Carta dos Filhos ao os Pais

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Carta pra você que está chegando

Eu preciso te contar dos que estiveram aqui antes de você. Antes de qualquer coisa. Eu preciso falar sobre as cicatrizes, os tombos e os cacos que ainda tentam se juntar. Você está chegando agora, é novo no jogo, ainda não sabe os atalhos para fugir do game over. Tô aqui para te dar as dicas, porque eu quero mesmo que você vença as minhas batalhas. Porque quero que você chegue, abra a porta e se sinta em casa. De visitas, tô cheia. Agora, eu quero alguém para ficar.
Já aviso que sou difícil. Cheia de cascas e camadas protetoras. Com o passar dos anos, construí meia dúzia de muros à minha volta. Mas não desista de mim. Dê voltas e me encontre. Entre os tijolos, escondem-se portas e janelas abertas para você entrar. Por trás da autossuficiência aparente, tem alguém disposta a amar de novo e de novo e de novo, até, finalmente, acertar. E o que eu mais quero é acertar com você.
Me ensina também. Sei que por trás desse sorriso de quem não leva a vida a sério tem as suas próprias decepções. Me fala daquela última garota que quebrou seu coração. Me mostra suas feridas, me diz aonde não devo errar. Eu juro – eu juro – que a última coisa que eu vou querer é te magoar. (Mas talvez, sem querer, eu te magoe).
Saiba que eu também já errei. Algumas vezes partiram meu coração, outras, fui eu que quebrei corações alheios. Eu não sou perfeita. E eu vou falhar. Vou gritar, dizer para você ir embora, falar que nunca deveria ter chegado. Talvez, a gente supere a nossa falta de jeito para o amor e consiga aprender a amar um com o outro. Talvez, a gente acabe com o mesmo fim de todas as minhas outras histórias mal acabadas, cheias de vazios e sem sorrisos.
Mas eu queria dizer, enquanto você ainda está na porta, que eu estou disposta. Eu tô largando tudo para tentar com você: meus medos, meus segredos, meus receios. Tô tirando a armadura porque quem foge do amor o tempo todo só tenta se enganar. No fim, eu só tô dizendo que amar você é quase como pular do precipício. Mas, por você, eu pulo. Eu pulo.

Uma carta de desamor |

Me desculpe por ter tomado a iniciativa. Me desculpe por ter escrito. Me desculpe por ter ligado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ter dito sim. Me desculpe por ter gemido. Me desculpe por ter gozado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos machucados que sua ex deixou em você. Me desculpe por eu ter vindo logo atrás dela. Me desculpe por querer entender seu silêncio. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter tirado a roupa. Me desculpe por eu ter mostrado meu corpo. Me desculpe por eu ter gostado de mostrar meu corpo. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter escrito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu escrevi. Me desculpe por você ter me achado ousada demais. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos seus erros de português. Me desculpe pelos erros de português da sua nova namorada. Me desculpe pela sua nova namorada achar margarida uma flor pobre. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por você torcer para o Palmeiras. Me desculpe se uma barata entrar na sua cozinha algum dia. Me desculpe pelos 130 km de congestionamento em São Paulo agora. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.

Escrevi essa carta faz uns dez dias. Desabafei! Desentranhei tudo que me mantinha afogado em sentimentos. Fui sincero. Lutei e tentei. Mas escapou das minhas mãos. Fugiu da minha alçada. Gostaria de ter me despedido porém não foi possível.

Querida mulher adorada,

Algumas coisas começam da maneira mais louca, da forma menos esperada. E também terminam assim.

Uma das coisas que aprendi nas minhas relações anteriores foi separar o sentimento das outras coisas. Tentar manter o sentimento no seu estado mais puro. Magicamente dói muito menos. Sim há melancolia que te remete à tristeza, mas ao final, não há dor. Há paz. A tranqüilidade de ter sido feito o melhor.

