, vou a onde for preciso para te ajudar a superar este problema pois se um dia precisar vou gostar que alguém faça o mesmo por mim.
No caso desta minha amiga não havia solução há vista, mas uma conversa, a simples presença ou até mesmo um silêncio singelo ajudaria muito a superar esta barreira. E assim fiz, ofereci a minha presença, o meu apoio e todo o meu carinho. Se muitos fizessem assim a esta altura ela sentir-se-ia muito melhor, mas mesmo sendo só eu ela sentiu-se um pouco melhor e fez com que eu me sentisse muito melhor, pois o sentimento de dever cumprido, de ser útil para algo e importante para alguém, vale muito mais do que uma tarde passada na poltrona perto da lareira enquanto lemos um livro.
Penso que isto é amizade, mas não sei deixem a vossa opinião!

...Gosto do poder irreal... Gosto de gritar em pensamentos, e silenciar-me com palavras... Gosto de acalmar a alma com sons livres... Gosto de viver do pouco, e me alimentar do muito... Gosto do encanto escondido...
Vejo muito, mas olho pouco... Sinto alto, mas pego por baixo... Brinco com as verdades, porque as mentiras não me iludem... Canto com sons, mas choro em silêncio... Dou gargalhadas, mas poucos a conheçe de verdade... Sou quem sou, não normalmente querendo ser, mas já sendo a luz que me fiz ser... Não gosto de não ser...

Ele: Lágrimas ñ param de cair
no telefone a menina liga ..
ELA: Olá .
ELE: Quem é?
ELA: Sou eu, a felicidade iludida.
ELE: O que é que você quer ?
ELA: Dizer que te amo.
ELE: OUTRA VEZ? Eu já ouvi isso 15 vezes. Não se cansa?
ELA: Quem ama não cansa...
ELE: Mas eu canso... Eu não te amo!
ELA: O que?
ELE: é isso mesmo, eu iludo e por isso me chamo ilusão do amor.

Neste exato momento uma lágrima corre na minha face...

ELA: Como pode dizer isso?
ELE: Dizendo que não te amo. Não devo nada a ninguém
ELA: Não deve nada?
ELE: é claro que não.
ELA: Deve sim. O teu amor.
ELE: Que amor?
ELA: Você me faz voar tão alto e agora diz que não me ama?
ELE: Deve estar ficando louca!

E as lágrimas insistentemente não paravam de cair...

ELA: Estou mesmo louca...acreditei em ti!
ELE: Você sabia que era só amizade, não?
ELA: Claro que não... Diz tantas coisas... E ainda me deu um beijo!
ELE: Um beijo? Aquilo nem foi beijo...
ELA: Não foi? Então o que foi.. ?
ELE: Ok... Foi um beijo sem significado.
ELA: Ah e um beijo sem significado deixa de ser beijo?
ELE: Não.
ELA: Quer dizer, eu não significo nada para ti?
ELE: Significa...
ELA: O que?
ELE: Uma grande conta de telefone no final do mês Agora vou desligar.
ELA: NÃO... Por favor!
ELE: Porque?
ELA: Porque eu te amo...
ELE: Qual o valor que o teu amor me vai dar?
ELA: Felicidade.
ELE: Eu quero coisas materiais...
ELA: Eu vou ser tua...
ELE: Isso não vale... Quanto é que você vale?
ELA: Porque esta pergunta?
ELE: Se eu enjoar de ti posso-te empenhar?
ELA: O que é que eu fiz para me tratar assim?
ELE: Amar-me! Agora vou desligar!
ELA: NÃO, por favor!!!
ELE: Quer parar com isto? ESTOU FARTO!
ELA: Não... por favor, não desligue.
ELE: ...
ELA: Fala comigo...
ELE: ...
ELA: Pelo amor de Deus, diz que me ama!
ELE: OUVE... eu já estou farto de você. Agora vê se me esquece.
ELA: Eu prefiro morrer do que te esquecer.
ELE: Ai é? Então se mata logo!
(Ele desliga.)
ELA: Não... por favor... Não me faça isso, eu te amo.


ALGUNS DIAS DEPOIS...

- Do que morreu esta menina? - Perguntam
- De intoxicação. - Responde a enfermeira.
- Coitada... ela tinha algum problema? - Perguntam
- Sim, sofria de amor... - Responde a enfermeira.

