Cartas e Prosa de Fernando Pessoa

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Bate no peito

o coração acelerado.

De estômago vazio, custa respirar.

Dói como tudo,

ter o corpo trespassado.

A imaginação mergulha num buraco sem fim.

Perdi-me até ver que caí.

Indiferente á vida, indiferente a tudo,

cheio de medo, senti o corpo tremer.

Vozes na mente, olhos que choram sem se ver.

Lágrimas invisíveis, vontade de morrer

Inserida por JorgeFernandinho

Arrogância ou a sua deturpação...

Arrogância nem sempre é atributo das "más pessoas", ou das pessoas mal educadas e com complexo de superioridade. As pessoas mais criativas e inteligentes, que por consequência tb disso tenham uma mente e espírito mais abertos que os demais, por vezes, poderão ter tendência (ou não) a ser mais arrogantes, distantes e com alguma falta de humildade.
Pior do que os ditos "arrogantes", são aqueles indivíduos que sentem prazer em contra-argumentar por tudo e por nada, ainda que com argumentos fracos e falaciosos, às vezes até provocatórios, com a intenção apenas de desestabilizar o outro e não com o objectivo de levar o debate a patamares interessantes. Nestes indivíduos existe também muita vezes a inveja. E claro, esses tais "arrogantemente inteligentes" percebem essa intenção e muitas vezes acabam por desistir dessa contenda de conhecimentos. Aliás, o acto de estes se retirarem do assunto, de ignorar a ignorância, representa uma derrota para os outros. Há também a questão do "zoom": uma pessoa inteligente consegue percepcionar as coisas de cima, ou seja, ela "diminui o zoom" para poder entender um contexto mais integral da situação, enquanto a outra não percebe e continua argumentando a um nível muito limitado, ou com o tal "zoom" muito aumentado, o que mais uma vez desanima a pessoa inteligente de prosseguir com a prosa.
Bem, em jeito de conclusão: Diz-nos a terceira lei de Newton, “toda acção tem uma reacção”, no fundo é como que se um factor despertasse um outro factor, neste caso a inteligência (intelectual) vai sempre despertar alguma arrogância. (Alguma)! E mais, parece-me também, que o excesso de humildade faz com que muitas vezes desprezemos as nossas qualidades ou capacidades.
Portanto, o segredo, quanto a mim estará sempre no "equilíbrio" !

Inserida por FernandoVentura

Prefiro conviver normalmente com alguns "loucos", os tais, considerados por uma certa fracção de sociedade fora dos padrões normais de comportamento, do que me dar com aqueles que transpiram hipocrisia e falsidade por todos os poros, e que vão sendo considerados normais.
(Eu) não cometo a loucura de ser normal!

Inserida por FernandoVentura

Casamento ...
São precisas duas pessoas para que aconteça e também para que termine. Embora eu até costumo dizer que são precisas sempre três pessoas para que o casamento se consolide na verdadeira ascensão daquilo que se espera dele: o Eu, o Tu e o Nós. (que profundo)! Histórias (de)encantadas de promessas nunca cumpridas ou verdadeiros contos de fadas aplicados à vida real. Conselhos e constatações sobre o casamento todos temos sempre algo a dizer, com ou sem experiência na matéria, porque há sempre alguém que já passou por isso, seja isso o que for. O casamento é, normalmente, uma consequência da união de duas pessoas, também a maior razão da sua desunião, ouvi dizer por aí. Também ouvi dizer que a mochila do casamento ás vezes é tão pesada que são necessários dois para a suportar, ás vezes três...ou mais..! A sério! Dizem até que o individuo quando se casa passa a ser o mais paciente dos animais domésticos.
Bem, de qualquer forma deixo-vos aqui uma citação de Henrich Heine, que me parece interessante: "Matrimónio - o alto mar para o qual ainda não foi inventada nenhuma bússola".

Inserida por FernandoVentura

A tendência que temos para julgar os outros, para os carimbar com o selo da maldade, só é proporcional ao enorme "vazio" interior que vivenciamos no nosso dia a dia.
Por isso, hoje, deixo-vos aqui uma quadra de um grande poeta, (António Aleixo), pouco letrado, mas, que sempre admirei pela sua coragem, poesia em tom dorido, irónico, espontâneo, com que este apreciava os acontecimentos e acções do homem:
"Sei que pareço um ladrão ...
mas há muitos que eu conheço
que não sendo o que são,
são aquilo que eu pareço."
(António Aleixo)

Inserida por FernandoVentura

Não sigo dogmas nem me revejo em conceitos pré-concebidos. O politicamente correcto afecta-me o sistema nervoso central e provoca-me espasmos. ;) Prefiro a visionariedade à obtusidade, a loucura ao excesso de racionalismo, o liberalismo ao conservadorismo. Enfim, prefiro mesmo ser teimosamente Eu.
Ah...e a rotina atrofia-me os células nervosas !!!

Inserida por FernandoVentura

Solidão...

Poderá ser um flagelo, uma consequência dos tempos modernos, em que cada vez menos olhamos para o lado. Poderá ser um opção para combater o fardo demasiadamente pesado de uma má companhia. Na solidão, nascem coisas excepcionais ou morrem de uma vez por todas, a solidão não costuma ter meio termo e quanto mais gente tem à sua volta, mas cruel poderá ser. Mas é nela, na boa solidão, que também poderemos aprender muito sobre a vida e, principalmente, sobre nós próprios. Não há como dar a volta, será sempre de duas boas solidões que brotará a melhor das companhias.

Inserida por FernandoVentura

Saudade...

É a palavra mais portuguesa, cuja noção é muito difícil de traduzir numa língua estrangeira. Quanto a mim o que a saudade transmite vai muito para lá do que outra expressão consegue dizer. Na saudade, exprimem-se sentimentos de nostalgia e tristeza. Emoções, fruto de recordações e memórias, embrulhadas em papel bonito com um laço a condizer. A saudade deixa marcas, tira o fôlego, fruto da insatisfação e angústia. Mas a saudade também suscita alegrias e acelera o ritmo cardíaco, porque nos remete para aquilo que já se assistiu, já se viveu e já se conheceu: tudo o que se quer ter de volta. A saudade será sempre presença.

Inserida por FernandoVentura

Numa época em que todos os valores se questionam e se investe na sua subversão/inversão, numa época em que o vazio ideológico ameaça e a alienação impera...sejamos francos, o que está a fazer falta é alguma reflexão interior, uma introspecção consciente, uma eleição responsável dos valores fundamentais para a vida em sociedade, que saiba privilegiar um pouco mais o "ser" em detrimento do "ter", e não o contrário. Mas para isso é preciso tempo. Tempo no retorno de um dia cansativo de trabalho. Tempo (e coragem) para, entre as mil e uma solicitações da voragem da vida, se poder parar para escutar, e reflectir. Este é seguramente um dos males dos nossos dias, quiçá o pior, a falta de tempo!
Dir-se-á que são lugares comuns! São comuns precisamente porque são sentidos pela generalidade das pessoas que, no entanto, continuam a subir a calçada indiferentes a tudo e a todos! Não temos tempo para nós mesmos, quanto mais para os outros, (dizem alguns)!
Oxalá todos tenhamos algum tempo para, (e filosofando um pouco)) tal como as figuras mitológicas da milenária Índia, no caso, Sidarta e Vasudeva, em "o barqueiro"; e passo a citar; "sentarmo-nos junto das margens do rio, e escutarmos silenciosos o ruído da água, que não é uma água qualquer, mas a voz das coisas vivas, a voz do que é, a voz do eterno Devir".

Inserida por FernandoVentura

Perante as adversidades da vida ...

Escutemos apenas aqueles que nos querem bem, que estão connosco, que nos Amam, que usam a transparência e a lealdade como as grandes armas das pessoas íntegras, que são autênticos no bom e no menos bom, que têm a coragem de ser em vez de parecer, que querem partilhar vida connosco, que nos querem transportar até àquele território onde a felicidade pode ser possível, e que pode ser a felicidade deles também. Essas pessoas são raras, únicas, insubstituíveis, por isso devemos estimá-las e ficar agradecidos por fazerem parte da nossa vida. O tempo, esse, é escasso...a vida vai-se paginando a grande ritmo, sem grandes espaços para grandes demoras ou indecisões prolongadas; o passado ficou lá atrás apenas como referência, o futuro é só amanhã, e o presente não nos pode "fugir"...porque é ele que nos motiva e que nos impele a VIVER e a perceber que afinal a Vida é única e insubstituível ...

Inserida por FernandoVentura

Lições e vidas.

Enquanto o inferno não se aquece, multidões não se agitam, minha face não se faz aflita, disponho de um breve momento...
Um lamento, um contrassenso, um hino que enaltece minha superação, pois se vivo estou, alguma serventia que seja para me descobrir...sinto que ainda tenho;
Verdades que se ocultam por debaixo da couraça que se cria, calos e cicatrizes que se fecham, algumas feridas;
Não sei se alma morreu, não sei se corpo e mente que minta para mim diariamente, ainda é o que me mantém...
Não sei, se corpo já partiu...jaz no horror eterno de um torpor, sinto que seja simplesmente algo que remete à face daquilo que outrora fora eu, contudo alma e essência ainda contém;
Não sou louco, tal qual ao loquaz que em palavras mais se perde do que se encontra, sequer sobre suas verdades compreende...
Não sou são, tal qual ao normal...que creia ser especial por demais para que seja humano, finge para si mesmo sentir, se contradiz, com suas próprias lições não aprende;
Não visto teus sapatos, não pago tuas contas, mas ao menos conheço meu lugar, perdido por entre as letras que emitem mensagens que teu ego não permite ler...
Se, são músculos e letras que me restam, se é força, se é um alter ego que me faça crer que supero...sobre os dias caminho com semblante austero para que quem me odeia, nada possa perceber;
Algumas coisas lhe são destinadas, algumas pessoas possuem palavras...
Outras, se das palavras de suposta sabedoria não dispõem...terão o mundo das idéias para ver de perto, coisas que por Platão, lhe foram presenteadas;
Supera ou supõe, transforma ou se conforma...o poema resiste em seu mistério para quem saiba decifrar, um corpo esquálido jaz num cemitério de lástima, para quem resista em mudar...
Ser deveras humano e coerente com palavras proferidas por uma boca que supostamente saiba amar;
Se por acaso nada saiba, omita tua voz, sossega teu pensar...
Apega-te ao teu torpor, anula teu existir, apaga teu parco iluminar, se sustenta pela muleta que lhe faça em seus titubeios, ainda se rastejar;
Vida ainda há para viver, se algo não deu certo pra você...tudo é livre para das palavras discordar;
Outro caminho seguir, por coisas que sejam sublimes de fato, em teu quarto escuro que esconde teu tesouro...os desígnios de tua oração com discordâncias, de teu olhar;
Dentro de si, somente para ver se algo existe que não sejam desgraças, em teu âmago de amarguras, jazidas de ouro de tolo...de superfícies para prospectar;
Ou, quiçá...para sempre sentar-se e esperar, mas se é espera que lhe apetece, teu ânimo arrefece, tua boca de infelicidades atrozes, certifique-se de fechar.

Inserida por fernandoordani

Se renova, no mesmo lugar.

Cheiro de lavanda de que renova na madrugada...
Coisas que soavam perfeitas, se feitas da maneira errada, agora se deitam...
Para dormir sem descanso, flores sem outono para que em primaveras, deveras se pareçam renovadas;
Cheiro de alfazema, cheiro que chama para uma temporada que fosse longe daqui, que fosse no campo florido de onde pertença e fora colhida, uma fazenda...
Tolhida de sua natural existência...cheiro de lavanda nas manhãs da cidade se banha, para perfumar o dia de alguém com sua essência...
Seja sob o rócio, descansa teu cansaço incansável de trazer belezas para onde não se nota em teu abreviado momento de ócio...
Sem tempo para sonhar, sem sequer se deitar...se levanta;
É flor nascida para perfumar, nascida sem saber o porquê, mas sabe de tua missão...conhece teu lugar;
Seu suor não exala mau cheiro, pedaços de si perdidos por aí se reúnem...fazendo de sua aparência tão metade, remeter àquele passado de algo pleno, inteiro!
Cheiro de lavanda, mundo de loucos cheios de razão que lhe queiram logo cedo, para perfumar sua jornada...
Dorme agora, faz frio lá fora...descansa, sem fechar os olhos, pois para se levantar terá hora marcada;
Sulcos em sua face tão juvenil, sufoca memórias, sufoca história...solta sutilmente o selvagem para aprisionar, levando consigo tua aura pueril...
Ladrões lá fora a ladrar, cães adestrados a lhe esperar...lavanda, se banha agora em lágrimas que sejam breve, por um momento sem que lhe façam concessões para se renovar;
Deixe partir para longe aquilo que caminha para distante de teu olhar, deixa teu sentido entorpecido novamente fazer algum sentido...
Deixa vida de outrora em ti, agora se renovar...
Se algo lhe perturba, lhe agrida...não revida, pois de uma flor, uma pétala de maldição eterna há de levar quem ousar arrancar...
Deixa vida acontecer, deixa morrer aquilo que se vai sem se importar, pois ainda és vida, és bela...menina florida aprisionada em um vaso, para quem lhe queira para cultuar, cultivar, abusar...
Abram as portas do hospício, deixe que loucura acometa esta multidão de insanos para que em breve, portões estejam abertos para seu definitivo lugar...
Deixa acontecer, deixa de fato renovar...deixa a vida acontecer para você, pois tudo a despeito de ti continua a ocorrer sem o consentimento de quem ainda seja flor, mas perece...
Padece, mas conhecimento inato detém para em seu pequeno espaço que seja, destino daquilo que ainda seja digno de se chamar por vida, sem desatino mudar.

