Carta de Otimismo

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⁠Bem assim.
Algumas coisas e algumas pessoas que não me fazem bem, eu arquivo, outras no entanto eu deleto. Preciso tratar muito bem meu cérebro e meu coração. Não posso sobrecarrega-los com coisas que nao me farão bem, ou me causam algum desconforto. A vida precisa ser leve e nossos fardos também. Enquanto eu puder, vou selecionando meus sentimentos. A gente aprende na dificuldade.

Inserida por Elaine1973

⁠EFEITO MANADA E O VERDADEIRO COLETIVO

Somos um coletivo. Porém também temos um caminho único, com bagagens únicas, caminhando para um mesmo destino.
Ao olharmos para nós mesmos, nos vemos destacados e é um processo necessário, de autoconhecimento do próprio processo, mas quanto mais nos auto observamos, mas podemos nos ver nos outros.
Quando não o fazemos nos deixamos guiar por forças externas. Uma delas que me chama a atenção é a onda “efeito manada”.
Já percebeu o quanto somos influenciáveis por essa?
“Mas se todo mundo diz ou percebe isso, logo é verdade”.
E se a manada está se deixando influenciar por forças que ela não vê?
É como se fosse uma epidemia de informações que nós decidimos nos deixar adentrar.
Ás vezes as forças não são nem magnéticas ou invisíveis, mas só alguém ou alguns tentando manipular uma situação para obter um certo controle.
E por falar em controle, perante à isso, percebe que não temos nem o controle de nós mesmos?
Percebe como podemos ser influenciáveis quando tentamos usar a razão?
Percebe como podemos cometer absurdos em um efeito manada e nos prender ainda mais na roda cármica de encarnações da vida e da morte, a roda de samsara?
Talvez nos sentimos atraídos pelo efeito manada justamente por termos intrínseco em nós essas lembrança de um estado de ser coletivo, integrado?
Tarefa difícil de discernir quando estamos voltados para fora, quero dizer, quando estamos tentando racionalizar.
Efeitos manadas criam linchamentos, extermínios, ideologias que irão sempre marginalizar alguns ou muitos para fora dos seus centros ideológicos.
Mas se somos um coletivo, como podemos excluir alguns?
Então, logo percebemos que a motivação deste efeito manada há um princípio egocêntrico.
Quando geramos um grupo, nos separamos do todo e criamos nós e os outros, alguém ou alguns diferentes de nós e isso pode despertar um sentimento bélico. Um espaço a defender, uma nação à defender, uma raça à defender, um time de futebol, uma religião, uma ideologia política… etc.
Sentimentos bélicos geram guerras e guerras geram destruição.
Destruir algo, alguém, alguns ou vários para defender nossos ideais, proteger um espaço delimitado.
Se pararmos em um momento para refletir e nos questionar, seriam essas as ações que podem nos libertar da roda da vida e da morte?
O que mesmo estamos tentando defender?
Estou defendendo ou atacando?
Qual a necessidade disso?
E se nos voltássemos para nossos corações e nos perguntássemos: Por que estou fazendo isso?
Ao nos voltarmos sinceramente para nossos corações talvez haveria um desatar de nós. Uma dissolução destas estruturas mentais que nos deixamos adentrar ou que nós mesmos criamos e que nos separam dos outros.
Veremos que não há oponente,não há separação, não há competição e sim a cooperação, o verdadeiro coletivo.


(C.F.S)

Inserida por Camilafs19

⁠O TEMPO


O algoz e o herói
Nos prende até nos preencher do necessário
Ou talvez nos comprime até nos esvaziar
Para assim estreitos, sermos a própria chave que adentrará a fechadura
Deixando para trás a prisão
Na liberdade, agora sem porta, paredes, fechaduras...
Sem barreiras
Sendo o Nada e o Tudo


(C.F.S)

