Carta a um Amigo Especial

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OLHOS DE MAR

Como um anjo, você chegou anunciando o início de um ciclo, da vida que já não era só minha...

Apesar de dolorosas, as mudanças eram necessárias. Então, rasguei a cápsula que me envolvia, comprimida numa ingenuidade tardia — tal como o casulo do qual eu já não cabia, e que me impedia de mover as asas que eu nem havia notado que tinha.

O apego, a dependência, o vitimismo e a dor me impediam de perceber que eu podia voar. Embora não soubesse como, tudo era tão novo... Pensei em desistir, mas a esperança ressurgia quando eu olhava em seus olhos — olhos de mar.

Apesar de recém-chegado, pequeno e frágil, você me ensinou a ser forte, a amar e a aprender com a dureza das provas da vida. Enquanto você crescia, também me impulsionava a crescer. Errei e acertei muitas vezes, mas sempre com o desejo de lhe dar o melhor de mim.

Você é minha kriptonita, mas também é minha fortaleza.

[Intrínseco]


Deixo o sol atravessar meu corpo,
como quem permite à vida
um instante de repouso.


Com as minhas veias pulsantes,
num verde vivo que conduz a minha essência
carregando a tudo que me veio antes
como parte da minha tenra herança
que é a benção da existência.


O chão me acolhe, como quem me quer junto,
e meus olhos, semiabertos,
aprendem a descansar no mundo.

Um sorriso pode esconder muita coisa.


Pode ocultar uma grande decepção consigo mesmo ou com as pessoas à sua volta. Pode esconder um grito de socorro ensurdecedor, um pedido de ajuda. A dor não precisa ser centrada; você pode dividí-la com palavras a amigos, porém isso só pode aliviar um pouco. O verdadeiro alívio vem quando você entrega sua dor em oração ao único que pode realmente lhe confortar: Deus!


Já estive "sozinho", isolado e sem amigos. Sentia vergonha de falar o que eu pensava, não queria atrapalhar ninguém. Foi doloroso perceber o meu lugar... Durante um tempo foi terrível, contudo, a dor refinou a minha fé. Contrariando o que sentia, encontrei alegria na rejeição; pois isso me fez compreender - ainda que de forma muito pequena, como uma gota diante da tempestade de rejeição que Jesus enfrentou - um pouco do que Ele passou.


Não é fácil, muitos enfrentam diariamente aquilo que deixei de me importar, e muitos aceitam, como eu aceitei, o rótulo "desalinhado". Mas não precisa ser assim! Você tem luz, Deus lhe vê. Confie no Senhor, receba as vitórias, mas também aprenda a receber as derrotas; pois elas são necessárias para que nunca deixemos de depender d'Ele.

Jamais esqueça:
Cada fase da sua vida carrega um propósito.


Quem você foi construiu suas raízes.
Quem você é, carrega as marcas das batalhas vencidas e das quedas que te ensinaram.


Mas quem você pode ser… esse é o espaço onde mora a esperança, a superação e os sonhos que ainda estão por vir.


Não se prenda apenas ao lugar onde você esteve, nem se limite pelo lugar onde está agora. A vida é movimento, e cada passo, por menor que pareça, te aproxima do seu verdadeiro destino.


As maiores conquistas nascem da coragem de continuar mesmo quando ninguém acredita.


E um dia, ao olhar para trás, você entenderá: foi a sua persistência que construiu a ponte entre o que você era e o que você sempre sonhou ser.


#persistência #sonhos #fé #meta #coragem #determinação #foco #dhelsonpassos

Acasos (Zeroge, 2010)


Um dia a morte há de me chamar para um café —
Não se recusa café.
E se não for assim, eu nem vou.


Ela sorrirá, cansada,
Talvez tome com açúcar, pra adoçar.
Não pretendo dar-lhe trabalho.


Quero só o suficiente
Tenho poucas exigências
Poucos desejos
Pouca vida pela frente


Me enterrem com meus erros,
não quero flores, quero espinhos.
E se chover no enterro, ótimo —
o céu também tem o que lamentar.


Quem quiser, pode rir,
mas com moderação.
Não rezem por mim em voz alta:
tenho sono leve.


