Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao

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Laura Dantas

Quero só mais um minuto antes de ir voar, Laura Dantas,
Eu me encontro sonhando quando você esta comigo
Eu me sinto em paz, então, você tem que ir embora
e eu fico aqui com um sorrisinho de quem foi vencido.

Quando o tempo insiste em brisas e calmarias
Dizem que tudo já foi visto e experimentado
tenho constantes confusões sensoriais, Laura Dantas,
e eu te beijo tentando não esquecer seu cheiro.
Laura Dantas, quando você vai vir me salvar?
eu me ajoelharia mas sinto uma dor no tornozelo
E eu agradeço aos homens e as sua tecnologia,
que me permitem ver que ainda posso ser verde.
E mesmo assim, eu te amo Laura Dantas – pelo menos por esta tarde.
E eu alvejo a mim mesmo com fé e balas de prazeres passageiros

Quando os deuses se escondem de nossas criações
Você percebe que a vida é um passo após o outro e nada te toca mais:
O negocio é insistir com coisas do passado,
e espremer os limões para fazer bebidas doces a tarde.

Mas agora eu percebo que sou ignorante
pois não entendo de canto, nem de melodias , nem de beleza musical
Contudo fui capaz de amar-te uma vez mais Laura Dantas,
Por toda a extensão da tarde
Pois sua imagem de mulher me veio preciosa
Numa chama queimando leve e preguiçosa
Laura Dantas: sonho místico ao entardecer.

Chegamos a mais um final e você tem que ir voar,
E eu sou capaz de te amar uma vez mais
Pelo simples motivo de ter te visto passar
Em um movimento, através de sua voz.

Eu, aliás, quando sobre filosofia digo eu mesmo algumas palavras ou as ouço de outro, afora o proveito que creio tirar, alegro-me ao extremo; quando, porém, se trata de outros assuntos, sobretudo dos vossos, de homens ricos e negociantes, a mim mesmo me irrito e de vós me apiedo, os meus companheiros, que pensais fazer algo quando nada fazeis. Talvez também vós me considereis infeliz, e creio que é verdade o que presumis; eu, todavia, quanto a vós, não presumo, mas bem sei.

(Em "O Banquete")

Hoje eu entendo cada passo que estou dando ate chegar aqui.
Percebi o quando tive que sofrer para entender os vários Por quês.
Meu melhor amigo morreu novo.
E depois que se foi realmente ocorreu um Mundo novo.
As pessoas nos criticam e sempre será assim.
Cada um entende o que quer entender.
A falsidade impera em um mundo que aprendemos a ser.
Sofremos por querer chegar logo aos nossos sonhos.
Desejamos muito e o muito ainda não é o nosso consolo.
Vivemos em vários pensamentos e muitas ações.
Fazemos de nossas vidas as vezes o contrario de nossas emoções.
Aprendo a ser feliz com o pouco que a felicidade me dá
E entendi que felicidade tem que realmente se achar

Se no meio dessa areia toda,
eu marcar um "x" bem grande do meu lado,
você vem aproveitar o pôr-do-sol comigo?

Se na hora de bater a foto,
eu resolver mostrar a lingua,
você vai sentir inveja o suficiente pra aproveitar o pôr-do-sol comigo?

Se eu te disser que o sol
aquece tudo menos meu coração,
você vem aproveitar o pôr-do-sol comigo?

De todas as as formas e maneiras de se convencer alguém,
será que alguma delas fará você vir aproveitar o pôr-do-sol comigo?

Será que com você algum dia do meu lado
Ainda vou precisar ver o pôr-do-sol ou o brilho de seus olhos será suficiente?