E então, no dia do funeral o rapaz de que a menina gostava apareceu no local prestando a sua ultima homenagem e lançou uma rosa vermelha e disse baixinho:
- Eu te amo!

Mas, é tarde demais.

Ele: Eu pensei que você ainda se importava comigo.
Ela: Eu pensei que você não iria me deixar.
Ele: Mas você disse que seria eterno.
Ela: E você me falou que estaria do meu lado.
Ele: Mas eu não te abandonei, só precisava ter certeza que você sentiria minha falta.
Ela: E eu não deixei de te amar, mas eu queria saber se você voltaria por mim.
Ele: E então, você sentiu minha falta?
Ela: Mais que tudo nessa vida. E você, voltou por mim?
Ele: E por que eu teria outro motivo?

Na minha mansa loucura, me vejo perdida, fatos e atos que não correspondem ao que minha razão compreende.
Vivo em busca de um amor verdadeiro, eis que o mesmo esconde-se, divertir com o que é pacifico de entendimento já não tem mais sabor, o que na verdade eu queria era descobrir algo novo que seja real aos olhos mais invisível a verdadeira razão.
Um amor sem limites, que jamais tenha sido sentido.

⁠Embora o prazer seja nosso bem primeiro e inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer: há ocasiões em que evitamos muitos prazeres, quando deles nos advêm efeitos o mais das vezes desagradáveis; ao passo que consideramos muitos sofrimentos preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier depois de suportarmos essas dores por muito tempo.

Inserida por IuriCos

Maldito aquele que bebe do teu cálice, Epicuro
Pobre infeliz, Ícaro desatinado...
Rendido ao dolente fado...
Prevaricar-ti-ei, gorjeio suicida...de mim vos esconjuro

De minha parte terás o fel em tua seiva
Donde busco mérito de matar teu chiste
A todo pensamento vil que me persiste
Recepto, galhofado, com a estigma da eiva

Buscais refúgio num coração laical
Conheço teu preceito fatal...
Tuas vestes ultrapassadas estão...

Confesso que difícil fora ascender do chão...
Uma vez erguido, jamais reincidirei
Mesmo encontrando belezas, estoico por diante serei...

Inserida por fabianoqueiroz

AS PESSOAS COM DEFICIENCIA E O PRAZER DE VIVER
NA FILOSOFIA DE EPICURO

Vou narrar agora uma linda história;
Que vocês aqui, nunca mais vão esquecer;
E mostrar uma realidade de pessoas;
Que não se deixa perecer;
Pessoas que vieram somente para vencer;

Nessa sociedade desigual;
Que não são vistas por ninguém;
Onde não há motivos pra sorrir e crer;
Destacam-se as pessoas com deficiência
E o prazer de viver;

Um viver pleno e equilibrado
Sem ter medo de nada,
Visando um belo futuro
Imitando assim como viveu,
O nosso filosofo Epicuro;

Oh! homem arretado,
Nunca vivia aperreado;
Pois ele estudou muito e descobriu!
Que viver na filosofia;
É o melhor que ele viu;

Nasceu antes de cristo;
Que a meus zóio epicurista este é!
Porque pregava a simplicidade;
E aceitava a todos do seu lado;
Com muita humanidade;

Epicuro era rico de sabedoria;
E por isso era sabido credo e cruz avé Maria;
Sabia viver bem, mesmo na adversidade;
Num período em que Alexandre o grande;
Deixou a Grécia antiga, uma verdadeira tempestade;

Foi ai então! Fugindo da política! E da vida perturbada;
Procurou um canto bem longe da cidade
Juntou um povo simples, de toda qualidade;
Pra viver num jardim entre amigos,
Dando valor o prazer da amizade;

Viver filosofando entres eles eram a coisa mais importante;
Era a chave mestra para restabelecer a vida de todos;
Uma comunidade de amigos que sabiam viver na simplicidade;
Dividindo tudo e sempre se respeitando na maior tranquilidade
Tudo isso por causa de um remédio – conselho, que eles seguiam na sua literalidade;

Ele era um vencedor!
Viveu sua vida inteira, suportando a dor;
Uma dor na bexiga, que ele ia, no outro mundo e voltava;
Essas dores em um homem são mesmo que umas cutiladas de faca;
Mas mesmo assim, com sua filosofia; Escrevia pra seus muitos amigos uma imensidão de carta;

Nestas cartas, ia o ensinamento que Epicuro queria dá;
Eram dirigidas pra todo o povo que quisesse provar,
Como era conviver com a dor e com ela viver alegre sem reclamar;
Naquele tempo a medicina não era muito boa!
E a que tinha, não era pra qualquer pessoa...