Isso deve ser uma das coisas que mais me doeram.
É muito estranho estar afogado num mundo de sentimentos que vão e vem de uma maneira desenfreada, dentro de mim. Existem coisas que pensei que jamais voltariam a acontecer comigo, porque acreditei que sabia muito acerca dos sentimentos. Acreditei saber o suficiente para não cometer outro erro.
É evidente que tenho que aprender que nessas experiências sentimentais, as experiências não servem muito. Sempre volto a cair nas mesmas armadilhas. E o pior de tudo, somado à dor, se soma o fato de sentir-se um idiota.
Queria dizer tantas coisas olhando nos seus olhos. Frente a frente, como sempre gostei de tratar as coisas, sendo com meu pior inimigo ou com a pessoa que mais amo. Mas lamentavelmente não tenho espaço para isso e não me resta outra alternativa que escrever minhas palavras num "papel" que nem entende bem o que acontece. Pessoalmente não gosto de me expressar dessa maneira porém a única razão é que não posso fazê-lo de outra maneira.
Era eu sempre o que aconselhava a todo mundo nos temas sentimentais. Conheci milhões de situações diferentes. Algumas as vivi, e algumas situações que particularmente me fizeram chegar lá no fundo, onde parece não haver volta. Outras que aconteceram com meus amigos e amigas. Mas nunca termino de me surpreender.
Mas agora preciso dizer todas essas coisas que disse a toda essa gente, a pessoa mais importante e na situação mais difícil: a mim mesmo. É que não tenho agora com quem falar. Talvez por orgulho, talvez por vergonha.
É evidente que algo esta diferente em mim, não há como esconder.
Nao entendo exatamente como funciona o universo, mas sei que há algo que me cuida e que me coloca perto de pessoas que me servem de ajuda. Meus poucos e escassos amigos, na acepção literal da palavra me perguntam onde deixei minha alegria repentina. Onde deixei o brilho dos meus olhos. Onde deixei a vontade de lutar.
Dói ter que mentir quando me perguntam como estou, " Muito bem". Tento dizer com a minha melhor cara, sabendo que não posso dissimular esta dor que as vezes sinto que me parte em dois.
Mas assim são as regras e assim é a agonia. Sempre disse, prefiro uma dor aguda e curta, a uma imensa e suave.
Já te imagino lendo essas palavras e concordando e dizendo, " viu, eu te avisei", porque sabe melhor que ninguém ao que me refiro.
Mas não. Não se equivoque. Ser forte não significa ser frio e insensível. Isso, ao meu critério, é tornar-se um covarde e isso não sou.
Sempre penso: a vida segue, o mundo gira e segue dando voltas, não posso ficar aqui sentado enquanto estou mal.
Quando nos conhecemoa foi a primeira coisa que te disse. Lá atras, quando éramos bons amigos, seu bom amigo que tentava de alguma maneira raciocinar enquanto vc pensava nas decisões a serem tomadas.
Mas tudo bem, em nome da honra que ensinei a alguns, terei que tirar essa força de algum lugar. Não sei exatamente de onde. Uma forma fácil seria injetando algo de raiva, ódio e ira. Seria mais fácil, claro que sim. Mas seria uma atitude covarde e desonesta. E acredito que te disse que isso é algo que não sou.
E sabe de uma coisa? Vou tratar de sair dessa sem dizer nenhuma mentira. Nem a você, nem a mim. Não vou sair dizendo que não te adoro e muito mais, porque seria mentira. Sem mentiras, somente a verdade.
Não vou lhe dizer que não sinto a sua falta, porque não há sequer um minuto em que não pense em você.
Nao vou dizer que não preciso de você. Que não me faz falta estar ao seu lado e acariciar os seus cabelos.
Porque me faz falta, e talvez mais que nunca, hoje.
Nao vou dizer que não quero te ligar. Porque a cada vez que tenho o telefone nas minhas mãos e meus dedos vão sozinhos discando seu número, e não vou negar que isso congela meu sangue.
Tampouco vou dizer que não quero que me ligue. Porque na primeira coisa que penso quando toca o telefone é na sua voz.
Pra que mentir, se não posso. É algo que não posso fazer. Andar por ai dando uma de que está tudo superado seria a coisa mais idiota que eu poderia fazer agora. Há algo muito mais importante que meu orgulho, o que te prometi.
Prometi não mentir. E isso joga contra agora. Me mata. Porque eu poderia sair dessa pelo caminho mais fácil. Mas não vou te dar a oportunidade de dizer que falhei. Nunca!
Nao me arrependo de nada. Faria tudo de novo. Iria por aquele abraço todos os dias como se fosse a primeira vez. Te conquistaria todos os dias como se fosse a primeira vez. Colheria de olhos fechados essa flor sem saber que era amor. As pessoas prometem algo quando estão seguras de poder cumprir, ao menos é o que trato de fazer. E se estou seguro de algo, são das minhas palavras, das minhas promessas e do meu sentimento em relação a você.
Das quinhentas cartas que escrevi essa semana, essa é a que vai parar nas suas mãos. Porque é a mais sincera. Mas também é a que mais dói. Porque a verdade dói. Dói mais do que imagina.
Espero que algum dia entenda que tudo foi verdade. Te custa confiar porque talvez te mentiram da maneira mais covarde e da maneira mais estúpida, diante dos teus olhos.
Te pedi que fosse sincera. Pedi que não falhasse. Mas vc, querida e adorada mulher, não pôde cumprir com isso.
Sei que deve estar retrucando," vc sabia onde estava se metendo, vc sabia como era tudo".
Sim eu sabia e nunca neguei. E assim mesmo, me animei.
Antes as regras eram simples e claras. De repente tudo se encheu de duvidas. De algumas mentiras.
Doendo ou não, um dia vou ter que aceitar que nos precipitamos. Porque não vou te dizer que não dói aceitar algumas coisas. Dilacera!
Te questionei certa vez e me disse, "não, não é assim, eu quero estar contigo".
A história segue e finalmente essa noite encontrei/entendi qual era o meu lugar. Essa noite compreendi que foi tudo em vão.
O problema não é vc. O problema sou eu e essa minha louca utopia do amor, que nasce da forma mas espontânea. Meus sonhos e ilusões. Essas coisas que não estão à mão da maioria porque eles tem medo, mesmo dizendo que não. Sem duvida nenhuma são os mais covardes porque tem medo ao mais elementar: ao amor.
E agora penso que tenho que ir. Não ha outro caminho, ou há?Tenho que fazer um pouco de força e sair caminhando. Suponho que algo bom tinha que ter depois de tudo. Não há bem que dure para sempre nem mal que nunca acabe.
O mundo escapou das minhas mãos. Amanha tenho que correr atras. Tentar alcança-lo e subir de novo no meu lugar e deixar algumasr coisa pra trás. Dentre elas, você, mulher maravilhosa e majestosa.
O problema é que dói. Dói se desprender de algo tão maravilhoso e grandioso. Mas talvez seja um mal necessário pra ambos. O tempo dirá.
Nao queria fazer isso, mas somente quero levar algo que deixei nas suas mãos, sem que me pedisse, meu coração.
Nao é que não quero deixa-lo contigo. Se pudesse desejar, desejaria estar ao seu lado para sempre. Mas é que meu coração precisa de algo de conserto. Necessita um pouco de cuidado para que se recupere e volte a bater. Preciso voltar a ser "eu" outra vez.
Preciso que entenda que não considero vc culpada. Preciso que saiba que a pessoa maravilhosa que conheci esta escondida atrás de algo que não podemos transpor. E ainda que eu queira ir e quebrar tudo, não posso. Não devo. Tenho que lembrar sempre que prometi não te magoar.
Nao posso obriga-la a sair dai se não quer, embora tenha a sensação que sim vc quer, porque alguma vez me disse, "quero estar com voce". Essas palavras sou incapaz de esquecer. E jamais as esquecerei. Essas palavras ficarão gravadas em mim somente porque elas foram verdadeiras. Mas, lamentavelmente vc não esta disposta a assumi-las.