Me desculpa por não poder chegar hoje. Eu tava levando um buquê de flores rosa, daquelas surpreendentemente charmosas, para tentar me desculpar pelo atraso no trânsito. Tenho certeza que a sua voz brava iria ficar doce e um largo sorriso iria se abrir quando visse meu rosto por trás das cores delas. A pista estava molhada, tudo engarrafado, a estrada estava péssima. Nevou um pouco e eu pensei em como você adoraria fazer anjos de neve comigo amanhã. Me desculpa de verdade por ter me impressionado com as luzes na curva. Acho que foi a coisa mais bonita que eu já vi. Um lampejo, um som agudo. Eu não consegui desviar, meu anjo. A luz simplesmente foi maior que eu. E eu vi seu rosto antes de fechar meus olhos.
Ah, menina. Os paramédicos disseram que foi de uma vez só, que eu não sofri nada. Mas me sufoca ouvir meus pais gritando essa dor enquanto eu estou aqui deitado, cochilando no asfalto. Eu sempre fui bem preguiçoso mesmo, já dizia você. Em pensar que eu te disse várias vezes que a segunda-feira era o pior dia da semana, o dia com mais trabalho depois de um domingo calmo e morto. Eu trocaria qualquer segunda por um dia inteiro de sono ao seu lado. E cá estou eu num retrato de domingo. Com carros tocando sirenes e transeuntes parando aos solavancos para olhar a retenção do tráfego. Meu ego agradeceria em outras circunstâncias. Você teria me dado um tapa no pescoço se me ouvisse fazer essa piada agora.
O que eu mais queria nesse momento era ouvir a sua voz. E te pedir perdão por não ter sido tudo o que você sonhou e, principalmente, por não poder estar aqui com você. Eu queria te dar um último abraço, um beijo de despedida. Cuida deles, por favor? Você vai ter que ser mais forte do que todos eles juntos. Minha mãe vai precisar que você tire o bolo com ela e que lamba a calda da colher como eu fazia. Meu pai vai precisar ouvir a tabela dos campeonatos e vai querer te emprestar alguns livros de poesia argentina. Pobre velho. Meu irmão mais novo vai querer te levar em alguma festinha da turma dele ou te pedir pra andar de bicicleta. Mas segura firme, viu? Ele ainda não sabe andar e eu tinha medo de deixá-lo cair. Um dia ele vai crescer, eu sei. Vai se tornar um homem melhor do que eu fui. Quem sabe ele até cuide de você por mim. Eles te amam um pouco menos do que eu, mas tenho certeza que vão precisar tanto de você, minha pequena.
E você, meu bem, meu anjo. Eu quero que você seja forte. E que se lembre com carinho de ontem e de todo o tempo que passou. Quero ver seus olhos verdes meio embaçados de emoção quando ouvir meu nome, mas não quero que deixe a sua vida aqui comigo. Você foi a melhor pessoa que eu já conheci na vida. Minha namorada, meu amor de primavera. O chão ainda tá um pouquinho gelado e o meu rosto deve estar um horror. Não quero que você me veja assim, nesse estado. Você nem poderia olhar nos meus olhos “azuis-seu-bebê” para ter certeza de que estou falando a verdade. Eu confio em você como nunca confiei em guria nenhuma. E daquela vez que te empurrei do balanço e te pedi em casamento, você riu. Mas meu amor, eu nunca pensei em passar o resto da minha vida ao lado de outra pessoa. Eu queria realizar os seus sonhos, sabe? E nunca vou parar de me culpar por te deixar na mão quando você mais precisava de mim.
Mas olha. Olha bem pra trás e vê que a gente foi feliz. Você me fez o homem mais feliz do mundo. E eu quero que você possa ser a mulher mais feliz do mundo mesmo sem mim. Vai doer no início, tá doendo muito em mim. Sem trocadilhos infames. Mas por favor, não se fecha pra vida. A gente sorriu e brincou e tocou violão e caiu na piscina e se jogou de uma escada e pulou em cima da cama e fez tantas coisas divertidas que eu nunca achei que tivesse que me despedir. E eu quero que você encontre alguém melhor que eu. Alguém que seja tão bobo e louco por você como eu sou e ainda serei. E vou te contar um segredo. Eu ia te dar aquela Flor de Lótus que você gostou tanto quando visitamos o boticário da cidade. Tá guardada numa caixa vermelha em cima do meu armário. Tem uma foto nossa depois do dia do parque. Aquela foto no carrossel. Você tá linda como sempre e eu apareço doido por você (como sempre). Vai doer, eu sei, mas espero que a minha mãe te entregue isso. E que você guarde pelo tempo que for necessário. E que você veja as fotos sem que isso doa algum dia. Me promete que vai ser feliz, meu amor. Eu te amo, eu te amo, eu te amo tanto. E a maior conquista da minha vida foi ter te encontrado. Me encontra algum dia, se você ainda precisar de mim pra alguma coisa. Eu te prometo que vou esperar.
Eu te amo. Adeus.

