Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo

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Quando os homens querem conquistar, falam que FARIAM tantas coisas, porém, ao mesmo tempo não fazem nada. Você que quer conquistar alguém: "Seja REAL!". Não fale nada à alguém especial, que não esteja ao seu alcance.

Inserida por cauedrumond

Se pensar que a cada segundo ficamos mais velhos... Como o tempo passa rápido, e nem percebemos. Estamos sempre ocupados com coisas cotidianas que nos tapam o bom da vida.

Inserida por cauedrumond

Durante um tempo na vida, criamos a ilusão de que conhecemos as pessoas. Mas o que sabemos realmente é muito pouco, só por fora. Mesmo o próprio ser muitas vezes não se conhece. Quem sou eu? Quem é você? Quem sabe?

⁠Os sentimentos são abstrusos, totalmente, ele oscila bastante e nesse tempo de oscilação entre a felicidade e a tristeza está a razão; a razão para controlar seus impulsos e seus erros.

AMOR VERDADEIRO

o verdadeiro amor é efêmero...
dura só o tempo de amar
chega sem avisar
ama sem pressa
parte sem adeus
não faz promessas
não deixa marcas
não deixa dúvidas
não deixa dívidas
não leva nada mais
do que o amor sentido
e deixa só o amor
que foi vivido.

carlos patrício - 30/10/2011

Como é que vai a sua vida?
Em algum momento se lembrou de mim?
Já faz tanto tempo que a gente não se vê
Será que até já me esqueceu?
Ficaram tantas coisas desse amor
Me acompanhando em minha solidão
Hoje de você eu guardo só recordações
E vivo dessa consciente ilusão.

Procuro não pensar mas sempre sonho com você
Seu beijo, seu perfume, sua pele a me tocar
Prefiro não lembrar mas não consigo esquecer
Aquele seu sorriso e tanto amor no seu olhar.

Para ser sincero eu já tentei me enganar
Pensando um dia encontrar outro alguém
E hoje para ser mais sincero ainda
Como você não há ninguém

Mas eu não quero ouvir você dizer
Que um dia a gente vai se ver por aí
Olha, meu amor, sabe o que mais
Mentir para quê, assim não dá, quero voltar para você!

Como faz para dizer para o coração que o tempo já passou, que não tem como voltar, que não tem como refazer todas as coisas, para ser como era antes… Ver meu sorriso como era, me faz lembrar de como eu era feliz… Feliz por saber que você era razão da minha felicidade, que as coisas ruins que aconteciam não chegavam nem perto do quão era a grandiosidade do nosso amor, eu estraguei nosso amor, com minha cegueira não enxergava mais nós dois, me perdi e no momento mais delicado da sua vida, quando você mais precisava de mim, eu vacilei, e aquilo se tornou parte de mim, e naquele momento achei que eu não te merecia… Te trair foi a escolha mais egoísta, desrespeitosa, infantil, ridícula e outros adjetivos ruins q poderia existir, você nunca mereceu isso, você é a mulher mais linda desse mundo, seu amor é puro, sua bondade é extrema, em você nunca vi maldade, você era mulher ideal para mim, minha alma gêmea tenho certeza disso, o culpado disso tudo sou eu, eu sei… Faria tudo diferente, tudo mesmo, te amaria mais, te cuidaria mais! Quero profundamente que você seja feliz muito feliz, você merece… Eu só tenho medo de viver para o resto da minha vida assim, com esse arrependimento no meu coração, um sentimento que corrói, que martela o tempo todo dentro de mim… Gostaria também e muito de te dizer tudo isso e mais, de abrir mesmo meu coração para você, não para você sentir pena ou me perdoar, mas para você saber que nunca foi culpa sua, que você é linda do jeito que você é, mas por conta das circunstâncias das nossas vidas, hoje é impossível, quem sabe um dia!

O medo do tempo

O tempo é um assunto filosófico. Mas fugindo um pouco da filosofia e entrando na nossa realidade, o tempo é em alguns casos nosso amigo, noutro nosso inimigo. Sempre dizem que o tempo cura tudo, realmente, ele cura, mas o mesmo tempo que cura, é o tempo que nos leva, aí o desejo do tempo passar muda para o desejo do tempo parar.