Se alguém soluçar demais,
desconfiem: talvez tenha sido ele.


No fim, morri como vivi —
sem entender direito o começo.

Vozes da Infância
(Eliza Yaman)


Ouço ao longe o riso que me chama,
De um tempo puro, feito de ternura.
Na alma, ainda arde aquela chama
Que a infância acende em luz pura.


Corria livre, sem saber do mundo,
Com pés descalços e o céu por abrigo.
O tempo era um sonho tão profundo,
E cada dor, curada por um amigo.


Hoje, revivo em versos esse chão,
Onde a saudade planta sua flor.
E cada rima é como uma oração
Para proteger o que restou do amor.

Todo MUNDO tem a sua história triste
Seja ela perda de alguém
Uma tentativa frustrada
Um amor não correspondido
Um sonho que não tornou realidade


Todo mundo TEM a sua história triste
Que combinada com as histórias felizes
Faz a gente ser quem a gente é
Que mostra que até o mais forte é corajoso
Chora e pede perdão por algo


Todo mundo tem a SUA história triste
E ela é sua e de mais ninguém
Para outros podem parecer besteira
Mas doi, e o que importa é o que você faz com ela
Vai deixar ela te corroer? Ou vai aprender dela?


Todo mundo tem a sua HISTÓRIA triste
Por de trás de cada ser há de haver um relato
Se não, quem seria o ser humano?
Como saberiamso quem ele é? Como você conheceria os outros?
Se não há história, não existe.


Todo mundo tem a sua história TRISTE
A dor é doida, é silenciosa
No escuro da noite você sente
Sente quando menos espera
Uma palavra, uma música, uma pessoa, um dia


Tudo mundo tem a sua história triste
Todo mundo sente algo
Em algum dia, em algum lugar, em algum momento
Todo mundo sente dor
E é essa triste história que move o mundo, que move pessoas a serem melhores ou piores




Basta você escolher quem quer ser
Ou o que fazer com a sua triste história
Pode parecer indiferente
Ou talvez insignificante mas
TODO mundo tem a sua história triste.

A lágrima cai
E com ela desaba um pedaço do mundo.
A velocidade aumenta,
a pressa da vida me arrasta,
como se o tempo quisesse me engolir.


A barriga esfria,
o motor esquenta,
e nesse contraste de corpo e máquina
eu sigo tentando não perder o rumo.


Os pensamentos corroem,
feito ferrugem no silêncio,
e o coração — frágil, teimoso —
se destrói.
mas insiste em bater,
na esperança de renascer.

Essa solidão é um eco que ressoa no vazio dentro de mim. O medo, uma sombra a dançar nas paredes da minha mente demente. A tristeza, uma chuva fina a molhar minha alma sem aviso. O desânimo, um peso a amarrar meus pés ao chão. Juntos, tudo forma uma tempestade silenciosa... cada gota carrega o sabor amargo da ausência de tudo. Mas e que bom que sempre há um 'mas'...
mesmo na noite mais escura, estrelas teimam em brilhar. Respiro fundo e lembrar que toda nuvem é passageira, mais ou menos ligeira...
e a luz, por mais tênue, nunca desaparece de verdade. Mantenho sempre um pouco de sanidade.

Houve um tempo...


Houve um tempo em que esperava ansioso pelo término do trabalho. Em casa, nossa casa, compartilhavamos alimento, temas, brincadeiras, segredos, abraços e beijos sem fim com meus pequenos e minha cachorrinha.
Na verdade acho que isso se chamava felicidade.
O tempo é implacável...
Cresceram, tem seus amores, seus temores, seu futuro e, tudo isso numa velocidade absurda.
Gosto de pensar que ainda faço parte de suas vidas, mesmo sem temas, brincadeiras, segredos, abraços e beijos sem fim...
Houve um tempo...
Luís Fernando Porto 27825

Eu deixei um pedaço do que eu sinto em cada palavra que eu digitei neste texto.