O que eu quero? Olhar pra trás e lembrar de cada carinho, de cada sorriso e cada estrada que caminhei. Quero que valha a pena cada susto, cada decepção, cada tombo. Quero ver meus amigos bem, realizando sonhos, não sendo enganados, sendo plenos...
Quero ser chamada de "melhor mãe do mundo". Quero provar do mesmo beijo todo dia e não me frustrar. Quero ver resgatado o amor. Quero desejos saciados e sonhos realizados. Quero ter comigo, os que não concordam em tudo, os rebeldes, os que opinam mas não apontam, os que são, mas dizem que não são, os simples, os que gargalham sem medo, os que deixam livre, os que não aprisionam com palavras, nem diminuem com o olhar. Quero viver até envelhecer, quero ter a sabedoria dos velhos, mas sobretudo, não me arrepender, por não ter sido a jovem que deveria, nem a mulher que precisava, nem a amiga que me pediram pra ser.

Para Sara, Raquel e Lia e para todas as crianças

Eu queria uma escola
Que cultivasse a curiosidade e a alegria de aprender que em vocês é
Natural

Eu queria uma escola
Que educasse seu corpo e seus movimentos,
Que lhes ensinasse esportes e práticas de vida saudáveis;
Que possibilitasse seu crescimento físico sadio,
Normal.

Eu queria uma escola
Que lhes ensinasse tudo sobre a natureza,
O ar,
A matéria,
As plantas,
Os animais,
Seu próprio corpo,
Deus
Mas que ensinasse primeiro pela observação,
Pela descoberta,
Pela experimentação.
E que dessas coisas ensinasse não só a conhecer, como também a aceitar,
Amar
E preservar.

Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a nossa História
E a nossa Terra,
De uma maneira viva, atuante,
Questionadora,
Pela ótica do povo e não pela dominante.
Queria ver vocês respeitando nossas tradições,
Nossos velhos,
Nossos costumes
Valorizando nossa cultura e tudo o que faz parte da vida da nossa gente.

Eu queria uma escola que orientasse vocês a pesquisarem e conhecerem melhor a vida de seus avós,
De seus bisavós,
De seus ancestrais, imigrantes,
De sua comunidade,
E que ajudasse vocês a preservar de tudo isso a memória!

Eu queria uma escola que ensinasse vocês a usarem bem a nossa língua,
A pensarem e se expressarem com clareza e objetividade.
Queria uma escola que ensinasse vocês a amarem nossa literatura
E nossa poesia.
Que lindo ver vocês, já agora, interessadas em Monteiro Lobato e Manoel Bandeira!
Espero que sua escola lhe possibilite conhecer muito mais, um dia!
É rico Veríssimo, Graciliano Ramos, Cecília Meireles, Carlos Drumond de Andrade, Vinicius de Moraes, Caetano, Gil e Chico!
E que faça vocês ficarem ansiosas por “devorarem” todos os nossos escritores e poetas,
de antigamente e de agora.
Tomara que a gramática venha livre, leve e solta enquanto vocês são crianças; e entre com tudo quando vocês forem capazes de abstração, aos 12, 13 anos (não antes); só nessa hora!