O amor não correspondido, que dói, machuca, o tempo leva. O amor gostoso, correspondido, sonhado, vivido, o tempo também leva, ou leva quem se ama, ou nos leva. O tempo me dá medo. Por isso gosto do agora, não quero nada pra depois, não sei o que o tempo fará do meu depois, preciso do hoje.

Tento acabar com a dor com algo imediato, não deixo o tempo levar, não gosto de prolongar a dor, evito o sofrimento, causo a felicidade. Tenho medo do tempo não me deixar viver no ponto certo, na medida certa, do que eu acho certo.

Vem...
Que o tempo pode afastar nós dois.
Não deixe tanta vida para depois.
Eu só preciso saber
Como vai você.

É uma falta de memória...

É impressionante como as pessoas perdem a memória em tão pouco tempo. O político não lembra que prometeu mundos e fundos durante a campanha. Não lembra que prometeu ao João um cargo de chefe adjunto de auxiliar de qualquer coisa, não lembra que do saco de cimento que prometeu a José, não lembra nem da cesta básica que prometeu a Maria.

Aí o eleitor fica “P” da vida, reclama durante quatro anos, todo dia reclama, desliga a TV no programa eleitoral, fica furioso vendo as regalias que aquele político em que ele votou recebe, fica revoltado com as notícias de corrupção, desvio de verba, fala que vai votar nulo, que são todos ladrões, bandidos entre outros adjetivos que nós conhecemos, e usamos também.

Mas quando chega o período eleitoral o eleitor esquece-se da fisionomia e do nome dos políticos, esquece até que tem raiva de político. O político, por sua vez, esquece que prometeu mundos e fundos naquele lugar, mas dessa vez prometerá outras coisas, promete asfalto, iluminação, esgoto, praça, escola, hospital, o eleitor esquece que é papo furado, abraça, leva um tapinha nas costas e de novo é enganado.

Ah, lembrança da infância, pois mesmo que o tempo passe, ela nunca apaga...
É tanta saudade que nunca acaba.

Cabelos alvos:
Registros do tempo.
Sol poente.

Ama-me menos, mas por muito tempo. (Ismael)

"Lendo Drumond lembrei de minha infância,quando ele fala da pedra do caminho,veio a memória da rua onde minha bisavó morava em Camaragibe,a diferença do poema é do lugar é que o caminho era de pedras."

Inserida por ricardo_a_lima

⁠Um poema a Leonardo da Vinci

Pero meu caminho desta vida
tropecei nas pedras de Drumond
e cai nas raias da poesia resumida
dizendo sim, contra o mundo de não!

Foi assim que também pela pintura vi
os tropeços de alguém que sonha
e me apaixonei por Leonardo da Vinci,
pois na sua arte o mistério se compunha!

No mistério enigmático de sua pintura
retratado na famosa obra de Mona Lisa
pôs-me curiosa a quiçá da estrutura...

do que leva o enigma e o mistério à arte
está também a suavidade e a beleza:
pincéis de Da Vinci, letras de minha parte!


Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci, foi um polímata nascido na atual Itália, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico.

Inserida por marialu_t_snishimura

Sê paciente; espera que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto ao passar
o vento que a mereça.

Eugénio de Andrade
ANDRADE, E., Os Amantes sem Dinheiro, 1950

Ode ao Burguês

Eu insulto o burgês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos,
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os “Printemps” com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o êxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
“_ Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
_ Um colar… _ Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!”

Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante!

Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burguês!…

Mário de Andrade
ANDRADE, M. 50 poemas e um Prefácio interessantíssimo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013.

Eu não sei se alcançar a felicidade máxima…
…extasiar-se aí, e sentir que ela, apesar de superlativa, inda cresce, e reparar que inda pode crescer mais…
…isso é viver?
A felicidade é tão oposta à vida que, estando nela, a gente esquece que vive. Depois quando acaba, dure pouco, dure muito, fica apenas aquela impressão do segundo.

Mário de Andrade
ANDRADE, M., Amar, Verbo Intransitivo, 1927

Saiba separar as verdadeiras amizades das falsas, pois nem sempre as pessoas mais próximas são as mais confiáveis.

3 de maio

Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é a descoberta
Das coisas que eu nunca vi

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971