Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo
“Às vezes passamos uma boa parte de nossas vidas procurando algo e ou alguém para nos fazermos sentir felizes, e esquecemo-nos de olhar para dentro de nós mesmos”.
Quisera eu neste momento poder piscar meus olhos e me ver ao seu lado, só para poder olhar em seus olhos e dizer: “Durma com DEUS minha amada”.
Mantenho minhas esperanças. Elas que me mantém de pé e firme.
Esperanças são começos. Mas o inesperado muda nossa vida.
"Olhe para o céu,
observe as estrelas,
e mesmo distantes,
um encontro se dará,
ao contemplarmos a mesma estrela
seu brilho aumentará, através do
brilho do teu e do meu olhar…"
Tudo o que nos é permitido deixar é um legado e memórias, e tudo o que levamos é o quanto evoluímos.
Eu estive no Vale sibundoy mergulhado na Amazônia colombiana, eu adoeci ferroador por algum inseto, fiquei desidratado, morrendo de dor, perdi a noção do tempo e espaço. Estava totalmente desolado.
Mas eu sabia que estava morrendo.
Então me preparei para aquilo.
E naquele momento, a beira da morte, eu olhei para cima...
E de pé, acima de mim, na claridade estava uma índia das matas, sorrindo. Ela estava com a sua tribo, cuidaram de mim, até que eu me recuperasse.
Quando eu fui embora da mata, ela me beijou.
Foi como uma explosão solar na minha bochecha.
Fez quase morrer ter valido a pena.
É assim que me sinto agora.
Em todos os processos, de princípios e valores, buscai o perdão. Nada é mais significativo nessa vida que a paz no espírito.
Netuno
Crê em trilhas,
insólitos anéis,
luas diversas.
Adagas sustentam
frágeis
estalactites.
Entre o gélido
e os ventos
o corpo filtra:
o meio.
Nem grande,
nem pequeno,
Nem perto,
nem longe,
o mais pesado:
o centro.
Tracionada a ferrugem dos ferrolhos
reage ao sol
e rescende o cheiro dos carvalhos
no escorrer das ocras:
o ferro a menstruar no tempo.
Transversa
a luz revela o desenho das teias:
colcha prateada de neurônios
– esses nervos da vida.
Firmes ali sem mais estar
mãos invisíveis no ensaio do tear.
Cachimbo de domingo
Cadê o gado?
Buscar na Índia.
E o pasto?
Derrubar árvore, plantar capim.
E o capim?
Braquiária: buscar na África.
E a fome?
Come carne, toma leite.
Vila verde
fome saciada.
Escorre água,
mareja areia.
Pasto pisado de gado.
Casa de capim.
Rio doce assoreado.
Calores!
O coração como engrenagem
Uma passarinha voava
Um passarinho olhava
A gravidade do ar acabou
Passarinho ficou flutuando
Passarinha caiu de amor.
Quando ninguém estar olhando
Meus olhos se enchem de lágrimas minha garganta dói com um nó enorme se não durmo bem ele não dorme bem se ele não dorme bem eu não durmo bem as vezes eu acordo no dia seguinte achando que as paredes do meu quarto estão chegando perto e vai me sufoca meu peito acelerado tento chegar na cozinha pra fazer sua mamadeira começo sentir medo deito no chão e o escuto chora tento pega lo para acalmar calentar ele e penso será que vou vive assim pra sempre dormi chorando acorda chorando ele vai ter que ver até quando ? Tenta desabafar e uma coisa impossível ngm liga ngm se importa acham que só porq não sei explica eu não tenho problema sair de uma sala cheia porque se sente só sair correndo pra casa pra se deita e chora e se pergunta porque do medo de continua vivendo e do medo de morrer e deixa seu filho sozinho saber que isso vem desde de sua infância e coração aperta e não ter ngm vendo isso ngm sentindo isso ngm pra te joga uma corda pra lhe salva.
Só tem alguém pra te julga .
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