Mas a doutrina de Epicuro veio para diferenciar!
Que os quatro ensinamentos dele era bom mesmo pra danar;
Tetrafarmakom era o nome que povo começou a chamar;
Era escrito em todo canto, nos muro, pra da memoria não apagar;
Foi tanto batido que toda noite se reunia no jardim para o povo decorar;

O primeiro não deve temer os deuses;
O segundo não se deve temer a morte;
O terceiro é notar que não se tem dor, que dure para sempre;
O quarto é que a felicidade é possível para todos;
Basta trocar uma dor horrível, por um prazer ético e valoroso;

O prazer de estar entre amigos;
Que é a maior e uma das mais simples alegria;
Assim como a necessidade de tomar Água;
Comer e respirar há a necessidade;
Dos prazeres naturais que é necessário cultivar;

Epicuro dizia que este era o seu filosofar;
Que curava o povo bastava eles vivenciar;
Nas suas vidas e dos escritos dele retirar;
A boa vida e todas as almas curar;
Dizia também que nunca era tarde para filosofar;

Nem para véio nem para menino;
Bastavam somente nunca mais esquecer;
Que a filosofia de Epicuro pra eles e para nós hoje;
É o melhor meio de se viver;
Bote isso na cabeça viu, para não entristecer!

É só por isso que hoje venho explanar;
Que os ensinamentos de Epicuro veio pra nossa atualidade nos surpreender,
Que é possível viver feliz, basta querer!
Fundamentando que as pessoas enfermas e com deficiência;
Podem e devem ter o prazer de viver!

Mas como isso é possível?
Eu logo vou provar, eu sou um exemplo vivo, basta vocês olhar;
Que podemos conviver com a dor e com elas também vencer!
Além da pessoa que vos fala, tem muita gente por ai;
Que luta sempre toda hora e todo dia, basta vocês perceber;

Assim como pensava Epicuro, Que o prazer é o inicio e o fim para uma vida feliz! Mas por quê?
Porque o maior prazer pra ele era quando a dor sessava;
E vocês não tem ideia, que prazer inebriante é esse que é a ausência da dor!
Por isso que a cada momento que ela se anestesia,
Aproveito e faço o que quero sem qualquer maestria;

Percebam; que é com essa base que quero vir dizer;
O prazer que as pessoas com deficiência têm de se viver;
Se superar até quatro vezes mais, mostrar que tudo podemos e que de tudo faz-se capaz;
Não só a dor física, mas as dores da alma resumida;
Na depressão, na ansiedade que a dor nos trás;

É por isso que fiz em homenagem a Epicuro esse cordel;
E pra esse filosofo popular eu tiro meu chapéu;
Ele foi um marco na antiguidade e atingiu o senso comum da atualidade;
Chegou a imperturbabilidade da alma, e a dor passou na vida a vencer;
Foi muito criticado, conturbado, discriminado por terem preconceito com seu jeito de ser;

Mas percebemos de maneira singela como era o seu prazer;
Era o estar com os seus bem querer;
Os amigos e a família e fazer sempre o que se sentia bem;
Resumindo o prazer de viver;
O dançar, cantar, recitar, pintar, o filosofar...

O amar, escrever fazer o que der...
Beber, ir atrás do seu bem querer;
Descobrir no seu interior a melhor maneira de se ver
De se conhecer, de sentir o seu próprio prazer
Sua própria direção para um prazer equilibrado...

Fazer o que individualmente acha certo, pra ninguém ficar encabulado;
Um remédio para alma, para a vida, para seguir;
Até pra quem não conhece Epicuro, muitos vivem a sorrir;
Por que descobriram que a vida se torna bem mais amena;
Quando muitos prazeres nos permitimos sentir.

YASCARA SAMARA 09/04/16.

Inserida por yascara_samara

⁠A morte vista por Epicuro…

A ti que tens tanto medo da morte;
dedico estes de Epicuro, dizeres;
para melhor em outrem a tal veres;
porque em ti vê-la, não terás; má sorte!

Logo aproveita é a tua vida;
pra a viveres o melhor que puderes;
porque enquanto em ela, cá estiveres;
irás ver a muita outra, de partida!

