Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao

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Eu não sei exatamente como você está, se está bem, se aínda guarda o menor resquício de mim, se sente minimamente saudades de meus carinhos e agrados, se sente falta da minha constante preocupação sobre como estava sendo seu dia, de como eu queria saber mais sobre você, de como se sentia depois dos nossos encontros e momentos.
A saudade me faz bem, faz eu ter a certeza de que eu não errei em tudo, e se foi marcante pra mim, o pouco que pude lhe entregar, foi verdadeiro e Deus sabe o quanto eu ainda tinha pra entregar.
Só quero que alguém possa te fazer a mulher mais feliz do mundo por mais tempo do que eu pude.⁠

Inserida por marcos_basilio

Ainda me lembro bem, minha mãe, quando eu tinha 10 anos, acolheu em nossa casa uma mulher, que quando eu nasci, foi quem apoiou ela com meus quatro irmãos.
Naquele tempo não existia legislação favorável pra diarista, minha mãe precisava trabalhar, depois de dois meses do parto que me pôs no mundo, essa mulher voltou pra nossa vida, dez anos depois, precisando de guarita, e aos poucos foi demonstrando que não estava bem, deixando o gás do fogão aberto quando saía, provocando pequenos inícios de incêndio no seu quartinho, e o mais estranho, falando sozinha como se alguém estivesse alí olhando ela se alimentar, dormir, e em todos os momentos.
Pra mim era engraçado, mas na real, era perigoso, e meu pai não queria mais essa presença em nossas vidas.
Ao contrário de meu pai, minha mãe não teve coragem de pedir pra ela ir embora, foi investigar sua⁠ estadia num abrigo onde antes era acolhida, e viu que meses antes havia tido um incêndio no local, mesmo assim, insistiu em continuar ajudando, e direcionou para uma instituição de tratamento psicológico.
Das lições que tive na vida, nenhuma foi mais poderosa, e ainda carrego em mim essas marcas.

Inserida por marcos_basilio

Um dia vendi meu cavalo.

Foi num domingo, nessas voltas de rodeio...
Eu garboso bem faceiro vinha com pingo a lo largo....
Me ofereceram um trago e seguimo ali proseando...
Logo vieram ofertando uns troco no meu Picasso...

Era lustroso o bagual, calmo como chirca em barranca...
Mansidão não hay quem compra, disse um velho paisano...
Largaram uns peso no pano de primeira refuguei...
Depois logo pensei, hão de cuidar do pingo...

Eu nunca fui de apego, meu rancho é a solidão...
Ainda dei o xergão e vendi o meu velho amigo...

Quando voltava pras casa, a pezito curando o trago...
Fui lembrando das andanças que fizemos pelo pago...
Lembrei até duma noite, que quase se fomo nas barranca...
Por causa de uma potranca o Picasso enlouqueceu...
Depois obedeceu e voltou a compostura...
São coisas da criatura, da natureza do bicho...
Eu sei bem como é isso comigo se assucedeu...

Mas eu já tinha vendido, de nada mais adiantava...
A vida continuava, quantos já venderam cavalos...
Uns bons outros malos, mas é coisa da tradição...
Depois pegamo outro potro...
Domamo e mais um tá pronto pras lides de precisão...


E assim se passaram os anos, e nunca mais vi o Picasso...
Mas ainda tinha a lembrança daquelas festas campera...
Debaixo de uma figueira nos posando prum retrato...
Eu virado só em dente, tamanha felicidade...
E ele bem alinhado, com pescoço arrolhado, mostrando garbosidade.

E o tempo foi passando, eu segui domando potros...
Mas um deu pior que outro nunca mais tirei pra laço...
Lembrava do meu Picasso, manso, bom de função...
Trazia ele na mão, nunca me refugo...
Desde do dia que chegou potranco bem ajeitado...
Se acostumou do meu lado vivendo ali no galpão...

A vida é cerca tombada, quando se sente saudade, dói uma barbaridade...
O coração em segredo as vezes marca no peito, qual roseta na virilha...
Não fica bem pro farroupilha ter saudade dum cavalo...
Que jeito se vai chorar, são coisas de índio macho...
Sentimento é um relaxo difícil de aquerencia...

Mas o tempo vem solito, não trás amadrinhador...
Num dia desses de inverno, juntando geada no pala...
Eu vinha nos corredor pensando nas cosa da vida...
Foi quando vi um cavalo magro ali atirado junto a cerca caída.

