Cartas e Prosa de Fernando Pessoa
Então a suspeita bruta: não suportamos aquilo ou aqueles que poderiam nos tornar mais felizes e menos sós. Afirmou, depois acendeu o cigarro, reformulou, repetiu, acrescentou esta interrogação: não suportamos mesmo aquilo ou aqueles que poderiam nos tornar mais felizes e menos sós? Não, não suportamos essa doçura.
Puro cérebro sem dor perdido nos labirintos daquilo que tinha acabado de acontecer. Dor branca, querendo primeiro compreender, antes de doer abolerada, a dor. Doeria mais tarde, quem sabe, de maneira insensata e ilusória como doem as perdas para sempre perdidas, e portanto irremediáveis, transformadas em memórias iguais pequenos paraísos-perdidos. Que talvez, pensava agora, nem tivessem sido tão paradisíacos assim.
Imagine um mundo de coisas limpas e bonitas, onde a gente não seja obrigado a fugir, fingir ou mentir. Onde a gente não tenha medo nem se sinta confuso (não haverá a palavra nem a coisa confusão, porque tudo será nítido e claro). Onde as pessoas não se machuquem umas às outras, onde o que a gente é apareça nos olhos, na expressão do rosto, em todos os movimentos.
Não sei como me defender dessa ternura que cresce escondido e, de repente, salta para fora de mim, querendo atingir todo mundo. Tão inesperada quanto a vontade de ferir, e com o mesmo ímpeto, a mesma densidade. Mas é mais frustrante. Sempre encontro a quem magoar com uma palavra ou um gesto. Mas nunca alguém que eu possa acariciar os cabelos, apertar a mão ou deitar a cabeça no ombro. Sempre o mesmo círculo vicioso: da solidão nasce a ternura, da ternura frustrada a agressão, e da agressividade torna a surgir a solidão. Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim.
Saber onde esta o "céu", e qual o caminho que te leva até lá, nem sempre é o suficiente. Mais do que estar no caminho certo, é preciso saber lidar com o fator tempo. Tempo que, durante o percurso irá desgastar seus sapatos, acabar com a água do seu cantil, a noite que há de cair, e com o cansaço que há chegar. E são nessas horas, que os atalhos, tornar-se-ão, tão interessantes como nunca. E são nessas horas que o “céu” parece estar mais longe.
O erro? Eu dizia, pois é, o erro. Eu penso, se o erro não foi de dentro, mas de fora? Se o erro não foi seu, mas da coisa? Se foi ela quem não soube estar pronta? Que não captou, que não conseguiu captar essa hora exata, perfeita, de estar pronta. Porque assim como o movimento de apanhar deve ser perfeito, deve ser perfeita também a falta de movimento, a aparente falta de movimento do que se deixa apanhar. Você me entende?
(…) porque é preciso falar claramente sobre certas coisas, é preciso alertar as pessoas para as vidas erradas que levam, a alimentação errada, as emoções erradas, os relacionamentos errados. Não quero ser dono da verdade, mas aprendi algumas coisas nesses anos — pode parecer ambicioso, mas de repente gostaria de ajudar a transformar este mundo numa coisa melhor. Para isso, tento ficar bem.
Não gosto quando a gente fica falando assim no que não foi, no que poderia ter sido. God! Não aos sábados, principalmente à noite. Não hoje, por favor, hoje não dá, eu tenho. Eu tenho uma sensação meio de amargura, de fracasso. Você me entende? Como se tivesse a obrigação de ter sido, ou tentado ser, outra pessoa.
Eu aprendi que, na vida as coisas acontecem na hora certa e no lugar certo. Acho que ultimamente ando a todo o momento errada […] Mas que diabos é que tem de errado comigo? Há tanto tempo tenho suportado a ser despercebida de todos. Ando só, desprezada, angustiada, tristonha, melancólica, desamparada. Ando carente de carinho, de afeto, de afeição, de carícia, de amor. Sinto falta de dengo, de frescurinhas, de meiguices. Sinto falta de ser levada a sério […] Vislumbrei um clarão de carência em mim mesma, tão forte a ponto de cegar quem vê. Mas isto impossível seria, já que minha agonia ninguém há de perceber.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um simples mortal? E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral. Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"... Tudo isso é meio mágico... Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança)
Apesar da discreta tristeza, há explicitamente calado um sonho que suplica por voz. Um projeto de vida que é diariamente construído, hora a hora alimentado. Uma causa nobre é o que dá forças a essa tão distinta mulher. Ela é decidida, persistente, dura na queda. Ela, incrivelmente, consegue ser ao mesmo tempo séria e engraçada. Onde chega é o centro das atenções, não só e simplesmente devido à beleza; sobretudo destaca-se seu caráter, seu jeito de ser mulher. Seus discursos optativos são sinceros, os abraços são verdadeiros e as intenções sempre as melhores.
As coisas acontecem quando tem de acontecer, na hora exata. Não adianta desistir na primeira dificuldade, tampouco insistir em algo que se sabe ser impossível sua realização. Talvez melhor a se fazer, é nada fazer. Isso mesmo. Deixar que as coisas fluam naturalmente. Arriscar na hora certa e recuar quando preciso. Como saber quando fazer cada coisa? Nunca se sabe, os livros não ensinam. É algo que aos poucos vai se aprendendo, mas nunca tem fim.
Se o quanto mais estudo me torno menos conhecedor da diversidade do mundo, o que extraio desta compreensão é que ao estudar, me encho de conteúdos, análises e dúvidas; e, quanto mais dúvidas, maiores são as inseguranças; e, quanto maior a insegurança, termino a entender o que já diria o Filósofo Sócrates: "Só sei que nada sei".
Assim como um dia nunca é igual ao outro, suas ideias e aspirações estão sempre em desenvolvimento. Mas algumas coisas são absolutas: você que tem a vontade de acertar tem o dever de agir, o direito de errar e a chance de fazer algo por você e para o mundo deixando um legado. Portanto não fique abatido ou ansioso com os acontecimentos ou suas responsabilidades. É por mérito que você chegou até aqui e alguns necessitam dos seus talentos assim como necessitamos do sol: Dá-nos o teu brilho para crescer!
Você está no caminho certo? Já teve a sensação de que pode fazer muito mais? Talvez esteja na hora de rever a sua rota, mas certamente isto está relacionado ao seu comportamento. Lembre-se que para ter novos resultados deve ter comportamentos diferentes daqueles que tem hoje. “Se o nada é a base que te angustia, o passo decidido é a chave que te faz plena a existência”
“Hoje você viu uma mensagem que me fez pensar por que nada nessa vida vem de graça, tudo tem um preço, algo que geralmente vai de encontro ao caráter, a verdade, e o amor que sentimos. E por sermos assim forjados nestas qualidades temos que dizer não. Mesmo sentindo o ar acabar em cada batida, o que antes te trouxe a vida, a liberdade, agora te leva para a masmorra onde permaneceu por anos. Provavelmente esse seja o seu lugar, o seu legado. E a felicidade vivida, envolvida em liberdade, tornou-se sua maior prisão novamente. Volta para tua caixa! Em meia vida, meia morte. E o amor que têm sufoca-o, e o cerque de todos os lados. Endureça! Perante as mazelas do sentimento, você quer ser perfeito? Algo único e eterno? Mas nessa vida, isso está fora de moda, não tem porque deixar-te exposto às lanças e flechas da indecisão, do pluralismo. Eu sei que dói, eu sinto. Mas lutar contra sua essência e vencer, significa morte eterna, a vitória da derrota. E como em uma aritmética, sua grandeza é inversamente proporcional. Eu sei o sofrimento vai ser longo, já que o vôo foi tão alto como o céu que não se pode ver o fim. E durante esse retrocesso terá que se quebrar novamente, esmagando os sonhos e projetos para o futuro. Cada lágrima derramada de alegria, cada sorriso, cada olhar visto nos olhos de quem amou ficará guardado contigo nesta caixa, para torturá-lo e fortificá-lo. Sei que às vezes, você não entende o porquê de ter que passar por isso, eu também não entendo, más a sua fé em Deus é insuperável, e se é pra ser assim, aceite. Viva com dor, mas viva. Não dê ouvidos aos que querem pôr um fim a sua jornada. Você é forte, suportou momentos de muita dor, tristeza, agonia, aprendeu em cada um deles, assim como aprendeu nos momentos de amor, alegria, família. E mesmo sabendo que estes não são de seu domínio, você viveu e foi sincero em tudo que fez. Não abuse da morfina, a qual consumistes todos esses anos. A noite te dá ilusão e ameniza sua dor, causando uma falsa impressão de prazer. Mas sabes que, da mesma forma o dia te julga e te deixa o sentimento de que nada vale a pena, inclusive a vida.”
Em nossas vidas, somos como a lua , temos fazes. Tem dias que estamos cheios e brilhantes , outros novos e crescentes e existem tempos de escuridão , períodos minguante. Ávida nós apresenta muitos desafios e todos eles com o potencial de nós derrotar. Por isso nunca inverta as ordens dos fatores, pois a inversão das ordens altera o produto. E a ordem é esta : Diante de Deus de joelhos, e diante dos problemas de pé.
Na enfermagem, muitos almejam o sucesso, mas poucos se dispõem a enfrentar os desafios e aprender com os erros. Muitos preferem a segurança da rotina, mas poucos se aventuram em novas técnicas e conhecimentos. Quer um conselho? Saia da sua zona de conforto, busque aprimoramento constante e você descobrirá a força e a capacidade que possui para lidar com qualquer situação.
Posso dizer que nós e as plantas temos muito em comum, principalmente as criadas em ambientes controlados. Se não formos regados e adubados com boas energias, podados, poderemos não florescer e, consequentemente, não dar frutos, o que significa que começamos a morrer aos poucos por dentro.
Hoje estou me permitindo escrever sobre este cansaço indivisível, sobre minha falta de tempo, sobre a desordem que se instaurou em minha vida. Por trás disso tudo, o mais perigoso espreita: a grande traição que estou cometendo, todo dia, comigo mesmo. Porque escrevendo assim, para sobreviver, não escrevo o que me mantém vivo – outras coisas que não estas.