Por isso meu cá tão primo e meu irmão;
nada há, como o sabermos valor dar;
à vida que cá temos pra viver!

Porque a morte que já vem a correr;
por neste morrer a ninguém poupar;
é algo que em tais, pois, veremos não.

(Obs. Ver dizeres do filósofo na minha página do Facebook.)

Com satisfação por tal;

Inserida por manuel_santos_1

⁠...e dizem que Epicuro disse!
"O prazer é o princípio de uma vida feliz.
Basta não hesitar em filosofar quando jovem nem se cansar quando velho, para que não se deprecie perdendo a saúde da alma."
A frase está perfeita, a não ser, quando ele meteu, alma nas entrelinhas finais...
Mostrando-se ele ser um teólogo religioso.
...e isso é triste, porque atrasa-se a evolução da espécie humana.

Inserida por dalainilton

⁠O Problema do Mal
O paradoxo de Epicuro:
- Deus, enquanto onisciente e onipotente, tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele. Mas não o faz. Então não é onibenevolente.
- Deus, enquanto omnipotente e onibenevolente, então tem poder para extinguir o mal e quer fazê-lo, pois é bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto mal existe e onde o mal está. Então ele não é omnisciente.
- Deus, enquanto omnisciente e omnibenevolente, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas não o faz, pois não é capaz. Então ele não é omnipotente.
Uma resposta ao paradoxo de Epicuro usando a resolução de Agostinho de Hipona baseada na analogia com a sombra:
Assim como a sombra é a ausência ou privação de luz em uma determinada região, o mal é visto como a ausência ou privação do bem.
Agostinho argumentou que Deus é a fonte de todo o bem e, portanto, não pode ser a causa direta do mal, assim como a luz não é a causa direta da sombra.
Quando um objeto bloqueia a luz, cria-se uma sombra na região oposta, onde a luz não pode alcançar. Da mesma forma, quando os seres humanos se afastam do plano divino e fazem escolhas que se desviam do bem, o mal surge como uma consequência dessa privação.
Nessa analogia, o mal não é uma entidade ou substância real em si mesmo, assim como a sombra não possui uma existência independente da luz. Em vez disso, o mal é considerado como a falta ou a ausência do bem, assim como a sombra é a ausência de luz.
Agostinho também relacionou o livre-arbítrio humano ao problema do mal. Assim como os objetos podem bloquear a luz e criar sombras com sua presença física, os seres humanos têm a capacidade de escolher entre o bem e o mal através do livre-arbítrio. Essa escolha pode resultar em ações que causam sofrimento e privação de bem, assim como a sombra é resultado do bloqueio da luz.
Portanto, a Resolução Agostiniana sugere que o mal não é uma entidade independente, mas uma privação ou ausência do bem que surge quando os seres humanos se afastam do plano divino. Essa abordagem busca reconciliar a existência do mal com a crença em um Deus todo-poderoso e todo bondoso, apontando para a importância do livre-arbítrio e das escolhas humanas na manifestação do mal no mundo.
Pense nisso, cuidado com os predestinacionistas e ateus, e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.

Inserida por VerbosdoVerbo

⁠Eu gosto.Quando isso acontece é assim...sem razão.
Mas aprendi a deixar de gostar.
Quando isso acontece é assim sem razão.
Quando eu gosto não existem estradas...oceanos...noites escuras...ou Saudades que me impeçam de gostar. Fico feliz por qualquer vírgula e choro junto qualquer reticência. ..
Mas aí eu deixo de gostar e fecho o álbum de fotos dos momentos passados...amarelam em um instante e eu fecho o baú a 7 chaves.
Quando gosto todo dia é dia de encontro...de festa..de risadas...
Mas o tempo passa.As palavras ficam tatuadas...Os gestos cravados na memória. ..e fecho tudo com um cadeado a mais.
Eu nem escolho as pessoas...quando chegam eu abro as portas e o coração. ..podem entrar e fazer parte da minha vida como se fossem parte de mim.
Mas eu nunca amei as unhas ou os cabelos...Os cílios ou a pele ao ponto de sofrer quando os perco....partes de mim também vão embora...
Quando alguém diz gostar de mim posso ser invadente...porque eu me conheço. ..e sei...sei que posso ir embora.
Quando gosto eu sou invadente...porque me conheço e sei...sei muito bem que eu posso deixar ir embora...
Assim..sem explicação. ..sem motivo aderente..sem razão. ...simplesmente porque tudo tem um fim.
Indialokita

