Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao

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Chorar não adianta mais. Eu e meu choro fazemos companhia um ao outro.
Já chorei até não sentir mais nada, as lágrimas se esgotaram, deixando apenas um vazio duro. Hoje, o choro é como um amigo que visita minha face sem quase derramar gota, ele lembra o tanto que tentei e falhei em encontrar alívio na própria tristeza.

Inserida por TiagoScheimann

Talvez eu jamais descubra o que vim fazer no mundo, mas enquanto tento me achar, vou errando, me decepcionando e sempre tentando, cada tentativa de redescobrir um propósito me levou a beiras do abismo, onde a incerteza corrói a confiança, no entanto, admitir que
posso errar e decepcionar-me revela que ainda estou vivo e aprendendo, mesmo que a cada passo eu tema desabar de novo.

Inserida por TiagoScheimann

⁠A velhice virá, eu sei. Temo tornar-me um piano velho, desafinado, emudecido num canto qualquer. Assusta-me a ideia de que minha voz, já tão frágil, possa um dia secar… Até desaparecer como um som esquecido. Por isso, escrevo. Antes que meu instante de voz se apague, quero deixar, em palavras,
os últimos acordes da minha história.

Inserida por TiagoScheimann

No aguardo

Eu quero mais que um olhar
Quero teus beijos nos meus
Poder a solidão dizer adeus
E o vazio poder transformar

Te quero assim ao meu lado
Andar de mãos dadas no amor
Uma canção poder te compor
Rimadas em sintonia no fado

Aceite, não pense em nada
Venha até mim, do seu jeito
Vamos juntos nesta estrada

Vamos nos perder na emoção
Traga o sorriso pro meu peito
Acalme o meu que é seu coração

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto variante

Hoje sou diferente do ontem
Ontem eu era diferente do hoje
Amanhã serei díspar no reloje
Variamos no tempo, outrem

De manhã sou um de tarde outro
Se vivo! Diferente anoitecerei
É o destino em seu decreto lei
Sou um, sou vários, aqueloutro

Passo a passo na cadência
Rugas, choros e sorrisos
E assim parindo essência

E nestes todos atos incisos
Ando onde me há subsistência
Até quando tiver regência e improvisos

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

Mãos vazias

Eu me esqueci na portaria
Do silêncio árido do cerrado
Me perdi no hall da fantasia
De um passado inexplicado
Pensei ter tido só a alegria
Vi que nem tudo é alegrado
O armário está de porta vazia
Confundi o fado com legado
Achei que sendo, seria cortesia
Vi que embutido, sou parado
E nesta surpresa oro teimosia
De um solitário sem sinfonia
De um poeta sem a poesia
Mi vi de mãos vazias...

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

Ontem eu me via sem sorte
Sem direção, amigo da morte
O destino queria somente o medo
As palavras desenhavam este enredo
Num coração vazio, escuro de ilusão
Tudo parecia enorme, uma imensidão
Queria desistir nesta circunstância
O horizonte estava sem fragrância
E neste sentimento de abandono e dor
Percebi que maior era o meu amor

Inserida por LucianoSpagnol

Sim para o não...

Olha só...
Foi bom encontrar você
Meu coração estava de dar dó
Sozinho, e eu buscava o amor ter
Pois no para brisa d’alma nada se via
Porque ninguém no vazio existia
Ou ao meu lado desenhava alegria
E foi tão importante assim para mim
Tudo no começo já tinha fim
E no fim o não era o sim

Olha só...
Agora que te encontrei
Nos desencontros da paixão
Quero acreditar na sua emoção
Ficar ao teu lado, silenciar, deitar
Poder ser amado e a ti ofertar
Sentir a tua respiração, ser feliz
E falando em amor sou eterno aprendiz
Então, vamos deixar de lado a ilusão
Olho no olho, e dizer sim para o não...

Inserida por LucianoSpagnol

Amor de todas a cores

Eu canto o amor
o que traz todas as cores
o que escolhe a flor
o complexo os amadores
o que na alma tem sensor
brancos, amarelos, pretos, amores
os que se apaixonam sem pudor
sem olhar alheio, sem dores
os que sabem no beijo dar valor
os que são verdadeiros vencedores
os que conquistam amor, eu canto o amor

Inserida por LucianoSpagnol

Amor pra vida inteira

Eu quero um amor
De galanteios, de flor
Que fale ao coração
Sem pudor, com emoção
Aquele amor que ama
Que a alma clama
Cheio de meiguice
Que não caia na mesmice
Nos fazendo esquecer o que passou
Senhor dos desejos, que aquietou
O olhar, cheio de cheiro
Inteiro
No abraço cumplicidade
Na vida partilha da felicidade
Instigador
Inspirador
Eu quero um amor pra vida inteira
Na lembrança parceira...

Inserida por LucianoSpagnol

Semente

O tempo não para nos ponteiros
Fecho os olhos e sinto saudade
Ainda ontem eu via os carroceiros
Das ruas da minha capiau mocidade

Aqui inventando um pouco de ilusão
Tanto tenho e quero mais felicidade
Mas sinto falta de quimera no coração
Das madrugadas da vida de sonoridade
Tão inquietas e tão cheias de emoção
E tão bem fazem pra nossa mortalidade

Quero o mar para paliar a minha tristura
Palavras para escrever contentamento
De estes versos tirar esta toda amargura
Pois ainda moço vetusto sou para ter tal sentimento
E se o decesso ainda não veio, quero mais aventura...
Semente de paixão, ter a vida com mais acontecimento.

