Cartas de Carinho

⁠O martelo simboliza nossas ações e decisões; o prego, nossos objetivos que dão direção. Porém, cravar pregos com força excessiva pode entortá-los, assim como perseguir metas sem flexibilidade nos torna rígidos e impede o crescimento. O equilíbrio está em saber quando bater e quando ajustar a estratégia. Somos o martelo da nossa jornada, mas devemos escolher quais pregos cravar e onde posicioná-los — sem um prego, o martelo não constrói; sem martelo, o prego não alcança seu destino.

Nada se compara ao toque. Seja um cafuné; um abraço apertadinho e acolhedor; o entrelaçar de dedos num laço de cumplicidade; a mão que desliza sobre a face úmida com jeito de quem quer tocar a alma; pernas misturadas na intimidade da alcova; o roçar silencioso de lábios; o encontro inesperado de um olhar, e tantos outros carinhos mais íntimos. Quando penso em todas essas sensações tenho certeza que mais do que pra palavra, fomos feitos para o toque.

⁠Acorde e abra as janelas, deixe o sol entrar. Faça uma cama bonita. Use o seu melhor lençol, o cobre leito mais bonito que você tem, a peseira e almofadas mais charmosas. Coloque uma mesa bonita para as refeições. Use a sua melhor louça e talheres, a sua melhor toalha, o seu melhor guarda-napo. Organize a casa, limpe, efeite com flores. Capriche nas refeições, mesmo que seja só um macarrão, tempere, enfeite, deixe bonito. A gente come com os olhos também. Mantenha o carro limpo. Jogue fora as suas roupas manchadas e furadas. Isso tudo, não é uma questão de luxo, é uma questão de zelo, de cuidado. Enquanto você achar que é uma vidinha mais ou menos que você merece, é uma vidinha mais ou menos que o universo vai te dar. Mais do que desejar algo, com todas as suas forças, você precisa sentir-se merecedor do que deseja. O merecimento é a chave que abre a porta dos sonhos. O universo não entende palavras, entende energia, frequência e é na frequência do que vibra dentro de você que a sua vida vai ser organizada, equilibrada e harmônica ou não.

Eram cinco horas da manhã. Era sábado. Ouviam funk a um som excessivamente alto e irritante de modo que não havia como não sentir vergonha e constrangimento, mas isso não importava. Nada importava pois eu estava nos braços dele, ele me chamava de "anjo", acariciava meus cabelos e beijava minha testa, fazendo eu me aconchegar mais e mais nele. Para que cobertor se eu o tinha ali comigo? Para que paranoia se ele estava ali, me abraçando ao amanhecer? Para que drama se era carinho, se podia ser paixão?

Existem mulheres e mulheres e existe você. Tão gigante e tão pequena, segura e confusa, brava e feliz, intensa e desconfiada, forte e também fraca. Sabe falar e fazer tudo que me leva ao paraíso e ao mesmo tempo com seu pequeno tridente e grande gênio me leva a loucura. Tu és inteiramente deslumbrante, interessante, uma gênia e a coisa mais linda.

⁠Sinto com coração de menino o som que a paz te tocou enquanto mulher, te vibro a existência como homem, disposto e exposto, ao sentimento que sem medo lhe levo aos pés. Ave bela e liberta, com jeito de menina, se um dia eu for tua sina, me encontrará a sua espera, antes de pensar, até na primeira esquina, eu pronto pra ser teu homem e tu a minha mulher.

⁠Gato carinhoso, dengoso e meloso que mia como um desesperado, anunciando uma represa cheia de amor, não só para dar, mas doar, leva da gata amada muita patada no focinho, arranhões e até escoriações e, pasme, fica feliz e quer bis, ou seja, gato que tem medo de patadas não faz “gracinhas”.