Inserida por indialokita

Praticar o bem sempre

Já faz um tempo que venho refletindo sobre o verdadeiro significado da vida. E cada dia que passa chego a conclusão que nós temos TUDO que precisamos. Cada um tem realmente o que merece ter. Muitas vezes reclamamos, mas esquecemos de olhar para trás e ver tudo que a vida tem nos proporcionado. Já agradecemos hoje pelo aconchego do nosso lar? Pela comida que nos alimenta? Pela cama que dormimos? Temos tudo que necessitamos, mas muitas vezes não valorizamos nada disso e ainda reclamamos por não ser do jeito que gostaríamos.

Reclamamos por não ter a casa que desejamos, o carro, o emprego, o relógio, o celular. E se for parar para pensar não acaba nunca porque cada hora desejamos uma coisa diferente. Trabalhamos cada vez mais para conquistar o que achamos que é importante para nós. E as vezes , mesmo conquistando os nossos objetivos nos sentimos vazios. Sentimos um buraco no coração como se nada fizesse sentido. E ai vem a pergunta clássica que sempre escuto em meu consultório. Como posso ter tudo que sempre idealizei e não ser feliz? Simplesmente por que a vida é muito mais do que isso. A vida é simples, nos que complicamos. Não precisamos de nada disso para ser feliz. Já temos o essencial e isso basta.

O problema é que a maioria das pessoas estão pressa no que o mundo material oferece. E esquecem que não vamos levar nada daqui. Sem perceber, se tornam escravos do que a sociedade dita, achando que dessa forma vão ser aceitos, respeitados e felizes.

Jesus dizia, ajuda-te que eu te ajudarei. E dessa forma conclui que os momentos mais felizes da minha vida foram quando senti meu coração vibrar por ter feito a diferença na vida de alguém. Penso que não existe felicidade maior do que essa. Não há coração que se sinta vazio dessa forma. E cada dia que passo acredito que esse é o verdadeiro significado da vida.

Sobre SER ASSIM... De verdade, não perfeita!

Sou assim.
Procuro ângulo, coloco filtro, cores...
Ou simplesmente NÃO TIRO FOTO e apenas vivo o momento.
Tem dias que acordo inchada,
Tem dias que acordo Diva!
Tem dias que o cabelo obedece, outros dias eu obedeço o cabelo.
Tenho momentos que fico brava.
As vezes quero fazer manha, mas em maioria passo o dia em maioria SORRINDO!
Afinal SÃO SÓ MOMENTOS e eu escolho o que vai ficar no meu dia!
Sou várias em uma!
Sou uma em várias em um só dia!
Sapeca, mulher, menina, amante!
Apenas VIVA!
Apenas VIVENDO!

Ninguém diz que você é responsável. A responsabilidade é lançada sobre os outros. Logo é impossível ser feliz, porque se os outros o estão tornando infeliz, então está fora de seu alcance ser feliz, a menos que o mundo todo seja modificado de acordo com você.

A única esperança de transformação é que você possa mudar a si mesmo. Essa é a única esperança, não há outra. Mas o ego não quer assumir a responsabilidade. Ele continua lançando a responsabilidade sobre os outros. Ao lançar a responsabilidade sobre os outros, você está também lançando sua liberdade, lembre-se disso. Ser responsável é ser livre. Dar a responsabilidade a outra pessoa é ser um prisioneiro. Cada momento da vida lhe proporciona duas alternativas: ser infeliz ou ser feliz. Depende da sua escolha. O que quer que escolha ser, você vai se tornar. No dia que você escolher que sua decisão é ser feliz ou infeliz, terá pegado sua vida nas mãos, você terá se tornado um mestre. Agora, nunca diga que outra pessoa o está fazendo infeliz. Essa é uma declaração de escravidão.

