Carta de Saudade

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Tenho saudade de sensações...
Como a paz que se sente no colo dos avós, ou no abraço de mãe.
A admiração e delicadeza no toque de uma criança.
O frio na barriga que só se sente quando tem paixão envolvida.
A energia que revigora quando se tem os pés tocados pela primeira onda do mar.
O vento que delicadamente toca o rosto e refresca alma, em um dia quente de verão.
Saudades do conforto e da paz contidos no abraço do amado.
Hoje amanheci assim, com saudades do que já passou e do que ainda não aconteceu.

Saudade do que eu não vivi;
Curiosidade pelo o que eu não senti;
Ansiedade pelo o que está por vir;
Passado, presente e futuro entrelaçados;
Escolhas, consequências, resultados;
Como viver uma etapa de cada vez se está tudo ligado?
Acertando, errando mas sempre tomando como aprendizagem;
Lamentações, arrependimentos, conformidades;
Dane-se: o que importa de verdade é a nossa Felicidade.

SAUDADES DE MIM
Hoje quando acordei me deu uma forte saudade de mim. Quando crianças nós éramos muito mais originais. Nós vamos crescendo e deixando de ser nós mesmos,
insistimos em "tunar" nossas vidas com tantos equipamentos sofisticados que , aos poucos, o original vai sendo encoberto. Somos uma profissão, somos um cargo, somos cópias de outros, somos sonhos da sociedade, somos tudo que nos torna iguais aos outros. Saudade de sentar no quintal e ouvir a bagunça dos pardais, poxa vida, eu gosto disso e não é perda de tempo. Saudade de andar descalço na terra. Saudade daqueles 2 ou 3 amigos que nós sempre temos, mesmo que não os vejamos por anos. São eles que valem mesmo a pena, pois essas relações onde temos que fingir ser outros, para pessoas que também não são o que são, não tem nada de divertido. Ando meio sem paciência para ser falso. Bom mesmo é jogar conversa fora com amigo de verdade. Amigo de verdade não liga mesmo que a conversa seja cortada por um looooongo silencio , silêncio de amigo não incomoda. Saudade de colo de mãe, de ouvir conselho de pai e contos longos que só os avôs sabem contar. Saudade de quando os primos sentavam todos no chão pra comer qualquer coisa, de cheiro e gosto bom, que só tem na casa da avó. Saudade de conversa de irmão, de jogar bola na rua, de ralar o joelho, de comer manga no pé. Como mineiro é feliz e não sabe. Onde será que está aquela vasilha cheia de bolinhas de gude?

LOUSA
Sidney Santos

Na lousa da minha vida tentei apagar a saudade
Não consegui, na verdade
Na lousa da vida tentei apagar a tristeza
Não consegui, com certeza
Difícil entender o porquê da dificuldade
É que pra apagar a tristeza de uma saudade
Primeiro se apaga o amor
Ah... o amor não se apaga!
Descobri a realidade

De repente me bate uma saudade dos tempos que eu não vivi.
E logo sinto o cheiro de aromas que ainda não senti.

De repente me bate aquela vontade de abraçar novamente aquela que eu nunca abracei.
De acariciar o rosto daquela que eu sempre sonhei.

De repente me bate aquela vontade de sair sem destino na esperança de encontrá-la
E me pego na vontade de ouvir novamente aquelas palavras que eu nunca ouvi.

De repente me bate aquela vontade de esperar aquilo que nunca vai chegar,
De desistir daquilo que ainda nem tentei,
De chorar por aquilo que nem perdi,
De sorrir por aquilo que ainda nem conquistei.

De repente me bate aquela vontade de retirar tudo aquilo que eu disse,
Mas também de dizer tudo aquilo que, por muitas vezes, eu silenciei.

De repente me bate aquela vontade de não te deixar partir
E me lembro que já estás muito longe dos meus braços.

De repente me bate aquela vontade de dizer que ainda te amo.
Mas percebo que não irás me escutar.
E de repente sufoco a vontade.

De repentes que vão...
De repentes que voltam com mais intensidade.

⁠Sinto saudade,
Do tempo da liberdade,
Parece que foi ontem,
Num hoje tão diferente,
Sinto falta de gente,
Como diria Vinícius:
"A vida é a arte do encontro, ainda que haja tantos desencontros pela vida"
Essa pandemia trouxe o desencontro,
Mas, a vida ainda insiste,
E vamos nos encontrar,
Pois, a vida é essa arte,
Do encontro,
Dos abraços apertados,
Dos beijos ainda não dados,
E das noites mal dormidas de reencontro de saudade,
Saudade essa daquilo que ainda nem vivi,
Foi interrompido,
Mas, creio que um dia será cumprido.

Dias de dezembro...

Chega dezembro
Com sua crueldade invade os corações
Traz a saudade daqueles que queríamos perto
Relembra o pesar das vivências mal decididas
Evoca a angústia de vermos um ano se acabar sem as realizações tão sonhadas, brotadas à mesma época do ano que passou...
Sei que este é ideal inverso, que a magia envolve esses dias de amor...
disso não duvido
Apenas não ignore minha lamúria, pois ela também é real.
Vivê-la é o que tenho de concreto aqui, agora
Transformá-la em perspectivas otimistas é meu plano para os próximos instantes
E que ninguém julgue tal surto contraditório
Pois o consolo muito breve virá:
A esperança cuidará de convencer-me que a vida é esplendorosa
Que ela recomeça a cada dia, mesmo que seja um dia de dezembro.

Saudade

⁠Como é que pode
cantar no peito saudade
daquilo que só a mente sentiu?
Às vezes, porque dispara uma canção
outras, o celular que traz a sensação
quando aparece uma foto ou tua voz na gravação.
Como entender essa arbitrariedade
por que no meu colo só acalanto saudade
quando o que desejo é acolher tuas mãos?
Será que o sonho alcança a realidade?
pois de ti sou tudo saudade
e de mim tens todo o coração.
Como tolir minha vontade?
Se nenhuma limitação cala saudade
então me saúde com tua ação/emoção.

Só Saudade

⁠O ar começa a ficar mais leve, você quase não aparece em meus pensamentos, estou sempre ocupado, fazendo uma coisa ou outra. Mas quando a noite chega, é quando eu posso sentir a sua falta, no banho eu lembro de ti, no quarto, na sala, tem horas que posso dizer que até ouço tua voz. Porém, é só saudade, machuca, as vezes até choro, mas como eu falei, é só saudade, até machuca, mas logo passa.

⁠Luto é...
Luto é um sentimento que arrebenta com o coração
Luto é um choro de saudade de recordação
Luto é sentir que nunca será o mesmo
Luto é ter que dizer adeus
Luto é ver quem ama dentro de um caixão
Luto é saber que nunca vai ouvir a voz de novo
Luto é não poder ver aquele sorriso
Luto é não receber a notificação favorita
Luto é de não poder dizer eu te amo
Luto é saber que o amanhã não estará mais aqui
Luto é uma dor que esmaga
Luto é uma lembrança jamais apagada
Luto é perder alguém que amava
Luto é uma dor que se acalma, mais não é apagada.

⁠Você
Sempre penso em você
Sinto saudade
Adoro seu jeito de falar
Sua voz e suas gírias antigas

Você gosta de contar histórias
As conta bem, se expressa bem
Tem olhos expressivos

Eles mostram bem o que sente
Gosto quando você me olha e me toca
Seu olhar transborda sentimentos
Seu toque me aquece

Você e eu, nós
Somos calor, desejo, vontade
Saudade.

⁠Aula da Saudade

Sobre esse tempo, qual a melhor lembrança que você vai levar? Qual memória vai ficar? Será o entusiasmo dos primeiros períodos? Os momentos que antecediam as apresentações em grupo? As aulas dos professores? A entrega do trabalho de conclusão de curso? A aprovação na OAB?
Serão todas essas coisas e mais. Vamos levar as amizades, as risadas, as lembranças do dia a dia em sala de aula, as manias e o jeito de falar dos professores, e, com certeza, o conhecimento vindo de todas essas experiências.
Acredito que tudo acontece no momento que deveria acontecer e acredito que cada um de nós é capaz de alcançar os objetivos que quisermos. Basta ter fé e coragem para fazer o necessário pelos seus sonhos.

Violeiro chora a viola

Violeiro, está viola canta
e chora a saudade deste chão
este chão árido que o pranto na garganta
canta os amores nas cordas desta canção...

