Carta do Marido da Aeromoca Tam
Havia um menino na janela.
Ele não brincava.
Mas assistia os outros brincando.
Ele não corria.
Mas assistia os outros correndo.
Ele não tinha amigos.
Mas assistia a amizade de outros.
Ele não vivia.
Mas assistia como era a vida lá fora.
O menino crescia.
Sempre ao olhar da janela.
Ele não estudava.
Tudo que queria perguntava na janela.
Suas aulas também eram pela janela.
Sua vida era reduzida ao observar a janela.
O menino cresceu.
Seu trabalho era na janela.
Sua diversão estava na janela.
Seus amigos todos estavam na janela.
Tudo o que ele tinha era aquela janela.
Nunca correu.
Nunca pulou.
Nunca viveu.
Toda sua vida estava na janela.
Sua namorada o conheceu na janela.
Seu filho nasceu sob o olhar da janela.
Seu divórcio foi causado pela janela.
O primeiro presente do filho foi uma janela.
Até que chegou um dia em que o mundo se reduziu aquela janela.
Ninguém fazia nada fora dela.
O normal se tornou a janela.
As doenças eram causadas pela janela.
A depressão geralmente surgia na janela.
A ansiedade era causada pela janela.
O mundo se destruiu por uma janela.
Talvez você querido leitor esteja apenas a olhar por uma janela.
Sem se dar conta que a vida se passa e você não larga essa maldita janela.
O Peso do Silêncio
Na catedral de pedra fria,
onde ecoa o som da devoção,
nasceu uma sombra sombria,
ferida aberta pela ambição.
O pastor, amado pelos seus,
guiava almas pelo caminho,
mas mãos ocultas, cheias de breus,
espreitavam em completo desalinho.
Era noite, um altar sagrado,
um visitante ao fim da missa,
com olhar vazio e passo pesado,
entrou onde a luz se avisa.
Um disparo rompeu o ar,
o rosto sereno ao chão tombou,
a fé tremeu, não pôde evitar,
e o sangue do justo ali jorrou.
O silêncio grita nos muros do templo,
a justiça caminha com passos lentos,
os nomes se perdem, mas não o exemplo,
de um homem que partiu nos ventos.
No Trilho da Traição
Da cidade das montanhas altas,
saiu um homem ao cair da tarde,
com olhos frios, promessas falsas,
e no peito, um coração covarde.
Levaram-no ao altar,
não para prece ou oração,
mas para o destino selar,
com disparos de traição.
As velas ardiam na sacristia,
testemunhas mudas de um crime vil,
um tiro rasgou a calmaria,
e o justo tombou sob o olhar febril.
O trilho do trem acolheu o mal,
a arma lançada ao esquecimento,
e de volta às ruas de Minas Gerais,
comemoraram o triste evento.
Mas a justiça, mesmo tardia,
nasce na voz que insiste e clama,
pois a verdade jamais esfria,
e o fogo do justo não se apaga.
O opressor e seus cúmplices
O poder do opressor raramente está apenas em suas mãos. Ele não domina sozinho; sustenta-se nos ombros de muitos que, direta ou indiretamente, lhe dão suporte. E o que torna esse jogo perverso é que, frequentemente, entre esses ombros estão os dos próprios oprimidos.
Simone de Beauvoir, com sua lucidez, disse uma verdade incômoda: “O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos.” É um soco no estômago da nossa percepção de justiça. Porque, ao repetir as mesmas estruturas que nos subjugam, acabamos, sem perceber, reforçando as correntes que nos prendem.
Essa cumplicidade pode se manifestar de várias formas. Às vezes, é o silêncio. Aquele silêncio que opta por não enfrentar, por temer as consequências. Outras vezes, é a imitação. Adotamos as regras do opressor, acreditando que, ao fazê-lo, seremos menos alvos, mais aceitos. E, em muitos casos, é o comodismo, a aceitação de que “sempre foi assim” e, portanto, não vale a pena lutar contra.
Mas o opressor não é apenas uma figura autoritária ou um sistema visível. Ele pode ser uma ideia, um hábito, um preconceito que internalizamos. Pode ser o padrão de beleza que seguimos enquanto criticamos, a desigualdade que aceitamos como natural ou o julgamento que fazemos de quem tenta escapar das regras impostas.
Os cúmplices não são vilões; são humanos, como todos nós. Agem muitas vezes por medo, por ignorância ou por cansaço. Resistir ao opressor exige esforço, e o esforço constante pode ser exaustivo. É mais fácil acreditar que a submissão é inevitável do que imaginar o risco de resistir.
Ainda assim, é preciso romper esse ciclo. Porque a força do opressor está na rede que ele tece, e cada fio dessa rede é sustentado por quem cede, por quem acredita que não tem escolha. Reconhecer a nossa participação — mesmo que involuntária — é o primeiro passo para quebrar as correntes.