Já perdi as contas de quantas vezes em minha vida me questionei sobre minhas inclinações e vontades. Sempre tive medo de julgamentos e nunca fui tão confiante como eu queria. Perdi as contas de quantas vezes escolhi me esconder atrás do que os outros dizem ser o melhor para mim, ou para eles, eu nunca soube distinguir a diferença. Mas por muito tempo eu tive medo de ser eu mesma, sempre fiz aquilo que os outros esperavam que eu fizesse. Em muitos momentos eu preferi sofrer calada, não suportava a ideia de ser apontada por outras pessoas, então eu me calava.
Só que um dia eu percebi que eu estava errada. Que viver daquele modo não estava fazendo de mim uma pessoa melhor e que mesmo não agradando a todos eu pelo menos estava sendo eu mesma. Finalmente eu fiz uma escolha em minha vida onde eu não estava me importando com outras pessoas. Nessa escolha era simplesmente eu. E não que a partir de agora eu vá optar pelas melhores escolhas ou que vão me fazer feliz e satisfeita, claro que não. Mas, independentemente de qual o desfecho eu sei que de todas eu terei uma lição. Do que foi bom vi que poderia continuar sendo bom ou melhor e do que foi ruim vi que poderia não mais fazer, mas também refiz muitas coisas por não acreditar que fosse tão ruim assim, errei muitas vezes e em outras me surpreendi. Engraçado, como acreditar mais em mim fez como que eu realmente me tornasse uma pessoa melhor, porque simplesmente eu estava sendo eu mesma, sem influências ou medos. E não importa o tamanho do meu problema, eu sei o tamanho da minha força e mais do que isso do Deus que me acompanha e não me abandona em nenhum momento.
Eu sei que não importa o tamanho da tempestade eu vou passar por ela, sei que vou fraquejar, que vou cair, mas sei também que vou me reerguer e vou sair de cabeça erguida. Sei que vou me arrepender de muita coisa, mas também me orgulhar de muitas outras. Não que eu vá ser melhor do que ninguém, porque eu não acredito que exista alguém melhor que os outros. Mas serei a melhor dentro das minhas limitações, serei a melhor diante dos meus medos e receios. Serei a melhor diante das minhas qualidades e mais do que isso eu serei eu mesma. E apenas isso já fiz de mim alguém especial o suficiente para entender que não existe ninguém melhor que eu. Porque eu sou única e só eu posso fazer aquilo que minha existência nessa vida pede de mim. Só eu posso evoluir diante das minhas dificuldades, só eu posso ser melhor do que eu já fui um dia. E essa consciência de mim que faz com que eu queria cada dia evoluir mais, mesmo sabendo que vou fraquejar, mesmo sabendo que nem tudo são flores. E eu sei que nada é tão ruim que não possa piorar e nada é tão bom que não possa ser ainda melhor!

O que é que ele vê nela?

E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?

Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.

Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.

Martha Medeiros
Crônica "O que é que ele vê nela?", 2003

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 5 de Maio de 2003.

...Mais

A primeira vez

Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa.
Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado.
Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado.
Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito.
Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”.
Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.
Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso.
Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.
Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.

Vem cá. Me dá aqui a sua mão. Coloca sobre meu peito. Agora escute. Olha o tumtumtum. Você pode me ouvir? É pra você, seu besta! É por você que meu coração bate! (Ele, que de tanto bater, parou sem querer outro dia). Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? A verdade é que estou de saco cheio de histórias românticas. Meus casos de amor já não têm a menor graça. Será que você me entende? Eu não escrevo porque vivo amores cinematográficos e quero contar pro mundo. Não!! Eu escrevo porque eu sou uma maluca. Minha vida é real demais. Um filme B pra ser mais exata. E eu não acho graça em amores sem final feliz. Por isso, invento. Pro sangue correr pelas veias, pra lágrima cair dos olhos, pra adrenalina sacudir o corpo. Eu invento amores pra ver se eu acredito em mim. (Acredita?). Mas hoje eu estou cansada. Estou cansada de mentiras, de realidade, de telefone mudo e de músicas sem letra.(...)
(...)Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também.

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia. Seu pai, um "chef", levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver. Numa ele colocou cenouras, noutra colocou ovos e, na última, pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra. A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que eleestaria fazendo. Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Descacou as cenouras e colocou-as numa tigela. Retirou os ovos e colocou-os em outra tigela. Então pegou o café com uma concha e colocou-o numa xícara. Virando-se para ela, perguntou:
Querida, o que você está vendo?
- Cenouras, ovos e café - ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias. Então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso. Ela perguntou humildemente:
- O que isto significa, pai?
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente. A cenoura entrara forte, firme e inflexível. Mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil. Os ovos eram frágeis. Sua casca fina havia protegido o líquido interior. Mas depois de terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais rijo.
O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.
- Qual deles é você? - ele perguntou à sua filha.

Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde? Você é uma cenoura, um ovo ou um pó de café?