Fui chegado mais perto daquele coro jogado
Os olho perdido e triste, me perguntei qual existe gente mala nesse mundo.
Pra atirar assim um crinudo, pra morrer a própria sorte
Pedi licença pra morte em me cheguei sem alarde.

Não creio em divindade, mas o milagre aconteceu
Ali na beira da cerca, quando me olhou com tristeza...
Na hora tive a certeza que aquele pingo era o meu.

Levei ele pro rancho, tratei e curei os bixado...
Dei boia e fique do lado, até ele melhora...
Perdão meu Picasso amigo, agora ficas comigo...
Não te vendo nunca mais...

Por mim pouco importa se já não serves pra lida...
Aqui será tua vida até o dia que morrer...
Talvez não tenha perdão, sofresse em outras mãos...
O que fiz naquele dia?
Te vendi por alguns trocados, um amigo não tem preço, o que fiz foi judiaria...

Nunca mais vendo cavalo.

Inserida por RenatoJaguarao

UM MATE

Eu vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar
A cuia Lembra aquela pele
A erva verde aquele olhar

Se eu soubesse que doía
Tanto assim a solidão
Eu fiquei tomando mate
Ela tomou meu coração...

Aqui sozinho eu vou lembrando
Querendo quem não quer lembrar
Até o mate tá lavado
Ficou cansado de esperar...

Mas enquanto essa saudade
Quiser mi acompanhar
Eu Vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar.

Aquele adeus ficou no mate
O mate sempre faz lembrar
Ainda é verde a saudade
Saudade as vezes faz chorar...


Seu soubesse que doía
Tanto assim a solidão
Não tinha tomado mate
Com quem tomou meu coração...

Não tinha tomado mate
Com quem tomou meu coração...

Eu vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar
A cuia Lembra aquela pele
A erva verde aquele olhar

Se eu soubesse que doía
Tanto assim a solidão
Eu fiquei tomando mate
Ela tomou meu coração...


Aqui sozinho eu vou lembrando
Querendo quem não quer lembrar
Até o mate está lavado
Ficou cansado de esperar...

Mas enquanto essa saudade
Quiser mi acompanhar
Eu Vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar.

Mas enquanto essa saudade
Quiser mi acompanhar
Eu Vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar.

Eu Vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar.

Eu Vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar.

Inserida por RenatoJaguarao


Eu nasci nessas estancias

Da pampa que ao largo vai

Trago a sina de ginete

Que herdei do meu velho pai



Nas dita demarcatória

Não tive terra tropilha

Me toca o sangue encarnado

Do lanceiro farroupilha



Que maula, sou pelo duro

A história se me esqueceu

Fiquei cuidando cavalos

E campos que não são meus



É a vida é a história

Cosas de destino, revolução

Uns nascem pra maiungo

Outros nascem pra Peão.



Um dia na estancia

Um flete se desmamo

Me deram como descarte

E o potro guacho vingo



Era ´último oficio

Pras corda dum domador

O primeiro cavalo

Que vida me regalou



Se fomo quage dez lua

Naquele lançante inclemente

Onde cavalo e ginete

Medem força e pacença.



Era pura resistença

No palanque inclinado

O cabresto estirado

Preste se arrebentar



O tempo faz sujeita

A força é quage em vão

Dei nome de solidão

E terminei de enfrenar



Era flor aquele pingo

Clinudo, zoio salgo, Ligeiro como tainha

Era sestroso o bagual

Não tinha marca, sinal, Mas era tudo que eu tinha.



Que lindo aquele retosso

Naqueles findar de tarde

Era a própria liberdade

Demarcando território



O taura fica simplório

No orgulho do preparado

Se brandeava pro meu lado

Como quem nos pede um mate.



Nas noite despois das lida

Nos rumava pro bolicho

Saia dando relincho

Facero bem aplumado







Eu todo perfumado

No estrato de amor gaúcho

Era os dois virado em luxo

Pronto pra um retrato



Facerice era medonha, naquela nossa toada

Ringindo basto na estrada, encurtando os corredor

A sina de um payador

Que a vida não deu parada.



Sempre quis erguer um rancho

Nas volta de algum fundão

Pra eu, mais o solidão

Ter na morte um poso certo



Um galpão, Mangueira perto

A sombra de um caponete

Pro descanso do ginete

E uns ponteio no violão.



Pra quem tem quage nada

Qualquer cosa é furtuna

O campo beijando a laguna, aa silhueta da tarde

Galpão, pelego, um catre, pra lua que se boleia



A cada gole de canha

As ideia se empareia,

O pensamento volteia

Tal um compasso de tango



Assim no mais, vai ao tranco

A vida se faz pequena

O branco mescla a melena

O tempo que se perdeu...



