Carta de Filho que Morreu de Cancer
O filho de
um outro
General não
reconheceu
a voz do Pai
numa gravação,
Não entendo
como
conseguem
conviver
o tempo
todo com
a ideia
de conspiração.
Pais correndo
contra
o tempo
querendo
saber
do filho
há mais
de 8 semanas,
E eu escrevendo
e escrevendo...,
Ainda estou
tentando crer
que cada
palavra
minha cairá
no ouvido certo.
Do General
injustamente
aprisionado,
nada mais
sabemos
como tem sido
há mais de
dois meses;
E hoje pelo jeito
será um
dia a mais
que nada
saberemos mesmo.
Se pudesse
ser o bálsamo
da Mãe que
chora pelo
heróico filho,
da amada
que sofre
calada e das
filhas que
sentem falta
assim eu seria,
mas como
não posso:
deixo esse
e outros
capítulos
registrados
em forma
de epopeia
revisitada
em tempos
extremos
e de plena
vigilância.
Triste é a
história do
General,
e descontente
o tom sepulcral
que exigem
que a gente
pare de gritar
para o mundo
que ele é
inocente.
Faz sete meses
e mais um
dia na roda
gigante da
tirania
que realiza
revistas
surpresas
para ver se
não houve fuga,
e envia
forçosamente
para o exílio
quem discorda
da Ditadura.
Filho da casualidade,
Nasceu soneto,
Sobre os mares,
Sonhando, desbravando,
- e cantando
E a sua rota traçando,
Flutua a caravela,
Procurando aportar
Em terra firme;
O amor não tem limite.
Prosseguindo a embarcação,
Desenhando espumas,
E tatuando o coração,
- a saudade
Nem o vento a tomba,
As brumas não a amedronta.
Herdeiro da verdade,
Eu te escuto,
No tilintar das estrelas,
No beijar dos cometas,
No dobrar das forças,
Eu te pertenço,
E para sempre irei ser tua
Por toda a eternidade...
Tenho no Filho a minha certeza
De sempre e tanto
Todo o meu maior amor
E todo encanto
Repleto de serenidade, e entrega.
Crendo sempre na caridade
Orante e expansiva,
Ela nos perfuma e nos dá liberdade,
É missão até na clausura,
Verdade que se perpetua,
E dá o tom de plena felicidade,
E nos coloca nos degraus de santidade.
Tenho no Pai a minha direção
Atemporal e atenta
Ao apelo desse amor
Que me chama
Ao serviço de realizar
Uma passagem serena.
O recolhimento é paradoxal
Diante do olhar
Dos que o chamam de descontentamento;
Ele é contentamento espiritual,
É chamamento a experiência
- anônima -
De oração e sentimento.
Tenho no Espírito Santo, sempre
A minha inspiração
- todo o meu canto -
Secretíssimo,
Sacratíssimo,
E verdadeiro;
Por todos os amores
Pelos espinhos e dores
Estou solicita a te servir eternamente.
Começou o Carnaval
O samba é coisa boa
Filho do Carnaval
Até debaixo da garoa
O choro que chora
Não chora só a dor
Ele é feito de amor
Que também perdoa
Na ponta da sandália
Da bela mulata
Com o corpo pintado
Com tinta cor-de-prata
Na cadência de cada passo
Ela vai iluminando
O Rio segue sambando
O Brasil inteiro empolgando
Mulata que faz o homem penar
E as mulheres invejar
Faz o coração do povo sambar
É samba-mulher a encantar
Mulata Carnaval
É enredo
Mulata tão linda
Que chega a colocar medo
Mulata me empresta
Um pouco do teu perfume
Só para provocar
E ver se o meu amor sente ciúme
Mulata me ensina o seu rebolado
Só para enfeitiçar
E endoidecer o meu namorado
Para deixar ele apaixonado
O Brasil gosta de samba
Esqueceu o samba perdido
Um tipo de samba esquecido
Chamado samba de partido
Mulata que é pagode
Mulata que é samba
Mulata que é choro
Mulata que é samba de partido
Mulata você é um perigo
Mulata você é o Carnaval inteiro
Mulata que é samba enredo
Mulata me ensina o seu segredo...
Comandante Eterno,
são oito as floradas
da cattleya sem ti,
Três dessas oito
o teu filho dileto foi
levado ao calabouço.
Comandante Eterno,
eu sei que tu pode
ir aonde eu ainda não posso ir,
em Ramo Verde e onde
teus filhos precisam de ti.
Comandante Eterno,
são oito as floradas
da cattleya sem ti,
Três dessas oito
o teu General do povo
foi levado injustamente.
