Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo

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Ninguém quer passar por tolo, antes prefere parecer velhaco.

O mal que podem fazer os maus livros só é corrigido pelos bons; os inconvenientes das luzes são evitados por luzes de um grau mais elevado.

A morte anula sempre mais planos e projetos do que a vida executa.

Estou farto de museus, cemitérios de arte.

Os maus não são exaltados para serem felizes, mas para que caiam de mais alto e sejam esmagados.

Nós não temos nem a força nem as oportunidades de executar todo o bem e todo o mal que congeminamos.

O que há de melhor nos grandes empregos é a perspectiva ou a fachada com que tanta gente se embeleza.

Ninguém considera a sua ventura superior ao seu mérito, mas todos se queixam das injustiças dos homens e da fortuna.

O cristianismo é um camaleão, transforma-se sem cessar.

Há homens que hoje crêem pouco ou nada, porque já creram muito e demasiado.

Quem não pode ou não sabe acumular, nunca chega a ser sábio nem rico.

A razão dos filósofos é muitas vezes tão extravagante como a imaginação dos poetas.

Entre todas as diferentes expressões que podem reproduzir um único dos nossos pensamentos só há uma que seja a boa. Nem sempre a encontramos ao falar ou escrever; entretanto, o fato é que ela existe, que tudo o que não é ela é fraco e não satisfaz a um homem de espírito que deseja fazer-se entender.

Desejaria que houvesse o cuidado de lhe escolher [à criança] um condutor [preceptor] que antes tivesse a cabeça bem feita do que muito cheia.

A riqueza doura a sabedoria e os talentos, mas não os constitui.

Vale mais a clemência do que a justiça.

Os males da vida são os nossos melhores preceptores, os bens, os nossos maiores aduladores.

Quanto mais independentes formos, devido à fortuna, tanto mais escravizados seremos pelos sentimentos e pelos deveres.

Pode haver punhalada sem lisonja, mas não lisonja sem punhalada.

Os moços, por falta de experiência, de nada suspeitam, os velhos, por muito experimentados, de tudo desconfiam.