A china que nunca tive, a cria que não lambeu

O campo que não é meu, mas rondei como se fosse.

A vida é quase um coice

Pra quem sem nada nasceu.



Pra se campeiro me basta

O céu, planuras, as estrada

É muito pra um monarca, sem posse nem procedência

Que te por dono a querência, cantada numa payada.



Um dia se vai um taura, como quem puxa um bocal

A doma agora é solita não trás amadrinhador.

Por fim em algum corredor, a de sobrar uma terra

Uma cruz onde se encerra a vida de um domador.



Nem quero muito alvoroço, também quem vai se importa

É só no mas pra constar nos anais do campeirismo

Nessa vida de xucrismo

Alguém hay de se lembrar



Só meu pingo,

Só ele me basta

Nessa última tropeada

No fim dessa estrada, onde repousa um tropeiro



Eu recordo, meu parceiro

Dos bolicho, das função

Foste meu único amigo

E te chamei de solidão.



Inserida por RenatoJaguarao

Imortais

⁠Meu corpo chama por você,
Minha alma quer colar na sua,
Pra sempre.
Eu quero uma parte de mim dentro de você,
E quero mais,
Pra sempre.
Quero ter parte de mim na sua vida
Quero parte da sua na minha
Pra sempre.
Quero seu reflexo
Quero em meu reflexo
Pra sempre
Quero eternizar nós dois
Nós dois em um
um em nós dois, em três, quatro
Quem sabe cinco?
Pra sempre, pra sempre e sempre
Sempre eu em você
Sempre você em mim
E vamos nós dois viver eternamente
No corpo e na mente
Da melhor parte de nós
No que agora é fantasia
Mas que um dia vai ser eu
Um dia, você
Pra sempre.

Inserida por Mikaellyss

⁠"Eu não consigo mais fingir que estou bem,
Quando você não me vê, não me ouve, não me sente.
Eu não consigo mais amar quem não me ama.
Não consigo mais ser quem não sou mais.

Eu mereço mais, eu mereço melhor,
Eu mereço ser amada, ser valorizada.
Eu vou seguir em frente, vou encontrar meu caminho,
E deixar para trás o que não me faz bem.

Adeus, é hora de dizer adeus.
A esse amor que não me deu valor.
Eu vou seguir em frente, com o coração partido,
Mas livre para amar quem me ama de verdade."

Inserida por buenomaria67

⁠"Eu vou vagando entre as tramas da vida sem você, que me decepcionaste,
Perdido em sonhos que nunca mais serão nossos.
Me despeço desse amor que me causa tanta ansiedade e espera.
Eu, no meu coração tão desiludido, sigo só.
Ando, descanso pela praia que prometeste estar comigo, porém só me deu ilusão.
E nas ondas que batiam na areia, ouvi o eco da tua mentira."

Inserida por buenomaria67

⁠O TEMPO É VALIOSO DEMAIS

O tempo é valioso demais
para eu gastar torcendo por vitórias que não mudam minha jornada,
em festas ruidosas que abafam o silêncio da alma cansada.
É valioso demais para discussões vazias,
para correr atrás de aplausos em plateias frias.

Não vale a pena perder horas com inveja ou rancor,
com medo de errar ou fingindo ser o que não sou. Por favor...
Não vale chorar por orgulho ferido,
nem esperar que o mundo me faça sentido.

Não vale a pena alimentar vaidade,
nem fingir alegria em meio à falsidade.
O tempo não deve ser jogado fora em amores mornos,
em promessas rasas, em sonhos sem adornos.

Mas vale — oh, como vale —
sentar ao lado de quem te escuta com o coração inteiro,
abraçar o silêncio de um fim de tarde verdadeiro.
Vale rir até a barriga doer,
vale amar mesmo com medo de sofrer.

Vale escrever, criar, construir,
ver a vida brotar, sem medo de partir.
Vale sentir o vento, andar descalço na areia,
valem os cafés lentos, as conversas sem peleia.

Vale lutar pelo que aquece a alma,
perdoar para manter a calma.
Vale servir, aprender, crescer,
e estar presente no que se escolhe viver.

O tempo é valioso demais
Não para contar os dias que passam,
mas para viver os dias que ficam.