Seja no discurso, na atitude ou no silêncio, precisamos nos perguntar: “Estou ajudando a perpetuar o que me oprime ou estou buscando uma saída?” Porque o opressor só é forte enquanto acreditamos que ele é invencível. E, muitas vezes, o primeiro ato de resistência começa quando um oprimido deixa de ser cúmplice e decide, finalmente, ser livre.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
Tem momentos que não são fáceis, mas isso já sabemos desde quando chegamos ao mundo, então um dia difícil não passa de um tempo nublado que será sucedido pelo renascimento de um novo dia.
Trabalhando, força e coragem frente aos obstáculos que estão por vim, porque lá na frente a vitória é certa.
PENSANDO FORA DA CAIXA
Em um universo de bilhões de possibilidades, não haveria aí outros átomos, desconhecidos por nós, fora da já conhecida tabela periódica, com capacidade para fazer combinações muitos mais complexas, diferentes das quais conhecemos e que foge do nosso olhar, limitado ao que é palpável, ao que é físico?
"Nada se perde na Terra tudo se transforma", inclusive o corpo humano quando morre.
E a nossa consciência, que é a cereja do bolo, que anima o corpo, não poderia também ascender para outros planos, de energias mais sútil?
Os limites onde uma vida se ceifa e a outra começa, poderia ser sim uma boa estratégia do universo para dar uma nova oportunidade àqueles que não completaram seus ciclos aqui na Terra, ou todos serão condenados ao
" fogo do inferno" de seus próprios pecados?
É um assunto para se pensar.
PARA REFLETIR
(ORAI E VIGIAI, PORQUE O MUNDO JÁ NÃO É MAIS O MESMO)
Não se contendo em si mesma, a maldade que brota ainda dos corações sempre quer destilar o seu ódio naqueles que ao seu ver estão em linhas vibracionais mais elevadas, tentando a todo custo cultivando nos seus corações, o amor, a paciência, a compreensão, mesmo nos momentos difíceis e de total incompreensão.
Em linhas vibracionais inferiores, a maldade sempre tenta trazer para baixo, através da difamação que advêm da inveja, aqueles que estão na luta para se manter em sintonias elevadas que lhe tragam a paz.
Por esse motivo, sigam sempre o conselho do mestre Jesus:
"Orai e vigiai."
Sejamos sempre o bom agricultor, semeando pela vida boas intenções para ir deixando pelos caminhos por onde passa boas sementes que no futuro brotarão e nos renderá bons frutos, porque "a semeadura é livre, mas a colheita sempre será obrigatório."
Independente de que lado vamos estar, do bem ou do mal.
Homenagem as mães.
Mãe nome tão pequeno
Que só três letras contém
Mãe que nome maravilhoso
Que todos queremos bem
Quando falamos Mãe
Os anjos dizem amém.
Mãe palavra tão linda
Que significa amor
Mãe pessoa tão bendita
Que tem muito valor
Quero te dizer Mãezinha
Que te amo com fervor.
A você querida Mamãe
Eu quero homenagear
Não só neste dia especial
Mas em todos os dias que se passar
Também os que já passaram
Dizendo que nunca cansarei de te amar.
Mãezinha querida
Agradeço sempre á Deus
Entre tantos presentes que dEle ganhei
O melhor de todos Mãezinha, foram os carinhos teus
Aceite hoje e sempre
Todos os beijos meus.
Estou muito feliz
Por hoje aqui estar
E á todas as mães
Poder homenagear
E pedir sempre a Deus
Para todas abençoar.
Se hoje estou aqui
Estes versinhos dizendo
Sempre feliz,. alegre
Dessa maneira como estão vendo
A culpada é minha Mãe
Que seu carinho sempre esteve oferecendo
A todos, eu agradeço
Muito obrigada pela sua atenção
Feliz Dia das Mães
Com muito carinho, amor e emoção
E a ti querida Mãezinha
Ofereço meu coração.
POR QUE A VIDA É TÃO CHEIA DE FALHAS?
As falhas são reflexos de nossa própria imperfeição, tornando-nos incapazes de compreender e acima de tudo de sentir, de dentro para fora a finalidade da vida.
Ah vida, se eu pudesse lhe compreender além de minhas necessidades externas, certamente não precisaria mais de nada para viver-la.
Caminharia com te e através de te feliz e alegre, independente de qualquer circunstância.
Ficaria firme e forte independente de qualquer dificuldade, e depois que tudo passasse, voltaria cultiva-la novamente no silêncio dos meus sentimentos e emoções.
E depois de tudo, arrumaria tempo para fazer dessa que eu chamaria de minha existência uma estrada, onde todos pudessem ter a oportunidade de passar e ficar.
PENSE FORA DA CAIXA
Pensar fora da caixa é enxergar além dos conhecimentos já vigentes. É estar além e a frente de forma a contribuí com o novo, o inusitado.
É a busca de recursos para entender o mundo sob uma outra perspectiva.
É fugir do comodismo de uma receita pronta para ser consumida e imposta por uma sociedade egoísta, corrupta e autoritária.
Saber de tudo não era a primeira questão para Sócrates, mas continua eternamente na estrada do saber porque é isso que nos engrandece diante da vida. Nesse sentido, quanto mais se sabe mais entusiasmado fica por entender que ainda há muita coisa para se aprender. Isso é vida!
