Cartas de Despedida da Namorada
Tributo às Mulheres nascidas há muito tempo atrás....
Cresci cercada de mulheres valentes!
Que não tinham tempo para vaidades...
cuidavam dos cabelos umas das outras;
não tinham perfume, nem maquiagem...
Sua vida ... cuidar dos filhos
e uma árdua rotina de trabalhos...
Tudo o que se comia vinha de suas mãos!
Das saladas cultivadas na horta, do pão feito em casa,
às geleias e aos queijos feitos com o leite
ordenhado ao nascer do sol, à lenha que aquecia o fogão...
Não era uma vida suave, mas aos olhos delas... feliz...
Era o que se esperava das mulheres da época,
que nem sonhavam com a tal emancipação...
Sua felicidade consistia em colocar
no mundo filhos sadios
e a sorte de encontrar um marido bom e trabalhador.
Claro que, com o avanço dos costumes,
hoje isso beiraria à escravidão...no entanto, quando converso
com algumas tias velhinhas percebo nelas uma nostalgia
de um tempo difícil, mas rico de histórias onde exerciam o papel
mais importante que poderiam exercer no auge da década de cinquenta... o de mulher e mãe... em tempos de submissão...
Diante do espelho
a Mulher chora enquanto tenta se maquiar...
Entre uma lágrima e outra que seca
para o rímel aplicar, vai buscando forças
para o dia enfrentar
Já serviu o café para a família,
Crianças banhadas e vestidas,
estica as cobertas às pressas e dá uma olhada nas horas.
Vestida para o trabalho, cata bolsa e celular,
chama as crianças
e na passagem pela cozinha ainda lembra
de algo para o almoço do freezer retirar...
Sai em disparada cumprindo o diário ritual:
Escola, trânsito, horários, compromissos e obrigações
Ufa!!!Chega ao escritório!
Confere o cabelo no espelho do elevador,
respira fundo, coloca um sorriso nos lábios
e entra dizendo um sonoro "Bom Dia"!
Cika Parolin
Mulher mais que tudo
é Alma, é coração...
Vibra de alegria e se doa;
é Vida, é luz e encantamento, é intuição...
Se souberes amá-la descobrirás que segredos ela guarda
em seu rico mundo interior e só então compreenderás
o que é Entrega, aquela vem de dentro, naturalmente,
pois não compreende amarras ou qualquer tipo de prisão
posto que é "mulher pássaro" livre
e prefere decidir quem é digno de
conduzi-la pela mão.
Cika Parolin
Busco a simplicidade de palavras
que falem de sentimentos singelos
de memórias de um tempo longínquo
onde não havia maldade;
onde se podia brincar livremente no campo,
onde a maior diversão era o banho de riacho,
onde o pouco que tínhamos era tanto
e onde éramos felizes com as coisas mais simples.
É essa singeleza que tento preservar viva na alma
e escrevê-la é uma forma de lembrar de onde vim
e de não esquecer minhas raízes.
Cika Parolin
Que brisas sopram o teu rosto?
Que águas banham o teu corpo?
Quais são os teus caminhos, como vives?
O que lês, que filmes vês
e com quem os discutes?
São as ironias da vida...
Ontem eras a razão do meu viver,
hoje és apenas débil lembrança de um tempo feliz
que como folha soprada pelo vento...
Se perdeu.
Cika Parolin
Em prédios, elevadores, casas, lojas, ruas, muros...vivemos cercados de câmeras, escutas, gravadores... e temos que nos habituar à desagradável sensação de sermos vigiados.
A grande maioria dirá "é por segurança"...
Mas que triste constatar que todos, sem exceção, estamos
cada vez mais reféns do que se alastra para a vida em geral...
Em qualquer situação tornou-se um hábito julgar que o outro é
pouco sincero, nada confiável e muito suspeito,
quando o ideal seria julgar apenas ante a constatação
da falha ou do crime.
Cika Parolin
Talvez fosse setembro... não se sabe ao certo o ano... mas era de tenra idade e já tinha de ser mais adulta do que de fato era. Sentia culpa por poder correr e brincar... enquanto seu gêmeo apenas olhava com o rosto contra a vidraça.
Um tempo em que tudo o que ela pedia a Deus, aquele Senhor de barbas brancas, era que ELE ajudasse a inventar algo que fizesse seu irmão a andar. Claro que ele não inventou nada a tempo e o levou bem antes disso. Ficaram lembranças de um menino inteligente, que desenhava e adorava orquestrar travessuras que ela cumpria passo a passo.
Muitos e muitos anos depois, ainda restam os porquês dos desígnios e ironias da vida que "premiam" alguns com cruzes demasiado pesadas e outros com cruz nenhuma.
Parece algo triste, mas não... são as lições de humildade que se aprende à duras penas e que se carregam até o fim.
Cika Parolin 29 de outubro de 2017
Vagas lembranças do que fomos...
O encontro dos nossos olhos já nada diz
e eles quase não se buscam mais.