⁠Um Inferno de Metáforas


Eu era um anjo, mas me tornei caído
Da noite para o dia me tornei demônio
Caminhei pelo paraíso de ilusões

Atravessei purgatórios em meio solo inconsolável
Os pensamentos conturbados que definham a alma, com gritos de demônios que um dia humanos foram.

Assim atravessei o inferno de perturbados, que se perderam na cega mentira de um paraíso.

Que os pássaros cantem em meio paraíso denominado terra, que tanto se assemelha ao inferno.
Que minhas asas sejam arrancadas pela ilusão de um céu ou submundo, e que queime toda a minha mente que mais se parece com um inferno de Metáforas.

Inserida por Poeta_falho

⁠Eu quero amar

Eu quero amar, eu quero amor.
Pode ser colorido, preto, branco
Vai ter a mesma emoção.
O que importa é fazer feliz o coração!

Amor apimentado, salgado, doce
Temperado ou no sabor original.
Amor é maravilhoso, modificado, ou
Ou na essência natural...

Eu quero amar, eu quero amor!
Pode ter gosto de agua ardente
Ou do mais saboroso licor.
Pode ser forte como roxa
Ou ter a delicadeza de uma flor!

Pode ser quente, frio, ter a
Imensidão do mar, ou tamanho
De um pequeno rio.
Amor é majestoso, devo reverenciar!
Amor é generoso, com que sabe amar!

Inserida por LostJu

⁠ Palhaço das suas

Sorriu me olhou, chorou me chamou
Eu vim para secar suas lagrimas, te agradar
Te fazer feliz.
Por algum tempo consegui!
Agora você vem me dizer
Que se recompôs, e vai embora.
E meus sentimentos deixa para depois
Para outra hora.

Diz que não sou o motivo da sua dor
Mem o dono do seu amor.
Palhaço das suas armadilhas
Palhaço eu sou, o tiro do amor
Foi certeiro, e o palhaço chorou!

Hoje tenho que pintar o rosto
Para não notarem minha tristeza
Fui um bobo da corte, palhaço da sua realeza.
Sou mesmo bobo de amor, sequei suas lagrimas
E nem foi por mim que chorou.

Palhaço me chamou
Sou mesmo palhaço de amor
Ainda vai lembrar com saudade
Do palhaço que te amou!

Inserida por LostJu

Propósito

Eu vou usar tudo que tenho em mim,
todas as minhas ferramentas de comunicação,
toda minha arte,
só pra você me ouvir.

O meu propósito não é falar.
O meu propósito é você me ouvir:
Existe, para além dessa sua existência tacanha,
uma perfeita Poesia invisível,
orquestrando essa melodia chamada Vida
e convidando, insistentemente, sua Alma para dançar.

Há neste meu propósito uma certeza ardente
de que a vida merece ser experienciada por completo,
afinal, viver é a nossa maior dádiva.
E nessa certeza mora uma esperança viva
de que, enquanto tivermos uma alma
Deus poderá ser Sentido.

Esse é justamente o ‘Sentido’ da vida,
não esse monte de compromissos que você marca
só para fugir de ir pra casa se encarar.
E nem esses textos bíblicos que você posta
mas não entendeu que fé é sobre descansar.
Tampouco essa culpa que você insiste em se punir
por não ser perfeito ou apenas por errar.
Isso não é vida.
Vida é esse instante sagrado
onde sua alma encontra o Eterno.

E o meu propósito é te fazer lembrar disso.
Volta pra casa.

Com a palavra,
Alice Coragem.

Inserida por alicecoragem

⁠Compromisso

Era um dia comum, eu estava em casa sentada na mesa da sala, escrevendo.
Igual hoje.
Igual todo dia.
E aí aconteceu.
Algo entrou aqui.
Senti um vento... vento não, sopro.
Senti um sopro, como quem respira por perto.
Não era medo o que eu senti, mas sabe-se lá o que era.
Passou um vulto do meu lado.
Pisquei e sentou à minha frente.
Muito parecida comigo, mas completamente diferente.
Me olhou por inteira, por de dentro da minha alma, como se me rasgasse.

Eu?
Eu nem reagi.
Estava hip-no-ti-za-da.
Por fora, imóvel.
Por dentro, uma bateria de escola de samba saindo do recuo.
Ficamos nos ouvindo em silêncio como quem pinta uma cena na cabeça.
Para não esquecer, sabe?
E eu não esqueci: os olhos brilhantes, o cheiro de horizonte e a voz de silêncio, de quem se cala porque sabe de algo.