Eu queria uma escola
Que lhes ensinasse a pensar,
A raciocinar,
A procurar soluções.
Queria uma escola que, desde cedo, usasse materiais concretos, para que vocês pudessem ir formando corretamente
Os conceitos matemáticos,
Os conceitos de números,
As operações...
Somar, subtrair, multiplicar, dividir...
Usando Blocos Lógicos. Réguas de Cuisinaire (não precisam ser comprados, não! Que sejam feitos por vocês mesmos com a orientação de seus professores) usando palitos, tampinhas, pedrinhas... só porcariinhas!!!
Fazendo vocês aprenderem brincando e vivendo situações de cotidiano: pensando, medindo, comprando, lucrando, perdendo ganhando!

Ah! meu Deus!
Deus que livre vocês de uma escola em que tenham que copiar pontos.
Deus que livre vocês de decorar, sem entender, nomes, datas, fatos, fórmulas, enunciados e regras gramaticais...
Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos “prontos”, mediocramente “embalados” nos livros didáticos descartáveis,
Comerciais,
Superficiais,
Descomprometidos e que
Distorcem as verdades.
Deus que livre vocês de ficarem passivos,
Ouvindo e repetindo e repetindo e repetindo
Com a única finalidade de passar de ano.
Deus que livre vocês de aprenderem métodos de dissimulação e de
Auto-enganação!

Eu queria uma escola
Que também desenvolvesse a sensibilidade
Que vocês já têm
Para apreciar o que é bonito e eterno.
Eu queria uma escola
Que desenvolvesse os seus meios de auto-expressão,
E sua criatividade tão vital!
Que lhes desse múltiplos meios de vocês expressarem
Cada sentimento,
Cada drama,
Cada emoção.
Que vocês aprendessem a transformar e a criar!
Que vocês aprendessem a respeitar
A madeira, a cortiça, o papel,
A tinta, o pincel,
A tesoura, o tecido, a caixa,
O objeto imprestável.
Que vocês não vissem o mundo como descartável.
Mas que tudo fosse matéria prima em cada mão,
Para exercer esse dom divino
da recriação!

Eu queria uma escola
Que ensinasse vocês a conviver,
A cooperar,
A respeitar,
A esperar,
A saber viver numa comunidade
Em união.
Uma escola em que eu também pudesse ir com seu pai, com outros pais e professores, para aprender e para participar com vocês
No seu processo de crescimento,
Aprendizagem
E humanização.

Ah! E antes que eu me esqueça:
Deus que livre vocês de um professor incompetente,
Descontente,
Desumano,
Irritado
E mal preparado.

E que no tempo de vocês, o Estado,
Assuma sua verdadeira função: que invista
No bem estar para o povo,
Emprego,
Saúde
E educação.

Maria Teresa Del Prete Panciera
Mogi Mirim/83

Maria Teresa Del Prete Panciera

Nota: Trechos do poema têm vindo a ser erroneamente atribuídos a Drummond.

Eu sei, sou uma mulher ....
Talvez antiquada.....
Gosto de amar e ser amada
Especialmente de ser cortejada
Não gosto da vulgaridade
Mas da sensualidade natural
Sinceridade num olhar
Sem covardia ...
Ouço passos na rua.....
calçada da minha ilusão....
Orquestra num concerto em cima de uma nuvem ....
Brincam com os passos nos cenários...
Estrelas dançarinas que namoram na lua.....
Os corpos que vestem-se de noite......
A brincar de sonhos.....
Melodia suave da nossa emoção...
Eu sei sou uma mulher ...uma mãe....
Que gosta da sinceridade de um olhar...
Talvez eu seja antiquada.....talvez..!!!

Hoje eu quero me aconchegar no colo de Deus e deixar que Ele tome conta de tudo aquilo que eu não consigo resolver, todas aquelas preocupações que tentam trazer inquietação... Vou entregá las pra Ele e permitir que Ele cuide de mim...
Hoje quero sentir o Amor Dele de um modo especial e deixar que meu coração se aquiete...
Hoje quero ouvir Dele qual são seus planos , seus desejos para minha vida, aqui mesmo próxima ao Seu coração esta tudo que preciso, tudo o que espero...

Débora Aggo

Eu sempre precisei de tempo pra mim, quando tudo dava errado, eu simplesmente virava as costas, não doía, não tinha importância.
E esse tempo se tornara meu refúgio e meu ponto de equilíbrio, nada era capaz de me abalar, até você aparecer.
E eu nunca imaginei que precisaria de você ao chorar...
Quando você se vai eu conto seus passos, e os dias viram anos quando estou sozinha, tua ausência me fere.
E eu nunca imaginei que precisaria de você ao dormir...
Quando você vai embora, os pedaços do meu coração sentem saudades de você. E não há cobertor que alivie o frio.
E eu nunca imaginei que precisaria de você ao ficar doente...
Quando você parte o rosto que eu cheguei a conhecer se parte também. Partem as palavras que eu preciso ouvir para superar o dia e fazê-lo ficar bom. Não há remédio que amenize a dor.
-E eu nunca imaginei que precisaria de você para desabafar.
Quando o nó na garganta me impede de sorrir e o único alívio é o seu ombro. Sinto necessidade de ouvir sua voz.
E eu nunca imaginei que precisaria de você pra me fazer rir...
Quando suportar o peso daquilo que nunca é definitivo e conviver com a certeza de que nada é pra sempre, eu busco teus olhos e espero que eles me digam o contrário.
E eu nunca imaginei
...
que precisaria de você pra me sentir segura...
...que precisaria de você pra ser feliz!
ENTENDE AGORA O QUANTO PRECISO DE VOCÊ?

Passamos uma vida inteira construindo nossa fortaleza. Um 'eu' interior que seja capaz de suportar o mundo e tudo o que vem com ele. Com nossa fortaleza desejamos repelir tudo aquilo que venha a fazer o império de quem nós somos, desabar.
Porém, há uma coisa que não há fortaleza que impeça. Lentamente, porém avassaladora, como a água ao bater na pedra sucessivamente: Esta é a morte, e dela, nenhuma fortaleza escapa.

MEU VELHO RANCHO TAPERA
Meu Rancho Velho Tapera,
Tua história nunca finda,
Me lembras quando eu trazia,
Baldes dágua da cacimba,
Lenha cortada a machado,
Eu carregava nos braços,
Fazia tudo brincando,
Sem nunca sentir cansaço...

Meu Rancho Velho Tapera,
Tu já foste minha casa,
Quantas vezes me aqueceste,
Num fogãozito de brasa,
Cada vez que eu me lembro,
Me bate forte o coração,
Na lembrança do meu vô,
Acendendo um palheiro num tição...

Hoje só resta a tapera,
Restos de um rancho caído,
Agradeço a Deus por ter,
Um dia a mim pertencido,
A horta e a lavoura,
Onde tinham plantações,
Virou pastagem de gado,
Só ficou recordações...

As vezes as pessoas dizem que o mundo é muito pequeno e que vivem a se esbarrar, e eu fico me perguntando :"habitamos em um planeta tão grande,por que as pessoas não notam e vivem se esbarrando ?", foi então que eu percebi que o undo não é pequeno, e sim a capacidade que as pessoas tem de enxergar que é pequena, se esbarram não é por falta de espaço e sim por medo de descobrir novos horizontes, procurar novos caminhos e definirem novos rumos.
O mundo é grande, mas a incapacidade de enxergar que as pessoas tem é bem maior se comparados, as pessoas são incapazes de enxergar um palmo adiante de seus próprios narizes, preferem se encontrarem constantemente e repetirem sempre as mesmas coisas do que tentar fazer diferente, se esforçando para decidirem o próprio destino de suas miseráveis vidas.

Lembro das vezes em que eu a tive nos meus braços,
Eras tão pura não sabia nem beijar,
Tinha no hálito a doçura da puberdade,
Ficava tremula e corava ao te acariciar,
Assim foi indo tu entrou na adolescência,
Nossos momentos cada vez mais atrevidos,
O teu caminho estava livre pra o amor,
Mas mesmo assim a gente vivia escondidos...

CALMA E TENUE SAUDADE - Almany Sol, 11/03/2014

A poucos estava eu observando a bela lua,
assim tão linda e serena, deslizando livre,
como se fosse carregada pelo vento brando
e que entre nuvens tão tímida se escondia,
deixando em mim uma saudade inexplicável.
Nessa solitude resolvi fazer uma conexão,
busquei alguém pra teclar, encontrei você.
Que bom, me trouxe vida nova e emoção,
ascendeu meu céu, trouxe brilho e cor,
me permitiu um brinde ao universo da alma
e depois como a lua se furtou no infinito
deixando em mim uma calma e tênue saudade!

Eu que apenas ser eu.
Falar o que eu penso.
Ser quem realmente sou.
Eu Não sou perfeito.
Eu também não quero ser Perfeito.
Eu não quero achar a perfeição em ninguém.
Porque ninguém é perfeito.
Eu quero ser eu mesmo com defeitos e qualidades.
Eu quero que me aceite como eu aceito a todos.
Eu quero ser respeitado assim como respeito.
Eu quero viver feliz com meus erros e acertos.
Eu quero que entenda que a graça esta nas imperfeições.
Eu quero ri, eu quero chorar, eu quero viver.
Eu apenas ser Eu.

Não se importe com o que eu te digo,
Pois tu és aqui meu amigo,
Não critique o que eu faço,
Venha aqui me dar um abraço,
E ficarás me conhecendo,
Sei que estou te aborrecendo,
Fazendo certos comentários,
Mas isso é coisas de otários,
Invejosos e recalcados,
Ninguém aqui é disputado,
Ou objeto promocional,
Pra andar assim tão banal,
Na boca de despeitado...