Inserida por Camilafs19

⁠Quase tudo em mim é fogo que arde sem se consumir, mas também é luz e calor, que podem iluminar e aquecer. Em frustrações distintas, a velha confiança, silente, não mais me cativa no olhar; minha mente cansada, sem saída a vislumbrar.
Em busca de algo mais, sem se conformar, que tal outro mundo possível sonhar?
Tudo em mim incendeia, uma chama incontrolável, um sonho por um mundo novo, onde o absurdo seja condenável.
Imagino um crime, não de sangue ou de maldade, mas de estupidez e ganância na sociedade, como a busca pelo ter ou por ganhar, esquecendo o mais hábil, o simplesmente ser, simplesmente o que é sábio. Um lugar diverso, onde o viver seja um belo verso. Consegue ter a noção? Do viver pelo viver, como a mais bela canção. Como faz o pássaro que canta, sem saber que encanta, ignorando sua arte pelo simples cantar. A criança que brinca sem saber que inventa, sem saber que é parte, simplesmente pelo brincar.
Com alimentos, palavras, arte e educação não sendo commodities, onde a beleza do simples nos dê suporte. Um lugar onde os sonhos se realizam, onde não há mais fome, nem guerra, nem opressão, onde todos os povos vivem em paz e cooperação, que possam andar nas ruas sem medo de balas ou bombas, como num campo de guerra em ação.
Sem egoísmo ou exploração. As mulheres são livres e respeitadas, sem violência ou discriminação.
A natureza preservada sem poluição ou destruição. Os animais são amigos e companheiros sem crueldade ou extinção. A arte é valorizada e compartilhada, sem preço, censura ou limitação.
Os desesperados seriam, por fim, os esperados. Os perdidos, enfim, seriam resgatados.
Porque eles se desesperaram de tanto esperar, e eles se perderam por tanto buscar. Por este lugar, onde todos têm o direito de sonhar. Onde ninguém é explorado, nem oprimido, nem excluído. Onde a diversidade é celebrada, e a solidariedade é praticada, onde o viver é uma questão sagrada.
Esse é o meu mundo, e o de muitos outros, que sonham com um mundo melhor, mas que não possuem os meios de ação para torná-lo realidade, mas que querem alcançar enfim esse stop da animalidade.

Inserida por xALVESFELIPE

⁠O melhor motivo - Soneto

Cores entrelaçam minha aquarela,
em traços vivos, dou vida ao meu imaginar,
vejo chuva batendo em alguma janela,
água, que o vento não pode secar,
e vivo, vivo de um inverno a outro inverno,
aquecendo-me na estação sonhar,
meu silêncio, não será eterno,
na garganta um nó carrego, para o tempo desatar,
e sigo, vivo minha infinita tempestade,
e em cada segundo que vivo,
sei que és o meu melhor e único motivo.
Contudo, ó insensibilidade,
somos partes de algo escondido.
Somos e vivemos à sombra, de um tempo perdido.

Inserida por MarioDeOliveiraRSA

⁠Soneto ao Amor

Amo assim amar, calado.
Amo perto, distante, ao luar.
Intenso, inculpado,
amo assim, amo assim amar.
Inteiro, amo em pedaços,
amo, até queimar.
No calor, oculto meus passos,
aluado, fujo, céu e mar.
Amo o que faço por amor.
Amo não expor,
mas amo o vento, amor soprar.
Amo, com ou sem nenhum pudor,
tímido, amador.
Amo assim amar.

Inserida por MarioDeOliveiraRSA

⁠Encanto teus - Soneto

Encantos teus, minha alma sem demora,
busca-os nos poucos momentos de lembrança,
nas doces memórias dos verões de outrora,
que por eles, cantou minha alma, um cântico de esperança.
Invadiram o meu vazio, a minha solidão,
fizeram-me de amor por ti, transbordar,
sentir a leveza da tua grandeza, o prazer da tua imensidão.
Ó amada, que minha alma dos teus encantos, não venha se afastar,
pois são para mim, como jóias raras e bem guardadas,
beleza indiscutível, impossível de ser ignorada,
essências perfumadas, aguçando o meu sonhar,
florescendo nos campos da saudade,
brotam como desejos, dos tempos de felicidade.
Encantos teus, perfeitos, deixam-me fora do ar.