Toda minha atenção estava naquela figura.
Tentando eternizar na memória a sensação daquela presença.
Ela, muito decidida, estendeu a mão pra mim.
Eu aceitei, claro.
Quando minha mão encostou na dela senti um frio.
Não dela, de mim!
Minha espinha veio congelando lá de baixo até chegar na cabeça.
Como se eu tivesse bebido um milk-shake muito rápido, sabe?
Parecia que tudo na minha vida tinha me preparado para aquele exato momento.
Eu, de mãos (geladas) dadas com uma estranha (conhecida),
sentada na mesa da sala da minha própria casa,
sentindo o coração derreter feito vitamina C na água.

Ela, segurando a minha mão que segurava a mão dela, me puxou pra dançar.
Ali mesmo na sala, em frente ao sofá, em plena tarde de quarta-feira.
E como duas pessoas que não têm mais nada de importante pra fazer,
mas não podem perder nenhum minuto sequer,
dançamos na sala ao som de uma música própria.
(Como se tivéssemos uma).
Eu gosto de imaginar que era algo como 'Travessia' do Milton com 'Beija eu' da Marisa.

Tão linda ela.
Os cabelos como fogo, olhos de enverdecer sertões e um sorriso,
que só quem já chorou suas águas consegue sustentar.
E giramos.
Giramos como quem já se entendeu livre para poder girar.
E no meio do giro que ela girava, me abraçou.
Assim, de surpresa.
Ainda girando.
Eu chorei.
Eu não queria, mas as lágrimas simplesmente escorriam.
Até o mundo parou seu giro para nos olhar.
Como quem torceu a vida toda por este abraço:
eu e ela.
Um abraço apertado, mas só o suficiente.
Abraçou não como quem se despedia,
mas como quem ama recebe o ser amado depois de longa ausência.

Foi aí que ela sussurrou no meu ouvido:
— Vai!
Desnorteada, respondi:
— Pra onde?
Ela sorriu com olhos gentis e disse com voz firme:
— Não importa pra onde. Vai sem saber. Vai com medo. Eu vou contigo!
Então, fizemos um compromisso.
Ela iria pra onde eu fosse, bastava eu ir.
Eu só não poderia parar outra vez.
— Vai, volta, vai de novo. Se não souber o caminho, dança, gira, passeia, só não fica parada.

Ali eu entendi.
Ela só existe no verbo.
Aparece no passo iniciado mas some antes que ele finalize.
É preciso iniciar outro para ela voltar.
Mas é na caminhada que ela se muda e mora de vez.

Jurei de pé junto (mas ainda em movimento) que seguiria em frente porque ela estaria comigo.
E como garantia desse acordo entre nós, agora assinamos um só nome.
Eu e ela.
Alice e Coragem.
Juntas.
Numa só alma.
Alma presente chamada poesia.

Com a palavra,
Alice Coragem.

Inserida por alicecoragem

⁠ Resistência

Como vai você?
Eu?
Eu estou.
Me perdendo e me achando.
Mas estou.
Sobrevivendo e resistindo.
...
Talvez este seja o problema:
Resistir.
Melhor seria eu me render.
...
Hein?
Quando foi que nos ensinaram a resistir?
Você lembra?
Quando que entendemos isso como uma qualidade?
...
"Seja resistente na vida" diz o mundo.
Mas, por definição, resistência
'refere-se à capacidade de oposição à algo, de ser firme, de suportar as dificuldades e,’
Atenção:
'refere-se à recusa em ceder'.
...
Que lição estranha recebemos.
Pois ter a 'qualidade' de ser resistente na vida
Significa ter a capacidade de ser oposição à ela,
De não deixar que ela nos atinja.
De não deixar que ela nos toque.
...
Eu não quero ser firme.
Eu quero ser fluida.
Quero que, ao ser tocada pela vida,
Eu me molde.
Quero ser senhor das formas,
Não escravo delas.
...
Já as dificuldades não servem para serem suportadas.
Servem para serem superadas.
Suportar é passar por elas e sair ilesa.
Superar é passar por elas até sair mais forte.
Suportar é aguentar.
Superar é vencer.
...
E a recusa em ceder, da última parte?
Deus me livre não ceder.
Deus me livre ficar lutando com o coração endurecido,
E não me render ao aprendizado,
Ao crescimento.
...
A vida não foi feita para ser resistida.
Ela foi feita para ser experimentada, experienciada.
Não gaste vida sendo resistência ao que te toca.
Quem resiste, sobrevive.
Quem se rende, flui no voo da vida.
E se resistência é ser oposição à vida,
Resistência, na verdade, é morte.