Sinto muito. Agora terei que correr muito, já esta tarde e a vida segue seu ritmo desenfreado.
A verdade, foi uma enorme satisfação haver compartilhado momentos inesquecíveis contigo. De verdade. Muito mais maravilhoso foi me apaixonar e te ter ao meu lado. Vc me fez sentir pequeno ao seu lado e por outro lado, o homem mas cheio de sorte e grande do mundo. Claro, talvez pode ser que nunca tenha acreditado, supondo que não passasse de um verso a mais.
Já não importa. É lindo demais.
Vai terminar de ler essas linhas e vai entender que não minto. Que fui sincero e o que sinto, chega a ser tangível. Vc pôde tocar. Esteve tocando sem se dar conta. Sem querer se dar conta.
Pode ser que tenha se prendido em detalhes negativos. De acomodar. Mas tudo bem, é o que vc escolheu pra sua vida. Quem sabe um dia possa ver o outro lado das coisas.
Agora estou escrevendo com o pouco que resta de mim. Mas agora já não conta. Já não importa.
E agora, antes de ir, quero te devolver algumas coisas e ficar com algumas.
Devolvo os pensamentos que foi capaz de colocar na minha cabeça. Coisas que nem aconteceram e que provavelmente jamais acontecerão. Eu fico com o que acredito que é a verdade.
Te devolvo minhas ilusões e meus planos;
Te devolvo seus olhos, os mais belos que nunca tive. Mas fico com o seu olhar. Fico também com seus abraços e beijos.
Te devolvo minhas ilusões de viajar, te devolvo esse encontro imaginário.
Te devolvo meus planos de quando estivesse comigo, compartilhando do muito que tínhamos que compartilhar.
Fico com o primeiro abraço e com a primeira vez que te conheci. Fico também quando nos encontramos no parque e comemos frutas, um dia lindo. Talvez algum dia saiba porque esperei tanto tempo.
Fico com seu bom humor e as vezes que me fez rir de gargalhadas.
Fico também com as longas despedidas que esperava que nunca terminassem.
Guardo também os longos e apaixonados beijos que as vezes nos deixavam sem ar, que pareciam não ter fim.
Te devolvo minha louca vontade de te ajudar nos seus projetos. E te dou de presente todo esse tempo que gastei pensando em concretiza-los.
Te deixo uma canção, " si tu no estas", do grande Franco de Vita. E te deixo outra, que sonorizou o nosso jantar mais maravilhoso, " O haver".
Deixo meu desejo que seja feliz.
Te deixo um grito entranhado e apaixonado, desesperado e agonizante: Te adoro e muito mais. Deixo também minha amizade, dessas que creio que não tenha, diga o que me diga.
Te deixo minha vontade louca de cuidar de vc.
Te deixo todas as lagrimas que derramei enquanto escrevia essas sinceras palavras. Minha falta de ar. A dor. A amargura. A impossibilidade. Deixo tudo aqui.
E fico com o que não posso deixar de sonhar do fundo da minha alma, duas palavras, "quero estar com vc" e " te adoro e muito mais", que alguma vez me disse de verdade.
Deixo a possibilidade de que, se quiser, podemos nos encontrar e conversar, confesso que adoraria.
Adeus mulher linda, maravilhosa, majestosa. Adeus mi reina.

Querido Papai Noel, quanto tempo, não? Já se passaram dois anos desde a última carta, quando eu praticamente implorei para você dar um fim em um certo cupido; e como de costume o senhor não atendeu o meu pedido. Pois bem, quero lhe informar que esse ano ele foi embora por livre e espontânea pressão. Um certo dia acordei e me dei conta que já não havia mais espaço para nós dois, taquei fogo nas coisas dele e o enxotei daqui. Desculpa, mas a convivência estava insuportável.
Quero lhe informar também, que o cupido que o senhor mandou ano passado, também foi embora. Havia um atrito enorme entre o cupido de 2011, com o de 2012; o pobrezinho não aguentou as brigas e se mandou. A boa notícia é que ele arrumou toda e qualquer bagunça antes de partir, não deixando problemas pendentes.
Finalmente Papy, minha vida amorosa entrou nos eixos, com os cupidos longe daqui, eu consigo ver com clareza quem é curva de rio e quem não é. Mas o que parecia ser a solução, se tornou um problema. Casa vazia, arrumada e tédio em dobro. Eu olho pra tudo quanto é direção, e nada me chama a atenção. Sou dois lados da mesma moeda: ao mesmo tempo que não quero me envolver com ninguém, meu coração pede por carinho. Até consigo me interessar por um carinha ou outro, suspirar encantada um dia ou dois, sonhar com vestido de noiva e casinha branca, mas todo esse encanto se desfaz em menos de um mês com a mesma velocidade que apareceu. Então tudo volta ao normal, e o ciclo se repete: primeiro esvaziar a casa, depois arrumar o que sobrou, por fim o tédio chega pedindo um pouco de carinho. Tá chato Noel, tá chato se perder por aí tentando se encontrar. Tá chato perder o foco e não saber mais quem se é, e o que se quer. Minha essência é a tempestade, e essa monotonia tá me afogando.
É que eu acredito no amor. Acredito! E para quem acredita no amor, ficar com o coração vazio assim, é uma das piores torturas. E eu tenho medo de me envolver com qualquer babaca por carência; eu tenho medo de achar que amo, só porque o amor é quase tão essencial quanto o ar; eu tenho medo de acabar machucando alguém, que eu só me envolvi pra anular um pouco a falta que um verdadeiro amor me faz; mas eu tenho ainda mais medo, de nunca amar. É que eu sou daquele tipinho chato, que acredita que o mundo gira em torno do amor, mesmo a vida me provando várias vezes que é totalmente ao contrário.
E esse ano eu fui uma menina boazinha, venci minha preguiça, falei menos palavrão, paguei todas as minhas contas em dia e, até ajudei uma velhinha atravessar a rua. Por isso quero te pedir um presente. Quero que o senhor por favor, nunca deixe que essa minha visão do amor mude, que a vida e a sua realidade jamais consiga me fechar, me bloquear, e me fazer correr de medo do amor, para qualquer lugar longe e seguro. Que apesar de todos os trancos, eu continue acreditando fielmente que o amor existe sim, e que não é burrice esperar. Que eu jamais me perca. Que eu jamais me fira. Que eu jamais fira os outros. De uma forma bem simples, tudo o que eu quero é um amor. E que esse amor venha para somar, com muita felicidade, paz e amor próprio!