Nossas bocas já sem juras, sem palavras...
Nenhum gesto... tudo se diluiu.
Nossa história naufragou
nas ondas do silêncio
que se fez escuridão...
E agora só há essa noite
que abafa os sussurros agonizantes
do amor que tenta fazer-se ouvir, em vão.
Cika Parolin
Qual é o mérito e o que uma alma ganha
depreciando o sofrimento alheio?
De minha parte fico chocada com a dureza de certos corações que não se comovem, não se solidarizam
e muito menos mantém um silêncio respeitoso diante da morte.
Como se não tivessem família, filhos, pais...
Triste, feio, desumano... julgar sentimentos
e a forma como cada um expressa sua dor.
Cika Parolin
Se só por alguns instantes nos colocássemos no lugar do outro
(amigo ou não) e nos perguntássemos:
"Como eu me sentiria se estivesse no lugar dele?" ,
muitas atitudes desrespeitosas não seriam cometidas.
A insensibilidade, o desrespeito, a falta de solidariedade
são atos que só se corrigem quando nos doem na própria carne.
Cika Parolin
É NATAL... pensemos:
MENOS na roupa que queremos exibir.
MAIS em quem tão pouco possui
e nada tem para vestir.
MENOS nas comidas elaboradas para a ocasião.
MAIS na falta de remédios e alimento
que aflige quem não tem ao menos o pão.
MENOS em presentes
a quem não precisa
e nem deles faz tanta questão.
MAIS nas crianças desvalidas
para quem um agasalho, um caderno, um calçado...
facilitaria imensamente a vida
e lhes traria alento ao coração.
Que a lembrança do Menino Jesus, na manjedoura,
nos faça pensar mas, acima de tudo,
que nos motive a AGIR como irmãos.
Cika Parolin
“Enquanto ele lia, me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora pra outra.”
“Não importa quão forte seja o impulso, não importa o quão alto se chegue, não será possível dar uma volta completa.”
“Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.”
“Alguns turistas acham que Amsterdã é a cidade do pecado, mas a verdade é que ela é a cidade da liberdade. E é na liberdade que a maioria das pessoas encontra o pecado.”
“Ana” significa cheia de graça. E agora, olhando diretamente para ela de longe, não me parecia a mais nova das moças, mas certamente era uma das mais delicadas e graciosas. Uma princesa, diria Eduardo. O gentil homem que há anos atrás foi roubado o coração. E que aguardava a minha visita, com o mesmo partido, do lado de fora. Uns passos a mais e dava para olhar mais detalhadamente. A moça estava sem cor, coberta de tubos de variados tamanhos e com pequenos ferimentos no lábio inferior, o que de fato fez o meu coração apertar. Com as pernas bambas, custei-me para me aproximar, mas sem pensar duas vezes dei mais alguns passos tortos em direção a ela. Ao chegar à beira da cama, alisei-lhe o rosto e enfermeiras me fuzilaram com olhares furiosos. “As pessoas não entendem que aqui não se pode tocar nos pacientes…” escutei a de cabelo mais escuro dizer. Ao mesmo tempo em que olhei para trás, a mesma de cabelos escuros balançava a cabeça negativamente. Ignorei. Minha atenção era da moça, aquela doce moça deitada a minha frente. Não podiam me impedir de tocar-la, e então continuei a alisar-lhe o rosto e em seguida os cabelos, que frágeis se soltaram em pequenos tufos sobre a minha mão. Ela estava ali sozinha, tão debilitada, e precisando dos meus cuidados. Sussurrei, mas percebi que ela não podia me ouvir. Os remédios a deixavam fraca e ela não tinha forças para me olhar. Por um momento fechei meus olhos e pedi para que de alguma forma ela sentisse minha presença. Esperei. E esperei, e sem sucesso não houve nenhum movimento, nem mesmo um pequeno sinal que me fizesse acreditar. Por mais que a tocasse era inútil imaginar que poderia estar me sentindo. Às lágrimas escorriam pelo meu rosto e como tive vontade de pega-la no colo. Ninar, cantar… E cantei. Cantei no intuito de que pelo menos pudesse me ouvir. A música eu não poderei lhe confessar o nome, pois esse passou a ser o meu segredo e da doce moça deitada sobre minha proteção. Continuei a cantar por alguns breves e eternos segundos. Até minha voz falhar e meus soluços tomarem o seu lugar. Pus minha cabeça sobre a moça, e ali eu fiz meu pranto. E chorei, chorei, chorei.
