Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo

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FAVELÁRIO NACIONAL

Quem sou eu para te cantar, favela,
Que cantas em mim e para ninguém
a noite inteira de sexta-feira
e a noite inteira de sábado
E nos desconheces, como igualmente não te conhecemos?
Sei apenas do teu mau cheiro:
Baixou em mim na viração,
direto, rápido, telegrama nasal
anunciando morte... melhor, tua vida.
...
Aqui só vive gente, bicho nenhum
tem essa coragem.
...
Tenho medo. Medo de ti, sem te conhecer,
Medo só de te sentir, encravada
Favela, erisipela, mal-do-monte
Na coxa flava do Rio de Janeiro.

Medo: não de tua lâmina nem de teu revólver
nem de tua manha nem de teu olhar.
Medo de que sintas como sou culpado
e culpados somos de pouca ou nenhuma irmandade.
Custa ser irmão,
custa abandonar nossos privilégios
e traçar a planta
da justa igualdade.
Somos desiguais
e queremos ser
sempre desiguais.
E queremos ser
bonzinhos benévolos
comedidamente
sociologicamente
mui bem comportados.
Mas, favela, ciao,
que este nosso papo
está ficando tão desagradável.
vês que perdi o tom e a empáfia do começo?
...
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)

Inserida por RicoRusso

Tenho apenas o sol para olhar e amar.
Tenho a vida, mas não tenho vivência.
Tenho seu olhar e não tenho nada.
Tenho o seu amor mas não como eu quero.
Tenho tudo e não tenho nada.

Inserida por Carlos2121

Tenho tudo e e nada

Inserida por Carlos2121

Tenho tudo e e nada

Inserida por Carlos2121

Cada irmão é diferente Sozinho acoplado a outros sozinhos

Inserida por MannuelaMonteiro

Ou talvez seja eu próprio que me despreze a seus olhos.

Carlos Drummond de Andrade
Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Nota: Trecho do poema O operário no mar.

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Inserida por LEONARDOPAIVA

"A religião ocupa espaço infinito dentro do homem,
sem que este perca as limitações humanas."

Inserida por evelynda96

Enquanto alguns atacam o Papa, ele próprio viaja o mundo propagando palavras de amor, tentando com a sua humildade pessoal, que se tenha paz entre as nações.

Inserida por JeanCarlosdeAndrade

A educação para o sofrimento evitaria senti-lo com relação a casos que não o merecem.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas. Rio de Janeiro: Record, 1990.

MINHA PÁTRIA, MINHA NAÇÃO:
Sim, hoje vou comemorar o dia de nossa Pátria amada, idolatrada e participarei de um desfile Cívico, acompanharei as crianças, alunos, jovens que são a esperança de um futuro melhor, farei isso porque aqui nasci, aqui tenho raízes, aqui tenho história, vou comemorar a liberdade, a mesma que me confere o direito de mandar esta cambada de bandidos que estão lesando a nossa nação, todos para o raio que os parta, a mesma liberdade que me confere o direito em reivindicar justiça e prisão para os mesmos, pois o Brasil é maior que tudo isso, não há partido que mereça a nossa atenção, não há político que mereça a nossa defesa e a nossa exaltação... A nossa Pátria precisa de nós, ela pede socorro, ela sou eu, ela é você.

Inserida por JeanCarlosdeAndrade

A minha vontade é forte,mais minha vontade de exceção é fraca.

Inserida por rayltton_silva

O amor antigo vive de si mesmo, não de cultivo alheio ou de presença. Nada exige nem pede. Nada espera, mas do destino vão nega a sentença. O amor antigo tem raízes fundas, feitas de sofrimento e de beleza...

Inserida por AbdaGulart

inconfesso desejo

Inserida por rosanacunha

Construção
Um grito pula no ar como foguete.
Vem da paisagem de barro úmido, caliça e andaimes hirtos.
O sol cai sobre as coisas em placa fervendo.
O sorveteiro corta a rua.
E o vento brinca nos bigodes do construtor.

Inserida por pensador

“... Não decifre o enigma. Olha o mistério
transluzia o rosto que está sério...!”

Inserida por profeborto

Ainda é cedo para afirmar que haverá uma mudança drástica na Igreja,mas o certo é que a energia de Francisco ultrapassa fronteiras de uma maneira incrível!!!

Inserida por JeanCarlosdeAndrade

DAS INTIMAÇÕES DESCABIDAS : Abre em nome da Lei... Abre, sem Lei nem Grei... Abre, em Nome do Rei !... Não... repara : ao __intimar-te __ eu já te __...desventrei__ !...

Inserida por RITAMENINAFLOR

Onde terei jogado fora meu gosto e capacidade de escolher, minhas idiossincrasias tão pessoais, tão minhas que no rosto se espelhavam, e cada gesto, cada olhar, cada vinco da roupa resumia uma estética? Hoje sou costurado, sou tecido, sou gravado de forma universal, saio da estamparia, não de casa, da vitrine me tiram, recolocam objeto pulsante, mas objeto que se oferece como signo de outros objetos estáticos, tarifados. Por me ostentar assim, tão orgulhoso de ser não eu, mas artigo industrial peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente.

Inserida por psicanalise

Os camaradas não disseram que havia uma guerra e era necessário trazer fogo e alimento. Sinto-me disperso, anterior a fronteiras, humildemente vos peço que me perdoeis.

Inserida por RITAMENINAFLOR

Nem todo político é mentiroso assim como nem todo eleitor é burro, mas o certo é que ambos existem....
-Jean C. de Andrade-

Inserida por JeanCarlosdeAndrade