Comandante Eterno,
eu que tu pode
ir onde está impossível seguir,
em Ramo Verde e onde
teus filhos precisam de ti.
Comandante Eterno,
são oito as floradas
da cattleya sem ti,
Três dessas oito
tem sido de desgosto
dor e absurdo,
só peço que todos
sejam salvos do abismo profundo.
Prenderam a esposa
e o filho pequeno
como sempre
para forçar a barra
e a apresentação
(da justiça eles
têm sido a negação).
Este inferno não
só eu conheço,
e todos sabem
bem como eles são
(acima do Bem do Mal,
e de toda a razão).
O levaram para o tal
conhecido endereço
sem cinco estrelas,
o famoso inferno
de cinco letras:
Um jornalista sem
direito a ampla defesa
continua preso
vítima de uma história
sem pé nem cabeça:
(escrevo para que
ninguém esqueça).
E cada que vez que
uma história abate
algum peito é na dor
dela que me abraço
e com ela permaneço:
(porque é na dor do
mundo que me reconheço).
Assim tenho contado
tantas histórias desde
quando um General
injustamente foi preso
e até hoje contra ele não
há nada que justifique
permanecer a estúpida prisão;
(e assim segue a rima repartida
com todos os presos
de consciência em igual situação).
A Dança do Barreado
que eu prefiro é
a que faço com ele no meu prato,
O Barreado é filho
do Entrudo e o quê
ele me deu e ainda
me dá quando é preparado
mantém o meu coração completamente apaixonado,
Não vai demorar muito
tempo para servir um bem
saboroso para colocar
no meu e no seu prato.
O meu Boi de Carnaval
é filho dos Bumbás
por onde danças,
súdito dos Reisados
que seguem os teus
animados passos
e dos Guerreiros por
onde tu tens tocado,
Cedo ou tarde,
sei que tu vens no tempo certo,
sem pressa e sem regresso
porque terá me encontrado
em nome de tudo aquilo
que a vida toda tens procurado.
Abandeirada pelas amáveis
cores do seu amor filho da mais
bela Kantuta deixo-me ser
o quê você tudo o quê você quiser.
Com sagacidade doce e alada
você soube muito bem manter-me
nas palmas das mãos concentrada
não desejando mais ter ninguém.
Somos genuínos herdeiros dessa
terra que acolhe sob a proteção
do Condor e sempre seguiremos.
Há algo ancestral que não é mistério
e que uniu a nossa força austral
para não cair sobre nós o Hemisfério.
Cada Araguaney florescido
é filho do Sol que nasce
sempre no Esequibo,
e não há como ser esquecido.
Nesta Pátria Grande a poesia
vive a relembrar o destino
que já foi escrito e uns
teimam querer inventar.
Onde as harpa canta os llanos,
é da Venezuela que vivo o tempo
todo falando para o seu despertar.
Não há outro jeito onde eu veja
as estrelas mais visíveis,
É nos teus olhos que vou encontrar.
Filho das encostas orientais
de três serras que dá vida
à nossa terra assim tem sido
o Rio Cubatão do Sul.
Sob o Sol, a Lua e as estrelas
do Hemisfério Sul não pode
mais sentir o quê tem faltado,
ele precisa ser acarinhado.
Como rio tudo de si tem dado,
e para que dure ser retribuído,
porque da nossa parte é o mínimo.
Haverá vida, riso e paraíso
enquanto deixarmos o rio
cumprir o curso do seu destino.
Sob o Hemisfério Austral
é filho da Serra Queimada
nos contrafortes da amada
Serra do Mar da minh'alma.
Das intensidades levo tudo
o quê o Rio Cubatão do Norte
ensina e a tudo sobrevive,
porém até ele tem limite.
A memória se reforça
no curso das correntes dele
e votos refaço fervorosa.
Para que ele se refaça,
sobreviva e continue a missão
para que a vida prossiga.
Querido amor.
Quando te vi, admirei.
Mal percebi e me apaixonei.
Quando estava tudo bem, se tornou passado.
Eu tinha te amado.
Essa confusão pareceu atropelo.
Me adoeci por causa desse amor.
Por causa disso, você se afastou.
O amor é brisa passageira.
Aproveite enquanto está fresco.
Mal estou, mal ficarei.
Adeus amor.
Obrigado por tudo e por isso te amarei.
Até a próxima vida, meu bem.