O verdadeiro sábio quanto mais se aprofunda no saber conhecer se rende alegremente diante de tudo que ainda tem por aprender.
A inteligência tem por dom o saber construir, mas sem a moral que adorna o ser, ela torna-se egoísta.
Sem a moral ela trabalha, mas por interesse próprio.
Os que inteligentemente se importaram com o todo, que seguiram firmes em seus propósitos de esclarecer e fazer o bem, colocando a humanidade em outro patamar do conhecimento, foram condenados a abjuga de suas teorias, e ainda a outras ultrajantes condições.
É uma total inversão de valores, que até hoje se ver nos meios sociais.
Ser inteligente é bom só quando agrada a maioria, devido aos interesses egoístas de muitos.
FILOSOFIA DA IMPARCIALIDADE PARTICIPATIVA
Não se prende à coisa alguma uma mente espiritualizada na consciência da real natureza, onde o estado de ataraxia se torna uma barreira que impede que as paixões afloradas tomem o tempo da atenção para o vazio existencial.
FILÓSOFO NILO DEYSON
Nem mesmo chegamos à conquistar um acesso profundo que domine nossas dúvidas, querem que eu acredite em coisas escritas à mais de 2.000 anos? Me poupe.
Grande parte da escrita da história são fantasias, mesmo as do século 1, imagina as que se dizem verdade e que existem à mais de 3.000 anos quando a escrita apareceu pela 1° descoberta pela espécie humana.
OLHAR DE MULHER
Sedutor
poderoso
quando pisca e corteja hipnotiza
Vencedor
quando irradia
faz melodia
De bem-fazer
quando energiza
diviniza
Casa sem mulher
casa não
homem sem mulher
homem vão
Dia sem mulher
dia sombrio
mundo sem mulher
mundo sem pio
Cultura sem mulher
cultura vadia
terra sem mulher
terra vazia
Olhar de mulher
olhar de emoções
entre prazeres e paixões
seduzir e convencer
Faz homem viver
regenera e cria
faz vida ser
Mãe que tudo afilia
Olhar de mulher
olhar para acreditar
ver para querer
viver para amar.
Casal da Serra, 22 de Setembro de 2000
A realidade é que José Lins do Rego, o eterno menino de engenho, como foi aclamado, soube, com grande desenvoltura, buscar na linguagem figurativa os usos de metáforas, comparações, aliterações e outras
figuras de linguagem para criar uma narrativa que é ao mesmo tempo poética e acessível, transformando a linguagem cotidiana em algo extraordinário e belo.
Através desses recursos, Zé Lins procurou estimular a imaginação e a reflexão do leitor, permitindo que ele visualizasse e experimentasse o texto de maneira mais profunda, fomentando a capacidade de criar imagens vívidas em sua mente, tornando assim a leitura de sua obra uma experiência muito mais rica, envolvente e prazerosa.
Em José Lins do Rego a poesia faz-se
presente como em poucos escritores nacionais, permeando grande parte de sua obra, de maneira surpreendente como as cheias do rio Paraíba, que ninguém mais do que ele soube narrar em nossa literatura, descrevendo sua força recriadora de cenários, modificando a paisagem seca do Nordeste brasileiro em mata ciliar florida, verdejantes pastos, e
um mar de lavoura de cana de açúcar, que se estendia viçosamente, dançando ao vento, embandeirado pela umidade das várzeas. Mas a poesia na obra do autor de Usina não é apenas um mero recurso estético, utilizado para o embelezamento do texto literário, mas uma ferramenta indispensável para ênfase de seu realismo lírico, destacando-lhe, não apenas como um proeminente escritor regionalista da geração de 30, mas como um dos maiores prosadores da literatura em língua portuguesa.
É fato notório e indiscutível que através de sua prosa-poética, José Lins do Rego construiu um dos painéis mais fulgurantes de nossa literatura, ornando-a com seu realismo lírico, inclusive aferindo fortes
denuncias sociais contra a ganância dos senhores de engenho e dos usineiros, contrastando a beleza da paisagem nordestina com a dura realidade da vida rural, criando assim uma tensão literária expressiva, que contribui grandemente para a riqueza e a profundidade da história, acentuando a compreensão dos problemas sociais, da cultura, dos costumes e dos valores do Nordeste do Brasil.
Se você não consegue ser bom, pense.
Se resiste em elogiar, repense.
Se não sabe ter empatia, analise.
Se não gosta de ouvir, medite.
Somos seres racionais e como tal somos capazes de fazer o bem, amar e transformar.
Ao longo dos anos o mundo vem sendo afetado pelo comportamento nocivo daqueles que promovem o ódio entre as pessoas e enfraquecem o projeto da paz mundial.
Faça a sua parte, seja coerente e plante uma semente do bem.
CONHECIMENTO
O verdadeiro sábio quanto mais se aprofunda no saber conhecer se rende alegremente diante de tudo que ainda tem por aprender.
O alimento da Alma é o conhecimento, porém
saber de tudo não é a primeira questão, mas continua eternamente na estrada do saber, porque é isso que nos engrandece diante da vida.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp