Carta de Saudade
"Agora foi, agora é hora"
Eu não gosto de você.
Não sinto atração por você.
E poderia até dizer que te odeio…
Mas isso não seria verdade.
Sinto falta das nossas memórias,
de tudo que vivemos —
mesmo sabendo que isso não vai voltar.
Somos pessoas diferentes agora,
com mentes diferentes,
mais maduras do que antes.
Hoje, não somos mais o que fomos ontem.
E nunca mais seremos.
Mas... tá tudo bem.
Não.
Não está.
Porque toda vez que você me ligar,
eu vou atender.
Sem pensar duas vezes.
Mesmo você estando com outra,
mesmo que eu também esteja com alguém...
Você ainda vai ser o meu "e se".
Agora foi.
Agora é hora.
obs: eu fiz essa nota para uma pessoa que amei muito e hj não amo mais mas sinto falta do que éramos e do que poderíamos ser
Hoje é o seu aniversário, 08 de maio.
E por mais que a vida tenha colocado distância entre nós, meu coração ainda sente que essa data também é minha.
Porque te conhecer foi uma espécie de renascimento pra mim.
E mesmo que agora a gente esteja em margens diferentes do mesmo rio, eu continuo ouvindo o som da sua presença dentro de mim.
Essa semana a gente se falou depois de meses.
Meses de silêncio. De saudade disfarçada.
De tentar seguir em frente com metade do peito.
E quando você apareceu de novo… foi como abrir uma janela num quarto onde eu já tinha me acostumado com a escuridão.
A luz não veio pra machucar.
Veio pra lembrar que, apesar dos cacos, ainda existe algo vivo entre a gente. Algo que o tempo não levou.
Não voltamos ao que éramos — e talvez nem devêssemos.
Mas pela primeira vez, a gente tirou as máscaras.
Deixamos a verdade entrar.
Sem culpa. Sem cobrança. Só a verdade.
Só nós, e esse sentimento que, mesmo machucado, ainda respira.
E eu não posso negar: você foi o amor mais bonito que já me aconteceu.
Mesmo na dor, mesmo nos erros, mesmo nos rompimentos — você foi lar.
Você me cuidou como ninguém.
Me amou nos meus dias pequenos.
E ficou… mesmo quando eu só queria sumir.
Talvez a gente tenha se perdido porque tentou se amar com pressa.
Porque o mundo exigia muito da gente, e a gente não sabia ainda como se proteger.
Talvez o amor tenha sido maior que o nosso preparo.
Mas sabe… se for amor mesmo, ele espera.
Ele não exige presença o tempo todo — ele confia.
Ele vira silêncio que acolhe.
Vira lembrança boa no meio do caos.
E se um dia a vida decidir nos reencontrar, que seja pra gente se amar com mais calma.
Com mais maturidade.
Com mais paz.
Hoje, tudo o que eu quero é te agradecer.
Por ter sido porto quando eu só conhecia tempestades.
Por ter ficado. Por ter me enxergado.
Por ter feito parte da minha vida com tanta verdade.
Desejo que você seja feliz de verdade.
Que encontre um caminho onde a sua alma possa respirar inteira.
Que sinta amor, que receba amor — e que nunca se esqueça do quanto você é especial.
Você é raro. Você é luz.
"Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you."
(Coldplay)
Feliz aniversário, meu amor.
Ainda que eu não esteja mais ao seu lado, meu coração não se esquece de tudo o que fomos.
E se for pra sermos de novo… que seja quando nossos corações estiverem prontos.
Inteiros.
Leves.
E dispostos a cuidar — como o amor merece ser cuidado.
Te amo. E sempre vou.
Com todo o meu coração.
O Encontro no Ônibus
Estava eu, mais uma vez, indo para a casa de minha avó. Para tanto, preciso pegar dois ônibus ou ir a pé até o ponto do segundo. Com muita cautela, vou. Passo atenciosamente de rua em rua, esquivando-me das esquinas como quem evita lembranças indesejadas.
Decido ir a pé. Chego ao segundo ponto um pouco cansado, o corpo denunciando a caminhada, e logo vejo meu ônibus se aproximar. Entro, pago e me assento. Como em qualquer outro dia, encaro a janela como uma tela em branco, onde os cenários passam rápido demais para serem compreendidos. Imagino tudo, porém nada de importância.
Um bairro se passou quando sinto um toque no braço, leve como o roçar de um galho ao vento. Vinha de alguém que se assentava do meu lado direito. Penso que foi apenas um esbarro casual e volto ao meu devaneio, mas novamente sinto. Dessa vez, decido me virar e entender o que estava acontecendo.
Era uma senhora, pequena e franzina, de mãos trêmulas e olhar perdido. Tentava, com delicadeza, chamar minha atenção. Algo havia de diferente em seu olhar — um brilho úmido que parecia conter todo o peso do mundo. O marejar de seus olhos já me inundava, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela segurou minha mão com firmeza, como quem busca âncora na tempestade.
Sem dizer uma palavra, ela apenas suspirou fundo, como se aquele gesto contivesse anos de histórias acumuladas. Seus dedos enrugados e frágeis envolviam minha mão como se segurassem um último pedaço de esperança. Por um instante, o mundo se reduziu àquele toque, e o barulho do ônibus se tornou um murmúrio distante.
Aos poucos, seus lábios se abriram, e num sussurro quase inaudível, ela disse:
— Você se parece com meu filho...
Houve um silêncio denso, como se o universo contivesse o fôlego. Não sabia o que responder, e talvez ela nem esperasse uma resposta. Apenas segurava minha mão, fixando o olhar num ponto indefinido do corredor.
— Ele partiu faz tanto tempo... — murmurou, com a voz quebrada pela saudade.
Um nó se formou na minha garganta. Respirei fundo, sentindo o peso daquele instante. Então, num gesto instintivo, apertei a mão dela com carinho e disse:
— Eu estou aqui... Pode me contar sobre ele, se quiser.
Ela pareceu surpresa, como se aquela simples oferta fosse um presente inesperado. Seus olhos marejados se voltaram para mim, e um sorriso tímido despontou, como um raio de sol por entre nuvens carregadas.
— Ele tinha esse jeito quieto... sempre olhava pela janela, pensativo. Gostava de imaginar histórias. E quando eu estava triste, ele só segurava minha mão, como você está fazendo agora.
Senti meu coração pulsar mais forte. Eu não era apenas eu — naquele instante, eu era um fragmento de memória viva. Ela continuou falando, e a cada palavra seu rosto se iluminava, como se a lembrança trouxesse o calor de um reencontro.
— Ele dizia que as nuvens eram mapas de terras mágicas — disse ela, sorrindo leve.
— Sempre acreditava que, se prestássemos atenção, descobriríamos um caminho que só os sonhadores enxergam.
Sorri também, e sem perceber, comecei a compartilhar minhas próprias memórias de viagens e pensamentos perdidos olhando pela janela. Ela escutava atenta, como quem encontra companhia na dor e na saudade.
Quando o ônibus freou bruscamente, ela soltou minha mão com delicadeza, como se devolvesse à realidade o que fora apenas um breve consolo. Antes de descer, olhou para mim com um sorriso pequeno, mas sincero, carregado de um agradecimento mudo.
— Obrigada... Você me fez lembrar que o amor não morre... Só se transforma em saudade.
Olhei para ela e, com um sorriso sincero, respondi:
— Talvez ele ainda segure sua mão... de algum jeito, através de quem traz um pouco dele no olhar.
Ela desviou o olhar por um momento, tentando conter as lágrimas. Mas quando voltou a me encarar, havia uma serenidade nova ali, como se minhas palavras tivessem encontrado um canto acolhedor dentro dela.
Fiquei observando-a partir, pequena e delicada, desaparecendo na multidão. O ônibus seguiu viagem, mas aquela sensação permaneceu em mim — uma mistura de melancolia e gratidão por ter sido, ainda que por poucos minutos, um porto seguro para alguém que precisava ancorar suas lembranças.
No caminho até a casa de minha avó, pensei sobre a força que existe em simplesmente estar ali para alguém. Às vezes, somos chamados a ser companhia em meio ao tumulto da cidade, como se a vida nos empurrasse para encontros que não esperávamos, mas que, de alguma forma, precisávamos viver.
E ali, entre a dor e o alívio, aprendi que às vezes somos porto, outras vezes somos naufrágio — e, no intervalo entre os dois, a vida nos permite tocar o coração de um desconhecido, deixando nele um pouco de calma, e levando conosco a certeza de que a humanidade sobrevive nos detalhes.
Do Vazio, Transbordo
Do vazio, preencho-me,
como tela que se pinta sozinha,
colorido com as mais belas cores
de uma paleta que nem escolhi.
Sou arte que se faz sem intenção,
um quadro que respira
e dança com os tons
que o acaso me deu.
Do vazio, transbordo,
como rio que se perde
entre margens inconstantes,
a fluidez de um só
corpo que se desenha
com as tintas do improvável,
na liberdade de ser
mais que apenas vazio.
Quando a vida me cobre
com véus de incerteza,
esboço-me em traços largos
e deixo que o tempo
pincele meus contornos.
Não sei se sou obra completa
ou fragmento em constante mudança,
mas aceito o caos
como parte da criação.
Sou o intervalo entre
a matéria e o conceito,
o pulsar do imprevisto
na estrutura que se rompe.
Quando me olho de fora,
percebo que sou mais
do que a soma de escolhas,
sou o reflexo que escapa
entre as fendas da razão.
Há beleza no que escorre
sem forma definida,
no gesto que se faz
pela inquietação do existir.
Sou composição inacabada,
mas inteira naquilo
que jamais cessa de se criar.
E assim,
de um espaço que era nada,
sou cor, sou movimento,
um corpo que não cabe
em linhas retas
nem em molduras fixas.
Sou a contradança
entre o vazio e o transbordar,
a essência que se molda
na ausência de certezas,
como verso que se escreve
no tempo que passa
sem pedir licença.
E se ao final
me perguntarem o que sou,
direi que sou fluido,
transição que se esparrama
entre o ser e o deixar de ser.
Um conceito escorrendo da mente
que, ao tocar o chão,
se torna rio que não desiste
de encontrar o mar.
Porque ser é também desaguar
em possibilidades infinitas,
é não temer a dissolução
e encontrar na própria mudança
a raiz que jamais se fixa.
Sou processo que se faz
enquanto a vida se move,
uma arte sem moldura,
uma verdade sem contorno,
transbordando de mim
no vazio que me acolhe.
E se por acaso
me perguntarem novamente,
não direi mais que sou completo,
nem que estou pronto.
Direi que sou como a água,
que ao abraçar a terra,
transfigura-se em rio,
em mar, em chuva,
mas nunca deixa de ser
essencialmente líquida,
livre para se moldar
e expandir,
pois mesmo quando se evapora,
não deixa de ser presença,
não deixa de ser vida.
Sinto falta de você, CESAR LIMA!
Sinto falta da sua mão forte passando sobre mim.
Lembra, eu brincava que sua mão grossa e forte sobre passava-me a certeza de segurança e proteção.
Provavelmente, não encontrarei sensação igual nunca mais. Essa será uma marca imprimida no meu corpo, na minha vida, além dos filhos maravilhosos que me deixou. Cada um tem um pouquinho de você. Ao olhá-los vejo um pedacinho de você.
Os 40 anos foram marcantes e éramos feitos passarinhos que toda hora sentia necessidade de sorver o nécta doce e essência de cada um.
Não tem um dia que não me lembre de ti.
Sinto falta dos arrolhos, das brigas, dos ciúmes e dos olhares interessados das outras pelo meu garanhão. Fica com Deus e me espera.
Ta escrito que case-se com cinco ou mais homens, o marido é o primeiro. Ainda espero encontrar alguém que console meu coração e desperte um pouco de tantos sentimentos, emoções e alegrias na minha vida despertas por você.
Te amo para sempre, Cesar Lima.
O tempo é um tirano silencioso.
Não estende a mão, não consola.
Ele leva sem pedir licença,
rouba risos, desfaz promessas,
e castiga com a saudade.
Mas talvez sua crueldade seja arte —
uma forma estranha de ensinar.
Pois só no vazio que ele deixa,
floresce o que somos capazes de ser.
O segundo choro
Chorar como criança ao perder a mãe é o segundo grande choro da vida.
O primeiro é o do nascimento — quando somos separados do ventre.
Agora, é o coração que se rompe, e não importa a idade, voltamos a ser pequenos, pedindo colo ao mundo.
A dor é o outro lado do amor — e só dói tanto porque foi imenso.
Com o tempo, a lágrima vira saudade, e a ausência, lembrança viva.
O amor de mãe nunca parte.
Ele permanece habitando os nossos silêncios.
"Fecho os olhos...
Não há forma melhor de encurtar a distância.
Não conheço outro jeito de acessar o impossível.
Como máquina temporal, trás o momento, infinitas vezes ao ponto escolhido.
Olhos são portais das memórias.
No avesso das minhas pálpebras, um mundo paralelo, insiste em acontecer."
Mundo Azul
Ele caminha devagar na calçada,
como quem mede o peso do dia.
Apressados tropeçam nele,
mas ele nunca tropeça
na pressa do mundo.
Disseram que era estranho,
porque via o mundo por ângulos tortos.
Que culpa tem um espírito sensível,
se a sociedade se crê reta demais
para enxergar a beleza do desvio?
No intervalo entre duas palavras,
ele enxerga um poema inteiro.
No espaço entre um toque e outro,
ele sente tudo o que existe.
A falta de respostas assusta os outros,
mas o silêncio dele não é vácuo: é morada.
Ali dentro, onde poucos chegam,
há um universo à espera de tradução.
O Silêncio dos Vagalumes
Foram-se os vagalumes,
não por medo da noite,
mas porque sua luz já não cabia
em mãos que desaprenderam o assombro.
Foram-se como preces mudas,
sem rastro, sem vestígio,
levando consigo a infância dos olhos
e a última centelha do espanto.
A cidade caminha sobre sombras,
e os passos ressoam na ausência do que era vivo.
Onde antes um lampejo fugaz
rasgava a pele do escuro,
agora há um breu domesticado,
submisso ao clarão sem alma
das lâmpadas que nunca dormem.
Mas quem sabe, em outra noite,
quando os homens cessarem o peso
sobre as coisas miúdas,
eles voltem.
E, sobre as ruas, redesenhem em claridade
o que o silêncio agora esconde:
o simples milagre
de brilhar sem porquê.
Apetite de Amanhãs
Deus, em sua eternidade, não precisa de lembranças;
Nós é que forçamos o recordar.
O tempo, esse sábio que a tudo cura,
Desenha as marcas de quem somos.
Não há ferida que ele não toque,
E não há memória que ele não visite.
A conferência da saudade não nos deu a dádiva do esquecer.
No ensaio da solidão, guardo algumas dores enquanto ofereço sorrisos.
A saudade vem nostalgiar,
Recorda até as desnecessidades.
Bendito seja o inventor da memória,
Que nos dá o poder de reviver os dias,
De devotar a delicadeza
E discernir que a esperança é diferente da espera.
Olho para o passado, sim,
Mas tenho apetite de amanhãs.
O Que me mantem aqui?
O que me mantem vivo?
Ja me perguntei
E a resposta eu te digo
O amor me mantem
Desde de que eu era um neném
O amor da minha Mãe
O amor da minha vó
Orgulho de vir da linhagem delas
Orgulho daquelas mulheres fortes
Triste é que mais certo que nosso amor
São as nossas mortes
Elas se foram
Mas me deixaram muitas lições
Minha vó e minha mãe eram uma força
De outras vidas vinham suas ligações
Minha vó se foi eu tinha 11 anos
Já não me lembro nem da voz dela
Mas aonde ela chegava
O preto e branco virava uma aquarela
Minha mãe me deixou eu tinha 26
Uma mulher que sempre esbanjou alegria
Que sempre se divertia
Tomara que nos reencontremos outra vez
O amor de vocês por mim
O meu amor por vocês
Jamais deixaram de existir
Isaura e Angélica
Foi uma grande dor ao vê-las partir
Mas acredito que estejam juntas
Num lugar lindo e com muita paz
Uma alisando os cabelos da outra
Esperando até que um dia eu as encontre pra nos amarmos mais
Pequena, a chave para a vida está em perceber a importância de cada momento e não deixar morrer aquilo que te move, que te inspira e te faz ser quem você é !!!
Pois vale sempre ressaltar a importância de valorizar o que é essencial em nossa vida, e não deixar morrer os nossos sonhos, objetivos, e valores que nos dão sentido e motivação. Sunshine e vc faz brotar em mim varias sensações e incentiva a reflexão sobre o que é importante e a agir para que essas coisas não desapareçam.
A vida é uma oportunidade única. E hoje eu sinto vontade de senti-la em minhas veias novamente, pois você esquentou meu coração e me faz sentir que quero aproveitar o tempo que me resta a seu lado.
Não deixe morrer o seu potencial, a sua força, a sua esperança
Sunshine, você é minha luz, meu pedacinho de chão, .... o abraço que meu coração procura, minha tranquerinha viciante!
Pequena a vida pode ser efêmera, mas o amor é eterno.
Gosto tanto de vc, que você não consegue imaginar.
Desculpe se mais uma vez falo isso, mas tenho que falar enquanto ainda há tempo!.
Tranquerinha, você sempre foi presente em minha vida, viva em meus pensamentos e a dona do meu coração.
Te amo, hoje, ontem e sempre ......(para sempre)..........S2
Muitas mulheres compartilham histórias semelhantes: criar, educar e participar da vida de um filho sozinha. O termo “mãe solo” hoje é amplamente utilizado para designar mulheres que são inteiramente responsáveis pela criação de seus pequenos, deixando o conceito de “mãe solteira” em desuso, já que estar ou não em um relacionamento com um(a) parceiro(a) não quer dizer necessariamente compartilhar a difícil missão de ter um filho.
Seja por escolha própria ou por acaso do destino, ser mãe solo não é nada fácil. Há que ter muita força, paciência e resiliência. Ser uma e valer por mil. Engolir os desaforos e deixar passar os olhares tortos cheios de julgamento de quem não sabe nada sobre criar um filho sozinha. É enfrentar o mundo com unhas e dentes afiados, e um coração cheio de amor e esperança de que a sua vida e a de seu filho seja a melhor possível.
Marcos escrevia sobre as dificuldades que o Brasil enfrentava, desde a desigualdade social até a corrupção que corroia a economia. Ele mostrava como a população brasileira, especialmente os mais pobres, sentia o peso da realidade do país. Ele desafiava o status quo e exigia mudanças para tornar o Brasil um lugar melhor. Com sua habilidade de escrever, Marcos se tornou um defensor dos direitos humanos e uma voz para aqueles que não eram ouvidos.
Hoje senti o desejo de comentar sobre a letra da música do Nando Reis, “Pra você guardei o amor”.
Ao ouvir e prestar atenção na letra fui remetida a tempos imemoriais de minha infância, onde a figura paterna se fazia presente e de quando eu imaginava o amor, como eu via, com meus olhos inocentes, o relacionamento de meus pais. Época de sonhos e verdades limitadas ao que ocorria a poucos metros de mim, pois não existia a internet ou nada de muito tecnológico.
Lembro de estar sentada em nossa sala pequena, na Casa que morávamos, na rua conhecida como Bêco Salgado, na Cidade do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Casa pequena, de frente, uma porta e uma janela. Na sala, neste dia que consigo recordar, eu por volta dos meus nove anos, sentada numa mini cadeira, meu pai, na cadeira de balanço, minha mãe fazendo um tipo de artesanato que lembrava o crochê, sentada numa cadeira baixa ao lado dele, ela usava uma tábua cheia de pregos, para trançar com linhas, foi quando, num diálogo entre meus pais, de repente , minha mãe bate no joelho dele com esta tábua cheia de pregos, ele grita de dor, as cabeças dos pregos entraram na pele, ela imediatamente, procurou cuidar do ferimento, mas não se desculpou, a partir deste dia, comecei a perceber que o amor que eu imaginava entre eles, não existia mais, algo tinha abalado a relação.
Comecei a prestar atenção aos detalhes da convivência diária e pude facilmente perceber que algo externo acontecia e que a minha mãe sofria em silêncio. Uma nova mulher ocupava o coração de meu pai e ele vivia esta paixão em segredo. Mas um dia tudo se tornou insuportável e minha mãe entregou o seu grande amor a sua melhor amiga. Traumas se formaram, dores imensas, família desfeita. O tempo passou, hoje meu pai já falecido, ainda faz meu coração vibrar de saudade, pois apesar de tudo, ele era meu pai. Com a maturidade entendemos que cada um faz suas escolhas e consequentemente arca com as consequências, não temos o direito de julgar, apenas de aceitar. Com os eventos que se seguiram, meu coração se transformou em quase pedra, sentimentos contidos, medo de amar e sofrer.
Todas as vezes que tentei abrí-lo, ele foi machucado e novos traumas se formaram, porém o amor está lá guardado, potente, pulsante, o qual sempre quis mostrar, mas por medo guardei sob uma carapuça grossa, quase intransponível. Todas as vezes que tentei deixar fluir e fui machucada, me senti uma idiota e me perguntava: Você sabia que o mundo é assim, cruel, sem moral, sem valores éticos, por que você se abriu? E lá estava eu de volta a concha protetora. Hoje, ao meio século de vida, vejo que as pessoas continuam do mesmo jeito, se enganam e enganam, tiram proveito de pessoas boas sem a menor crise consciência, quando tudo vai mudar de fato?
Caminhamos a passos de tartaruga para a evolução moral tão pregada pelo Cristo. Sinto uma tristeza muito grande quando consigo perceber que será ainda necessário muita dor e sofrimento para que tenhamos absorvido o aprendizado de como amar de verdade e com a verdade. Vida que segue, porém cá estou com muitas restrições, mas na esperança de um dia poder dar o amor que sinto, livre e feliz, como diz a letra da música.
Cinco minutos… Apenas cinco minutos…
Se eu pudesse, voltaria no tempo só para sentir mais uma vez o calor do seu abraço, ouvir sua voz dizendo que tudo vai ficar bem, olhar nos seus olhos e ver neles o infinito amor que sempre me guiou.
A emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo…
O tempo, esse que sempre corre sem pedir licença, agora é meu maior desejo. Apenas um instante a mais, um último sorriso, uma última conversa despretensiosa que eu não sabia que seria a última.
Se eu soubesse que o tempo seria tão breve, teria segurado sua mão por mais tempo, teria dito mais vezes "eu te amo", teria deixado o mundo lá fora só para viver mais um dia ao seu lado.
Faz de conta que ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixa falar a voz do coração…
Para quem ainda tem esse presente ao seu lado, não espere, não adie, não deixe para amanhã. Ame hoje, abrace hoje, fale hoje. Porque o que agora parece tão natural, amanhã pode ser saudade.
E para nós, que seguimos carregando esse amor no peito, que Deus nos conforte e nos ensine que mãe nunca se vai… Ela vive em cada lembrança, em cada gesto, em cada estrela que brilha no céu.
Feliz Dia das Mães. 🌹
Autor: Roberto Ikeda
Saudades de você minha amiga
Garota, seu lindo olhar
Incendiou meu coração
Sequestrou meu pensamento
Libertou minha inspiração
E num momento perfeito
Não sei explicar direito
Era tipo ficção
O sol tocou sua pele
Revelando seu sorriso
Era igual ao paraíso
Que descrevi num poema
Sua mão macia e pequena
Escondendo – se no moletom
Sua voz em afinado tom
Que dominava o espaço
Fez – me querer seu abraço
Que de tão apertado é bom…
Quanto mais o sol subia
Mais mostrava o seu brilho
Já me via fora do trilho
Toda vez que tu sorria
Abrilhantava meu dia
Trabalhava mais contente
Torço muito pra que a gente
Volte a se encontrar um dia…
Mando-te neste cordel
Um abraço carinhoso
Bem forte e bem gostoso
Com um sabor de saudade
Para que nossa amizade
Dure o século todo...
Inebria a alma como a noite
E aquece tudo
Num copo de vodka
E esquece tudo
Mas vale um toque
Não dá pra continuar sonhando
Nessa regata fria e solitária
Que sufoca e vai levando
Uma água fria e cinzenta
Já não lava ninguém
Nem perfuma o corpo inerte
Onde a saudade foi o tudo que restou
'ROSA'
Apesar do cansaço aparente, vejo vitalidade nos teus olhos. A tua existência fez-me visionário, verdadeiro, devaneador. São tantos outros adjetivos! Se conseguisse ler o meu olhar mais profundo, veria que eles estão cheios de gratidão. Agradecimento. Reconhecimento. Todos os dias quando vejo-te, sinto esperança ao meu lado. Os meus afagos e abraços falam de sentimentos que não consigo exprimir.
Quando eu chorava, ao meu lado você estava com suas recomendações. Seus fortalecimentos. Escrevendo essas poucas linhas, lembrei-me das muitas vezes que você também chorava. Onde parecia que não ia mais tolerar a vida. Falso era minhas percepções. Você sempre estara vencendo obstáculos. Até agora ainda vence. Falta-me palavras para falar que você é o meu tudo. A razão maior. Sinto-me pequenino em meio a esse poço de afeto e amor que tens a dar.
Seguro estou em suas mãos e não me deixarás sucumbir porque és MÃE. Ser MÃE é inexplicável para os homens. Só elas tem o poder do encanto da vida. O poder de tanta admiração. Feliz dia das MÃES! Em especial a você MAMÃE ROSA.
Sempre escutei as pessoas se queixando do amor. Dizendo que o amor magoou, que o amor machucou. Que não ganharam nada amando e se dedicando demais. Eu também já pensei assim, mas amadurecer me fez enxergar o outro lado. Não o meu lado ou da pessoa que não ficou. Mas o lado do amar.
Ninguém perde por amar. O que machuca é a nossa expectativa, o nosso egoísmo em querer que alguém que não se sente feliz fique ao nosso lado. O que machuca é a nossa vontade de fechar a gaiola. O que magoa, no fundo, é a nossa vontade desesperada de ter a posse da vida de uma pessoa. E, muitas vezes, o que machuca é a nossa baixa autoestima em acreditar que merecemos o pouco que aquela pessoa tem a nos oferecer.
Mas o amor ensina. Conduz, nos torna melhores dentro das nossas possibilidades. Por amor queremos tanto que, muito vezes, nos perdemos. E perdemos quem tanto a gente amou um dia. Mas no final, a gente sempre aprende. E vamos nos ajustando por entre as histórias que começam e terminam deixando sementes dentro do nosso coração.
Hoje eu amo, mas o amor do outro não me pertence. Tem uma cena no filme ‘Closer, perto demais’ em que a personagem da Natalie Portman indaga ao seu ex parceiro após ele dizer que a ama: “Onde? Cadê esse amor? Eu não o vejo. Não posso tocar nele. Eu não sinto. Eu te ouço, escuto umas palavras... mas não posso fazer nada com suas palavras vazias“. E na verdade é tudo isso. Não temos o controle de nada, só do que sentimos. Só nos resta amar, nos entregar e viver sem tentar sabotar esse sentimento lindo dentro da gente. É amando que vamos aprendendo, nos aperfeiçoando, tentando não errar tanto quanto erramos um dia com uma outra pessoa.
Muitas vezes vamos perder. Vai doer, vai machucar. Vai desidratar de tanto chorar. Vamos amar alguém que não era pra ser nosso. E diante de tudo o que já vi, ouvi e vivi eu posso te dizer: Amar e perder é melhor do que não ter amado.
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