PODE PASSAR O TEMPO
Pode passar o tempo
EU entrei no tempo pra ti tirar
Tu valeste mais do que minhas riquezas
algo procurei preço alto Eu paguei
mas mesmo assim EU deixo de presente
a eternidade pra tu entrares e me glorificar
mas mesmo assim Eu deixo de presente
a eternidade pra tu entrares e me glorificar
Pode passar o tempo
EU entrei no tempo pra ti tirar
tu valeste mais do que minhas riquezas
algo procurei, preço alto paguei
mas mesmo assim Eu de presente
a eternidade pra tu entrares e me glorificar
EU vivi no tempo, dores
o castigo estava sobre mim
de volta quero o que é meu
algo procurei, preço alto EU paguei
Mas mesmo assim deixo de presente
a eternidade pra tu entrares e me glorificar.
*Muitos se perguntam qual o sentido da vida?
Qual o significado de sua existência?
Cada um de nós temos um porquê e uma razão pra estarmos aqui,uns fazem algo grande e visível, outros nem tanto,mas todos contribuem mutuamente para que em definitivo a mudança aconteça.
Cada um tem sua porção de ação e no final tudo é fruto de seu esforço. *
Não é hora de fazer uma mudança,
Apenas relaxe, torne isto fácil.
Você ainda é jovem, isso é culpa sua,
Há tanta coisa que você tem que saber,
Encontre uma garota, sossegue,
Se você quiser, pode se casar.
Olhe para mim, estou velho,
Mas eu estou feliz.
Eu já fui como você é agora,
E eu sei que não é fácil,
Fique calmo quando você achar que
Algo está acontecendo.
Mas use o seu tempo, pense um pouco,
Para pensar em tudo que você tem.
Porque você ainda estará aqui amanhã,
Mas seus sonhos talvez não.
Quem sou eu?
Queria ser um gato
Pra todo mundo me dar carinho
E eu... Só tomar o leitinho.
Queria ser um ator
Pra ter fama
E muita grana.
Queria ser um astronauta
Pro espaço viajar
E na lua pisar.
Queria ser uma lagartixa
Tomar sol
E só ficar com preguiça.
Queria ser um professor
Pra ensinar aos alunos
O amor.
Queria ser uma maçã
Bem vermelhinha e bonita
Para o namorado dar
Pra a namorada e ela gostar.
Mas quem sou eu?
Apenas um menino, escrevi um poema.
Sou estudante
E quero ter um futuro brilhante!
Nome: Mirla Cecilia, 24, São Luís - Ma
É poeta, cantora e compositora.
Decende de família artística. Desde criança entrelaçou-se com a música, apresentando-se em shows, adquirindo experiências práticas e profissionais. Recentemente foi pré-lançada pela mostra multicultural "Confraterna de Couto '16" que precederá o lançamento do CD "Destituição" de trabalho autoral da artista. Participou do Palco 42 e em festivais temáticos. Suas composições transitam em torno da universalidade, incluindo o Jazz, o Blues, o Pop, o Samba, o Reggae e a Bossa-Nova, estilos dos quais recebeu influências. A cantora compõe sobre os sentimentos e os sentidos, dando luz a metáforas e imagens poéticas. Sua música tem requinte e valores transcendentais.
DESERTO INTERIOR
O chamado, é o caminho!
O caminho é a vida!
Se ouvimos o chamado é porque fomos um dos escolhidos.
E Deus não nos daria algo para carregar se não tivéssemos força para isso.
Há um deserto interior em cada um de nós.
Uma ilha deserta em nosso imenso oceano internalizado.
Mas nunca estamos sozinhos!
Nós somos companhia de nós mesmos e ouvimos nossa voz interior.
Essa voz que nos impulsiona a viver, a arrancar espinho por espinho por mais incrustado que ele esteja em nosso ser, em nossa alma!
Essa voz é o próprio sopro da vida e a razão de existirmos e resistirmos acima de qualquer coisa, provação ou desafio!
Como um oásis escondido no meio do deserto, há algum lugar em nossa alma onde existe um jardim. É nele, no meio dos espinhos onde brotam as mais belas flores.
Flores de sensibilidade, amor e amizade.
E o que mais importa nessa vida é a felicidade, que só é sentida por aqueles que se sensibilizam com o outro, com pequenos gestos, com nossas dores, com nós mesmos!
E o outro é o próximo, é o irmão, o vizinho.
É esse ser que passa ou chega em nosso caminho e sem percebermos é capaz de reinventar o amor, a felicidade e a vida!
Assim, ao encontra-lo dê-lhe a mão!
Se preciso ajude-o a levantar-se, mas com forças para carregá-lo se necessário.
Lembrando-se que o melhor de dar é ter a certeza de que o que estamos dando será aceito, não foi pedido e será útil a nosso irmão.
Nunca esquecendo que Jesus Cristo filho de Deus, se fez homem, tornou-se igual a nós, tornou-se próximo e representa "o outro" a quem devemos amar!
Miguel Newton Arraes (16/12/2011)
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