Eu tenho um costume estranho, ou talvez só um pouquinho diferente, de destacar partes de livros que leio e conectá-las a outros enredos. Ainda que não seja sobre a minha vida, a ideia de deslocar o drama de outra pessoa ou personagem faz com que eu me sinta capaz de fantasiar histórias que eu gostaria de ter vivido ou que eu gostaria de ter sentido. Numa dessas, enquanto lia e movia o celular com maestria num café vazio no meio da cidade, me deparei com a dramática sentença que mudou minha semana:
“Existe uma linha sútil entre adaptação e apego.”
Fui atingido por um trem em altíssima velocidade no exato momento em que terminei a leitura do ponto final. Será que eu sou uma dessas pessoas que se deixa levar por um comodismo barato que se apodera de algumas relações afetivas? Nah, eu sempre estive acima disso, pensei com ingenuidade. Mas a volta de ônibus pra casa foi turbulenta. Enquanto o motorista derrapava pela décima vez por uma via molhada, eu derrapava pra dentro de mim pensando em como seria possível distinguir apego de outra coisa.
A adaptação é o período correspondente à calmaria dos relacionamentos. Você sabe do que eu falo, é quando o namoro dá uma estacionada de leve e as coisas parecem todas iguais. Não que isso seja ruim, pelo contrário, parece que finalmente a gente achou aquele amor com sabor de fruta mordida, calminho, bom pra passar os domingos juntos e construir alguma coisa edificante e sólida e, pera, será que isso não é só uma desculpa pra não admitir pra mim mesmo que as coisas têm sido todas iguais e que aquela chama toda, aquele amor-combustível que movia a gente, pode ter chegado ao fim? Não, não é a rotina em si, é quando o sentimento estaciona. Imagina que o sentimento não evoluiu durante a coisa toda e que o desgaste vai batendo, arranhando, sujando a lataria.
Não é nem um pouco fácil, pelo menos pra mim, perceber e admitir isso. Paixão e apego podem ser sentimentos parecidos quando não se tem certeza do que se sente e de como funciona o nosso fluxo emocional. Pra mim calmaria significa morte decretada de um casal. Quando a gente passa a semana sem se falar, coisa e tal, e isso não incomoda nem um pouco. Quando a gente começa a se questionar se sentiria falta ou não, e acaba não sentindo mesmo. Tá, eu sou confuso, mas talvez você também seja e esteja nessa. Talvez seja uma tendência natural dos librianos (ou do zodíaco inteiro).
Descobrir se o namoro se tornou puro apego é complicado. Ainda mais quando bate aquela vontade de ir embora, porque, do contrário, a gente ficaria à beira de uma estrada pedindo carona, já que o carro não tem mais rota, nem combustível, nem motoristas aptos a conduzir o veículo. Pior do que descobrir, é o ato de admitir pra si mesmo. Sério, quem em sã consciência jogaria um balde de água gelada num castelo de areia que foi construído com tanto carinho? Talvez alguém que conseguisse fazer metáforas melhores que as minhas e alguém que quisesse ser realmente feliz. Sabe, tenho a impressão de que o apego faz a gente ficar mais pelo outro do que por nós mesmos, como bons samaritanos. Mas a verdade é que bate um medo danado de perder tudo aquilo, perder o outro, perder o companheirismo. Bate um medo danado de ficar sozinho, de ter feito burrada e errado, de sentir falta (você vai sentir, com certeza) e coisas do tipo. Admitir que é apego congela a gente, e é preciso coragem pra sair dessa inércia e resolver correr atrás de outra chance de ser feliz (ou quebrar a cara).
Digo, olha pra esse motorista do ônibus no qual estou, ele claramente não sabe o caminho, mas tá tentando chegar lá. Pode demorar, a gente pode reclamar, ele pode se sentir confuso, mas vai que ele chega. Na pior das hipóteses, ele liga o GPS ou pede ajuda pra alguém. E não é tão diferente assim na vida real. A gente não precisa ser vilão, eu acho. Basta explicar tudo direitinho, agradecer pela estadia, explicar que não existe culpa, que você quis se dar mais uma chance de ser feliz e sentir tudo aquilo que as pessoas merecem sentir: um arrepio na barriga enjoado que nem parece aquele bonito que é descrito nos livros de romance. Explica isso, fecha a porta do carro com carinho e assume a responsabilidade de pegar o seu futuro nas mãos e fazer o que bem entender com ele. Vamos acabar descobrindo sozinhos se foi bom ou ruim, se foi a decisão certa ou não, se era amor ou se era apego. Se era apego, bom, bem-vindo de volta à trilha. Se era amor, mantenha a calma: você só vai precisar achar um jeito diferente de achar a estrada de volta pra casa.

Caneta, caderno, violão e facebook,
Meus amigos inseparáveis, compreensivos e fiéis,
Com eles eu canto, desabafo, digo o que quero,
E escrevo também,
E eles aceitam e me ouvem sem críticas e julgamentos,
E estão sempre a minha disposição, independentemente de dias ou horários,
Ah! se não fosse vocês, não saberia como enfrentar esta solidão...

Na verdade, foi este sem dúvida um ponto em que em minhas palavras eu deixei passar, que também os seus discursos são muito semelhantes aos silenos que se entreabrem. A quem quisesse ouvir os discursos de Sócrates pareceriam eles inteiramente ridículos à primeira vez: tais são os nomes e frases de que por fora se revestem eles, como de uma pele de sátiro insolente! Pois ele fala de bestas de carga, de ferreiros, de sapateiros, de correeiros, e sempre parece com as mesmas palavras dizer as mesmas coisas, a ponto de qualquer inexperiente ou imbecil zombar de seus discursos. Quem porém os viu entreabrir-se e em seu interior penetra, primeiramente descobrirá que, no fundo, são os únicos que têm inteligência, e depois, que são o quanto possível divinos, e os que o maior número contêm de imagens de virtude, e o mais possível se orientam, ou melhor, em tudo se orientam para o que convém ter em mira, quando se procura ser um distinto e honrado cidadão.

(Em "O Banquete")

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