Inserida por MarioDeOliveiraRSA

⁠"Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho.Provérbio Chinês"
Provérbio muito importante para vida: pelo fato de conhecer um trabalho, não relaxe, pode errar, todo cuidado é pouco, pode ter realizado mais de 100 vezes, faça com o mesmo cuidado de estar realizando pela primeira vez"

Inserida por Ademarborba46


“O amor é como uma estação de rádio, uma frequência mágica no vasto espectro do coração humano. Assim como ao sintonizar um rádio, para apreciar o amor em sua plenitude, é preciso paciência e sensibilidade. Cada pessoa é como um dial único, e para encontrar a estação perfeita, você precisa girar o dial da vida, ajustando-o com cuidado. Às vezes, pode haver estática e interferência, mas a magia acontece quando você encontra a sintonia perfeita. O amor é como música, transmitindo alegria e harmonia, mas somente quando nas mãos de alguém que sabe sintonizá-lo com a mesma paixão e dedicação. Portanto, nunca desista de sintonizar, pois o amor está sempre no ar, esperando por aqueles com a paciência e a vontade de encontrá-lo.”

Inserida por walecydejesuspaulo

⁠"A RESPOSTA RISPIDA SUSCITA A IRÁ, A BRANDA DESVIA O FUROR" Provérbio de Salomão
Importante provérbio o qual funciona em todas ocasiões, principalmente no trânsito. Quantas pessoas abreviaram a vida aqui na terra por não obedecer este provérbio? Mantenha-o latente no seu cérebro, é uma arma poderosa para desarmar o agressor.

Inserida por Ademarborba46

⁠COLEGAS TAXISTAS, trate bem o seu carro, se puder lambe-o, a nossa vida profissional está cada vez pior. Os condomínios e os idosos que estavam acostumados com o táxi, já não mantém a fidelidade. Às associações e cooperativas que tinham e tem contratos com pessoas jurirldicas, para mante-los tem que conceder descontos vergonhosos. Para se adquirir um veículo novo, com isenção gastamos R$. 80 mil. Quem tem renda proveniente da profissão para manter a família e honrar com o valor da prestação?
Quem consegue manter a manutenção de um veículo com mais de 5 anos de uso (peças e mão de obra), que atire a primeira pedra. Quem NUNCA gastou dinheiro com a mão de obra e saiu da oficina com o carro apresentando o mesmo problema? O mecânico alega que o defeito é outro e o pobre taxista tem necessidade de gastar mais dinheiro. Dolorido! a família esperando o pão e ele volta pra casa com o bolso vazio; e o problema não para por aí. Se o profissional tem muitos anos na profissão vai migrar pra onde? Taxista não é uma profissão de futuro; mais sim do passado e quem vive do passado é PROFESSOR DE HISTÓRIA. (Economista).

Inserida por Ademarborba46

⁠malmequer negro
percorro pulsante o corredor
de pés mudos como muros
ergo o intransponível crânio
nascendo e dormindo prescrito
adio a translúcida sibilância
malmequer fulgente e negro
que levo ao peito como um sabre
recito pelo adejar rítmico dos lábios
salmos rituais ossos barro pó
fulgurante translação das veias
arde-me o míope sangue vertical
escorrendo pelo lantânio e lutécio
hei-de criar pedra sobre pedra
farei da luz dois vítreos ciclopes
pousarei nos pilares de hércules
a incorpórea maldição dos deuses
e levitando andarão as testas
dos homens e deuses
dos deuses homens
sit tibi terra levis[1]
requievit in pace.[2]

[1] que a terra te seja leve
[2] descansa em paz

(Pedro Rodrigues de Menezes, "malmequer negro")

Inserida por PoesiaPRM

⁠O fantasma de Ani ( nas ruínas de 1001 igrejas).

De longe eu vejo as ruínas
Se eu pudesse ver mais
Eu veria as mil e uma igrejas
Oh Ani! Tu foste grande!

Seda, reis e riquezas tiveste
Se eu pudesse saber mais
Basalto em vermelho e amarelo
Oh Ani! Tu foste tão linda!

Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!