No meu peito também chora
este choro que não vai embora
junto da viola, que vai no raiar da aurora

Violeiro, chora a viola no meu pranto
deste desencanto que a sorte me reservou
se podes neste canto me consolar tanto
não se acanhe em espantar a solidão que aproximou...

No meu peito também chora
este choro que não vai embora
junto da viola, que vai no raiar da aurora

Violeiro, canta a viola no choro dos amores
se hoje sozinho, tenho ela cancioneiro e senhora
então consola minha solidão e minhas dores
daqui só saio se a viola for embora...

Viola e violeiro deixam eu ter este proveito
do canto e choro da viola, em poesia
pois assim alivia o meu peito...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Maio, 2016
Cerrado goiano

ODISSEIA (soneto)

Minha saudade de querer-te, ideia
Meus dias poetam versos em te ter
Pois vives no meu viver sem tu crer
Numa saudade de vida em odisseia

Não é só uma razão no meu querer
És o enamorar em noite de lua cheia
Mistérios pra que minh'alma te reteia
E contos de amor escritos pra eu ler

Já tantas vezes lidos, no céu, na areia
Relidos nos sonhos do meu entardecer
É tão presente numa clássica epopeia

És o meu amor, a aurora no amanhecer
Quem no meu palco encenou a estreia
Enlouquecendo por inteiro o meu ser

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
16/06/2016, 17'26"
Cerrado goiano

CHOROSO SONETO

Daqui deste rincão do cerrado
Quisera de a saudade apartar
Mas os ventos só põem a chiar
Quimeras percas no passado

Não sou um poeta de chorar
Mas choro um choro calado
Amiúde e assim comportado
Paliando soluços no poetar

Tão menos viver pontificado
No sofrer, brado, quero voar
Lanço meu olhar ao ilimitado

E pelo ar vai o desejo represado
Liberando as fontes do amar
Livres e do suspiro desgarrado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Saudade imensa do meu pai.
Partiu numa véspera do Dia de São Francisco.
Sentimento de tempo não aproveitado, amor insuficientemente demonstrado, abraços e beijos guardados para um tempo que não chegou a acontecer.
Que bom seria se fosse proibido aos pais partirem antes da aposentadoria dos filhos...

INCONTENTADO (soneto)

Saudade sem dor, amor sem fantasia,
Que aperta o suspiro dentro do peito,
Que no sim perpetuado, assim queria,
Que nada mais se sente tão satisfeito.

Emoção, que o doce sossego repudia,
Na palavra rude dita sem o respeito,
E, tirando dos sorrisos toda a alegria,
Fica ferido, e sem qualquer proveito.

Que viva sempre a sede e a tua fome,
Paixão sem queixa, e sem lamento,
E que ebule o amor em suas rimas.

Sempre tenha, o nome que consome,
Que eu tenha sempre, contentamento,
No incontentado amar e suas pinimas.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

SONETO SAUDOSO

Choro, ao pé do leito da saudade
Que invade o corpo sem descanso
Se fazendo de fiel cordeiro manso
E a agrura numa brutal velocidade

E vem me trazer recordações, afeto
Tão apetecida em tempos outrora
Agora na ausência, lerda é a hora
E cruel a minha emoção sem teto

Chorei, choro por esta separação
Neste fado dessa longa despedida
Que partiu a vida daquela posição

Se eu, tenho na sorte malferidos
Aqui sinceramente peço perdão
Movidos nos desfastios vividos

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06/04/2016, 21'00" – Cerrado goiano

Desfolhos

Do outono no cerrado e seus desfolhos
Minha saudade caia ao chão fragoso
Do meus ásperos e mirrado tristes olhos
Em tal lira de verso aflito e rancoroso

Nos ventos secos e enrugados chiavam
Os gritos da noite numa solitária canção
Onde lembranças aos astros clamavam
Esmolando do silêncio alguma atenção

Só um olhar neste brado de compaixão
Um olhar, um eco, uma mão...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/04/2016, 18'00" – cerrado goiano

oposição

agora,
que a distância virou saudade
os amigos viraram outrora
e o cerrado extremidade
das bandas do meu poetar
a solidão tornou-se traição
na enzima
na inspiração
da trova, sem estima
de uma rima menor...
Em opor,
pude encontrar na poesia
iguaria, suor, rubor
e companhia...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
maio, 2016 – Cerrado goiano

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