Inserida por fernandoordani

Bem vindo ao vício.

Esse jogo não adianta, me cativa quando nada no vazio lá de fora, de um mundo que agoniza...interesse me desperta;
Esse jogo não atrasa vidas...é jogo com palavras, jogo de imaginação, primeira ou terceira pessoa, perspectiva de sucesso na tela!
Jogo de cartas marcadas, de danças de cadeiras em um lugar distante do aconchego de minha casa...
Jogo que se parece sério em suas vestimentas, suas personagens patéticas, sua falácia verborrágica, mas não passa de palhaçada, que não me interessa;
Esse jogo já me viciou, na primeira ou terceira pessoa...me esqueço sobre questões filosóficas, conflitos de identidade...assumo o controle e, tão logo, alguém com uma causa eu sou!
Jogo que vicia e livra dos males de outros vícios, jogo esquecido, injustamente lembrado para que seja repreendido...jogo que é cultura, que também conta história dos livros;
Se querem fazer da vida um jogo sem nexo...desconecto, desligo...
Em meu quarto, sem saudades da luz do sol ou do luar...das estrelas, solto em um mundo de perigos, saudades não sinto;
Hoje, na terceira pessoa já matei muita gente, já gastei muita munição...mas, sou suficientemente burro para em um país de corrompidos e corruptos, não me tornar bandido...
Inteligente o bastante para compreender que seja tão somente ficção;
Desligue e venha, sinta-se à vontade neste minha utopia, nesta redoma de doce ilusão...
Assuma o segundo controle, pois prioridade aqui sempre será minha...
Assuma de coadjuvante e cria teu heterônimo, em meu papel de astro anônimo...te concedo uma chance, em minha condição!
Coisa que um mundo de mentiras, desigualdades...mundo onde sonho se parece com ledo engano ou ilusão...
Jamais lhe conceda e lhe obrigue a sair com um sorriso, ainda que sempre lhe digam um não;
Aqui nada é quase, mundo aberto, campanha linear onde tudo é permitido e tudo se parece pleno...
Lá fora o mundo, em um mundo de gente que diz ser como a gente...
Nada gira em teu favor neste globo grande que é perigo, é veneno, mundo de pessoas comuns e tantos iguais, mundo pequeno...e real inimigo!

Inserida por fernandoordani

O destino está sob domínio de uma humanidade que foi dividida em dois grupos:
1- As pessoas que mudam o mundo e buscam incessantemente deixar sua marca na história;
2- As pessoas que estão presas na zona de conforto assistindo toda metamorfose pelo vidro.
Com isso, você passou a ter duas opções para fazer (ou não) a diferença e, quem sabe, mudar o rumo da tua história:
- Vencer o medo do improvável, juntar-se ao grupo 1 e deixar sua loucura fluir para contribuir e ter poder de voz ativa;
- Estacionar em sua zona de conforto e ser, por toda eternidade, parte do grupo 2, este que é dominado pelos loucos corajosos.

E então, já decidiu a qual grupo VOCÊ pertence? Afinal, é sim uma questão de escolha!

Inserida por fernandoguifer

Para poucos, a moda ainda é ser antiquado.
Poucos ainda sabem o que é viver com emoção.
Um abraço apertado, um beijo roubado e um sorriso de lado.
Valores estes que não aplicados e muito menos valorizados.
O antiquado de hoje é amar sem ver a quem.
Um abraço apertado, um beijo roubado e um sorriso de lado. Estes devemos permitir que somente a retribuição simultânea o pague.

Inserida por FernandoDantas

Curta a vida
A vida é curta
Não bastasse essa triste verdade
Ainda temos que ir a luta
Vencendo a tristeza
Que de tão astuta
Insiste em incomodar
Nos mostrando uma realidade fajuta
Que muitos seguem sem pensar
O peso da futilidade assusta
Mas ainda tem quem prefira carregar
Eu guardo apenas o que eu uso
E o que eu quero compartilhar
As tranqueiras jogo fora
Pois no lixo é o seu lugar
Deixo espaço para os sorrisos
Que no rosto faço questão de carregar
Curta a vida desse jeito
E tente do seu melhor aproveitar
Jogue fora toda mágoa
Que no peito só tende a pesar
Absorva o melhor da felicidade
Para suas forças renovar
E estenda a mão com um sorriso
A todos que de ti precisar

