Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo
Refrigerante 'Sódá' Ela.
('Anaforizando' Ela).
Na hora do Sono; Ela. Fechando os olhos; Ela.
No pensar; Ela. Na janela do ônibus; Ela.
Na oração; Ela. Na inspiração; Ela.
Na conversa com os melhores amigos; Ela. Ao acordar; Ela.
Na tentativa de estudar; Ela. Andando na rua; Ela.
Na fila do busão; Ela. Escutando música; Ela...
É impressionante só dá ela
Mas quem é ela?
Será que ela vai ser sempre ela?
Ou pode que venha outra,
Que faça um efeito no dia-a-dia como faz ela?
Não importa! De um forma ou de outra
Só dá Ela.
CANTO DA ESPERANÇA
De João Batista do Lago
A sinfonia da insensatez em toda pressa
Reverbera o prenúncio de toda guerra
Imanência de estados totalitários
Sujeitando a honra de povos na terra
A nota colonizadora é a dó maior
Gerando mortandade com seus fuzis
Prostrando sobre a pátria todos os civis
Famélicos soldados do vão ouro negro
Até quando os senhores donos do mundo
Plantarão toda infinda desgraçada sorte
Subjugando toda uma nação até a morte?
Há de chegar o dia da nova esperança
Há por certo de se compor sinfonia nova
O mundo será jardim de almas crianças
O brilho dos teus olhos ,ilumina todo meu ser .
Em você encontrei o verdadeiro significado de amar.
Descobri que o amor ,não seria amor sem você.
VIGÉSIMO QUINTO HEXÁSTICO
porque igual assim me pretendes
não quero deste mundo fugir
esta dor é um bem que me dói
puro desejo de potência é
nego por fim teu prazer fátuo
melhor viver a dor ousada
Ser mulher!
Ainda brasileira
É virtuosa por ser guerreira
Na cidade ou no interior
Cada uma tem o seu valor
Com a caneta ou mesmo de avental
Mulher!
Você é sensacional
Alfabetizada ou intelectual
Mulher!
Você é especial
Nem precisa ser extravagante
Mesmo que não seja elegante
Ilustre majestosa, na luxúria ou riqueza
Simples, humilde ou na pobreza
Importante é sua nobreza
Entre os dissabores da vida
Reveste-se da alma
E por ser esta invisível
Passou-se despercebida
O poema que ninguém leu
Essa mulher sou eu
Quero mandar embora a tristeza
Para transmitir alegria
Ser forte, destemida e com muita atitude
É minha maior virtude!
Preciso
Preciso do amor
Olhar e talvez
Fazer você acreditar
Que hoje mais que ontem
Amo ainda mais
Preciso do teu beijo
Saber que você sinta
O doce amor no beijo
E assim entender que o meu
Amor não é passageiro.
Metamorfose
Não admito essa realidade feroz, que me torna tétrico, introspectivo ,não suporto , anseio uma vida mais bela, ausente de mazelas, quero ser , não quero ter, se sou te possuo, mas te tendo posso te perder, chega devagar procurando habitação, eu a quero, fixa e fica aqui, te apreciarei como nunca, serei o que precisas, mas venhas, venhas depressa, depressa...chega de tardar, não demores...por favor não demores.
Meu filho, trate-se bem na medida do possível, e apresente ao Senhor as ofertas que deve a ele. / Lembre-se: a morte não tarda, e você não sabe a que horas ela vai chegar. / Antes de morrer, faça o bem ao amigo e reparta com ele conforme o que você possui. / Não se prive de um dia feliz, nem deixe escapar um desejo legítimo. / Por acaso você não vai deixar para outros o fruto de suas fadigas, e não vai ficar para os herdeiros o fruto de seus sacrifícios? / Dê e receba, e divirta-se, porque no mundo dos mortos não existe alegria. / Todo corpo envelhece como roupa, porque a morte é uma lei eterna. / As folhas verdes em árvore frondosa caem ou brotam. O mesmo acontece com as gerações humanas: uns morrem, outros nascem. / Toda obra perecível desaparece, e aquele que a fez irá com ela.
(14, 11-19)
A cobiça é idolatria, diz Paulo. O cobiçoso não possui, mas é possuído por seus bens e suas ânsias.
(nota de rodapé)
Ao olhar para trás vejo o quanto perdi ,aquela frase que se tornou um clichê " só se dar valor quando perde" é verdadeira na minha vida e sinceramente se arrependimento matasse eu estaria morta.
Para quem duvida do eterno mistério da vida
e do sumo encantamento da morte,
os sentidos naturais nos convidam
à uma reflexão filosófica:
A música de Bach, o prodígio divino de Beethoven
as óperas Wagnerianas, o virtuosismo de Chopin
para mim seria suficiente, mesmo que
me faltassem todos os outros sentidos.
Se eu não pudessem ler os poemas de Camões
nem as odes de Horácio e de Cícero
ou ainda as "odisseias" de Homero,
e os poemas de Pessoa. Mesmo assim
estaria convencido da existência
de um espirito eterno e sábio
que sopra aos humanos tanta
beleza e espanto... e divindade.
Olhe que não citei Verdi
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