Clarice Lispector, Freud, e Carlos Drummond com certeza iriam usar uma língua perfeita pra dizer isso, talvez diriam:


"Eu não apenas escrevi — eu me espalhei. Em cada palavra ficou um pedaço de mim: ora silêncio disfarçado de grito, ora desejo que se esconde do próprio olhar, ora pedra transformada em pão. Deixei ali o que não cabia em mim — e ao digitar, fui me desfazendo para poder existir.”


Eu não posso deixar de lembrar do saudoso Fernando Sabino, e Rubem Alves. Se eu dissesse a Freud estou me perdendo nas coisas boas ele provavelmente me faria esta pergunta:


"Mas diga-me… ao se perder nas coisas boas que escreve, de que exatamente você está tentando se encontrar ou se esconder?"


Eu claramente responderia assim se eu fosse como Fernando Sabino:


“Quando me perco no que escrevo, não é tanto para me esconder, mas para me revelar. A gente escreve porque a vida não cabe inteira no silêncio. E, ao tentar me encontrar, descubro que o melhor de mim se revela justamente no pedaço que parecia perdido. Escrever é me perder para me achar de novo — e nesse vai e vem, vou sendo um pouco mais eu.”


E se eu perguntasse a Rubem Alves, porque as pessoas desejam alguém que as escute de maneira calma e tranquila, em silêncio? Se eu perguntasse a ele porque no tempo de nosso amigo Freud as pessoas procuravam terapia para se curarem da repreensão e hoje procuram por causa da dor de não haver quem os escute?


Ele talvez me responderia assim…


“Minha querida, as pessoas sempre tiveram sede de escuta. No meu tempo, buscavam terapia porque carregavam dentro de si a ferida das proibições, das vozes que gritavam ‘não pode!’, ‘não deve!’, ‘cale-se!’. O mundo estava cheio de regras, e o coração ficava aprisionado.


Hoje, o que vejo é uma dor diferente. Não é a dor da repressão, mas da solidão. Não é o excesso de vozes, mas a falta delas. As pessoas sofrem porque não há quem as escute em silêncio — silêncio que não julga, não apressa, não dá respostas prontas.


O maior consolo que um ser humano pode dar ao outro não é um conselho, mas a sua presença atenta. Escutar é como oferecer um copo de água a alguém que atravessa o deserto. Quando alguém nos escuta de verdade, nós renascemos.


E talvez seja por isso que tantos procuram terapia hoje: não por doença, mas por fome. Fome de escuta. Fome de existir nos ouvidos e no coração de outro ser humano.”


Antes de morrer, eu gostaria de ter tomado um chá ou café com leite com Clarice Lispector, ter atravessado a rua, e um automóvel ter passado por cima de nós, e nós morremos. Ter adiantado as cartas de Fernando Sabino para evitar a decepção dele com os correios. Ter citado tudo aquilo que hoje eu não tenho coragem deitada num sofá de couro com Freud. Ter gastado horas incansáveis vezes pensando num verso que a pena não quer escrever junto com Carlos Drummond. E ver Rubem Alves citando o porque ainda não pensaram numa avaliação para avaliar a felicidade dos alunos, mas que todos se perguntam como os professores estão… - (Obra: A alegria de ensinar)


Eu não escrevo pra viver, eu vivo da poesia…


Se escrevo é porque tenho histórias pra contar.

Bicho Papão


Você foi como um bicho papão escondido debaixo da minha cama.
Igual às histórias que ouvimos na infância: o medo de sair no meio da madrugada para ir ao banheiro.
E, por causa dele, a gente preferia se encolher e acabar molhando o colchão.


Era mais confortável sentir o calor úmido que logo virava frio, do que ter coragem de levantar.
Porque a simples ideia de que você estaria ali, debaixo, pronto para agarrar meus pés assim que eu tocasse o chão, já era aterrorizante.


Com o tempo, o frio deixou de ser castigo e passou a se disfarçar de aconchego.
E assim acontecia noite após noite: o pavor se instalava no quarto, e a única saída era gritar, esperando que alguém abrisse a porta e acendesse a luz.


Mas esse alguém era você.
Assim como estava debaixo da cama, você também era quem me consolava quando eu chamava.
Você era o motivo do meu medo e o conforto no qual, iludida, eu me refugiava.