Carta para Dilma

Rio de Janeiro,04 de Novembro de 2013.
Querida Dilma, como vai você? Com certeza bem né? São 09:07 horas da manhã, e eu já estou na escola, sentada em uma carteira quebrada, ao lado de desordeiros que xingam um cara oprimido, que disse ter passado toda a sua madrugada preparando uma aula, onde a vinte minutos ele tenta dar início. Disseram que sairemos cedo hoje, pois a merenda não chegou até aqui. Quando eu for embora, pedirei carona a cada ônibus que passar, tomara que não me joguem lama, até que um pare e me leve ao menos até próximo de minha residência.
Ao chegar terei de fazer almoço, pois minha mãe trabalha até a noite, e meu fica em casa, pois a quatro aos tenta s encostar no INPS, ele tem câncer e não poderá mais trabalhar, mas vem sobrevivendo. A tarde, eu irei trabalhar, leciono em um cursinho de informática de duas da tarde às dez da noite, e lá consigo ganhar um pouquinho mais que o salário mínimo da minha mãe.
Me desculpe por lhe incomodar, mas é que a nossa educação, nossa segurança, nossa saúde, o nosso transporte, nosso lazer e nossos demais direitos estão ruins. Enquanto sua gripe é curada no Sírio Libanês, nossos SUS estão colocando café em nossas veias sanguíneas.
Me desculpe por lhe chatear, mas é que temos muito deveres, e poucos direitos, sinto a ditadura batendo em minha porta, sinto ser arrancado de mim, a cidadania.
Me desculpe por lhe perturbar, eu só queria lhe convidar para a realidade, eu só queria lhe dizer que, enquanto a Globo aliena as nossas "crianças", a vossa senhoria deve beber pró-seco em um jantar muito importante, ou deve estar viajando pelo mundo por distração, ou até mesmo preocupada com os preparativos de nossa copa.
Eu vim através desta, sobretudo, lhe fazer um convite para a realidade!

Um abraço Daniella Flores.

Carta Escrita


Querido diário, mais uma vez estou aqui com você , nesse diálogo repleto de interrogações.

Parece excêntrico, mas temos afinidade nesses momentos de reflexão e questionamentos.

Vida cadê você?
- Estou aqui sempre disposta e presente.

E o sentimento?

- Olha eu aqui, sempre agitado e querendo tocar vidas afim de formar amores.

É diário… Na caminhada da vida temos esses momentos de solidão e na memória achamos um baú repleto de situações vividas e eternizadas dentro de nós.

Então lembremos que a vida e o sentimento sempre estarão presente nesse cenário existencial.

Carta para minha mãe,

Você foi minha inspiração, todos os dias estava ao meu lado me ensinando. Quando criança, seu olhar me dizia tudo, mesmo quando brigava comigo era com amor. Me ensinou a ser paciente, a esperar as coisas em seu tempo, me mostrou como eu era cabeça dura, brigona e orgulhosa demais. E com seu amor e carinho me ensinou a caminhar. Gostaria de ser a metade da mulher que a senhora foi, mas sei que é impossível. Sou falha, jamais serei uma Silas na minha vida. Sinto saudades de você, pois quem vai brigar comigo, me aconselhar e me abrir os olhos? Mas agora que você se foi, fica uma tristeza, um vazio, mas a certeza que a senhora foi tudo na minha vida. Em todos os momentos vou seguir em frente com a senhora no meu coração, lembrando dos ótimos momentos que passamos juntas e todos os seus ensinamentos. Quero que saiba que a senhora com certeza foi a melhor mãe para mim, te amo e sempre vou te amar. Lembra de mim onde estiver que eu sempre vou lembrar de você e quero que tenha certeza que vou passar tudo que a senhora me ensinou para seus netos e bisnetos.

PS: não vou terminar a carta com um adeus, pois sei que a verei de novo. Então, até um dia. TE AMO. Sempre vou te amar.

Resolvi escrever uma carta
A quem quiser se endereçar.
Palavras tranquilas, sem destinatário
Pra qualquer um se identificar.

Você que tem um aperto no peito, daqueles que te fazem sentir dor em lugares que nem sabia que existiam; você que acorda todo dia nostálgico, com o estômago embrulhado e um nó na garganta; Você que sente que a culpa é sua quando, na verdade, sabe que não é; Você que deu tudo, se dedicou ao máximo e no final foi jogado no lixo; Você que sente vontade de chorar e não possui sequer uma lágrima...

Saiba que não está sozinho.

Carta de um amor

Jaz um sentimento no que se punha toda verdade em forma de emoções e atos; e os transmitia em palavras de gratidão e zelo então. O sentir era transcrito das mais diversas maneiras de afagar o coração.
Ao fechar os olhos, seu sorriso involuntário traduzia um carinho na alma resgatado por uma lembrança inefável.
O sinônimo rodeava seu corpo nas mais diversas cores e sensações; e de dentro de uma ostra nascia a mais bela das ilusões.
Jaz um envolvimento no qual o egoísmo não conjugava verbo algum. Desmedido, solto, livre! Em suas asas continha um porção extra de um mágico antídoto, que destilado na ponta da língua através de um doce beijo, paralisava toda a terra em seu redor. A dor como um ato de amor tinha seu papel em sua melhor transcrição sentida; era a saudade desmedida, que em suas visitas com sua partida, a conhecia salteado e de cor.
Dizem que existiu, que quem o sentiu teve sorte, quem viveu teve em suas mãos o mais precioso bem já sentido e tocado. Que tinha o poder de transformar todo o planeta em um único ponto, onde o pensamento faz morada.
Jaz a necessidade de amar, o desejo de afagar e indistintamente transformar o sentir no mais nobre sentimento já permitido e jamais compreendido.
Amor de céu, amor de terra, amor de fogo, amor de mar, amor de amar.
Amor de se envolver sem medo, amor de cultivar desejos, amor de banhar a alma, amor de se entregar.
Jaz amor, aqui o amor, já sentido em sua mais forte e única verdadeira forma de estar. Jaz, o amar.

Carta de um índio
(Fernandha Franklin)

Nós vivíamos em um lugar incrível.
Éramos amigos íntimos da natureza e as únicas riquezas que nos interessavam eram as essenciais para se viver: comida, água e um bom convívio.
Não sabíamos que existiam riquezas além disso, e se existiam...essas não nos interessavam.

Nosso único investimento era no fortalecimento do elo que tínhamos com a mãe Terra. A energia com o planeta é que nos elevava.

Tínhamos nossos costumes, rituais e nossa nudez nunca forá um tabu, ou motivo para vergonha.
Foi então, que chegou um povo diferente, que colocou roupa na gente, e nos ensinou a entender sua língua. Pois para que acreditássemos em suas mentiras precisariamos entender suas palavras.

Prometeram nos mostrar o que havia de melhor fora da aldeia (fora de nós) e que também poderíamos ser "homens civilizados". Nos falaram que seus mundos eram muito melhores, e que de onde vinham, a vida era encantada.
Eu acreditei!Até porque, foram eles que me ensinaram no que acreditar.
Eles mentiram!
E foi então que fez sentido as vestes que usavam: era uma forma de esconderem um pouco da mentira que eram.

Troquei tudo o que eu tinha e toda paz da mata...por um quarto velho numa cidade poluída, que agredia meus olhos e ouvidos, e que o homem civilizado, insistia em dizer que fazia parte do meu futuro.
Eu, índio "selvagem". Ele, homem "civilizado". Muitos de meu povo, ainda tentam se manter na pureza e nos valores daqueles dias... mas até lá, o homem levou tecnologia, e esse entretenimento impede meu povo de pensar, como pensavam nos antigos dias.

Eu, índio, triste estou!
Não somente pelo meu povo, mas por todo povo que o homem enganou.
O conhecimento que diziam, era pura hipocrisia...
E toda lembrança da vida do índio, foi substituída por este único dia. Hoje! 19deabrildiadoíndio

Algumas semanas antes de sua morte Peter Wust, sábio de 55 anos escreveu uma carta de despedida a seus alunos. Em sua carta dizia: “Se vocês me perguntassem, antes que eu agora me vá, se eu não conheço uma chave que possa abrir a alguém a porta da sabedoria da vida, então eu diria a vocês: sim. Esta chave não é a reflexão, como poderia ser a resposta de um filósofo, mas sim a oração. A prece nos torna tranquilos, simples, objetivos”.
Peter Wust

Carta aos Puros

Eu cavaleiro errante.
Escrevo esta carta aos puros...

Ou melhor!!!

Aos que se julgam puros...
Vocês que se julgam puros...
Por frequentarem seus templos.
Por rezarem com frequência...
Quem garante que esse é o caminho certo.
Eu confesso; Que erro!!! E que peco!!!

Afinal sou mortal!!!

E vocês!!!!

Admitem o mesmo???

Sou cavaleiro errante, poeta urbano,
mas respeito a tudo e a todos...
Não faço distinção de raças,
se é humano ou animal,
afinal todos estamos no mesmo globo...
Filhos iguais perante o criador!!!
Quem garante a vocês que a salvação esta dentro dos templos???
Que a paz esta nos sorrisos puros das crianças???
Que não esta nos gestos fieis dos seres mais puros e fieis...
Que a salvação não esta no amor...
Amor que se perde com o tempo,
e que anda tão esquecido de nós...

Talvez a receia seja essa!!!

Amar!!!

Ame a você mesmo em primeiro lugar;
Depois aos seus pais e irmãos;
Ame seus filhos;
Ame incondicionalmente os seus animais de estimação,
pois esses são apaixonados por voce;
Ame as flores, pois elas te presenteiam a toda primavera;
Ame a liberdade e o cantar dos pássaros;
Ame a Lua;
Ame o Sol;
Ame os Planetas;
Ame a poesia;
Ame a vida em geral;
E se tiver um par, demonstre todo esse amor em dobro;
Demonstre toda forma de amor,
pois esta sim talvez seja a forma mais pura do ser...
A primeira lição ensinada pelo criador...
Reforçada pelas palavras de seu filho...
E hoje tão esquecida por nós...

Ame toda forma de Amor...

Deixei de deixar por conta de uma carta de desculpa.