Inserida por nandoangelo

Jogo enigmático

Em um tabuleiro quadriculado, peças se entrelaçam,
Cavalos, bispos, reis e rainhas, se misturam a peões,
Onde cada jogada pensada, mostra a estrátegia usada,
A vida se deleita com a mesma magia,
Se entrelaça com outras vidas no tabuleiro do mundo,
E num lançe discreto se percebe gostar de alguém,
Mas sem saber que estrátegia usar, vendo o jogo se dificultar,
Acabar por encarar o jogo como distração, para não sofrer com a ilusão,
Sem saber que esse jogo vai apertando o coração,
Num lançe qualquer ver seu jogo desmoronar,
Quando quem queria ao seu lado,
Começa a se apaixonar, mas não por ela,
Pensa em a riscar tudo mas vê, que já lhe é tarde
Que a vida lhe presenteou com um xeque-mate
Seu amado já não lhe pertence
Cabe a jogadora remontar seu jogo,
E esperar que outro se sente a sua frente para um novo jogo.

Inserida por krueger

Poema Para Quê? Para Quem?

Redigir um poema, para quê?
Poema para o mercado cultural?
Para virar um Best-seller?
Para reprodução da cultura de massa?
Poema para se vender e fazer dinheiro?
Poema para quê?
Como forma de excluir quem não o entende;
Com sua linguagem abstrata e muitas vezes sem lógica?
Poema, poesia, para quê, para quem?
Para fazer a fama de poucos?
Para serem lidos pela elite?
Em redutos tidos como propagadores do saber?
Poema, poesia para quê?
Para falar em amores, abstratos, platônicos;
Onde o leitor embrutecido pelo sistema, não pode ver o amor,
Pois seu amor é concreto aos bens materiais?
Poema, poesias e crônicas para quê?
Para reproduzirem realidades utópicas;
Enquanto o leitor vive realidades históricas?
Poemas, poesias para quem?
Para os leitores da elite conservadora?
Para o jovem revolucionário?
Para o cidadão escravo do sistema que o embrutece;
Ou para o burguês consumir e se achar importante?
Poemas, poesia para quê?
Para conciliar ou dividir as classes?
Para despertar ou transformar o amor em comércio?
Para reverenciar ou reconhecer talentos?
Para fazer fama de uns, e renegar o sol a outros?
Ora, a arte de usar as palavras,
Arte essa restrita a quem?
Ao leitor?
Aos autores?
Ou ao sistema de comercializar?
Cadê o poeta romântico?
Que amava;
Não os bens e sim o homem!
Cadê o poeta que critica a realidade?
Do cidadão a quem lhe remete sua arte?
A arte não precisa regressar ao passado;
Para recuperar seu prestígio;
A arte precisa se humanizar de novo;
Acreditar no ser humano que luta;
Acreditar no amor interno, de cada indivíduo;
A arte precisa começar a revolucionar;
Não o sistema, que esse caíra;
Mas sim o homem;
Para que esse volte a ver na arte;
A crítica a vida sofrida que vive;
E assim se veja no poema;
Como sujeito ativo e não passivo.
Para que o poema, a poesia e a crônica?
Para humanizar o animal homem!

Inserida por krueger

OCEANO DE MEDOS
Queria poder expressar tudo o que estou sentindo por você nesse exato momento, mas acho que nem todo o papel do mundo daria conta do recado. Não sei ao certo se é bom ou ruim o que estou sentindo por você, mas tenho quase certeza que tem um pouco dos dois aqui dentro. Nem que seja lá no fundo o mau e no início o bom ou vice e versa. Mesmo sabendo que existe esse sentimento, aqui, dentro de mim. Não sou capaz de expressá-lo por medo. Medo de não ser correspondido talvez, medo de ter a iniciativa, enfim, medo de tentar, eu tenho, eu sei. Sou medroso, quando se trata de sentimentos sou. E muito. Mas está bom, vou ficar me afogando nesses meus sentimentos tão profundos quanto o oceano atlântico. É o jeito. Porque dessa vez o medo encobriu totalmente a luz da coragem, e não deixou aparecer nem por um instante. Mas é da vida, no meu caso sim. Então, vou voltar a me afogar no meu oceano de medos e tento voltar depois se eu conseguir nadar até a superfície.

Inserida por cleytonfernando

O TEU SORRISO, O TEU OLHAR.

O tempo passou,
e continuo aqui.
Ouvindo aquela canção
que me faz lembrar.
Do teu sorriso, do teu olhar.

Que me inspira a escrever,
Me inspira a relatar
o quanto adoro,
o teu sorriso, o teu olhar.

Só isso que queria dizer,
Expressar
Escrever
Gritar...
Que eu adoro.
O teu sorriso, o teu olhar.

Inserida por cleytonfernando

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