Eu não sei


Todos os dias eu morro um pouco,
e cada dia a saudade me consome.
Uma dor tão surreal que chega a ser física…
o que eu faço com esse amor não tratado?


Me sufoco nos meus pensamentos
na ideia de ter você de volta,
mas eu estaria sendo tola em acreditar?
Será que esse realmente é o fim
e não tem outro caminho nessa história?


Talvez eu esteja sendo positiva
Em pensar que as coisas seriam diferentes.


Não chegaríamos no mesmo fim
se a intenção fosse ficar.
Te quero a todo instante,
até nos dias de tempestade.
Quero sua melancolia
e os seus traumas.
Tudo aquilo que te compõe.


Hoje seria diferente,
o amor é maior que qualquer desgraça.
Recomeços são apenas em filmes,
ou posso viver no real?

Não é apenas um sonho, é uma promessa


Desde muito pequena eu tinha um desejo que parecia comum para quem tinha apenas cinco anos: “quando eu crescer, quero ser médica”. Era aquela fase em que muitas crianças sonham em ser várias profissões, mas no meu coração havia algo diferente… eu não queria ser apenas uma médica, eu queria ser a doutora que cuida de crianças.


A Zaine cresceu e, junto com ela, o sonho também. Mas sabe qual é a parte mais incrível dessa história? Quando o Dono dos meus planos me mostrou que aquilo não era apenas um sonho infantil, e sim uma promessa d’Ele para mim.


Com Seu amor, graça e bondade, Ele me permitiu passar pela fase mais difícil da minha vida e como sou grata por isso! Porque foi nesse deserto que eu descobri um novo mundo: um mundo nada fácil, mas um mundo onde a dor é capaz de florescer em esperança.


Foi nesse momento que compreendi: “Zaine, você não será apenas médica de crianças. Você será uma médica de crianças com câncer. Você será uma oncologista pediátrica.” Naquele instante percebi que eu não sonhava apenas os meus sonhos eu sonhava uma parte dos sonhos de Deus.


Houve momentos em que pensei não conseguir, como quando tentei o curso técnico em enfermagem. Mas foi justamente ali meu Pai se fez ainda mais presente, me provando Seu amor uma, duas, mil vezes.


E hoje, olhando para cada detalhe, eu percebo: sou feliz.
Feliz por ter ressignificado o que diziam ser minha morte.
Feliz porque encontrei sentido mesmo na dor.
Feliz porque, em vez de chorar, eu escolhi sonhar. E isso é só o começo!

"A nossa vida é como um livro, cada página lida nos leva em direção ao túmulo.
Como de ti me livro? Como te repugno?
Como posso ir pro próximo capítulo, se continuo lendo e relendo o último?
Amar quem é incapaz de amar é do absurdo o cúmulo.
Das nossas lembranças não me livro, e com isso as mazelas acumulo.
Tento esquecer, mas me recordo de tudo.
Ela ou eu, não sei quem tem menos escrúpulo.
Percebi, há muito, que não seríamos um, mas nosso amor é rútilo.
Ao meu eu, ela sempre em primeiro; pra ela, eu sempre em último.
A nossa vida é como um livro, e quando finalizei a página de nós dois, encontrei-me em meu túmulo..." - EDSON, Wikney

Caos


É um grito q n pode sair.
É os pensamentos que n param.
É o medo que sufoca.
É alma querendo ser abraçada.
É as palavras que só saem
e não carregam o peso do sentimento.
É a calma virando tormento.
É um Choro que não alivia,
mas se despedaça.
É uma voz,
querendo ser ouvida.
É Uma mensagem
Querendo ser respondida.
É uma dor
querendo ser cessada.
É o "por que?"
Ecoando.
É a verdade que fica em mim,
com a dúvida se misturando.
É a persistência
tentando não soltar.
É tudo indo como uma onda,
mas que parece não voltar.
É a falta que machuca.
É a mente
que se afogar.
É o vazio
querendo se abrigar.
É as lembranças
Tentando vivênciar.
É a verdade em mim
querendo gritar
mas sendo calada.
É o querer estar.
É o anseio que se agarra
a pequena esperança que sobrou.
É um chão
que parece que desmoronou.
É uma força
que parece nunca ter sido forte.
É muito sentimento
pra pouco suporte.
É o tempo que passa,
E só faz me derrubar.
É um sonho
Querendo não acordar.
É a reafirmação da
insuficiência.
É um silêncio
ensurdecedor no ar.
É uma lutar com o vento,
Mas só faço apanhar.
É ter tentado ser tudo,
para nada adiantar.
É ter entregado a luz
Mas no escuro ter que ficar...
É sentir que no meio do nada
foi deixada.
É a falta da razão,
que não pode consolar.
É tentar caminhar
Sem a estrada..
É também, se recusar a desistir
dá escolha já tomada.
É na esperança que fala,
Que a espera pode ser compensada.