Eu sei, e peço desculpas por ter sido errado tanto mesmo quando estava certo, eu deixei de ariscar deixei de deixar o sentimento me levar pra longe e com ele chegar até você, eu fiz e me tornei o que não queria, deixei de ser o que eu era por um capricho de me deixar levar por outras bocas e olhares de outras pessoas, o teu acolhimento sempre me fez o abrigo mais certo e seguro, deixei as palavras e minhas opiniões em um porto que não atraca nem um sonho e nem uma lembrança por mais felizes que sejam. O sorriso mais belo da pequena flor eu já conhecia mais não percebia, iria se tornar o meu belo sonho feito de duas vontades feitas pelo bater de dois corações, e dois olhares fazendo quatro motivos de carinho, afeto, compreensão, e amizade se assim foi é será o motivo que tenho e tenho pra sempre pensar que mesmo prevendo e sendo pretensioso e mentiroso eu fiz isso pensando no amanhã, que ira chegar e assim acontecendo tudo isso, já terei essa pequena amostra de desculpa.

Décima quinta carta.

Décimo quinto dia sem você, ou seja, décimo quinto pior dia da minha vida.
Quantos dias será que eu aguento? Passaram já duas semanas, te escrevo cartas mas você não me responde, eu te ligo mas só cai na caixa postal.
Estou aqui mais uma vez das outras centenas de milhares, sentado no batente da minha casa, te escrevendo esta carta, para dizer que eu te amo e que sofro sem você, não sei se devo continuar a correr atrás de quem amo, ou se devo partir. Qual das opções? Você sabe que oque passamos juntos foi verdadeiro, quero que você saiba que hoje, faríamos 2 anos e 3 meses juntos, e hoje é o décimo quinto dia em que você me trocou por um cara melhor, e de presente dos nossos 2 anos e 3 meses juntos te deixo esta carta afirmando que te amo, e que vivi minha vida de maneira intensa, e não me arrependo de nenhuma palavra dita anteriormente, sem fugir da realidade eu te digo, vou sumir do seu mundo, e do mundo lindo e feliz de todos os outros. Guarde bem esta décima quinta carta, quem sabe você pode refletir sobre os 775 dias que passamos juntos, as 18600 horas que você era só minha, e os 1116000 minutos em que eu te mostrei a verdadeira realidade do mundo, princesa, eu te amo e sempre vou estar aqui, sei que não irá ler esta carta como fez com todas as outras, minha décima quinta carta, minha realidade vivida, em que se destruiu a quinze dias atrás.

Uma carta que escrevi sorrindo..

Te contei meus segredos, meus gostos e meus medos.
Eis que aqui vai mais um segredo.. você me acalma a alma.
Mais um gosto.. você! Do jeitinho que é!
Mais um medo.. que isso não seja real.
As vezes pego me imaginando, como é que seria sentir o seu abraço.
Sei que ele seria apertado; que me protegeria, e que seu perfume de mim não sairia.
Você me faz tão bem que me deixa livre para ser quem eu realmente sou.
Pode parecer coisa boba; mais é que de mim tudo isso já se apossou!
Até os meus olhos sorriem quando contemplam uma foto sua. Não há como não sorrir. Não há como não sentir.
Eu nunca havia sentido isso, não dessa maneira; não assim.
Não quero pressa, nem falsas promessas. As coisas devagar se ajeitam, se encaixam, se complementam.
Mais preciso de palavras e de abraços; abraços quentes e apertados, aqueles que protegem do frio.
Sabe.. eu preciso de você!
Não quero ser precipitada, nem tão pouco parecer uma alucinada.
Sou madura o suficiente pra entender e compreender o que quero.
E o que eu quero?
Eu quero você!
:)

EDUCAÇÃO:COMPETIÇÃO X COOPERAÇÃO


Jean-Jacques Rousseau, na carta a Christophe de Beaumont, escreve que a juventude jamais se extravia por sua própria conta, e que todos os seus erros decorrem do fato de ter sido mal conduzida. Em Emílio, o filósofo fala da condução do jovem, ou do adulto, ou da criança - da educação, em suma. Mas educação no sentido de um processo funcional de desenvolvimento de habilidades que proporcionem o conhecimento do que há de melhor no ser humano. Aprender a ser. Rousseau, ao tratar do "bom selvagem", chama a atenção para o fato de que, em estado primitivo, o homem tinha um estado de felicidade natural, e até de piedade, como o que se nota nos próprios animais.

Seria como um cantor que, sozinho, canta sua canção, e com ela fica feliz. Ou um dançarino, um escultor ou artesão. De repente, surge alguém que faz a mesma coisa. E as pessoas começam a dizer para o primeiro artista: "Esse fulano, que acaba de chegar, canta, dança ou esculpe melhor do que você". Assim surgem as comparações, que geram competições. E essas competições vão ter como conseqüência uma desenfreada busca pelo poder. Surge um conceito de posse. Surge a coisificação do ser humano.

A competição, sob esse prisma, não leva à evolução, mas ao desejo de destruição. Leva ao esvaziamento da espontaneidade. Porque tudo o que se quer é conseguir ser melhor do que o outro.
A educação contemporânea trabalha com essa dicotomia entre competir e cooperar. O processo de avaliação leva, muitas vezes, a uma exacerbação da competição, e o vestibular caminha na mesma direção: "Quem é o melhor? Quem sabe mais? Quem consegue vencer?" E a escola, refém desse diapasão, acaba por ensinar com acordes desafinados.

Na vida profissional, quem vale mais não é aquele que decorou mais coisas, mas o que é capaz de partilhar, de trabalhar em equipe, de desenvolver autonomia e criatividade. Quando se tenta homogeneizar o processo educativo, destrói-se a criatividade. Cada aluno é diferente e isso o torna rico, único.

Suas possibilidades não podem ser reduzidas a uma visão que compara e iguala os diferentes. Porque a simples comparação leva a uma competição desnecessária. Por essas razões é que consideramos que a autonomia deve ser a palavra. Aprender a conviver. Aprender a respeitar as diferenças, e, mais do que isso, aprender com elas. Raça superior não existe, nem gênero superior, nem etnia privilegiada. Não há cidadão de primeira ou de segunda categoria. A cidadania é para todos. Para todos os diferentes, porque iguais não há.

A educação tem de ser reinventada o tempo todo. Mas, em nenhuma hipótese, pode-se jogar fora o que já se construiu. a ceticismo e a visão distante da realidade levam a um certo descrédito da população com relação às políticas públicas de educação. E há muita coisa séria sendo realizada em diferentes Estados e municípios brasileiros.

Como exemplo, uma das políticas de inclusão social e familiar é a abertura das escolas nos fins de semana. Alunos, professores, funcionários, ex-alunos e pais de alunos se juntam para freqüentar as escolas, que oferecem atividades esportivas, culturais, de saúde e geração de renda. É um espaço de paz. Somente no Estado de São Paulo, mais de 5.800 escolas estão envolvidas no Programa Escola da Família - que, aliás, foi apresentado como modelo em diversos congressos internacionais. Trata-se de uma educação significativa, que gera conhecimento na ação. Aprender a conhecer. Aprender a fazer. O Estado de São Paulo tem sido chamado a levar suas ricas experiências em educação até Paris, Buenos Aires, Madrid, Washington, Londres, entre outros lugares do mundo mais desenvolvido. Muitos Estados brasileiros estão abrindo as escolas nos fins de semana e obtendo, como resultado, a diminuição da violência e a construção de uma escola acolhedora.
A educação é a política pública que sustenta as demais. Tem poder de melhorar a renda e diminuir a violência, de prevenir doenças e construir qualidade, de escrever o presente e preparar para o futuro. Portanto, educação é prioridade. Essa frase é uma constante no discurso de educadores, filósofos, políticos, e não encontramos quem discorde disso. Mas, do discurso à prática, há um percurso necessário a ser feito. Alguns Estados do Brasil estão trilhando esse caminho e avançando da teoria para a realização. São aqueles que investem em educação de excelência, tanto no conceito quanto na gestão.

A melhoria do ensino público está diretamente subordinada a três importantes passos, etapas que precisam ser implementadas com determinação e compromisso político. A primeira delas é universalizar o ensino, ou seja, fazer o necessário para abrir vagas para todas as crianças e jovens em idade escolar (e mesmo elevar o número de alunos inscritos em programas de alfabetização de jovens e adultos). Um grande salto foi dado na universalização da educação básica. Resta garantir a mesma oportunidade aos jovens e crianças de outras etapas do processo educativo. A segunda etapa é reduzir a evasão escolar, hoje na vergonhosa média histórica nacional de quase 20%. Em São Paulo, foi possível chegar a menos de 1 % no ensino fundamental e a menos de 5% no ensino médio, graças principalmente à adoção de uma postura mais afetiva de professores e funcionários para com os alunos. A terceira etapa, afinal, é melhorar a qualidade do ensino, com a capacitação de professores e a implantação de ações como a qualificação do currículo escolar, o aumento da jornada de aulas e, principalmente, o envolvimento da comunidade nas atividades escolares.

Mas não bastam prédios e discursos. As políticas de educação pública precisam do talento das pessoas para funcionar. Por isso os governos estaduais e municipais devem se dedicar também à gestão dos funcionários da educação pública - exigindo a participação do governo federal. Investir na capacitação de docentes, aumentar sempre que possível o número de profissionais, por meio de concursos públicos, para todos os quadros da carreira do magistério, e, antes de tudo, mostrar respeito e afeto pelos educadores e funcionários. Os profissionais respondem e a qualidade do ensino melhora.

A educação, sem dúvida, passa pelo afeto. Um tratamento digno e respeitoso aos funcionários, professores e alunos repercute de maneira positiva na relação ensino-aprendizagem. A família que se sente acolhida pela escola dos filhos participa mais. E o aluno, quando percebe que a escola é dele, que suas ações podem refletir na melhoria da escola, não abandona os estudos e ajuda a transformar o ambiente escolar. Nessa evolução, é possível construir uma escola mais eficiente, mais democrática, mais acolhedora.

Foi o que conseguimos fazer, por exemplo, em São Paulo. Resultados: nenhuma greve em toda a gestão do governador Geraldo Alckmin; nenhuma das lamentáveis filas que antes se formavam em portas de escola para que os pais conseguissem vagas para os filhos; nenhum livro faltando; nenhum aluno voltando para casa sem aula por falta de professor.

O conceito que sonhamos ver aplicado em todo o país é o da escola inclusiva e democrática, com o currículo ampliado, mantendo a criança mais tempo no ambiente escolar, e com a efetiva participação dos pais e da comunidade. Iniciativas como essas levam à diminuição efetiva no registro de ocorrências de violência em escolas. O mais importante, porém, é o resultado direto dessas iniciativas, que é o crescente número de pessoas que se sentem motivadas a voltar para a escola. E o que se comprova pelo aumento da demanda do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos. São Paulo registrou um salto impressionante de mais de 20 vezes no número de matrículas, nos últimos quatro anos. Temos hoje 800 mil jovens que voltaram para a escola. Em 1995, tínhamos 30 mil.

Para que se conseguisse a implantação do Programa Escola da Família, houve a participação mais que cidadã de três organizações: a UNESCO, o Faça Parte e o Instituto Ayrton Senna. É, seguramente, o grande modelo de sucesso na educação pública do Brasil, também porque dá oportunidade a mais de 40 mil educadores universitários bolsistas. De um lado, esses estudantes recebem bolsa-auxílio e têm os estudos custeados pelo maior programa de concessão de bolsas de estudo do país, realizado em parceria com 342 instituições particulares de ensino superior; de outro, eles contribuem com a sua comunidade e com a sua própria formação profissional e pessoal, trabalhando aos fins de semana nas escolas públicas.

A educação é processo e, como tal, não se resolve em uma ou duas gestões. A permanência dessa política fará com que esses aprendizes, com o tempo, escrevam uma história melhor. E a torcida é grande. Há centenas de ONG's, empresas privadas, voluntários que acreditam na força da parceria. E que se dispõem a conhecer a escola pública e a trabalhar com ela.

Pequenas, porém grandiosas revoluções como essas respondem à inquietação de Rousseau. Pois não há legado maior que os pais possam deixar aos filhos, e que os governos possam deixar aos cidadãos, do Que uma educação de qualidade.
E é esse fazer político, firme e concreto, que conduzirá a juventude para o caminho do bem. Os países que acreditaram nesse sonho encontram-se hoje em um patamar superior. O Brasil tem um povo criativo e trabalhador, uma marca de gentileza e de generosidade. Oxalá tenhamos, no comando, governantes com princípios e com responsabilidade. E que a memória dos incrédulos leve em conta as realizações de cada dia, de todo dia, que fazem a diferença.

Escolas públicas ou privadas. Educadores de crianças, jovens ou adultos. O caminho é o da cooperação.

Despertar o aprendiz para a necessidade da convivência, do respeito, da ética. Despertar para o equilíbrio emocional. Precisamos de educadores e educandos educados! Educados para com eles mesmos e para com os outros. Educados para com o meio ambiente, com a pó/is, a cidade em que vivem. E assim que se constrói o respeito e a competência, sem perder de vista que inteligência sem coração, na metáfora da emoção, não leva lugar nenhum.




"Em Benefício da Educação"- catálogo comemorativo dos 10 anos da Fundação Linha Direta (outubro de 2006)

Carta para os meus avós...

Meu vovô e minha vovó...
Eu amo vocês...
Na realidade ñunca irei ter palavras suficientes para agradecer aos dois por toda sua bondade!
Mas com essa singela carta quero poder traduzir em palavras o quanto sou a grata a vocês por tudo!
Vovó nos meus momentos de aflições você também esteve ao meu lado, também me aconselhou...
Foi e é uma amiga e mãe pra mim!
Meu vovô sempre quando tinha duvidas na vida, o senhor sempre me aconselhou e me ajudou..a ti sou eternamente grata!

Tenho um enorme medo de perder vocês..., porque os amo demais...
Só quero que vocês saibam que não deixarei para amanhã o que posso dizer hoje , vocês significam muito para mim...e de uma forma simples e complexa: EU AMO VOCêS ATÉ O FIM....
(...)
:/

Série Cartas: Carta Dois – Às Claras!


Às Claras!

Meu amor estou aqui de novo, escrevendo alguns rabiscos, onde expresso meus sentimentos, pois um amor não se mede com fita métrica, nem com a duração, muito menos com declarações no facebook e sim pelas dificuldades que nós enfrentamos para ficarmos juntos. Um amor verdadeiro é aquele que a outra pessoa fica feliz e radiante, pelo simples fato de ver a outra feliz.
Quero expor sobre esse pedaço de papel rasurado que mil vezes tentei esquecer-te, mas no fim... mil vezes desejei-te tê-la só para mim. Só que uma pergunta me fiz durante nossas discussões: - “Será que vale a pena discutir por bobagem?” Às vezes me repito por diversas vezes que eu a amo para poder dizer pro mundo que eu faço parte de uma maioria que está comprometida... mas isso não vem ao caso. O caso é que já é um fato consumado que estamos bem e felizes ao ponto de querermos viver sob o mesmo teto, dividir as mesmas alegrias e as mesmas preocupações e assim ficar velhinhos um do lado do outro para o resto da vida.
Te amo e não escondo isso, porque eu quero que o mundo saiba que você está aqui ao meu lado. Ah, e me desculpe se eu disse algo que veio a ferir seus mais sinceros sentimentos, não foi a intenção, pois tudo o que faço é para te ver alegre por me ter ao seu lado. Prometo que um dia eu conseguirei suprir todas as tuas angústias e sofrimentos e farei-te esquecer qualquer coisa que te lembre a este passado tão remoto e que ainda se faz presente na sua vida.
Estou aqui escrevendo esta humilde carta expondo meus mais puros e claros sentimentos para você entender que o que eu sinto por você não tem explicação e me deixa sem palavras para terminá-la, então só resta-me dizer que eu a amo mais que tudo e nunca a deixarei só.

Sempre teu,
Amadeu.

CARTA PARA O MEU AMOR

Preciso dizer que te amo. Eu sei que não é necessário, pois eu sei que você já sabe disso. Sei que pode ver nos meus olhos e nos meus gestos. Mas eu apenas preciso que você tenha certeza. E nenhuma prova seria melhor que esta. Eu dizendo que te amo. Na verdade, escrevendo. Te escrevo essa carta porque não sei falar essas coisas muito bem. E eu também não saberia me expressar muito bem com palavras faladas. Não fui acostumada a expressar meus sentimentos através de palavras. Mas como sei que isso é importante, tento, por meio dessa carta, dizer para ti o quão importante me és. O quão importante sempre me será. Mesmo que não seja meu.

Essa é a última carta que escrevo pra ela,essa noite quero esquecer aquela mulher.
Eu já me cansei de dormir sozinho esperando por ela rolando na cama sonhando que um dia...
Ela voltará.

Triste ilusão dar tanto amor à quem não merece
pobre coração que agora padece morrendo aos poucos por te amar demais

Quantas madrugadas debruçado na minha janela
olhos rasos d'água pensamento nela
uma chama que se apaga como uma luz de vela.

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