Inserida por LucianoSpagnol

Eu em você, você em mim

Hoje, preciso de você
com qualquer humor
com qualquer sorriso... Pode ser!
Mas venha com amor
Aqui estou pronto para oferecer
Aqui cheio de terno calor
E também louco por ter
Se juntos podemos dispor
Porque não então viver
Caminhar lado a lado, onde for
E ser eu em você e você em mim
Transpassado o desencontro e a dor
E nesta solidão por fim...

Inserida por LucianoSpagnol

Poema ateu

Escondido no breu
Da madrugada
No fundo do meu eu
O corpo cala
Dormente acende o seu
Espírito, na lembrança que fala
Que um dia sofreu
Sofre, e ainda a nostalgia embala
Na noite, de um poema ateu
Que disfarça, clandestino
A saudade que um dia valeu
E hoje apenas brado peregrino

Inserida por LucianoSpagnol

Adverso


Eu trago loucuras na lucidez
A poesia é a minha variedade
Inquieto translado timidez
Com palavras de venustidade
Trovando o amor exagerado
Do desalento da soledade
Me apego fácil ao ser amado
Mais fácil saio desta comodidade
Amo mais do que sou capaz
Tenho mais do que a prioridade
Se nos versos eu sou um audaz
No sentimento pura lealdade
Sou um eterno amador fugaz
Na inconstância tranquilidade
Um adverso com fragilidade, assaz

Inserida por LucianoSpagnol

Ah! Se Asas Eu Tivesse...

Se asas eu tivesse...
As daria para a minha emoção
Para buscar na imensidão
Do teu olhar... O amor...
E o levaria para aonde eu for
Como preciosa e rara flor
Se asas eu tivesse...
Voaria alto para trazer-te
O raiar do amanhecer
Para espelhar no teu viver
Como melodia de uma paixão
Que canta o encanto na canção
Se asas eu tivesse...
Ti levaria para a eternidade
Com todo vigor e intensidade
Do doce conforto da alma
Para adormeceres com calma
Nos acalantos do meu coração
E ao luar... Então eu daria razão
Se privado de ti sentisse solidão
E a ela pedisse alguma explicação
De sua ausência, de seus encantos
Pois a lua silente nada poderia saber
Só lamentar comigo por asas eu não ter
Para eu voar até ti e lhe dizer:
O tanto do meu amor por você
Se asas eu tivesse

Inserida por LucianoSpagnol

Até mais!

O tempo é indefinição
Eu vim parar no cerrado
Onde não tem inclinação
O por do sol é encarnado
E a secura racha o chão
Também, é encantado...
Eu vim buscar a benção
E encontrei o meu fado
No amor outra direção
Na vida o meu real cais
No coração só devoção
Na poesia tantos anais
Daqui, levo a gratidão
Até mais!

Inserida por LucianoSpagnol

A volta

Quando eu partir
quero ir com saudade
assim, poderei sentir
saudade e liberdade
juntas no meu existir
arrumadinhas
sem nada por vir
só lembrancinhas
que as carregarei
no meu poetar
e assim, estarei
lembrando, sem recuar
sem mala, sem passaporte
pois estou voltando...
me deseje sorte!

Inserida por LucianoSpagnol

Assim eu

Nada fui tão igual
Nada tive ovação
Nada foi excepcional
Nada encontrei em vão
Sempre fui usual
Sempre fui exceção
Sempre fui atual
Sempre fui exclusão
Um solitário nunca só
Um amante sem paixão
Um alegre de dar dó
Um genuíno de tradição
E neste novelo de nó
Aprendi a poetar grão a grão
Como companhia de um caxingó

14/05/2016, 03'35"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Saudades de mim

Levantei hoje com saudades de mim
Pelo tempo veloz eu fui ultrapassado
Já nem sei mais se é começo ou fim
Nesta rota de caminho cascalhado
Sigo em direção ao plano horizonte
Pois o por do sol me leva ao cerrado
O mais interessante é que virou fonte
Nela tento do menino ordenhar o fado
Assim aí eu possa ultrapassar a ponte
Do labirinto acidentado que hoje sinto
Nesta de buscar mais cor onde eu for
O cinza empoeirado me tornou absinto
Me pôs nu nos desejos de ser sonhador
E nas recordações arranquei o estopim
Pra atar na minh'alma os cacos do amor
E tirar da memória às saudades de mim

Luciano Spagnol
20 de maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Epílogo

Eu desperto no cerrado em cada alvorada
Sem acaso no destino, alma esbaforida
A fé de uma confiança vaga, indefinida
O poetar de encontro numa encruzilhada

O tempo se fazendo em horas, estirada!
Dum vulto da estória na história recolhida
Em sobras de ir e vir, querendo despedida
E o fado se deslocando em outra jornada

Não vejo um ideal estampado na vida
Do avanço veloz e distante da passada
O fim do horizonte aumenta a corrida

Neste vazio do hoje, o epílogo é morada
Criando e recriando as perdas já vencidas
Numa entusiasta esperança de virada...

Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

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