Tentei me recuperar. Mas as lágrimas eu não podia conter. Percebi então que já não possuía controle algum sobre elas, nem sobre o meu coração, nem sobre a moça. Pudera minhas lágrimas fazer milagres, caírem sob sua face e a despertasse como nos contos de fadas. “Lágrimas de um amor verdadeiro” pensei. Mas a vida não era justa, sabíamos bem, e por mais que Ana em meu coração se igualasse a mais bela das princesas, também não era um conto de fadas. Olhei para o relógio e meus preciosos minutos tinham se passado, talvez os primeiros de muitos ainda, talvez os últimos, talvez lembrados para sempre, talvez esquecidos quando pela manhã ela voltasse para casa. Quem poderia saber ou me provar o contrário? Não havia explicação, apenas esperança. Sim, esperança era a minha palavra, e eu tinha a total esperança na minha doce moça. Preciso confessar lhe que jamais conheci alguém tão única como ela. Tão forte, tão minha. E naquele momento — naquele precioso momento —sem me sentir, sem talvez nem me ouvir lhe disse: “Eu sempre te amei e sempre irei amar” e com um beijo na testa me despedi da minha graciosa Ana.
Após nove dias naquele mesmo estado a moça partiu, levando consigo todo o meu coração. Ela se foi deixando uma dor profunda em cada um em que plantou o seu amor. Amor… Como era amada a minha moça, era a mais encantadora que o mundo já teve o prazer de conhecer. E apesar da saudade que deixou com a sua partida, deixou também o que de mais valioso trazia em seu coração: Sua graça e doçura.
(...)
— E esta foi à última vez que eu vi a moça — minha doce, doce vovó — ainda com vida.
Onde está aquele amor?
Onde está aquele amor verdadeiro, daqueles que nunca se acaba e que cresce independentemente da distancia?
Aquele amor que nasce do nada e que une pessoas tão diferentes que até parece desafiar a lógica e parece não buscar razão para existir. Minha angustia é saber onde encontro esse amor, aquele amor dito clássico, singelo. Um tipo de amor que impulsiona,mas não só nos primeiros dias ,um amor que se impulsiona através dos oceanos.
Como me contentarei com essas migalhas de paixão esses beijos tão vulgares cobiçados apenas por aqueles que procuram encher um vazio. Um vazio enorme, fundo, e às vezes imperceptível aos olhos do próprio desamado.
Meu caro leitor.Será amor isso tão pequeno, algo tão rápido?Onde está aquele amor duradouro lindo contado pelos grandes poetas. Aquele amor intrínseco a alma e muito maior que o entendimento dos homens.
Ajudem-me tenho sede de achar esse amor. Esse amor que não diz eu te amo gritando ,esse amor que olha,sorri e acorda murmurando em silencio e no silencio se diz: eu te amo,eu preciso te fazer feliz.Já me disseram eu te amo,mas não foi de verdade ,se alguma vez foi amor verdadeiro porque não seria amor verdadeiro agora?Amor com validade não é o que eu preciso.
Quando anoitece
não podemos evitar uma certa nostalgia...
O sol se esconde, as aves emudecem
e a noite traz consigo uma espécie de temor,
como se não houvesse amanhã... mas não!!!
é apenas uma breve impressão
seguida da esperança de que amanhã
certamente nascerá um novo dia.
Cika Parolin
Mas que enorme desperdício de energia
é tentar rebater qualquer afronta...
Melhor gastá-la com coisas boas:
uma conversa proveitosa, uma leitura, um filme bonito
ou simplesmente usufruir da própria companhia.
No mais, seguir vivendo e deixar de lado qualquer coisa
que não faça bem e enfeie os seus dias.
Cika Parolin
De manhã,
quando nenhuma nuvem paira em minha alma,
tudo me parece simples e em perfeita paz...
Até que "ligo" o noticiário: Preconceito, violência,
toda sorte de torpezas lembram-me que vivo em 2017;
que não é uma época cor-de-rosa; que é preciso manter
a casa bem trancada; que nenhuma prosperidade pode ser
mostrada e que , logo ali na esquina,
espreita-me o mundo real...
Cika Parolin
Não é da minha natureza questionar
o que quer que os outros façam...
Minha filosofia : Viver a "mi manera" e compreender
que todos, sem exceção, têm o mesmo sagrado direito.
Se algo não vem ao encontro do meu gosto pessoal,
o que isso importa? Por que razão eu deveria tecer comentários
acerca disso? Seria minha opinião assim tão importante?
Definitivamente NÃO... Não sou melhor nem pior que ninguém
e respeito os meus semelhantes, mesmo que nem sempre os aprecie.
Cika Parolin
Quem disse que esquecimento
é deixar que as lembranças se apaguem?
Ledo engano...Lembranças serão sempre lembranças!
Elas, no máximo, ficarão guardadas num cantinho escondido
e pouco visitado de uma "gaveta" da alma...
Bastará remexer um pouquinho e lá estão elas!
Prontas para mostrar o "ar da graça"...
Cika Parolin
Ninguém pode conhecer a profundidade da dor do outro...
Cada ser reage a seu modo aos acontecimentos infelizes.
Por isso jamais julgue fracos ou chorões aqueles que têm mais
facilidade em externar suas tristezas e, nem julgue insensíveis
os que se mantém em silêncio. O que cada um faz com suas adversidades é de foro íntimo e pessoal
e não serve como parâmetro para determinar sentimentos.
Cika Parolin
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