Luz do sol...

Tenho um bebê. Sem ele, não há variação do verbo amar.
Encanta-me diariamente com tua risada insana,
e nos brilhos dos teus olhos quero sempre estar.

Se tudo fosse perfeito como o toque suave das tuas mãos,
e o redemoinho dourado dos teus cabelos claros,
o verbo “arriscar” seria o mais indicado,
pois contigo vivo aventuras de cavaleiros alados.

Um dia sei que sentirei saudade;
o tempo há de passar.
E mesmo que um dia nos separemos,
sei que ao meu colo sempre irás voltar. @meubebemetrola

Carrego no peito um silêncio pesado,
um nó que não se desfaz.
A confiança que eu guardava com tanto cuidado
escorregou pelos meus dedos e se desfez em pedaços.


Olho no espelho e não me encontro,
vejo sombras onde antes havia luz.
A insegurança me abraça,
e a traição do silêncio me fere mais que mil palavras.


Sonhos que plantei com ternura
agora estão deitados no chão, partidos.
E eu me pergunto:
como recolher o que se perdeu em nós,
se até o chão me falta?


Há em mim amor e raiva,
esperança e medo,
um turbilhão que me arrasta.
E nesse vendaval só desejo
reencontrar a mim mesma,
inteira, forte, capaz de florescer outra vez.

Amei muitas vezes,
e cada amor foi como um espelho partido,
onde vi reflexos meus que jamais reconhecera.
Não amei por acaso,
não amei por distração
amei porque no fundo do meu vazio
era a única verdade que pulsava.

O amor foi meu templo e meu refúgio,
meu remédio e também minha ferida.
Nele encontrei paz,
mas também me perdi em labirintos sem saída.
E mesmo assim, voltava a amar,
como quem procura o ar
quando já não pode respirar.

Cada mulher que cruzei
carregava um universo,
e eu, sedento de infinito,
tentava me perder em suas constelações.
Não para fugir de mim,
mas talvez para me encontrar.

Porque dentro de mim há um vazio,
um buraco onde o silêncio ecoa,
mas o amor sempre ele
foi a única chama pura
que ousou desafiar a escuridão.

E se eu amei demais,
foi porque só no amor
eu soube ser inteiro.

Um olhar refinado sobre si.
Não é sobre controlar as emoções, porque controlar sugere prisão, e nada que é preso floresce. É sobre cuidar, dar espaço para que as emoções tenham voz, mas na hora certa, no tom certo, sem sufocar a razão.


Olhar para dentro de si é um exercício de coragem. É reconhecer cada parte que compõe o todo: os medos escondidos, as dores que ainda ecoam, os sonhos que teimam em brilhar, mesmo quando tudo ao redor parece cinzento.


É como lapidar uma pedra bruta: exige tempo, paciência e um certo amor pelo processo.
O olhar refinado não busca perfeição, mas entendimento. Ele nos ajuda a distinguir o que sentimos, a perceber o que precisa ser silenciado e o que merece ser ouvido.


Pensar é, portanto, uma forma útil de agir.
Não agir por impulso, mas por consciência. Não calar o coração, mas ensiná-lo a dançar em harmonia com a mente.


Olhar para dentro de si é um ato de estratégia e também de poesia. Porque só quem aprende a se enxergar de verdade pode, enfim, escolher os caminhos que levam à sua melhor versão.