De longe eu vejo as ruínas
Se eu pudesse ver mais
Eu veria a sua decadência
Oh Ani! Tu foste destruída!

Morte, invasores e terremotos
Se eu pudesse viver mais
Eu veria seus restos mortais
Oh Ani! Tu és um fantasma!

Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!

Inserida por VanderleiCampos

⁠"USE A BUZINA E O PISCA--ALERTA Lei de Murphy. Se houver a probabilidade de ocorrer uma colisão, ela vai ocorrer:
Quando estiver estacionado e tiver que dar RÉ para sair, use o pisca-alerta, e evitaras colisão. UM RETARDADO sem olhar no retrovisor, nem ligar o pisca-alerta deu ré no carro, simplesmente eu estava passando, tive que dar uma freiada brusca e buzinar para não colidir.
Por outro lado, quando você ver o carro ao lado cheio de amassadinho ao lado é porque o motorista não usa a BUZINA para alertar que há gente ao lado, principalmente na ERA DO CELULAR, homem que é homem só aceita que se encoste nele mulher e bonita. USE A BUZINA E O PISCA-ALERTA E EVITARAS ABORRECIMENTOS"

Inserida por Ademarborba46

⁠"Insana "

Eu sou a fúria que arranca a pele
A sede que queima
Rasgando a garganta
A dor fervente , abrindo a ferida

Eu sou inevitável
Aos corações quebrados
Eu me parto a pele sangrenta
Eu esfolo

A dor corroída insípida
Cuspida , escarnecida
Aos cacos de vidro
Mastigados engolidos

A fome negra , a fúria intermitente
A tempestade regida
A chuva de mim
Que sai pra fora

De que não ver a hora
De derramar espinhos
Em te , desapareça
Desapareça

De mim

Inserida por Ariane28

Requiem for Adílio Lopes

⁠Adília e Adílio, ambos Lopes



oferecer-te um poema
em forma de livro
de receitas
cozer-te pão
para o coração
há tanta falta de pão
para o coração.

(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes XV)


Adília
e
Adílio
comem
pão
de ló
pelos pés
Lopes.

(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVI)


imagino-te
como vieste
ao mundo
de pano do pó
na mão
e sem mais nada
por cima
por baixo
mas cheia
de coração.

(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVII)


Herberto Helder
convida
Adília Lopes
para jantar
duas solidões
uma doméstica
não domesticada
outro uma artéria
sem pressão arterial
ponto de interrupção.

(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVIII)


o teu cabelo
Adília
o teu cabelo
Adília
é uma rosa
de ventos
ventania
poesia.

(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes XIX)


os capítulos
capitulam
esta história
no fim triste
cumpriu o destino
de Adílio Lopes
morreu nos braços
de Adília Lopes
no dia em que se conheceram
consta que morreram
Adílio Lopes
os gatos
e só sobreviveu
Adília Lopes
e as suas baratas
mas sobre os gatos
assassinos
que esgatanharam
(não confundir com esgadanhar)
o corpo de Adílio Lopes
ninguém escreveu.

(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XX)


Nota: termina a história de Adília e Adílio, ambos Lopes.

Inserida por PoesiaPRM

⁠"SE SOMOS POBRES, PRECISAMOS CUIDAR PARA NÃO FICARMOS MISERÁVEIS -- crescer tipo rabo de cavalo, para baixo.
Isto não é difícil de ocorrer, basta perder o emprego ou outra atividade laborativa, sem que tenhamos uma poupanca para usar, ter uma família para sustentar, sem residência própria, somos obrigados a morar num lugar inadequado para criar os filhos. Por isso, vigie as finanças, porque ela faz a diferença"

Inserida por Ademarborba46

⁠Nunca podemos nos deixar levar pela emoção. Ela nos engana por mais que demore com o tempo.
É como se a verdade fosse aparecendo no fim do túnel e derretesse aquela imagem que a gente mesmo construiu.
Os sentimentos cegam os olhos, limitam nossos pensamentos e nos fazem tomar atitudes imprudentes.
O sentimentos e a emoção fantasiam uma realidade que não existe; já a razão é nua e crua, nos faz perceber uma realidade que nos recusamos a aceitar.

Inserida por geovanademelo1999

⁠Eu caminho sem rumo, sem destino, sem saber o que me espera além do horizonte, além do ser. Eu busco novos ares, novas terras, novas cores. Eu fujo das prisões, das dores, dos horrores.
Eu sinto o desejo de viajar, de me aventurar, de conhecer o desconhecido, de me deslumbrar, de ver o mistério se revelar, de me surpreender, de sentir a vida pulsar, de me renascer, de sentir a vida que se move, que se renova.
Mas eu sou um cativo, um refém, de um corpo, de uma mente, de um lar, de um alguém, de um presente. De uma realidade que me oprime, que me consome, de uma humanidade que me afasta, que me abandone.
Eu sonho com a natureza, em sua beleza. Eu lembro da época em que eu era parte dela, em que eu era uma centelha. Eu anseio por voltar a ela, por me integrar a ela, por me libertar dela.
Eu quero viajar sem fim, sem limite, em busca de um caminho sem razão, parece que em parte alguma estou em paz, sempre a desejar um novo cais. Uma ânsia sem fim, pelas terras desconhecidas, o mistério, o desconhecido me atrai, enquanto minha alma se perde, se vai.
Aprisionado em tudo o que não sou. Eu sou um estrangeiro, em todo lugar, em todo tempo. Em busca do Éden perdido, vagando sem destino, pois somos todos eternos nômades, em busca do divino. Enquanto me perco nas ruas de concreto, a minha alma anseia pela simplicidade da terra, o aroma das flores, a luz do dia.

Inserida por xALVESFELIPE

⁠⁠A arte de contar tudo

Passos, degraus, tempo… A arte de contar esta intrínseca mesmo naqueles não muito inclinados a área de exatas, afinal contar parece fundamental ao ser.

Crianças contam passos, contam degraus, sem contar o tempo, afinal tudo é novo e parece eterno, porém com o passar dos anos, deixam de contar os passos que contavam e os degraus que subiam? nem se fala.

“Como o simples fato de contar pode significar tanto?”
Como não significaria?

Quem conta passos, conta sua caminhada até a chegada ao lugar onde sempre sonhou estar, ou na maioria das vezes a quantidade de passos sem rumo que precisará dar ao menos até ter um norte.

Quem conta degraus, eu diria que conta com anseio ou apreensão. Anseio na subida em busca de chegar lá em cima o quanto antes e não só concluir a missão como sessar todo esforço que a subida exige. Apreensão na descida, pois apesar de comumente ser fácil uma hora isso acaba, sem contar que se chegamos ao chão esperando mais um degrau pra descer, a queda é certa!

Quem conta tempo… bem, aí as coisas complicam. Poderia numerar infinitas formas de contar o tempo, jovens costumam contar quanto tempo falta para as férias, adultos contam o tempo que falta para o 5º dia útil, agora idosos geralmente contam quanto tempo ainda têm com quem amam, talvez por isso os associamos a “sabedoria”.

Há quem conta tudo e eu diria que esses são os mais especiais! Diferente de tudo e de todos, a razão geralmente é predominante e contrário ao que muitos (e até eles) pensam, eles vivem intensamente. O medo de darem passos sem rumo os fazem parar para analisar, mas o medo de perder tempo parado os fazem correr o mais rápido possível. Tudo acontece e nada é capaz de parar, afinal o tempo não para. Sim, não deve ser fácil contar tudo, mas acredite eles sabem como ninguém, a importância de cada passo dado e degrau subido ou descido.

Por último aqueles que não contam nada, admirados por muitos, são aqueles que simplesmente vivem, e estranhamente vivem intensamente, mas em paz! Andam, param, correm, sobem e descem, pra lá e pra cá. Vivem sem se preocupar se o próximo passo será o último, à eles é preciso cuidado, pois nem tudo dura pra sempre. Espero que não percebam tarde demais.

Enfim, obrigado por me ensinar a contar novamente.

Inserida por RafaellDeBrito