Com a palavra,
Alice Coragem.

Inserida por alicecoragem

⁠No meu quarto tem um computador, Eu tenho dois controles para jogar alguns Jogos...
Sim!, tem algumas coisas que gostaria de dividir,
Eu gostaria de ir no cinema um dia e assistir meu filme preferido junto de alguém...
Eu desejo que no dia do meu aniversario não seja tão vazio e não finjam se importar comigo somente naquele dia...
Eu queria ir dormir tranquilo sem ficar pensando muito... Eu queria me acordar pela manhã com um motivo e um propósito que não fosse apenas material...
Eu queria uma companhia que eu amasse e que me amasse de volta...
Uma companhia que enxugasse essas lagrimas que derramo agora escrevendo isto... Eu queria dizer " É você!" só para não falar isso novamente para mais ninguém.

Inserida por Hysheller

⁠Eu te escrevo porque não sei te esquecer.

Posso fingir que segui em frente, que sua ausência não pesa mais nos meus ombros, que seu nome não me arrepia quando alguém o menciona por acaso. Posso me convencer de que o tempo apagou as marcas que você deixou em mim. Mas, no fundo, toda vez que seguro uma caneta, é sobre você que minhas palavras derramam. Escrevo porque sinto sua falta. Porque ainda lembro do jeito que você franzia a testa quando tentava entender o que eu dizia, do calor da sua mão na minha, do som exato da sua risada, não uma qualquer, mas aquela mais genuína, aquela que você soltava quando estava realmente feliz. Escrevo porque ainda te amo, mesmo que eu não devesse. Mesmo que eu saiba que algumas histórias não foram feitas para continuar. E se um dia essas palavras chegarem até você, quero que saiba: eu tentei. Tentei ser menos seu, tentei não transformar você em poesia. Mas algumas pessoas entram na nossa vida como um verso que nunca conseguimos parar de recitar. E você... bem, você sempre será minha rima favorita.

Inserida por Hysheller

⁠Hoje eu não tenho mesmo nada como se nada fosse meu, até o azar que eu tenho chega a ter mais sorte do que eu! Estou na casa dos 20 anos falta-me pouco para os 30 anos, não festejo os meus aniversários não me vejo a festejar menos um ano da minha vida, não tenho casa própria nem um carro, não tenho um meio de transporte nem um trabalho.

E hoje eu sou um homem falido vivendo uma crise existencial na casa dos 20 anos, sabes de algo? Está tudo bem!

Inserida por Erickson36

Eu me apaixonei...,
Eu me apaixonei quando a vi, estava branca com tons meio rosados, estava em volta de roupas leves e soltas, seus contornos eram todos de delicadeza e pureza, o ambiente turvo e bagunçado se rendia ao seu redor.
Aproximei-me..., e a vi se encurvar dentro de si, como uma flor dormideira, aonde seus folíolos se fecham ao toque, não pude tocar-te, mas a proximidade de ti me envolvia e me contagiavam, meus pecíolos se erguiam na sua presença, seu resplendor era suave, doce e marcante.
Não havia você, toda suavidade que lhe existia, não havia em mim, a beleza era fria sem sua presença, e eu sumia dentro de mim.
Encontrei-lhe de novo..., ah estava dançante, como estaria à luz do raiar, nem me lembrei de ti, como outrora a vi.
E me apaixonei de novo, como na primeira vez, dessa vez não escaparia como naquela a fez..., desnuda em si e toda branca, com aqueles lindos tons rosados, ah como era suave e seu cheiro doce, como eu sempre quis que você fosse...
Eu a tive, eu a tenho, e nem vou contar aqui aquele tempo.
Desejo encontrar..., Ah você..., aquela flor branca de tons rosados, suave e doce, como eu sempre quis que a fosse...

Inserida por liniker

⁠Eu preciso de calma
Eu preciso de amor
Eu preciso de paz
Eu preciso de fé
Eu preciso de carinho
Eu preciso de atenção
Eu preciso de tranquilidade
Eu preciso de alegria
Eu preciso de cuidado
Eu preciso de proximidade
Eu preciso de encanto
Eu preciso de afeto
Eu preciso de confiança
Eu preciso de satisfação
Eu preciso de Intimidade
Eu preciso de coragem
Eu preciso de diálogo
Eu preciso de empatia
Eu preciso de ternura
Eu preciso de respeito
Eu preciso de compaixão!
Eu preciso tanto!!!
Mas tudo que preciso…
É que eu preciso mais DE MIM!!!!

Inserida por jahernandez

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