Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo

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Morremos quando não há mais ninguém por quem tenhamos vontade de viver.

A glória é um veneno que se deve tomar em pequenas doses.

Os anos que uma mulher subtrai à sua idade não são perdidos. Ela acrescenta-os à idade de outras mulheres.

A demasiada atenção que se emprega em observar os defeitos dos outros, faz que se morra sem ter tido tempo de conhecer os próprios.

O compromisso multiplica por dois as obrigações familiares e todos os compromissos sociais.

Poucos homens foram admirados pelos seus criados.

O dinheiro só é poder quando existente em quantidades desproporcionadas.

Nenhum animal é mais calamitoso do que o homem, pela simples razão de que todos se contentam com os limites da sua natureza, ao passo apenas o homem se obstina em ultrapassar os limites da sua.

Não existe nada igual ao sabor do pão partilhado.

A ausência é a causa de todos os males.

Deve respeitar-se o casamento enquanto é um purgatório, e dissolvê-lo quando se tornar num inferno.

Todo o universo poderia ser conduzido por uma única lei, se essa lei fosse boa.

A igreja é o único lugar onde alguém fala comigo e não tenho de responder.

O silêncio é o melhor rebuço para quem não se quer revelar, ou fazer-se conhecer.

Se o poeta fosse casto nos seus costumes, os seus versos também o seriam. A pena é a língua da alma: como forem os conceitos que nela se conceberem, assim serão os seus escritos.

Todo o nosso mal provém de não podermos estar sozinhos: daí o jogo, o luxo, a dissipação, o vinho, as mulheres, a ignorância, a desconfiança, o esquecimento de nós mesmos e de Deus.

Saber de cor não é saber: é conservar aquilo que se deu a guardar à memória.

As pessoas generosas são más comerciantes.

Uma das bases da prudência é não fazer por mal o que se pode fazer por bem.

Não deves contar ao teu amigo que foste chifrado. Mesmo que não se ria de ti pode aproveitar a informação.